sexta-feira, 31 de março de 2017

VOCÊ É CHATO? - FAÇA O TESTE AQUI


Não sei se devido ao peso dos sessenta anos que vão chegando, o fato é que, a cada dia, tenho me sentido mais CHATO.

Chato, não sei se vocês pararam pra pensar, é justamente aquela pessoa que, num texto ou numa conversa, tenta explicar o conceito científico de “chato”.

Ser chato é isso. Essa preocupação absurda em querer impor suas ideias, seus conceitos e, principalmente, sua absoluta certeza de que ele está CERTO.

Assim, tenho adquirido, com o passar do tempo, essa fantástica habilidade de ser intolerante e, ao fazer isso, acabo me tornando, eu mesmo, mais um chato.

Como assim? Eu não tenho suportado algumas coisas que a maioria das pessoas entende que poderiam ser suportadas em nome da convivência. Por exemplo: pessoas que falam muito alto, pessoas que mentem compulsivamente, pessoas que fumam do seu lado e, para completar o pacote, jogam o cigarro aceso pela janela.

Outras coisas que não suporto: pessoas que trazem seu cachorro para fazer cocô na sua porta, ou que param seu carro na sua garagem, ou que, de maneira sonsa e cínica, furam a fila do supermercado ou do cinema.

Lógico que, numa sociedade séria, na qual as regras são respeitadas, seriam essas pessoas os chatos e eu o “normal”, seja lá o que for isso. Mas, dentro de uma nação esculhambada, onde burlar, mentir e se dar bem é a regra, estou me tornando o grande chato.

Além disso, se você tiver dúvidas se você é ou não chato, pergunte à sua esposa. Ela certamente lhe confirmará isso, e é capaz de fazer uma verdadeira tese de doutorado indicando suas chatices mais bizarras.

O curioso é que isso ocorre também com os maridos que, perguntados sobre a pessoa mais chata do mundo, indicarão, com a voz baixa, ou alta, a própria esposa. Mas isso não quer dizer que apenas o cônjuge é chato. A família é uma fonte inesgotável de chatice.

Querem um exemplo? Seu cunhado chega, logicamente na hora do almoço, e pede os seus óculos RayBan emprestados. Diz que é pra parecer bem sucedido numa entrevista de emprego. Ora, isso é uma coisa ridícula. Primeiramente, porque quem já é bem-sucedido não está desempregado. Em segundo lugar, pedir óculos emprestados é uma proposta tremendamente chata. E, finalmente, uma certeza: ele não vai devolver os óculos!

Assim, vou terminando a crônica, para não ser chamado de chato. Espero que, ao divulgá-la no Face, não venha nenhum chato tirar alguma conotação política do texto.

Crônica: Jorge Marin 
Foto     : Still do filme Gran Torino  

MÚSICAS QUE O PITOMBA ESCUTAVA


ESTE DEIXOU SAUDADE!!!

quarta-feira, 29 de março de 2017

O MELHOR LUGAR DO MUNDO É AQUI E AGORA


Como todo ser mortal que se preza, e que recentemente acaba de se aposentar, querendo ou não começam a aguçar aqueles pensamentos tão próprios de quem ficou 35 anos ralando ininterruptamente no trabalho. Aí, de imediato, nos vem à mente aquela musiquinha do Zé Rodrix que diz: “EU QUERO UMA CASA NO CAMPO ONDE EU POSSA COMPOR MUITOS ROQUES RURAIS...”

Começamos até a visualizar a possibilidade de poder estar nos doando em tempo integral ao Blog, curtindo aquilo que mais gostamos de fazer, ou seja, ficar vez ou outra brincando de escritor, rabiscando aquele monte de bubiça que nos vem à cabeça.

De poder dispor daquele tempinho para estar lendo as notícias do Fogão sentado numa pracinha qualquer da cidade, preferencialmente à sombra de uma árvore. (Se bem que esse ser vegetal está se tornando cada vez mais uma raridade!). Ou mesmo voltar a sair em rolé de bicicleta lá pelas bandas daquela antiga estradinha de acesso a Roça Grande, sentindo aquele cheirinho de bosta de boi, escutando o silêncio e vendo o por do sol (Escutar o silêncio foi ótimo).

