quarta-feira, 30 de março de 2016

OPERAÇÃO LEVA A JATO


E não é que estou, juntamente com uma boa parcela da nação brasileira, me tornando um expert em assuntos políticos? Se pensarmos bem, estamos diante de um verdadeiro bombardeio de informações repetitivas que nos é repassada a todo instante, seja no café da manhã, diante dos jornais televisivos, à tarde, à noite, além é claro dos jornais impressos, revistas, rádios, internet e por aí vai. Verdadeira lavagem de dinheiro, digo cerebral, nos atropelando como tromba d’água em riacho de montanha.

Jamais imaginaria adquirir tamanha e especializada cultura em tão pouco tempo, onde termos como DELAÇÕES PREMIADAS, MANDADOS DE CONDUÇÃO COERCITIVA, FORO PRIVILEGIADO e tantos outros começariam a fazer parte do cotidiano, enriquecendo um pouco mais nosso vocabulário. Na verdade, uma avalanche de acusações bilaterais, mais parecidas com o noticiário policial, e que, com certeza, não estariam entre palavras e termos de leitura de interesses preferenciais no futuro.

Até mesmo a dupla futebol e novelas ficou meio que em segundo plano ante a força da LAVA-JATO, OPERAÇÃO ZELOTES e afins. Por sinal, reconheço que todo e qualquer tipo de conhecimento, principalmente num momento delicado da nação como este, nunca é demais, e que ter um povo politizado é ainda melhor, mas, mesmo sabendo, que todo esse processo, para alguns, advém em função de uma causa justa, enquanto para outros, de uma simples perseguição, confesso estar meio cansado de tudo isso.  E, como bem diz um velho amigo, “A coisa tá mais comprida que suspiro em velório”.

Sinceramente, não vejo a hora em que se possa condenar logo os culpados, absolver os possíveis inocentes e LEVAR, A JATO, este assunto pra bem longe! O País parou de vez, e assim ficará até que se possa sobrar novamente em nossas cabeças e, principalmente nas cabeças de nossos representantes, espaço e tempo suficientes para pensar um pouco mais em coisinhas “banais” tipo EDUCAÇÃO, SAÚDE SEGURANÇA.

Enquanto isso, nossa meninada vai dando aquele show no ENEM, sapecando respostas como: “Os dois movimentos da Terra são latitude e longitude”, “Os portugueses, depois que descobriram Fernandes de Noronha, assinaram o Tratado de Tortas Ilhas”, “Cada vez mais as pessoas querem conhecer sua família através da árvore ginecológica”,  e por aí vai.

Isso pra não falar que tem cantor profissional mais perdido que Adão no dia das mães, no momento de cantar o Hino Nacional.

Enfim, tô achando que o melhor mesmo é amarrar minha mula na cerca, e esperar a tempestade passar.

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : Bruno Lecambel, disponível em https://www.flickr.com/photos/brunow_sc/2695701601

segunda-feira, 28 de março de 2016

BELEZAS DA TERRINHA


FÁBRICA E SOMBRA

COMENTÁRIOS SOBRE A RUA DUQUE DE CAXIAS - ainda bem que as pessoas alcançadas não foram para a rua, senão teriam sido confundidas com uma manifestação (só no Pitomba Blog, foram mais de 2.000). Não dá para publicar todas as manifestações. Vamos colocar algumas:

- Geraldo Lima - "aí galera, a primeira casa à esquerda, a de cor rosa, que não é a famosa "CASA ROSA" é uma das poucas que ainda não virou ponto comercial, e é onde tenho o prazer de morar";

-  Maria Ângela Ayupe Resende - "moro até hoje nessa rua querida!! Aqui sou muito feliz!! É uma rua que tem de tudo, você não precisa ir longe para conseguir!! Amo a minha rua!!";

- Paulo César Monteiro - "... tenho uma saudade danada de quando a comida em São João era em FOGÃO A LENHA. A cidade tinha um cheirinho gostos de lenha queimada, nas ruas a cantoria das rodas dos carros de boi e do trotar dos cavalos. Da velha MARIA FUMAÇA atravessando a cidade, apitando para avisar sua presença";

- Nei Ângelo Furtado Moura - "pra mim eternamente... a rua da padaria do Hidebrando e da Leiteria."

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASARÕES & seus detalhes misteriosos ???


