domingo, 29 de novembro de 2009

NOVIDADE!!!

Um pedido dos nossos seguidores pôde, finalmente, ser atendido agora: estamos disponibilizando toda a nossa galeria de fotos via álbum no Picasa. Com isto, TODAS as fotos poderão ser abertas e visualizadas em seus tamanhos originais, bastando, para isto, clicar nas miniaturas (thumbnails). Além disso, é possível fazer comentários em cada uma delas. Uma dica é, ao visualizar as fotos, utilizar a tecla F11, que aumenta o campo de visão.
Agradeço ao meu filho Tássio, que me ajudou implantar a novidade.
(a) Jorge Marin

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

CAUSOS INACREDITÁVEIS



NUMA SEXTA QUALQUER DO PASSADO - PRIMEIRO CAPÍTULO
(Roteiro original - Serjão Missiaggia / Adaptação - Jorge Marin)

Ao folhear meus escritos, intriguei-me ao observar que, em três poesias, coincidentemente minhas preferidas, tinham como tema principal “À Noite”.
Uma excelente oportunidade para relembrar e reviver momentos tão felizes de uma época que não voltará jamais.
Com certeza, a magia daquelas noites, sorrateiramente, teriam fixado em meu inconsciente inúmeras e belas recordações.
Aproveitando assim o momento, lá fui eu a viajar com a lembrança, numa das inúmeras sextas-feiras de um dia qualquer entre 1971 a 1977.
De imediato, visualizei-me caminhando solitariamente pela rua, após uma noite de namoro. Seguindo em passos rápidos, procurava dar uma chegada até em casa. Minha intenção era fazer um lanche, pegar agasalhos, violão e avisar pai e mãe que iria fazer serenata.
Deveriam ser, mais ou menos, pouco mais de dez horas. E que noite gelada!!!!!
Um frio diferente: sem vento, sem chuva, extremamente agradável e de um céu incrivelmente estrelado e inspirador.
Uma espessa serração começava a dar-me seus primeiros ensaios de boas vindas, enquanto, seguindo pela rua com o violão sobre os ombros, buscava chegar, o quanto antes, à casa de meus queridos tios Dante e Adail.
Lá, era nosso ponto de encontro, onde rolavam agradáveis bate-papos, dávamos os últimos ensaios e “molhávamos” a garganta para enfrentar aquelas noites tão frias.
Sentávamos na sala: Dantinho, Pedrinho, Guto e eu. Respectivamente: violão solo, violão baixo, violão base e voz solo. Posteriormente, conseguiríamos um pequeno teclado que, ficando aos cuidados do Guto, veio embelezar ainda mais a serenata. Este pequeno teclado, da marca Hering, nos fazia rir bastante pois, quando era ligado, no silêncio da noite, soprava mais que aspirador.
O contrabaixo do Dantinho foi resultado de uma adaptação que fizemos, ao pegarmos um violão antigo e o deixarmos somente com quatro cordas. (Por sinal deu muito bom resultado.)
Enfim....quatro vozes, em tons diferenciados, numa sonoridade e afinação de beleza rara.
Ficávamos, muitas vezes, a esperar pelo Pedrinho pois, nesta época, estudava à noite e sempre era o último a chegar.
Era muito comum também, em época de calor, fazermos nossos ensaios na varanda ou mesmo sentados no passeio.
Enquanto isso, uma garrafa de café, previamente coada por Tia Adail, já nos aguardava na cozinha, exalando, ao longe, aquele cheirinho gostoso.
Tio Dante, como sempre e de imediato, logo pulava da cama e, com seu famoso cachimbo, vinha a nos fazer companhia.
Era ele mesmo o nosso maior incentivador. Acompanhava-nos até lá pelas tantas da noite, sempre sentado de pernas para cima, numa das poltronas. Não era raro vê-lo também, completando nosso vocal, com aquele grosso vozeirão. Ficava sempre a nos dar algumas dicas, pois participava, na época, do coral da igreja.
Época de muito frio e a casa, toda fechada, nos envolvia assim, naquele cheirinho de cachimbo do tio Dante.
Nunca me esqueço das vezes em que falava que gostaria muito de ver-me dedilhando um bandolim. (Coisas de padrinho!).
Assim, após um pequeno ensaio, entre onze horas e meia-noite, começávamos a fazer os preparativos para sair e abraçar aquela fria madrugada.
As coisas antes eram bem diferentes, sendo que este horário equivaleria, nos dias de hoje, a duas horas da manhã mais ou menos.
Luvas, cachecóis e cobertores eram alguns de nossos aparatos que quase sempre carregávamos para amenizar o frio.
Por sinal, não se faz frio como antigamente e nossas mãos só faltavam congelar.
Fugindo das poucas pessoas que ainda se encontravam na rua, procurávamos, primeiramente, dirigirmo-nos às casas mais distantes. Nosso intuito era a de chamar o mínimo de atenção.
Noite alta, céu risonho. A quietude é quase um sonho. O luar cai sobre a mata, qual uma chuva de prata, de raríssimo esplendor. Era a noite plagiando Cândido das Neves. E lá fomos nós.
Como se planeja uma serenata? Quem estará nos esperando? Com este frio, haverá alguém acordado?
Não percam, no próximo capítulo, a resposta para este doce (e frio) suspense.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

