segunda-feira, 29 de julho de 2013

CASOS CASAS & detalhes




Essa é a Rua Cônego Reis, presente-surpresa do Serjão.  É a minha rua!  Ninguém sabe onde é a Cônego Reis.  Quando me perguntavam onde eu morava, eu sempre dizia: aquela rua ali depois da Rodoviária antes da subida pra Santa Rita.

A Cônego Reis era o mundo pra nós.  Mesmo assombrado pelo fantASMA da doença respiratória, que me proibia de correr, ir na terra, na água e no vento, ainda assim eu saía pela rua com um cartaz em punho: eu, Magela, Toinzin, Zé Lúcio anunciávamos o CIRCO!  No porão da casa da dona Maria Helena, os artistas se exibiam (de verdade!): trapézios feitos de velhas gangorras, corda bamba e até um domador enfrentando uma fera, quando achávamos alguém disposto a fazer o papel do leão.

Dona Doze, minha madrinha, me levava para garantir que eu não faria nenhum “excesso”: a mim, candidato a asmático, só restava a tarefa de apresentar o circo (habilidade que, mais tarde, levei para os shows do Pitomba) e cantar BEIJO GELADO.  Além de mim, também Adilson Ramos, Silvinho, Chrystian & Ralf e José Augusto cantaram essa música.

Cinquenta anos depois, ainda guardo vívidas em mim as impressões da Rua Cônego Reis: o sabor das eugênias do casarão do sô Zé Lobúglio, das canas roubadas dos caminhões que subiam a estrada para Roça Grande, as mangas e goiabas do quintal do meu padrinho Manoel Florindo e, aos domingos, o peso da caixa com o livro de atas da Conferência de Santa Rita de Cássia lá na sede imponente da Sociedade de São Vicente de Paula.  Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Fotos: Serjão Missiaggia

Texto: Jorge Marin

Um comentário:

  1. para sempre seja louvado, companheiro confrade Jorge.

    Meu abraço,

    César Brandão
    www.cesarbranfao.com

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BRIGADU, GENTE!

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