segunda-feira, 31 de março de 2014

CASOS CASAS & detalhes




Saindo da Praça do Botafogo em direção à Praça Carlos Alves, uma construção, historicamente integrada à paisagem urbana, nos chama a atenção: é o Prédio do Vestin Barbosa, um dos primeiros edifícios de apartamentos da cidade.

Sua arquitetura de formas retas e planas chega a ser um atrevimento entre o estilo art nouveau das curvas da casa do Dr. Leacyr e os pilotis modernistas do Fórum Ananias Varella de Azevedo. No entanto, não se sabe como, o edifício surgiu como um ponto de equilíbrio entre as diferentes tendências, e ali se estabeleceu.

Esta postagem é uma demanda antiga do meu irmão, Marcos Marin, que sempre disse ser um absurdo postarmos fotos e fotos de São João, mas omitirmos o velho "Vestin". Taí, brother!

Fotos: Serjão Missiaggia
Texto: Jorge Marin


CASOS CASAS & mistério ???


QUEM SABE ONDE FICA ESSA FACHADA AÍ ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA: a subida alternativa do largo da Matriz, antiga estrada para Roça Grande ou, simplesmente, Rua Galdino Furtado de Mendonça, foi reconhecida. Acertaram: Gelci Girardi Mendonça de Oliveira, Aline e Maninho Sanábio (ele voltou!).

sexta-feira, 28 de março de 2014

CAFEZIN


Eu quero uma vida simples
pão com manteiga de manhã
café com coador de pano e sanhaços
e que não me falem de aeroplanos
a brisa se quiser que venha
e o sol só se for bem manso.

Cubinhos de anil na beira do tanque
Tia Nita estava embrulhando as imagens
na véspera da quarta-feira do encontro
a Santa caiu dentro do pano roxo
e quebrou

A danada da cobra coral deslizou
por entre as achas de lenha
e, não fosse meu padrinho com o machado,
não sei não

Deu na Rádio Aparecida que o Kennedy morreu
todo mundo desandou a rezar
será que era santo?

Meu papagaio rasgou.

Poesia: Jorge Marin 

quarta-feira, 26 de março de 2014

ESSA EU VI!


Dia desses, um simpático e não menos assustado senhor, aparentando algo em torno de seus entas e poucos anos, ao adentrar sorrateiramente com sua pequena bengala na mesma locadora em que eu estava e se posicionar bem ao meu lado no balcão, ficou aguardando ser atendido.

De orelhas apimentadas, semblante tenso e suor escorrendo em quantidade pela testa, parecia carregar sobre os ombros uma generosa sensação de vergonha ou sentimento de culpa.

Já um tanto ressabiado, principalmente pela incômoda sensação de demora devido ao grande número de pessoas que se encontrava no local, olhando cabisbaixo para um lado e para o outro, dirigiu-se para os fundos da loja e começou a vasculhar aquela infinidade de filmes expostos nas prateleiras.

Numa busca incessante por inexistentes raridades infantis, bíblicas e ecológicas, após algumas negativas do funcionário em razão de não estar localizando ou mesmo por não conhecer nenhuma delas, deixou repousar a boina sobre os olhos e, um tanto ofegante, sussurrou baixinho:
- Traga-me então, um daqueles mais apimentados!
- Tem preferência, meu senhor?
- O primeiro que você pegar, e o mais rápido que puder! - de imediato respondeu.

A seguir, pisando como uma pluma, se é que podemos dizer que pluma anda, e sem mexer um único músculo do pescoço, lá se foi nosso enigmático romântico e quase centenário sedutor virando a esquina , ou seja, da mesma forma discreta que surgiu simplesmente, desapareceu.

Achei apenas bem mais eufórico do que quando chegou.

Crônica: Serjão Missiaggia (jan. 2006).

segunda-feira, 24 de março de 2014

CASOS CASAS & detalhes





Cidade acorda, calma e vazia,
mas, nem o sol surgiu no firmamento,
já vou subindo a Rua do Sarmento
viver a vida por mais este dia.

Aqui vivi as minhas alegrias,
também senti todos os sofrimentos,
e quem diria que este abafamento
é para mim uma nova energia.

Escuto o sino da Igreja Matriz,
já atravesso em frente aos Trombeteiros
e o meu destino é simples e certeiro.

Vou dar receita para ser feliz:
ficar aqui olhando para o céu
sentado na praça do Coronel.

Fotos: Serjão Missiaggia
Soneto: Jorge Marin

CASOS CASAS & mistério ???