QUEM SABE HISTÓRIAS DESSA CASA ???

CASARÃO DA SEMANA PASSADA - quem primeiro acertou a localização da casa publicada na semana passada foi o Marcelo Oliveira que disse: "na avenida Carlos Alves ao lado da antiga fábrica de calçados".

O Alan Fernandes preferiu perguntar para a Luciane Vieira: "é a casa da Marília Vieira Dutra, não é?". E, antes da resposta, a própria Marília confirmou: "É sim, Alan, por que essa foto?", e, por isto, a estamos convidando para o Blog.

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASAS & mistério ???


ONDE FICA ESSE JARDIM???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - apenas o Marcelo Oliveira reconheceu a fachada-mistério da semana passada: "casa ao lado do Botafogo, do Vicente Menezes, onde tem um estacionamento".

A Christina Velasco Itaborahy se assustou: "esta casa é minha vizinha!!!!".

Foto: Serjão Missiaggia


sexta-feira, 25 de março de 2016

TIRO DE GUERRA 04-151: MISSÃO SEMANA SANTA


Muitos leitores do Blog, principalmente quando o Serjão publica alguma matéria sobre o “nosso” passado, têm a ilusão (porque é um tipo de ilusão) de que, nos idos de 1970 e poucos, vivíamos num paraíso terrestre: São João Nepomuceno era uma cidade limpa, ordeira e as pessoas, todas, eram absolutamente honestas e trabalhadoras.

Grande parte dessa percepção se deve ao fato de que nós, na época jovens, estávamos tão focados em nossas aventuras, romances e descobertas, que nem percebíamos as coisas “feias” que nos rodeavam.

Uma das minhas ilusões favoritas é acreditar que, na Sexta-Feira da Paixão, todos vivIam uma atmosfera de respeito, contrição e retiro. Mas, a realidade não é bem essa, e é isso que vou tentar mostrar ao relatar uma das missões quase impossíveis que me foram delegadas pelo então Sargento José Carlos Matildes dos Reis no nosso glorioso Tiro de Guerra 04-151.

Corria o ano de 1975 e, para vocês terem uma ideia desta distância temporal, Bill Gates acabara de fundar a Microsoft, e a gente não tinha a mínima ideia do que era aquilo e nem para que servia. O Sargento me chamou na sua sala, impecavelmente faxinada por nós, e disse:
- Dezoito, pegue os seus homens e distribua as luvas brancas, pois vocês irão participar da Procissão do Enterro, junto com o time do Dois! Percebam que é uma grande honra pra nós, e não me decepcionem!

Esse “não me decepcionem” me preocupou muito, pois eu conhecia muito bem os “meus homens”, um bando de moleques bagunceiros que, quando fazíamos a faxina, “surfavam” pelos corredores usando justamente aquela cadeira na qual o sargento estava sentado.

Enfim, o grande dia chegou e lá estávamos, com nossas fardas de gala, para carregar o esquife do Senhor Morto.
- É pesado? – perguntou o Trinta e Dois. Eu não tinha a menor ideia, mas, pensando apenas na imagem, afirmei que era só uma imagem de gesso e deveria ser levinha. E, como éramos os mais baixinhos, me ofereci para dar o exemplo e carregar, junto com ele e outros dois nanicos, o tal caixão.

Meus amigos, aí é que a coisa ficou preta. Tá certo, a imagem não é muito pesada, mas o esquife... não sei se já repararam na procissão, mas é um ataúde enorme, alto e de madeira maciça. Aquele trem, sozinho, devia pesar uns cinquenta quilos! Aí pedi a ajuda do outro cabo, o Dois, mas ele estava ocupado anotando o nome de quem estava conversando. Os atiradores protestavam dizendo que estavam rezando, mas o Dois continuava a sua vigia, enquanto eu quase morria. Pensava: daqui a pouco vamos ter o Senhor Morto e o cabo morto!

Finda a missão, depois de percorrermos todas as ruas da Garbosa (para nós, foi como se tivéssemos ido a Bicas e voltado), fomos convidados pelo chefe do comitê organizador da Semana Santa, o saudoso Milton de Jesus, a aproveitar uma surpresa que havia sido reservada apenas para nós, bravos atiradores do TG. O Treze comentou:
- Oba, deve ser pão com mortadela. Adoro! – mas não era bem essa a nossa surpresa.