Retornar com aquelas peladinhas de futebol dominicais, ao lado de alguns amigos barrigudos, que possivelmente também não jogavam há quase trinta anos. E, se for novamente ali naquela quadra do Coronel, melhor ainda, pois ficamos praticamente debaixo do sino da igreja, a chamar os fiéis pra missa. (curto muito o dobrar de sinos).

Poder estar assistindo a um bom filme ou algum programa (Se estiver reprisando o Chaves, ainda melhor) e tirar uma relaxante sonequinha depois do almoço. Isso pra não falar, é claro, de combinar com meu eterno rival e blogstafoguense cumpade e parceiro amigo Jorge Marin, alguns futuros encontros pelas montanhas e novos desafios na sinuca.

Ah! Já ia me esquecendo de reprogramar aquelas antigas visitas que fazia vez ou outra ao atelier do amigo Adauto Modas pra ficar escutando aquele monte de vinil arranhado. Lembram dos The Mamas And The Papas?

Poder tranquilamente tirar um dia somente pra cortar meu cabelo no esotérico salão do Zé Bicudo ao som dos boleros, tangos, instrumentais indianos, solos de flautas. Tudinho acompanhado de uma mística e profunda conversa descompromissada.

Pensei na possibilidade de voltar a frequentar com mais tranquilidade o barzinho de um amigo, onde assiduamente sentávamos nos finais de semana, pra saborear sua inigualável porção de traíra acompanhada daquela meia dúzia de duas cervejas. Acreditariam se dissesse que já fiquei de pileque com isso?

Como gran finale, uma boa chegada na oficina do nosso amigo e tecladista Suveleno, pra falar do Pitomba. Enfim, descompromisso de horário e regado de uma generosa dose de sossego.

Mas, num piscar de olhos, vi que meus devaneios se dissiparem como folhas ao vento. Tudo muda muito rapidamente e o passado não fica inerte a nossa espera. Alguns amigos se foram, lugares já não mais existem.

Aí me lembrei daquela outra musica do Gilberto Gil em que diz: “O MELHOR LUGAR DO MUNDO É AQUI E AGORA” e que a grande magia é estarmos vivendo com toda plenitude o momento presente e o próximo por do sol.

“AVIDA NÃO PODE SER ECONOMIZADA PARA AMANHÃ.
  ACONTECE SEMPRE NO PRESENTE”  (Rubem Alves).

Crônica e foto: Serjão Missiaggia

segunda-feira, 27 de março de 2017

BELEZAS DA TERRINHA


PROTEGENDO SÃO JOÃO.

COMENTÁRIOS SOBRE A RUA CAPITÃO BASÍLIO - Mais de mil e seiscentas pessoas observaram a rua publicada na semana passada. Uma parte dos observadores, liderados pela Fernanda Macêdo, Antônio Carlos Bezerra e Rita de Cássia reconheceram a rua, principalmente pela casa do Tonico Machado, enquanto um outro grupo jurava que era o Beco das Flores. No final das contas, a família Machado bateu o martelo. Dádiva e Tonho Machado falaram mais alto: MORRO DO MACHADINHO!

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

TODA CASA TEM UM CASO


QUEM SABE ALGUM CASO DESSA CASA???

CASA DA SEMANA PASSADA - Continuando pela Rua do Descoberto, chegamos a outra casa da família Zampa (do sr. Fernando e dona Olívia, como informou o Carlos Antônio Zampa, neto do casal). Como havíamos publicado a casa do sr. Nelson, muita gente confundiu as duas casas. Outros que acertaram foram: o Marcelo Oliveira e a Rita Knop.