CAUSOS INACREDITÁVEIS



CORAÇÃO DE ÉS TU, DANTE? - CAPÍTULO FINAL
(Roteiro original - Serjão Missiaggia / Adaptação - Jorge Marin)

Na semana passada, o tom da voz foi tão ameaçador, e tão claro, que, tenho certeza, muita gene deve ter ficado alguns dias sem dormir:
- Entra pra cá, Sérgio. Tá pensando que vai aonde? Aproveita e chama o Clarê e o Custódio.
Não teve outro jeito. Tive mesmo que entrar, sem os dois fujões, é claro! Como eu os invejava.
Nesta hora, comecei observar que o Ti Bibi, estava com ares de que começara a acreditar na versão do Dantinho. Por sinal, nem chegou a reparar que eu havia entrado sozinho em sua sala.
Dantinho, sempre muito apavorado e branco, começou a entrar num estado de extremo nervosismo e choro. Por fim, o Sô Bi não sabia mais o que fazer. Até piadas começou a nos contar. Ofereceu-nos cafezinho e até algumas bolachas. Começamos, lógico, a rir de puro nervosismo.
Na verdade, comecei observar que a situação estava prestes a ficar meio sem controle. Sendo assim, ti Bibi pediu para que nós o esperássemos, pois iria acabar de fechar o ginásio e sair conosco.
E assim foi.
Com um de cada lado, e com os braços sobre nossos ombros, descemos o morro dando boas risadas. Já era quase uma da madrugada e ele ainda nos levaria até a esquina da pracinha do Coronel onde, por um bom tempo, continuamos proseando e jogando conversa fora.
Pra ser sincero, eu estava mesmo é me divertindo bastante. Na realidade, pelo menos desta vez, eu nada tinha a ver com aquela revistinha. Fui apenas um pobre, inocente e fiel leitor. É só perguntar ao Dantinho!
Magela, por sua vez, após ter sido descoberto, foi expulso. Retornou um mês depois, com a promessa de nunca mais levar ao ginásio estas revistas ou similares. No primeiro dia de seu retorno, ao chegar, foi logo jogando um papel dobrado sobre nossas carteiras. Ao abri-lo, deparamo-nos, simplesmente, com o desenho de um frade em trajes sumários, brincando com uma linda cabritinha. Era um caso perdido...
Quanto a mim, devido ao costume de, quase todas as sextas-feiras, ir direto para casa da tia no intuito de fazer serenata, passei despercebido pela dona Venina.
Enfim... Estudar mesmo, que era bom!


Sergio R. Missiaggia julho 2005


Na oportunidade, não poderia jamais deixar de prestar minha singela homenagem a este lugar que tanto aprendi amar. Quanta saudade boa e quantos frutos colhidos em razão de uma esmerada educação e disciplina.
Muitas saudades do Velho Mestre, diretor e conselheiro “Sôbi”.
Minha gratidão aos inesquecíveis professores, funcionários além de um forte abraço aos amigos: Zé Carlos, Paulinho e Betto Vampiro.
Fui apenas mais um, dentre tantos, que tiveram a honra de ter dado uma passadinha por lá. E, por que não também, mais uma história pra contar.