Todo feliz, e com um brilho de fé nos olhos, o Milton nos revelou:
- Vocês terão o privilégio de serem os primeiros a beijar o pé do Cristo!

Crônica: Jorge Marin

Foto     : Marcus Martins, disponível em http://grupopitomba.blogspot.com.br/2015_04_01_archive.html

quarta-feira, 23 de março de 2016

AINDA A CAPELINHA DO SANTO ANTÔNIO


Não sei quantos de vocês, sanjoanenses, já tiveram o privilégio de conhecer o local, mas, para aqueles que ainda não o fizeram, procurem o quanto antes, pois, com certeza, não irão se arrepender! Acho que muitos poderão até se surpreender.

Mas, antes de começar a falar novamente um pouquinho mais sobre a capelinha, gostaria, primeiramente, de chamar a atenção para a beleza do lugar. Um recanto superacolhedor, e talvez um dos últimos redutos urbanos da cidade, que nos faz sentir o tempo passando de forma mais lenta. 

Para todos aqueles que um dia irão se aventurar a subir a colina, vai aí apenas uma dica: quando lá chegarem, procurem, antes de tudo, sentarem por instantes na escadinha de acesso à porta da igreja. Ali, notarão de imediato que uma suave brisa estará à nossa espera, juntamente com uma paz muito gostosa.

Confesso achar que existe até certa magia pairando no lugar, pois não há uma única vez em que lá estou e que não fico a pensar na possibilidade de se construir naquele local um MIRANTE.

O pequeno acervo que se encontra no interior da igrejinha (Via Sacra e uma das imagens de Santo Antônio) veio com meu Vô Chico da Itália, e foi doado após a inauguração. Podemos observar que a Via Sacra está toda ela escrita também em Italiano e fixada na parede em pequenos quadrinhos de madeira.
(as molduras originais tiveram que ser substituídas devido aos cupins).

Pelo motivo da existência de outras imagens de Santo Antônio no interior da capela, não saberia precisar qual delas veio com meu avô da Itália.

A inauguração da Capela aconteceu em 09 de novembro de 1924.

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Três anos após escrever esse texto, e ter ido recentemente fazer uma nova visita à Igrejinha do Santo Antônio, qual não teria sido minha surpresa quando, ao chegar ao local, deparar-me com uma imensa grade circuncidando aquele belo cartão postal. 

Infelizmente, fui obrigado a reconhecer que os tempos mudaram muito (e como!), e que algo bastante sério teria motivado uma medida radical como aquela.

Apenas continuei a não entender os motivos pelos quais não teria sido preservado também aquele pequenino, histórico e, porque dizer, ÚLTIMO CORETO DA CIDADE?

Crônica e foto: Serjão Missiaggia 

segunda-feira, 21 de março de 2016

SE ESSA RUA FOSSE A MINHA


QUEM JÁ PASSOU POR AÍ, OU VIVEU ALGUMA EMOÇÃO NESSA RUA???

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASARÕES & seus detalhes misteriosos ???


QUEM CONHECE HISTÓRIAS DESSA CASA ???

CASARÃO DA SEMANA PASSADA - apenas o pitombense Renato Espíndola reconheceu a casa da dona Terezinha de Almeida, a nossa querida diretora do Grupo Escolar D. Judith Mendonça, na Rua Comendador Gregório.

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASAS & mistério ???


ONDE FICA ESSA CASA ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - na semana passada, o mistério quase gerou um filme: Apertem os Cintos, o Maninho Sumiu!. Aconteceu o seguinte: como está muito em moda, colocamos um grampo no Maninho e, assim que ele saiu de bicicleta, postamos o mistério. O problema é que ele demorou a voltar. E as pessoas começaram a se desesperar. Evanise Rezende, no final da tarde, já havia tomado 8 Moldaus. Até que, à noitinha, chegou o Maninho e, como não podia deixar de ser, matou a charada: casa ao lado do fórum! Como dizia o Tião Macalé: "ih, nojento!".

Foto: Serjão Missiaggia

sexta-feira, 18 de março de 2016

A PRIMEIRA VEZ


Corria o ano de 1972 e, deitados no sofá, curtíamos o som dos Bee Gees.