Mas coube à Ana Emília Silva Vilela contar o caso: "eu morava com o tio Jair e a tia Hercília Zampa (pais do Carlos Antônio), e todas as noites, após fechar a loja (Casa Matos), íamos visitar o sr. Fernando, D. Olívia, Quinha e Irene (da loja O Guri). Na maioria das vezes, chegava o sr. Nelson, o Orlando, e os assuntos eram sempre muito interessantes. Família de descendência italiana. A uma determinada hora, eu ia pra rua brincar. Tinha muitas crianças na rua e, quando eram 21 horas aproximadamente, o tio Jair chegava na janela e me chamava. Eu entrava para tomarmos café e depois íamos embora. Não esqueço o gosto do café da Dona Olívia. Aquela xícara delicada, fininha! Muita saudade daquele tempo".

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat imagem: Jorge Marin

CASOS CASAS & mistério???


ONDE FICA ESSE COQUEIRO???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - Os três primeiros a reconhecer o prédio da Cooperativa, ao lado do Banco do Brasil, foram: Fernanda Macêdo, Márcio Velasco e Diva Guazzi Knop.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

sexta-feira, 24 de março de 2017

CARNE DE PAPELÃO


Tenho corrido de política como o diabo corre da cruz. Mas, aqui e ali, alguns fatos do dia a dia acabam nos causando revolta e não resisti: publiquei uma mensagem contra a reforma da previdência no Face.

Achando ter cumprido um dever cívico (embora seja apenas mais uma bobagem publicada nas redes sociais), volto para curtir o que eu realmente gosto, que são as músicas dos anos 70, filosofia, budismo, teatro, e piadas. Nisso recebo o inbox de um amigo com o seguinte comentário: “Se você é eleitor da Dilma, também é eleitor do Temer. Logo, não pode reclamar, pois é o SEU candidato que está detonando a classe trabalhadora”.

Fico pensando nessa lógica e chego à conclusão que não há resposta possível para esse questionamento. Se eu disser que não era isso que estava no programa de governo da minha candidata, vai dizer que eu sou ingênuo. Se eu disser que era isso que o candidato dele faria, vai me responder que não tem candidato e que, aliás, nem vota.

Surge, assim, uma coisa que detesto: a figura do APOLÍTICO. Não que a pessoa não possa detestar política. De repente, ela tem mais o que fazer e está mais preocupada com os seus assuntos pessoais do que com o destino dos outros. Na Grécia Antiga, esse tipo de pessoa, mais centrada em seus interesses particulares, era chamada de IDIOTA (do grego idiotes, que significa “indivíduo privado”).

Mas o que me irrita é o seguinte: se esse idiota (ainda no sentido grego) é apolítico, por que é que ele acha que tem que dar pitaco na postagem daqueles que querem participar de grupos que integram a pólis (cidade) e, por isso mesmo, chamado de políticos? Quando os políticos queriam, na Grécia, saber da opinião desses plebeus, chamavam-nos para uma opinião coletiva, o que se chamava (chama até hoje) PLEBISCITO.

A posição do apolítico é, a princípio, muito confortável, porque, seja qual for o acontecimento político do momento, ele critica. No entanto, como ele não opina, fica obrigado a sofrer TODAS as consequências dos seus não-atos. Afinal, quem não toma partido, toma... sei lá onde.

No tempo do golpe militar, me diziam “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Hoje sei que, na verdade, manda quem permitimos que mande e obedece quem tem medo. Carne de papelão, sangue de barata.

Crônica: Jorge Marin
Foto     : disponível em https://assimerahollywood.wordpress.com/2013/01/10/filmes-em-busca-do-ouro/

MÚSICAS QUE O PITOMBA ESCUTAVA


QUEM JÁ DANÇOU AO SOM DESSA MÚSICA???

quarta-feira, 22 de março de 2017

AINDA NOSSO TRÂNSITO


Foi acompanhando as noticias sobre os EXCESSOS de VELOCIDADE praticados por alguns motoristas na Rua Capitão Ferreira Campos e os recentes acidentes envolvendo motocicletas, que resolvemos falar um pouquinho mais sobre o trânsito. Por sinal, fato este que não é somente “privilégio” da referida rua, e sim de quase todo o centro da cidade.

Mas, ainda antes, abrimos aqui um pequeno parêntese para elogiar nossos MOTORISTAS, principalmente no que se refere às faixas de pedestres. Observa-se que, na sua quase maioria, são pessoas EDUCADAS, respeitadoras das leis e, acima de tudo, dos transeuntes, comportamento que não acontece na maioria das cidades brasileiras, e que é amplamente notado e comentado por aqueles que nos visitam.