Semana passada (04 a 10 de outubro de 2009), coincidentemente dias antes de começar postar este causo, tive uma experiência no mínimo estranha.
Fui, pela primeira vez desde o seu fechamento, ao prédio de nosso saudoso ginásio “Do Sobi”, para fazer a devolução de uma calça que minha filha havia comprado. Como todos sabem, no local hoje, funciona uma grande e importante confecção de nossa cidade.
Assim, subindo vagarosamente as escadas, cheguei onde antes era a antiga secretaria. Por sinal, em nada me fez lembrar o antigo lugar.
Pedindo então à simpática funcionaria, para que pudesse dar uma rápida olhadinha na parte interna do prédio, fui prontamente atendido! Por sorte, sabia de antemão, que seu interior teria sido todo modificado.
E lá fomos nós, até chegarmos mais ou menos onde seria o final do antigo corredor de entrada. Pra ser mais exato: próximo ao local em que ficava aquela porta do tipo faroeste.
Então, após uma breve olhada, mentiria se dissesse não ter ficado feliz ao observar a fisionomia de dezenas de funcionários, que alegremente trabalhando, estavam ali ganhando o seu pão de cada dia.
Da mesma forma, mentiria também se dissesse não ter sido capaz de visualizar outra coisa, a não ser aquele inesquecível jardim central, ladeado pelas varandas internas, com seus imensos portais que davam acesso as salas de aula.
Para minha felicidade, meu inconsciente, talvez num ato de extrema rejeição, me foi capaz naquele momento, de compor um belo quadro, fazendo com que aquelas pessoas que ali estavam passassem a fazer parte de uma cena imaginária, junto com minha lembrança do passado.
E assim, feliz da vida, comecei a descer a famosa colina, carregando comigo a gostosa sensação de ter acabado de assistir a ultima aula.

Então é isso, pessoal! Se as lembranças sobreviveram, os Causos estão aí pra isso.

NA PRÓXIMA SEMANA: Violas e serestas em: NUMA SEXTA QUALQUER DO PASSADO...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

CAUSOS INACREDITÁVEIS



CORAÇÃO DE ÉS TU, DANTE? - TERCEIRO CAPÍTULO

(Roteiro original - Serjão Missiaggia / Adaptação - Jorge Marin / Arte - José Carlos Barroso)