É, meus amigos, pode parecer fantástico para muitos, mas a verdade é que havia, sim, uma gata do meu lado. Dizem que para nós, homens, a beleza da mulher é diretamente proporcional à nossa taxa de testosterona. Sendo assim, posso afirmar que, naquele cenário dos meus quinze anos, tratava-se da mulher mais linda que eu já havia visto.

Não era um namoro (namorado ela já possuía) e nem uma ficada que, infelizmente, não havia sido inventada ainda. Fazíamos um trabalho literário, ou poético, alguma coisa relativa à literatura da qual não me lembro e que, para esta crônica, é totalmente irrelevante.

Relevante mesmo é o cheiro da menina, uma coisa que registrei como um misto de casca de romã e hortelã (até rimou!). Sabem quando uma pessoa fala com a gente e ficamos olhando a boca se movimentar, e olhando tanto a boca que nos esquecemos completamente de ouvir as palavras?

Por isso, não perguntem o assunto porque eu não me lembro. A música devia ser mesmo I Started a Joke, e havia um livro, acho que do Pablo Neruda, na mão dela. O curioso mesmo é que, não sei se por acaso ou não, um dos botões da blusa que ela vestia se abriu. E, sabem como é, ficou aberto.

Bocó como sempre fui, não havia, até aquela data, presenciado nada assim tão, digamos, perturbador.  Vamos dizer que ela sabia muito bem o que eu queria e eu também sabia, mas tinha alguns quilos de repressão que, aos poucos,foram ficando cada vez mais leves. Tirei os óculos, horríveis, que sempre usei e ela acariciou meus cabelos que eram do tamanho do Robin Gibb.

A coisa esquentou, sem óculos eu não enxergava nada e tinha que usar cada vez mais as mãos, estava um pouco tonto e acho que, se nada acontecesse, eu iria desmaiar. Mas, a coisa aconteceu...

Assim, do nada, minha mãe entrou pela porta trazendo umas xícaras de café e uma bandeja com empadas, muito boas por sinal. Era a primeira vez que minha mãe fazia aquilo!

A moça parece que mudou para Juiz de Fora, deve ter se aposentado.

Crônica: Jorge Marin
Foto     : DSloupa, disponível em http://strawberry-loupa.deviantart.com/art/calin-257708732

quarta-feira, 16 de março de 2016

O VELHO PUM E A LONGEVIDADE


E agora é que o trem lascou de vez!

Pode soar bizarro, mas um grupo de cientistas da Universidade de Exeter, no Reino Unido, afirmou que cheirar flatulências – peido, pum, traque, bufa, bomba – pode prevenir doenças como o câncer, acidentes vasculares cerebrais, ataques cardíacos, artrite e demência. A notícia foi publicada pelo site da revista americana Time.

Embora esses gases possam ser nocivos quando inalados em grandes quantidades, os pesquisadores acreditam que uma cheirada aqui e outra ali tem seu valor e até mesmo o poder de reduzir os riscos de câncer, acidentes vasculares cerebrais, ataques cardíacos, artrite e demência.

Os cientistas estão tão convencidos que decidiram criar em laboratório seu próprio composto capaz de imitar os benefícios do pum, enquanto o professor Matt Whiteman, que trabalhou no estudo que será publicado na revista Medicinal Chemistry Communications, disse que o composto foi batizado de AP39.

Como veem até já batizaram nosso velho pum de AP39. Muito chique, não? Daqui a pouco tem gente se gabando pelo fato de adorar cheirar AP39 debaixo do edredom e que o seu PUM é mais poderoso que o de fulano ou sicrano.
E pensar que tenho um amigo que é uma máquina de produzi AP39 e eu nunca o havia valorizado! Pelo visto, irá viver no mínimo uns 200 anos.  Por sinal, um AP39 de altíssima qualidade, fato este demonstrado e comprovado nas diversas vezes em que fazia uso de um isqueiro pra detonar algumas chamas. Era labareda pra mais de metro.

Outro amigo dizia que ficava meio chapado toda vez que escapulia um de seus apezinhos, e que seu grande sonho seria poder um dia embalá-lo para os momentos de escassez. Pelo visto, esta grande ideia seria hoje aproveitada para fins terapêuticos. Imaginou curar algo com apenas três cafungada diárias de AP 39? Claro e, muito provavelmente, não excedendo o espaço de oito horas entre uma cafungada e outra.