Infelizmente, não poderemos dizer o mesmo quanto à totalidade de nossa imensa frota de MOTOCICLETAS. Aliás, uma maior FISCALIZAÇÃO no que tange à prática de se fazer a adulteração nos ESCAPAMENTOS ORIGINAIS com a nítida intenção de se provocar mais RUÍDOS aliado aos excessos de velocidade, já se faz por necessária há um bom tempo. Não podemos esquecer que overdose de barulho também se traduz numa forma de VIOLÊNCIA URBANA!

Mas, voltando ao trânsito, é nítido que, em função do perfil geográfico de nossa cidade, aliado ao crescente número de veículos, o espaço físico para trânsito no centro se tornou pequeno. Tem esquina, como é o caso da Rua Zeca Henriques com Fortes Bustamante, que, em função de seu congestionamento, vai se tornando em determinados horários, verdadeiro pavor aos transeuntes.

Não será difícil imaginar como ficará isso no futuro, principalmente se não se tentar, desde já, encontrar uma solução para DESAFOGAR um pouco o trânsito em algumas ruas centrais. Por sinal, achamos bastante sensato e oportuno quando, na primeira reunião da câmara, um vereador sugeriu a contratação de uma empresa especializada em Engenharia do Trânsito, com a finalidade de promover a melhoria do tráfego nas Ruas Centrais da cidade. Sem esquecermos, claro, de termos também, aqui mesmo na terrinha, pessoas altamente CAPACITADAS para tal.

Enfim, qualquer boa intenção ou ideia de pouco ou quase nada adiantarão se não vierem, antes de tudo, também acompanhadas de uma MAIOR FISCALIZAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO no trânsito.

Crônica e foto: Serjão Missiaggia (a foto é de Outubro  de 2013!)

segunda-feira, 20 de março de 2017

SE ESSA RUA FOSSE A MINHA


QUEM SE LEMBRA DE HISTÓRIAS VIVIDAS NESSA RUA???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia

TODA CASA TEM UM CASO


QUEM CONTA UM CASO DESSA CASA???

CASA DA SEMANA PASSADA - A casa do sr. William Pipoqueiro na Rua Daniel Sarmento (onde hoje mora a Darquinha) foi reconhecida pela Rosana Espídola, pela Graça Lima, e pela Rita de Cássia Campos.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

CASOS CASAS & mistério???


ONDE É ESSE LUGAR???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - Percebemos que, além de acertar a maioria dos "mistérios", o Maninho Sanábio vem se profissionalizando nessa arte: na semana passada ele se superou ao dar a resposta correta (foto aérea da Escola Dr. Augusto Glória) ANTES que publicássemos no Facebook! Ele foi direto no Blog e deu a resposta no comentário do mistério da semana passada. É mole? Evanise Rezende e Ana Emília Silva Vilela também acertaram.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia

sexta-feira, 17 de março de 2017

POR QUE GOSTAMOS TANTO DE SER ENGANADOS?


Vendo a fila imensa de pessoas aguardando a vez para tomar a vacina contra a febre amarela, me lembro de um fenômeno ocorrido nos Estados Unidos e que está se constituindo num sério caso de saúde pública naquele país: cada vez um número maior de pais tem se recusado a permitir que seus filhos sejam vacinados.

O motivo? Um trabalho publicado na revista científica Lancet, em 1998, no qual um médico inglês afirmava que algumas vacinas poderiam causar o autismo em crianças. A reportagem foi contestada, o conselho de medicina cassou o registro de medicina do tal médico, e a própria revista se retratou e tirou a matéria dos seus arquivos de dados.

No entanto, apesar de todos os desmentidos, muitos pais americanos e ingleses CONTINUAM não permitindo que seus filhos sejam vacinados. Vai que!