Na semana anterior, havíamos chegado às semifinais do campeonato macabro do medo.
No entanto, é bom que se diga, embora até o momento só tenha sido passada a face irada do professor Ubi, este possuía um entusiasmo e um senso de humor refinadíssimos. Ele adorava contar a história de como, certo dia, em frente à delegacia, um burro resolveu empacar e o carroceiro, desesperado, puxava o animal e gritava ofegante “Vamos, vamos!”, até que o sr. Ubi chegou na porta da delegacia e falou:
- Vira a carroça ao contrário. Assim fez o carroceiro, e, segundo ele, funcionou.
De outra feita, após esperar num salão de barbeiro, para cortar seu cabelo a la príncipe Danilo, como era de costume, este profissional falava, falava, adiando indefinidamente o atendimento ao perspicaz mestre. Quando, cerca de uma hora e meia depois, chegou sua vez, e o barbeiro perguntou “como o senhor que eu faça seu corte?”, ele sapecou: “Calado!”
Só que a única maneira de desfazer esse bom humor, era fazer exatamente o que fizemos: aprontar. O sr. Ubi era famoso por fazer os estudantes matões de aula pular o muro de volta, e até dar umas “incertas” na porta do cinema.
Enquanto isso, na sala da injustiça, um a um, ainda teríamos que passar por uma outra eliminatória... Digo interrogatório. Desta vez, lá na secretaria. (Neste meio tempo, já era quase meia-noite).
Dantinho foi o primeiro a ser chamado.
Enquanto aguardávamos seu depoimento, Custódio, não resistindo à pressão psicológica, pulou o muro dos fundos do colégio e sumiu. Foi visto, por volta de meia- noite e meia, lá pelas bandas de uma das ruas de acesso ao bairro Santo Antônio. Detalhe: com a calça toda rasgada! Possivelmente, um imprevisto ao tentar ultrapassar a cerca de arame farpado.
Clarê, até então calmo e sereno, resolveu, de repente, encarar um dos muros laterais do colégio. Coitado! O seu destino, até hoje, é incerto e não sabido. Segundo as lendas, foi cair exatamente no terreiro da Rosicleide. E justamente em cima da casinha do Amigo, um sistemático cãozinho pastor alemão. Nada simpático e de quase um metro de altura. Segundo me disseram o referido cão, detestava alunos. (Coitado do Clarê!)
Enquanto Dantinho chorava de um lado, Clarê gritava e pedia socorro do outro. Fiquei no meio sem saber se ria ou chorava.
Como se não bastasse, além de ficar sozinho na sala, teria ainda que ficar escutando, ao longe, os devidos corretivos que o Ti Bibi dava lá na secretaria.
Quase quarenta minutos haviam se passado. Um silêncio funesto, já há algum tempo, se fazia perceber nos corredores vazios do colégio.
Quer saber de uma coisa? - pensei eu. Eu vou é me mandar daqui. Sei lá o que pode estar acontecendo com o pobre do Dantinho.
Pior que, naquela hora da noite, com o ginásio todo trancado, teria como única opção, passar pelo corredor da secretaria.
Era tudo ou nada. A única certeza que tinha era a de não tentar fazer uma arriscada travessia na cerca de arame farpado e, muito menos, cair na casinha do Amigo.
Desta forma, sabendo de antemão, que eles estariam na sala do Ti Bibi e que o referido local oferecia uma visão estratégica da saída, procurei sorrateiramente, tentar ir passando bem de mansinho.
Antes mesmo de entrar pelo corredor, tive a infelicidade de querer dar uma última olhadinha e ver o que estava acontecendo com meu primo Dantinho. Queria saber, a qualquer custo, qual seria o grau de interrogatório que estava sendo aplicado.
A cena, lá dentro, ia de mal a pior e o Dantinho não parava de chorar.
Enquanto, em prantos, jurava inocência, comecei empurrar suavemente aquela portinhola de faroeste que separava o pátio do corredor de saída. Queria a todo custo me mandar dali.
Foi neste exato momento, que pude escutar, quando Dantinho, soluçando, disse ao professor Ubi:
- Eu juro, Sr Ubí! Pode perguntar ao Sérgio, que ele sabe que sou inocente!
Já adentrando pelo corredor, eu estava, nesta hora, acabando de colocar um de meus pés naquelas velhas tábuas do assoalho. Por infelicidade minha, fui surpreendido com um grande estalo da madeira.
Antes que conseguisse alcançar a porta, escutei, lá de dentro:
- Entra prá cá, Sérgio. Tá achando que vai aonde? Aproveita e chama o Clarê e o Custódio!
Gelei... O que é que eu vou dizer agora? E como digo que será impossível chamar o Clarê e o Custódio? Nesta hora, juro que tive vontade de encarar o Amigo, mas, como não havia mais tempo de voltar atrás, resolvi andar para a frente, e encarar o meu destino. Mas, como???
A resposta final e definitiva, como tudo é definitivo na vida de um adolescente, será conhecida na próxima semana. E, se alguém souber o paradeiro correto do Clarê naquela noite, informem com urgência, para resgatarmos a História.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

CAUSOS INACREDITÁVEIS



CORAÇÃO DE ÉS TU, DANTE? - SEGUNDO CAPÍTULO
(Roteiro original - Serjão Missiaggia / Adaptação - Jorge Marin)