E se esta moda pega? Aí meu amigo, alimentos como cebola, feijão, batata-doce, ovos, repolho, couve-flor e outros comestíveis ricos em enxofre, sumirão rapidinho das prateleiras. Ouro em forma de combustível. É mole? Já imaginou notícias como estas se tornarem rotina nos meios de comunicação: “Supermercado é assaltado e não ficou uma batata-doce pra contar história”, “Carro-forte de cebolas foi interceptado e roubado na estrada”, “Idoso é derrubado por trombadinha na calçada pra ficar com sua sacola de repolho”.

Brincadeiras à parte, de agora em diante não se esqueçam de, na próxima vez em que quiserem sair do elevador lotado ante os efeitos de um  discreto apezinho 39, lembrarem-se de que aqueles minutos de sufoco poderão salvar a sua vida! Pensem no lado científico e comecem a encarar a coisa de forma mais positiva.

Pra finalizar, nada de pum alemão, pois, além de química pura, é bastante artificial. O bom mesmo, é que seja um AP 39 o mais natural e orgânico possível.

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : disponível em https://sexoesexualidade.wordpress.com/2014/07/13/cheirar-peidos-faz-bem-a-saude/

segunda-feira, 14 de março de 2016

BELEZAS DA TERRINHA


TEMPO NEBULOSO

COMENTÁRIOS SOBRE A RUA DR. JOÃO COUTO - a Angélica Girardi foi a primeira a reconhecer. Logo a seguir, foi a vez do Jacques Ângelo Rigolon contar uma história: "minha vida toda aí nessa área, no prédio da Guarujá morava o sr. Luiz Antunes, meu dentista em criança, pai do Eleomar; no final, a fábrica de ferraduras; meus parentes moram no Caxangá. Bons tempos da praça Dr. Carlos Alves com coreto e tudo".

O Piorra Mendonça mostrou que também é um craque na memória: "antiga fábrica ao fundo, mais à frente nasceu a Escola de Samba Caxangá, um pouco acima os Missiaggia realizavam grandes festas juninas com participação eloquente das filhas do saudoso Gabi, aí também morou o inesquecível Neca Berardo, excelente atleta do Mangueira; me lembro também do armazém do sr. Paulinho Rigolon, do sr. Antônio Daga, o do sr. Nicanor, da famosa Banda de Música São João e aí, logo na esquina, o armazém do sr. Jair (pai do vereador Zé Maria); e, no andar de cima, o consultório dentário do pai do meu amigo Heloísio e o Eleomar, e também da minha professora Eloisa. Só coisas boas. Saudades".

Aqui também a Sônia Maria Barbosa Mendonça deixou em suspense uma história misteriosa: "se eu contar, Pitomba Blog, dona Naná Valente é capaz de ressuscitar. Bá, Lucimar Soares de Mendonça, você sabe da minha história. Se você esqueceu, me liga pra gente relembrar e dar boas risadas". Nós também, Soninha, estamos morrendo de curiosidade!

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASARÕES & seus detalhes misteriosos ???


QUEM CONHECE HISTÓRIAS SOBRE ESSA CASA ???

CASARÃO DA SEMANA PASSADA - o casarão da semana passada foi reconhecido por três pessoas que contaram histórias diferentes: o primeiro foi o Marcelo Oliveira ("escritório de advocacia ao lado do açougue Gomes na Avenida"); Evanise Rezende ("essa casa é na rua da delegacia, ao lado da Sonila... esqueci o nome da senhora agora, ela vende doce e broa na feira"); e Maria Hilda Rigolon ("lembro-me muito do sr. Geraldo e da Dona Terezinha").

A localização quem acertou foi o Marcelo Oliveira.

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASAS & mistério ???


QUE LUGAR É ESSE ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - os primeiros comentários sobre a casa da semana passada que, como a placa mostrava, era na Rua Nova 300, foram: da Angélica Girardi ("casa do Luís Sérgio e Rosália"); da Rosália que, comentando o elogio feito pela Vanda Santiago disse: "coisas de Regininha".

E a Sônia Maria Barbosa Mendonça confirmou: "eu já contei no Pitomba BLOG e agora vou deixar que minha irmã Regina Mendonça conte. Só sei que o Marcelo Verardo acha essa placa a mais linda da cidade".