QUE LUGAR É ESSE ??? ALGUÉM JÁ PASSOU AÍ?

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA: A casa da subida do Morro do São José foi reconhecida pelo Luiz Carlos Moura e, lógico, também pelo João Furiati que nasceu e se criou ali, mandando para o nosso Face uma foto da casa quando ele ainda era criança. Obrigado.

sexta-feira, 21 de março de 2014

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS DORES


Tomando café com a mulher, ela pergunta:
- Então quer dizer que o verão acabou?
- Ontem já era outono – respondo. Quando eu estudava no “Judith Mendonça”, o verão começava no dia 21. Mas agora, parece que mudaram tudo, sei lá...
Minha mulher pousa a xícara no pires e me desafia:
- Então, onde é que estão as águas de março?

Olho pela janela, venta, um sol maravilhoso desafia os discursos, os preceitos, os tratados e até mesmo a música de Tom Jobim.  De repente, éramos crianças e, ali em frente ao antigo Tiro de Guerra, era 1964 e o governador de Minas vinha em comitiva trazendo boas novas.

Católicos, fazíamos uma fila imensa, que ia até a esquina da Rua do Descoberto e aplaudíamos.  Militares passavam com suas fardas de honra, luvas brancas e coturnos (já ia escrevendo soturnos) bem engraxados.

Meio libertário, já um tanto rebelde, mesmo me arriscando a perder a nota de Comportamento e encarar a fúria da Dona Renée, fiz a minha primeira rebelião e, num gesto impensado, saí da fila e, com meu amigo Helinho, atravessamos no meio dos atiradores em parada e ficamos sozinhos do outro lado, o lado proibido.

Não havia tempo para nos resgatarem, o Governador vinha passando, sorrindo e acenando para todos. As escolas com suas professoras e alunos ficaram todos do lado direito, na subidinha do Ginásio.  Eu e o Hélio, vejam só, resolvemos ir para a esquerda.

Como estava descendo para a Prefeitura, também do lado esquerdo, o Governador nos viu ali, sozinhos, passou pelo meu amigo, me cumprimentou e, olhando nos meus olhos, perguntou:
- Tudo bem, menino? – e me abraçou. Se eu fosse algum tipo de profeta, ou menos ingênuo, poderia ter dito:
- Não, não está.  Eu não quero que nada disso aconteça.

Mas, como já falei, eram outros tempos. Me lembro que voltei todo feliz pra casa, coloquei a minha roupinha de PM, e saí cantando pelo terreiro:
- Marcha, soldado, cabeça de papel...

Crônica: Jorge Marin

quarta-feira, 19 de março de 2014

FELIZ APENAS


Ao contemplar essa bela imagem enquanto passava pela Rua Nova com Joaquim Murtinho, lembrei-me novamente deste escrito.   

                                                FELIZ APENAS

Quando a tristeza vier te procurar, tentar apagar o brilho dos teus olhos e na sua face mergulhar, feche o coração e apenas diga NÃO.

Diga SIM à luz do sol... Eterna luz que chega a nós, após percorrer toda uma imensidão.

Diga SIM à magia infinita do luar, que, no silêncio da madrugada, nos dá sempre a certeza de que um novo amanhecer virá.

Diga SIM ao sagrado ar que respiramos... O mesmo ar que nos dá a vida e, em meio a tantas feridas, ainda nos acompanha em cada canto, cada lugar.

Diga SIM às longínquas estrelas e, tentando tocá-las, verás que vencerá a distância com um simples olhar.

Diga SIM a uma simples canção sem deixar jamais de escutar a voz do silêncio que vem do coração.

Enfim... Diga SIM aos pequenos detalhes e momentos, cada passo, gesto ou movimento e, se puder sentir o vento, verá que nunca esteve só.

Somos personagens de uma linda e passageira CENA chamada VIDA, que nos pede apenas para ser FELIZ...


Crônica e foto: Serjão Missiaggia        

segunda-feira, 17 de março de 2014

CASOS CASAS & detalhes




Essa é a Rua Dr. Fortes Bustamante.  Poderia, simplesmente, lembrar dos momentos inesquecíveis que vivemos na Eletrônica Transtec, do Sílvio Heleno, que dariam um livro.

Mas, só agora me dei conta que, quase sexagenário, não tenho a menor ideia de quem tenha sido o Dr. Bustamante e, pelo que descobri, ela era mais FORTE do que Bustamante.  Chamado de Doutor da Pobreza, ele não teve tanta fama quanto o Dr. Carlos Alves, mas, da mesma forma que este, lutou contra os surtos de febre amarela e varíola que tiraram a vida de muitos sanjoanense na virada do século XIX para XX.