Esse boato, que está tendo como consequência um aumento do número de doenças já erradicadas, como o sarampo, é analisado no livro Denying to the Grave (algo como "Negando até a Morte”), onde dois profissionais de saúde, Jack e Sara Gorman, pai e filha, tentam descobrir por quê as pessoas teimam em negar fatos cientificamente comprovados, ainda que isto vá lhe causar algum mal ou transtorno.

Ainda vendo aquela filona, fico pensando que talvez as pessoas GOSTEM DE SER ENGANADAS. Vejam, por exemplo, o caso dos boatos no Facebook. De uma hora pra outra, alguém cola na sua “linha do tempo” uma informação dizendo que o Facebook vai tornar pública todas as suas informações e que, se você colocar aquela mensagem, o Face vai investigar CADA UM dos seus um bilhão e seiscentos milhões de usuários, e não vai divulgar as SUAS informações.

Vejam bem o absurdo disso, até mesmo porque quem publica alguma informação no Face, jogou aquela merda ao vento, ou seja, não tem mais controle, e, principalmente, qual o interesse que as pessoas pensam que as nossas vidinhas sem graça teriam para o mundo?

Há poucos dias, outra polêmica agitou as redes sociais: o deputado Fábio Ramalho, mineiro de Malacacheta, propôs redução da pena para o crime de estupro de vulnerável, quando não houver penetração ou sexo oral. O engraçado é que um bando de gente passou a DEFENDER a opinião do deputado nas redes.

Enfim, quando a pessoa prefere acreditar, sem questionar, naquilo que lhe dizem nas mídias, todo abuso, contra si, ou contra os seus, é plenamente justificado. Aí incluídos os que acham que a “reforma” da previdência é uma boa coisa.

Crônica: Jorge Marin


MÚSICAS QUE O PITOMBA ESCUTAVA


QUEM SE LEMBRA???

quarta-feira, 15 de março de 2017

FRUTO DO AMOR


Sinceramente, ainda não conheci uma pessoa que não gostasse de dar uma boa trepada. Sejam homens, mulheres, jovens, sendo que estes últimos, em função daquela energia hormonal tão peculiar da idade, partem com tudo para as vias de fato. (Pior que, somente depois, é que irão pensar nas conseqüências).  Lógico que cada um, a seu jeito e lugar, pois nem todos são iguais. O fator físico e, principalmente, o emocional, exercem papéis importantíssimos nesse momento, sendo que, juntos basicamente, é que irão ditar as regras de uma boa trepada.

E, já que falamos em fator psicológico, nos deparamos de imediato com o MEDO, e, se for marinheiro de primeira viagem ou mesmo aquele que já passou de certa idade, haverá risco iminente de se ter que conjugar o verbo FALHAR. Além da situação desconfortável que sempre acontece nesses casos, provavelmente o fracassado, devido ao trauma (vergonha e gozações), não irá tão cedo tentar uma segunda vez.

Por experiência própria, reconheço que toda estreia gera ansiedade e, quanto mais jovem for nosso iniciante, maior as possibilidades de decepção. Geralmente nessa fase, a garotada quer mesmo é estar o mais longe possível de seus pais, pois a maioria deles, devido ao perigo, fica a aconselhar seus filhos a esperarem um pouco mais. (O negócio é dominar o assunto, para depois serem liberados pra ir com tudo pra cima delas).

Isso pra não falar daquela coisa enjoada de pai machista, querendo a todo custo dar uma de gostosão, tentando mostrar ao filhão que aquilo não seria nenhum bicho-papão e que teria sido ele, na adolescência, um expert no assunto. Precaução naquela época era pura conversa fiada, sendo que a maioria, para aproveitar a naturalidade do momento, gostava mesmo era de trepar sem camisa. A falta de responsabilidade acaba gerando alguns arranhões.

Ainda falando da impulsividade dessa garotada, um fenômeno interessante e que vai atravessando gerações e gerações (não sei se por insegurança ou mesmo por autoafirmação) é o fato de gostarem de estar sempre em turma. E a essa meninada mais jovem, quase sempre “seca” pra dar suas primeiras trepadinhas, aconselho irem sempre devagar ao pote, pois know-how nessas horas será sempre fundamental.