E aí, Regininha? Estamos morrendo de curiosidade pela sua versão!

Foto: Serjão Missiaggia

sexta-feira, 11 de março de 2016

ESCUTA SÓ !!!


Escuta só, gente!

Será que, ao escrever aqui, alguém vai ler até o final e ouvir o que eu tenho pra dizer?

A coisa funciona assim: imersos em nossos faces, twitters, whatsapps e outras mídias, adquirimos o hábito de apenas ler as manchetes. Isso nos leva a avaliar uma notícia como “Chuva causa deslizamentos em São Paulo” e “Terremoto mata 10.000 pessoas no Dijbouti” com a mesma emoção.

Esse é um hábito que, A PRINCÍPIO, não causa nenhum problema ou transtorno em nossas vidas. Só que, com o passar do tempo, começamos a apresentar o mesmo torpor com as pessoas que nos cercam. Então, se a filha chega da aula e diz que está com a menstruação atrasada, o máximo que vai arrancar da mãe é um “Ah, tá!”.

Isso acontece porque, como todas as mídias tentam (e conseguem) capturar a nossa total atenção, vamos, aos poucos, desaprendendo a OUVIR. Ficamos tão hipnotizados pelas nossas telinhas de led, que o mundo desmorona ao nosso redor, e a nossa reação é mandar uma série de “kkkkkkk”s .

Mas, a coisa não acaba por aí. O trágico mesmo é que, ALÉM DE NÃO ESCUTAR, nós queremos SEMPRE comentar. Então, quando lemos uma notícia como aquela da morte do neto do humorista, que morreu afogado numa praia do Rio de Janeiro, a nossa reação NÃO é, como seria de se esperar, de dor pela perda de um moço cheio de vida e planos. Ou de empatia com o sofrimento dos pais.

Nada disso, os primeiros comentários (vocês podem conferir nos jornais) dizem respeito a questões como “será que ele usava drogas?” ou “será que foi suicídio?”. Alguns são tão cruéis que chegam a criticar o empenho da polícia em descobrir o paradeiro do rapaz, dizendo que “queria ver se fosse o filho de um pobre!”.  

Mais uma vez, esse comportamento macabro e egoísta se reflete em nossos relacionamentos domésticos. Uma amiga chega em nossa casa e diz que está triste pela morte de uma pessoa da família. Você, sem escutar o inteiro teor da queixa, logo COMENTA em voz alta, sem tirar o olho da telinha: “pois eu acho que estou com depressão!”. Se ela disser “estou tomando erva de são joão”, você, automaticamente, “estou tomando dois prozacs”. Provavelmente, se ela disser que acha que também está com depressão, você, ainda sem ouvir, vai dizer que está com câncer.

E assim vamos levando a vida, ouvindo o que nossos fornecedores (inclusive de más notícias) querem que ouçamos, compartilhando com os familiares e amigos o que eles NÃO querem ouvir. E curtindo a mediocridade.

Crônica: Jorge Marin

quarta-feira, 9 de março de 2016

NOSSAS PRAÇAS E JARDINS


Sempre que saio a passeio pela terrinha, na intenção de captar algumas imagens interessantes para o Blog ou mesmo em visita a outros espaços urbanos de cidades vizinhas, fico a observar e fazer comparativos com nossas PRAÇAS E JARDINS, algumas delas, diga-se de passagem, muito bem cuidadas, enquanto outras, por motivos diversos, quase que em estado de total abandono. Foi quando, coincidentemente, deparei-me com este artigo no Blog ADOTE UMA PRAÇA, o qual repassarei pra vocês agora:

“A constante preocupação das pessoas com a preservação da natureza e a responsabilidade social faz com que queiramos um mundo melhor para nós e nossos filhos, dessa forma a comunidade, órgãos governamentais, e iniciativa privada representada por empresas, cada vez mais buscam formas de preservação do meio em que vivemos.

Dentro do contexto da preservação do meio ambiente em que vivemos, temos as áreas naturais dentro dos centros urbanos como PRAÇAS e PARQUES que utilizamos para desfrutar de momentos de lazer junto a nossa família. Sabemos, entretanto, que o estado [poder público] não consegue dar a devida atenção (manutenção, limpeza, conservação e melhorias) para esse patrimônio tão importante devido às demais prioridades, por isso ele concede a possibilidade à iniciativa privada de ADOTAR uma área de preservação como uma PRAÇA ou um PARQUE.