A verdade é que o Dr. Fortes Bustamante viveu a maior parte da vida em Rio Novo, vindo para a nossa cidade com 58 anos, idade em que muitas pessoas estão pensando em "pendurar as chuteiras".

Aqui chegando, a febre amarela já havia levado grande parte da população, inclusive os médicos: Dr. Del-Vecchio, Dr. Gomide e o Dr. Carlos Alves.  Pois o Dr. Fortes Bustamante, que tinha vindo para assumir um cargo público, arregaçou as mangas e, durante dois anos, salvou incontáveis vidas.

Mas a sua maior adversária foi a ignorância: tentando implantar uma medicina profilática, não consegue convencer o povo que a ameaça havia passado e, poucos anos depois, a febre amarela volta com força total.  O médico assume, sozinho, o encargo de cuidar de 262 doentes, e salva 248!

Depois veio a varíola e, com ela, outra luta: convencer as pessoas a enterrar seus mortos no cemitério novo.  Novamente, o brilhantismo do médico e a sua luta pela saúde pública prevaleceram.

Vinte anos depois de sua chegada a São João, chegou a vez de ele próprio partir para o descanso eterno.  Vinte anos... época suficiente para se tornar herói.

Fotos: Serjão Missiaggia
Texto: Jorge Marin


CASOS CASAS & mistério ???


QUEM SABE ONDE FICA ESSA CASA ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - Somente o Bellini acertou, e participou, do carnaval no remanso, com amigos e família, na Rua Nova.

sexta-feira, 14 de março de 2014

A VIDA É UMA GRANDE ILUSÃO (?)


“Vida, para um pouco, por favor...
Por que não te demoras em cada felicidade?
Por que não te aceleras em cada desventura?...”

Recebemos, da amiga e membro da família Pitomba, Edna Maria Missiaggia Picorone, uma poesia escrita por ela no dia do seu aniversário, em 1961, da qual transcrevo um pedacinho, pois, como tudo que é feito pelos Missiaggia, o texto é surpreendente, não só pela clareza de pensamento de uma criança brilhante, mas também pela emoção contida nas palavras.

Menina, ela expõe alguns dos princípios que, depois de anos e anos de pesquisa teológica e filosófica, ainda não consegui captar.  Ontem, lendo a notícia sobre a morte do Paulo Goulart e, observando a dor vivida pela Nicette Bruno, percebi como as coisas felizes e tristes são interligadas, a ponto de podermos nos arriscar a dizer que uma é consequência da outra.

De fato, a luz mais forte produz uma sombra mais consistente.  Um amor com sessenta anos de convivência, vai produzir um luto imenso, dificilmente recuperável. Lembrei-me também da minha mãe, a dona Olga que me pegava pela mão para assistirmos juntos a novela “O meu pé de laranja lima”, na qual a Nicette fazia o papel de Professora Cecília.

Baixinha como a personagem, minha mãe se identificava com ela e acalentava um sonho: ter também um casamento tão feliz e duradouro.  Em 1995, ano em que completaria os tão sonhados 40 anos de casamento, viu o seu amor Irenio partir de forma boba e rápida, assim como acontecem todas as mortes.

Sentado aqui, 44 anos depois, ainda escuto minha mãe cantarolando o tema da novela na cozinha: “depois da chegada, vem sempre a partida, porque não há nada sem separação...”

Crônica: Jorge Marin
Foto: Disponível em http://oglobo.globo.com/cultura/revista-da-tv/paulo-goulart-nicette-bruno-uma-historia-de-amor-que-durou-60-anos-11871058

quarta-feira, 12 de março de 2014

PARÁBOLA DO MACARRÃO SEGUNDO MATHEUS


Sempre me divertindo com os causos de uma amiga, ao narrar no face as traquinas de seus pimpolhos, lembrei-me de um fato que aconteceu aqui em casa.

Vozes exaltadas na mesa.

Almoçávamos... num dia qualquer de maio de 1998, enquanto discutíamos qual a origem do macarrão.

Paulinha, como toda boa estudante, tenta de imediato se impor dizendo que se originava do Japão.

Dorinha, como toda boa mãe, tentando dar uma de entendida, diz que seu início teria sido na China.

Serjão, como todo bom pai, descendente de italianos, tentando puxar sardinha para seu lado, diz que seria a Itália sua origem.

Entre tantas dúvidas, só nos restou, em tom de brincadeira, perguntar ao Matheus de onde teria vindo o macarrão.