Tem os que gostam das mais baixas, enquanto outros adoram as mais altas.  A verdade é que, quanto mais difícil for, maior será a vontade de conquistar e poder explorar cada detalhe de suas extremidades. E é aí que mora o perigo!

Mas, independente da altura, sempre nos sentimos entre as nuvens, principalmente quando já estamos em cima delas. Pena que hoje as coisas mudaram muito e está ficando cada vez mai difícil um bom local pra se trepar. Eu, particularmente, sempre preferi as não tão altas. Confesso que a pegada se torna bem mais fácil.

Um bom condicionamento físico sempre ajuda, mas acontece que muitos, por não esquentarem a cabeça, aventuram-se à prática até mesmo após os 60. Creio, sinceramente, que as probabilidades de um vexame nesses casos serão bem maiores e que já vi muito tiozão, ao se aventurar, acabar caindo feio do galho.

Sempre preferi trepar no verão, mas muitos amigos não perdoam nem estando debaixo de chuva. Dizem que ajuda a escorregar e tornar o ato mais excitante.

Dias atrás, ao passar frente a uma fazenda e próximo a um lugar em que existiam algumas em que eu adorava trepar, qual não teria sido minha enorme decepção?  Infelizmente, não pude mais encontrar aquela que teria sido no passado, a minha preferida e acolhedora de meus mais insaciáveis desejos, minha bela e apetitosa ÁRVORE de manga-rosa.  Delícia!


Crônica: Serjão Missiaggia
Foto: disponível em http://edmarciano.blogspot.com.br/ 

segunda-feira, 13 de março de 2017

BELEZAS DA TERRINHA


NO CÉU E NA TERRA

COMENTÁRIOS SOBRE A RUA GALDINO FURTADO DE MENDONÇA - Os primeiros a reconhecer a rua foram: Marcelo Oliveira, Ana Emília Silva Vilela e Maria da Penha Santiago.

Uma conversa interessante entre dois ex-moradores da rua foi entre a Evanise Rezende e o Augusto Côrtes, contando como traçavam estratégias para matar aula no dia de Cosme e Damião, para poder ir ao centro da cidade ganhar doces e balas, sem esquecer de passar, primeiro, na casa da dona Ilka Manzo, que também distribuía guloseimas naquele dia especial.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

TODA CASA TEM UM CASO


QUEM CONHECE ALGUM CASO DESSA CASA SIMPÁTICA ???

CASA DA SEMANA PASSADA - Cristina Velasco Itaborahy, Ana Emília Silva Vilela e Carlos Antônio Zampa foram os primeiros a reconhecer a casa do sr. Nelson Zampa.

A Ana Emília contou alguns causos: "casa do sr. Nelson Zampa, hoje com mais de 90 anos (o Carlos Antônio, sobrinho dele, informou que são 99 anos) e ainda reside na mesma casa. Era sua esposa a saudosa dona Laura e seus filhos: Terezinha, casada com o dr. Francisco Ferreira; Cármen Lúcia e Laurinha; José Maurício e Nelsinho. Família maravilhosa. Da Rua do Descoberto tenho muitas e boas lembranças. quando morava com meu tio Jair Filgueiras de Mattos, íamos todas as noites visitar a família de tia Hercília Zampa, que eram moradores antigos desta rua. Esta casa era uma delas, a do sr. Nelson Zampa, abaixo a casa dos pais do sr. Nelson e depois uma outra casa que também era da família e que hoje são dois prédios, um onde está a casa da tia Hercília e o outro onde tem a casa do outro irmãos, o sr. Orlando Zampa, já falecido".

Foto de hoje: Serjão Missiaggia



CASOS CASAS & mistério???


QUEM CONHECE ESSE LUGAR???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - Somente o Maninho Sanábio e a Graça Lima reconheceram o banco da praça Daniel Sarmento.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia

sexta-feira, 10 de março de 2017

ESSAS MULHERES MARAVILHOSAS! (DE JORNADA NAS ESTRELAS)


Anteontem, precisamente no Dia Internacional da Mulher, estava praticando meu inglês assistindo a uma série de TV que nunca deixei de curtir e que me acompanha desde 1968: Star Trek, a inesquecível Jornada nas Estrelas.