Todos ganham com a preservação, primeiramente o cidadão que ficará feliz por desfrutar de um ambiente preservado, cuidado e limpo junto a sua família; em segundo lugar, a empresa que está adotando a área de preservação, pois estará engajada em um projeto para melhorara sociedade onde ela atua e será reconhecida por isso pelos membros da sociedade como uma empresa que se preocupa com o meio ambiente. Em terceiro lugar, o estado [município], pois estará preservando seu patrimônio com recurso da iniciativa privada, e assim poderá utilizar seus recursos escassos em projetos de primeira necessidade. ”

Penso que o programa “Adote uma Praça" chega como alternativa para que a iniciativa privada possa compartilhar a responsabilidade ambiental com o poder público em troca de benefícios mútuos.

Crônica e fotos: Serjão Missiaggia
Fonte citada    : http://adoteumapracasemeiajahu.blogspot.com.br/

segunda-feira, 7 de março de 2016

CASOS CASARÕES & seus detalhes misteriosos ???


QUEM CONHECE ALGUMA HISTÓRIA SOBRE ESSA CASA ???

CASARÃO DA SEMANA PASSADA - Jacques Ângelo Rigolon e Caio Girardi (que morou na casa) foram os primeiros a reconhecer, mas quem "matou a pau" mesmo foi a Evanise Rezende: "essa é a casa do senhor Celinho Girardi, grande amigo... onde mora a Angélica Girardi, a melhor cabo eleitoral de São João Nepomuceno".

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASAS & mistério ???


QUEM SABE A HISTÓRIA DESSA PLACA (NÃO VALE REPETIR O QUE ESTÁ ESCRITO) ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - a gente fez uma selfie, mas a Mika Missiaggia Velasco nos entregou: "minha casa, claro! (dos meus pais). Aí era meu quarto, depois consultório dentário, depois oficina do Serjão e agora Estética da sobrinha Angedna".

Foto: Serjão Missiaggia

sexta-feira, 4 de março de 2016

LULA E OS IDIOTAS


Normalmente, procuro manter as notícias e as polêmicas sobre política longe do Blog porque temos, eu e o Serjão, um compromisso, que não deixa de ser uma posição política, de enaltecer, divulgar e incentivar esse sentimento tão próprio de nossa cidade que é o ORGULHO DE SER SANJOANENSE.

No entanto, face à gravidade dos acontecimentos de hoje, e como somos também um site de cultura, não posso deixar de falar sobre a prisão do Lula. Sei que não é prisão, é condução coercitiva. Mas pra mim, mineiro ressabiado, um bando de brutamontes bater na minha porta às sete da manhã e me colocar num carro pra me levar à força pra depor na delegacia, eu acho que é prisão sim, e violenta.

Mais uma vez, como acontece com essas notícias muito divulgadas na mídia, a reação das pessoas foi muito passional, bem parecida, aliás, com o que acontece na nossa cidade na época das eleições. Imediatamente, os adversários políticos do Lula fizeram um alarde, pregando o impeachment, o fim da corrupção e a morte do Partido dos Trabalhadores. Por outro lado, os petistas alegam uma tentativa de golpe das elites, uma midiatização da justiça e uma condução política para denegrir a imagem do ex-presidente.

E é isso que me preocupa, esta polarização. Porque, para funcionar, a democracia precisa que o país caminhe, e produza. E isso é particularmente grave no resultado da última eleição em que a candidata eleita teve 54,5 milhões de votos contra 51 do seu oponente.

A democracia, é bom que se diga, é um regime extremamente difícil de funcionar. Porque ser democrático implica, por exemplo, em aceitar a candidatura de pessoas cujo lema de campanha é fechar o Congresso. Além disso, é importante lembrar que a existência da democracia NÃO garante a honestidade dos políticos!

O que também não garante, mas, pelo menos, cerceia a desonestidade, a canalhice e a putaria hoje reinantes é somente uma coisa: é o NOSSO VOTO.