Ele, da altura dos seus QUATRO aninhos, com a boca suja de feijão, olhinhos arregalados e, como toda boa criança, ingênua e prática, de imediato respondeu:
- DO SUMERCADO DO JOÃOVANDIR!

Crônica: Serjão Missiaggia (1998)

Foto: GettyImages, disponível em http://ameninaquematavacaracois.wordpress.com/2010/06/04/uma-crianca/

segunda-feira, 10 de março de 2014

CASOS CASAS & detalhes






Muita gente que passa pela Rua Barão de São João Nepomuceno, tanto em São João, como em Juiz de Fora, pode ficar pensando que esta pessoa, o Barão de São João Nepomuceno, tem algum tipo de envolvimento com a nossa cidade. Mas, na verdade, não tem muita coisa, a não ser que esse barbacenense, nascido em 1807, foi presidente da província de Minas Gerais, o mesmo que governador hoje.

Na escala de nobreza, os barões constituem a base da pirâmide.  Embora o Barão de João Nepomuceno tivesse o mesmo nome do imperador, Pedro de Alcântara, era apenas um súdito leal e rico, ou seja, um político.

Na época do segundo império, o grande foco da economia brasileira eram as ferrovias.  Trem é o que havia de mais moderno e a EFUM - Estrada de Ferro União Mineira, concorrente da nossa Leopoldina, era dirigida pelos três barões: o de Juiz de Fora, o de Santa Helena e o de São João Nepomuceno, o citado Pedro de Alcântara Cerqueira Leite que, no final de sua vida, foi para a sua fazenda no município de Simão Pereira.

A NOSSA Barão de São João Nepomuceno é, com certeza, mais interessante.

Fotos: Serjão Missiaggia
Texto: Jorge Marin


CASOS CASAS & mistério ???


QUE LUGAR É ESSE? QUEM VIU NO CARNAVAL?

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA (foto antiga da Praça Daniel Sarmento): Maninho Sanábio, Vinícius dos Santos Dias, Angela Márcia Moraes, Getúlio Mendonça Machado, Wellington Itaborahy, Aline Costa, Vitor Benetti, Valma Ribeiro e Rita Gouvêa Knop.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Ser feliz é TUDO que se quer


Lá se vai o carnaval e, com ele, um monte de momentos felizes... e tristes também.

Há, em cada um de nós, essa certeza, vinda não se sabe de onde, de que existe uma coisa chamada FELICIDADE SUPREMA e, em nome disso, orientamos nossas vidas para buscá-la.

Mas alguém aí já viu uma única pessoa 100% feliz? É possível, num mundo mutante, acelerado, desgovernado, conseguir capturar a felicidade e mantê-la intacta, a salvo da inveja dos outros, da ganância do Estado e do nosso próprio despreparo para vivenciá-la?

A felicidade, vista dessa maneira, muito se assemelha a uma droga: tomo uma picada de “felicidade suprema” e o barato que experimento é tão bom, tão completo e tão prazeroso que não importa mais quem eu sou.  Percebem?  Em função de uma “felicidade” que me dizem que existe, eu acabo confundindo aquela experiência, transitória (como todas), num ideal de vida a ser conservado e, o que é pior, nesse processo eu me ANULO.  Já não existe mais eu... só a felicidade.

No entanto, só porque a felicidade suprema é um conceito ideal, isso não significa que eu tenho que desistir da vida e me deprimir num canto, esperando a morte chegar.  Isso porque a felicidade HUMANA, e portanto, transitória, fugaz e tão efêmera quanto à tristeza, não apenas existe, como é plenamente possível.

Mas... para ser feliz por uns momentos (que a maioria de nós considera inesquecíveis), é preciso uma certa dose de coragem, desapego e inteligência. Não falo da inteligência acadêmica que tem um discurso de causa e efeito prováveis e monolíticos.  Falo da inteligência camaleônica de quem muda porque o meio ambiente muda, e do desapego às instituições sufocantes que criam leis e regras sobre um suposto comportamento ideal.

“Nada do que foi será do jeito que já foi um dia”, já afirmavam Heráclito de Éfeso e Lulu Santos do Rio, rio este que, segundo a filosofia de ambos, não pode ser percorrido duas vezes.

Viver é um tiro no escuro, um soco no espelho e um disparo do coração.  Felicidade é só um código de barras.