No último episódio, tenho certeza de que se recordam, pois tudo que se passou naquele querido Instituto Barroso trazemos bem guardado no lado esquerdo do peito, encontramos um grupo de colegas, “anjinhos” como o Sôbi costumava chamar, entregando-se a uma perigosa curiosidade. Naqueles tempos bicudos de censura brava, o fato de estar de posse de uma revistinha de sacanagem podia tornar a pessoa membro de algum grupo subversivo.
E por falar em membro, por azar e para piorar ainda mais aquela situação, exatamente, naquela página, estava o desenho de um enorme... Bem, deixa pra lá! Passemos a diante!
E o professor Bibi, não acreditando no que estava acontecendo, trincava os dentes de tanta raiva! Com o rosto avermelhado e aquele terno branco, parecia até uma bandeira do Mangueira! Mas a coisa era séria...
Ordenou, imediatamente, que todos os alunos das outras salas descessem e que ficasse apenas a nossa. Evacuou todo o ginásio e pediu que fôssemos, de três em três, para um interrogatório, a ser feito no salão do Juquinha. Lembram-se dele? Um simpático esqueleto, que por sinal, teria sido à única testemunha do fato.
Nosso querido mestre estava tão nervoso que achei que iria desmaiar.
Ao chegar minha vez, tive a companhia de Custódio e do Clarê. Este último satirizava sempre, fazendo o papel de uma bichona. Pessoa superdivertida que incorporava o personagem como ninguém.
Começou então, pelo Clarê:
- Como é, Clarê. Viu aquela revista? - perguntou, chegando a tremer de raiva.
Clarê, prudentemente, preferiu recolher o seu potencial bichônico, e firmemente, embora com uma cara-de-pau de fazer gosto, exclamou mansamente:
- Sr. Ubí! Eu vou ser muito sincero com o senhor: eu não vi! Não vi porque não sabia! Mas, se soubesse, não perderia por nada neste mundo!
Ti Bibi, um tanto surpreso com a resposta, mas, respaldado na sua experiência de escrivão, e vendo que, com o Clarê, não conseguiria nada, passou então para mim. Apesar de todo ódio implícito, seu tom era até suave:
- E você, Sergio. Viu a revista ou não viu?
- Sr Ubí! Eu vi de longe!
Aí ele se exaltou:
- Eu não quero saber se você viu de longe ou de perto. Eu quero saber: VOCÊ VIU OU NÃO VIU? Aí o tom de voz já era bem mais assustador.
- Eu vi de longe! - tornei a responder bem baixinho.
Depois de haver reafirmado, por umas cinco vezes, que só havia visto de longe, ele, enfim, desistiu de mim. Transtornado e furioso passou então para o Custódio.
Custódio, neste meio tempo, num canto da sala, de olhar fixo para uma das janelas, não mexia um só fio de cabelo. Confesso que, naquele momento, cheguei a ponto de temer pela sua integridade psicológica.
- COMO É, CUSTÓDIO? VOCÊ VIU OU NÃO VIU AQUELA REVISTA NOJENTA?
Custódio, de semblante apavorado, tremendo igual vara verde, após dar uma ultima olhada para o teto respondeu:
- Ahhhh... Seu Ubí! EU VI DE LONGE! O danado copiou a minha resposta.
Nesta hora, o professor Bibi só não esfregou a cabeça do Custódio na parede porque seu caráter íntegro jamais o permitiria fazê-lo. Mas que teve vontade, isto o seu olhar demonstrava claramente.
O tempo passava, o suor escorria pelos rostos, e uma palidez foi tomando conta de todos. O Juquinha parecia o mais corado ali naquele lugar.
O interrogatório continuou. Pouco a pouco, um a um foram sendo eliminados e liberados todos os possíveis inocentes. Na escola, já silenciosa e vazia, restaram apenas quatro vítimas: Custódio, Dante, Clarê e eu. Até então, éramos para o Bibi, os possíveis suspeitos. E eu ficava me perguntando: como é que isto pôde acontecer comigo? E o pior é que eu nem vi a danada da revista!!!
Neste macabro campeonato de medo, chegamos às semifinais. E agora? Quem dará o pontapé inicial? Tenho certeza que o Sôbi está doidinho pra fazer isto.
Não percam, na próxima semana, mais um aterrorizante capítulo, recheado de fugas espetaculares, duelos naquela portinhola de saloon da secretaria, e muito, muito aperto...

BRIGADU, GENTE!

BRIGADU, GENTE!
VOLTEM SEMPRE, ESTAMOS ESPERANDO... NO MURINHO DO ADIL