Ouvi hoje o dia inteiro muita gente dizendo: ah, prenderam o Lula, agora a coisa vai, o país vai crescer, vai acabar a corrupção, o dólar vai subir e o país vai voltar a ser respeitado. Ou seja, o pessoal do outro partido é confiável, honesto e digno de confiança. Se fossem políticos novos, que nunca tivessem exercido NENHUM cargo, eu calaria a minha boca. Mas o outro lado é cheio de pessoas sabidamente corruptas, safadas e aproveitadoras. O que leva a crer que o voto, coitado, mais uma vez vai cair na lama.

Independentemente dos excessos cometidos hoje contra Lula, ou de alguma prova que possa surgir para condená-lo, é preciso começar a pensar no nosso próximo voto com INTELIGÊNCIA, não na base do preto ou branco, vermelho ou amarelo, civil ou militar. Quem sabe um bom começo não seria votar naqueles que NUNCA estiveram no poder antes?

Crônica: Jorge Marin

quarta-feira, 2 de março de 2016

NOS TEMPOS DO RUBRO BAR


Na década de setenta, o RUBRO BAR, juntamente com o Botachopp, era o point principal da juventude sanjoanense. Aquele varandão, com suas mesinhas ladeando a piscina, juntamente com o charme de sua GALERIA recém-inaugurada, tendo como carro-chefe o barzinho ZOOM FRUTAS (e seus inesquecíveis drinks e batidas), transformavam-se num ponto de encontro sem igual. Além de formar um complexo perfeito, eram muitíssimo bem localizados, sendo que para nós, rapazes, da sinuca do Cida até o Rubro Bar era um pulo só.

Naquela ocasião, sob os encantos visuais da então novíssima LUZ NEGRA, o conjunto de nossa madrinha Nely Gonçalves de nome “OS COBRINHAS’ era, nos finais de semana, a sensação dos bailes e das brincadeiras dançantes que ali se desenrolavam. Quando isso não acontecia, as noites eram embaladas pelo som ambiente de suas caixas acústicas, onde canções como Mamy Blue, Sugar Sugar, Everybody’s Talkin’, Midnight Cowboy, I Started A Joke, Raindrops Keep Falling On My Head eram apenas algumas que acalentavam nossos ouvidos, enquanto iam eternizando uma época. Sinceramente, chego a acreditar que talvez  tenha sido  ali, naquele  espaço musical, o embrião do Pitomba.  

Casa sempre cheia, ambiente agradabilíssimo, gente bonita, onde o bom papo e as brincadeiras rolavam até altas horas.

E como era difícil conseguir chegar num daqueles sábados à noite lá em cima!  Uma aventura da qual muitos até desistiam, e outros, pela dificuldade, nem mesmo se arriscavam. Era gente que não acabava mais, e muitos ficavam até mesmo travados no meio daquela escadinha de acesso que, na época, deveria ter pouco mais de meio metro de largura. Mas tudo fazia parte da festa, e subir então espremido entre paqueras transpirando VITESSE, era ainda melhor.

Um fato um tanto hilário que muito marcou uma de minhas primeiras idas ao RUBRO BAR foi quando, após conseguir com muito sacrifício vencer aqueles degraus, ficar impressionado ao ver a Nely cantando várias musicas internacionais. Digo impressionado porque, dias atrás, ela havia confidenciado que não sabia dizer uma santa palavra em inglês. Mas como? De que maneira teria aprendido tão rápido? E era um repertório inteiro. Uma resposta que ficaríamos sabendo somente no outro dia.

Imaginem vocês que, momentos antes de iniciar o baile, ela sentou-se em uma daquelas mesinhas e, simplesmente, começou a catalogar todos os nomes de músicas internacionais que conhecia. Conseguiu compor várias letras juntando todas elas e invertendo apenas a ordem das palavras. Verdade seja dita, até que enganava bem!

Época de pouca grana nos bolsos que nos fazia, ante aquela rodinha de sete a oito amigos, dividir não somente o espaço de uma mesma mesa como também as despesas daquela que seria talvez a única dose de Gim Tônica ou Campari da noite. Tudo regado de muita alegria, descontração e, por que não, também de muito romantismo.

Enfim, alongando um pouco mais aquela velha frase, diria que: “saudade não tem idade”, muito menos as boas recordações.

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : gentileza Fernando de Lelis Pinheiro 

BRIGADU, GENTE!

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VOLTEM SEMPRE, ESTAMOS ESPERANDO... NO MURINHO DO ADIL