Crônica: Jorge Marin

quarta-feira, 5 de março de 2014

FALANDO & SÉRIO - Repensando o Carnaval


Mesmo não sendo um folião inveterado, sempre gostei desta época de carnaval, principalmente em função dos muitos amigos e parentes que encontramos e que sempre aparecem na terrinha neste período.  

Boas prosas rolam e os momentos sempre se tornam agradáveis e descontraídos. 
                                        
Infelizmente, devido um cenário apocalíptico que vinha sendo vislumbrado (e havia muitíssima razão para isso), fui aconselhado por algumas pessoas a, não só deixar a garbosa neste período de carnaval, como também colocar alguns TAPUMES de madeira em frente à minha casa.

Enquanto algumas famílias começaram a proceder desta forma, resolvi aguardar um pouco mais, pois acreditava que algo iria ser feito e que o bom senso de uma equipe, a meu ver, MAIS QUE COMPETENTE, com certeza, iria prevalecer.

Assim, enquanto algumas MEDIDAS OPORTUNAS vindas do poder público começaram a se tornar realidade, dentre as quais o alento que seria dado aos nossos ouvidos, no que tange aqueles EXCESSOS SONOROS que em nada lembram o carnaval, comecei a me convencer de que abandonar o barco, depois de todos esses anos, não seria assim tão necessário.

E, claro, associando a tudo a isso a feliz iniciativa de se tentar resgatar o VERDADEIRO CARNAVAL, aliado a um excelente ESQUEMA DE SEGURANÇA.

Pois foi assim mesmo que aconteceu e, mesmo diante de alguns lamentáveis acontecimentos, tivemos dentro do possível e na maioria dos dias, um carnaval alegre, ORGANIZADO e que deixou boa impressão, principalmente para aqueles GENUÍNOS turistas que nos visitaram.

Se, por um lado, nem tudo saiu perfeito, por outro as INTENÇÕES foram DIGNAS DE APLAUSOS.  A semente foi plantada e, com certeza, poderá trazer BONS frutos no futuro, sendo o principal deles o retorno maciço de nossos CONTERRÂNEOS à terrinha neste período.

Penso apenas que, o quanto antes, alguma coisa deveria ser pensada em relação a essa invasão meio que descontrolada da cidade por milhares de pessoa no dia do barril, fato que gera um triste fenômeno, que é aumento considerável de ocorrências pelas ruas após seu desfile. Acredito que poderá estar ai a resposta, mas reconheço ser uma equação um tanto difícil de ser resolvida.

Enfim, confesso que algumas dessas SÁBIAS MEDIDAS que tanto contribuíram para que houvesse uma sensível melhoria durante esses quatro dias de folia, irão deixar SAUDADE, pois não podemos esquecer que, se de um lado os turistas se foram, por outro os ANFITRIÕES aqui permanecerão o ano inteiro.

Crônica: Serjão Missiaggia

segunda-feira, 3 de março de 2014

CASAS CASOS & detalhes - RETRÔ




Quando publicamos aqui no BLOG, na semana passada, a descrição do carnaval sanjoanense do início do século XX, muitas pessoas se emocionaram e ficaram curiosas, perguntando: "mas era assim que minha avó pulava o carnaval?" e outros, saudosistas: "o carnaval naquela época é que era bom!".

O fato é que aquele texto, escrito em 1916, mostra uma coisa: o Carnaval de São João é MARAVILHOSO porque o povo é maravilhoso, isso em 1910, em 1970 ou agora em 2014.  Sanjoanenses fazemos essa festa ser boa, alegre e hospitaleira.

Se a festa se torna, às vezes, desagradável é porque existem, e sempre existiram, pessoas desagradáveis.  No entanto, é com o entusiasmo de cada um que conquistamos, e vamos conquistar sempre, GLÓRIAS E APLAUSOS!

Fotos: Roberto Capri, do álbum "Minas e seus municípios", de 1916 (Amazonas e Gaúchas do Préstito do Democráticos, animadas pelo Grupo Musical "Memória Daniel Sarmento").
Texto: Jorge Marin

CASOS CASAS & mistério - RETRÔ


QUE LUGAR ERA ESSE EM SÃO JOÃO NEPOMUCENO ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - A batalha pelo título de MAIOR CONHECEDOR DE SÃO JOÃO está acirrada: Daniel Velasco, Antônio José Calegaro, Walter Badaró, Diego Silva, Maninho Sanábio e Erika Freitas reconheceram a casa na Rua Maurício Velasco, atrás do Hospital.

BRIGADU, GENTE!

BRIGADU, GENTE!
VOLTEM SEMPRE, ESTAMOS ESPERANDO... NO MURINHO DO ADIL