Na década de setenta,
o RUBRO BAR, juntamente com o Botachopp, era o point principal da juventude sanjoanense. Aquele varandão, com suas
mesinhas ladeando a piscina, juntamente com o charme de sua GALERIA recém-inaugurada,
tendo como carro-chefe o barzinho ZOOM FRUTAS (e seus inesquecíveis drinks e
batidas), transformavam-se num ponto de encontro sem igual. Além de formar um
complexo perfeito, eram muitíssimo bem localizados, sendo que para nós,
rapazes, da sinuca do Cida até o Rubro Bar era um pulo só.
Naquela
ocasião, sob os encantos visuais da então novíssima LUZ NEGRA, o conjunto de
nossa madrinha Nely Gonçalves de nome “OS COBRINHAS’ era, nos finais de semana,
a sensação dos bailes e das brincadeiras dançantes que ali se desenrolavam.
Quando isso não acontecia, as noites eram embaladas pelo som ambiente de suas
caixas acústicas, onde canções como Mamy Blue, Sugar Sugar, Everybody’s Talkin’,
Midnight Cowboy, I Started A Joke, Raindrops Keep Falling On My Head eram apenas
algumas que acalentavam nossos ouvidos, enquanto iam eternizando uma época.
Sinceramente, chego a acreditar que talvez
tenha sido ali, naquele espaço musical, o embrião do Pitomba.
Casa sempre cheia,
ambiente agradabilíssimo, gente bonita, onde o bom papo e as brincadeiras rolavam
até altas horas.
E como era
difícil conseguir chegar num daqueles sábados à noite lá em cima! Uma aventura da qual muitos até desistiam, e outros,
pela dificuldade, nem mesmo se arriscavam. Era gente que não acabava mais, e
muitos ficavam até mesmo travados no meio daquela escadinha de acesso que, na
época, deveria ter pouco mais de meio metro de largura. Mas tudo fazia parte da
festa, e subir então espremido entre paqueras transpirando VITESSE, era ainda
melhor.
Um fato um
tanto hilário que muito marcou uma de minhas primeiras idas ao RUBRO BAR foi
quando, após conseguir com muito sacrifício vencer aqueles degraus, ficar
impressionado ao ver a Nely cantando várias musicas internacionais. Digo
impressionado porque, dias atrás, ela havia confidenciado que não sabia dizer
uma santa palavra em inglês. Mas como? De que maneira teria aprendido tão
rápido? E era um repertório inteiro. Uma resposta que ficaríamos sabendo somente
no outro dia.
Imaginem vocês
que, momentos antes de iniciar o baile, ela sentou-se em uma daquelas mesinhas
e, simplesmente, começou a catalogar todos os nomes de músicas internacionais
que conhecia. Conseguiu compor várias letras juntando todas elas e invertendo
apenas a ordem das palavras. Verdade seja dita, até que enganava bem!
Época de pouca
grana nos bolsos que nos fazia, ante aquela rodinha de sete a oito amigos,
dividir não somente o espaço de uma mesma mesa como também as despesas daquela
que seria talvez a única dose de Gim Tônica ou Campari da noite. Tudo regado de
muita alegria, descontração e, por que não, também de muito romantismo.
Enfim, alongando
um pouco mais aquela velha frase, diria que: “saudade não tem idade”, muito
menos as boas recordações.
Crônica: Serjão
Missiaggia
Foto : gentileza Fernando de Lelis Pinheiro
Esse lugar me remete a muitos momentos maravilhosos !!! Tínhamos mesa cativa kkkkk e não era pra qquer um não . Muito bom !!! Saudades !!!
ResponderExcluirMuito legal, parabéns belo trabalho.
ResponderExcluirfoi uma época muito boa das nossas vidas, ótimas lembranças. Alguns pais não deixavam os adolescentes irem no Rubro Bar (o ambiente era exatamente como o Serjão descreveu acima) mas, eles iam assim mesmo e, tenho certeza que não se arrependeram. Estas histórias que vocês contam aqui no blog são muito muito boas. Parabéns, não desistam!
ResponderExcluirabc, Fernanda Leite