Como o assunto daquele dia era “mulher” em todas as mídias, não pude deixar de observar, no capítulo a que estava assistindo, justamente esses seres tão controversos, incompreendidos e, na maioria das vezes, mal avaliados.

Naquele episódio, o Capitão Kirk e o Primeiro Oficial Senhor Spock estavam tentando ajudar um grupo de mocinhas indefesas, sensualmente trajadas, que eram a “carga” de um navio espacial pirata. Enquanto os machos lutavam entre si e estabeleciam teorias sobre dobras espaciais e energia cósmica, as meninas ficavam todo o tempo fazendo carinhas e bocas, mordendo os lábios, como a querer seduzir toda a tripulação, o que estavam conseguindo fazer com perfeição, mesmo sendo a tripulação da Enterprise constituída de homens e mulheres, sendo estas últimas uniformizadas com uma microssaia que nunca escondia as calcinhas.

Menino, eu ia construindo a minha imagem do que seria uma mulher: bonita, sensual, fraca, restrita aos afazeres domésticos e... burra.

Lógico que, quase cinquenta anos depois, aprendi, pois as mulheres nos ensinaram, que aquele estereótipo estava longe da realidade. O que me assusta é que, tenhamos levado tanto tempo, mais de dois mil anos, só aqui desse lado do mundo, para entender isso. E, como veremos adiante, não foram muitos que entenderam.

Voltando ao meu filme, percebo que lá todas as mulheres são yeoman, uma palavra meio antiga que quer dizer “secretária”, o cargo máximo ao qual aquelas mulheres da Enterprise poderiam aspirar.

Já meio puto com tanta discriminação, desligo o meu player (em homenagem a todas as mulheres “reais”). E eis que, ao ligar a TV, deparo-me com o discurso do Presidente da República do Brasil em 2017... Voltei direto para a Enterprise. Lá o discurso é pré-histórico também. Mas, pelo menos, tem aquelas sainhas...

Crônica: Jorge Marin

MÚSICAS QUE O PITOMBA ESCUTAVA


RESGATANDO A PORÇÃO MULHER!!!

quarta-feira, 8 de março de 2017

NOSSA CIDADE NOSSO LUGAR


Foi observando, dias atrás, o eficiente e tão bem conduzido trabalho de limpeza de nossas ruas e praças, que resolvemos então falar aqui no Blog, novamente, sobre esse tema. Ao contrário de muitos, sempre achamos esse procedimento bastante significativo.

A cidade é nosso lugar e por que não estarmos permanentemente cuidando de sua aparência? Por sinal, uma prática simples e barata, que, além de produzir em nós uma sensação de limpeza e bem-estar, traz também, juntamente para aqueles que nos visitam, um sentimento de leveza, RESPEITO e aconchego.

Interessante lembrar que, em tempos remotos, essa conduta era bastante rotineira, quando, em épocas específicas, nossas ruas e praças eram sistematicamente varridas, árvores podadas e meios-fios das calçadas pintados a cal, trazendo com isso, no decorrer de todo o ano, um aspecto bem mais afável aos nossos olhos.

Em meio a tudo isso, confesso certo desalento ao acompanhar através da mídia, e mesmo observado in loco, o estado em que ficou a Pracinha do Coronel e outros pontos da cidade neste último final de semana. Um verdadeiro tsunami de copos, garrafas, latas, vidros, restos de papéis e afins. Por sinal, nada que mereça qualquer tipo de JUSTIFICATIVA ou mesmo perda de tempo em ficar apontando culpados ou inocentes.

O importante é começarmos a cultivar a CONSCIÊNCIA de que a cidade é nossa casa, e quem estará sempre perdendo com tudo isso será CADA UM DE NÓS.

Além de nossos direitos, não podemos esquecer que temos também nossos deveres. Somente assim, com cada um fazendo a sua parte, é que teremos uma cidade cada vez mais agradável de viver.

A Garbosa cresceu muito, assim como os seus problemas e suas necessidades essenciais, mas quero acreditar e assim espero, que toda e qualquer intervenção pendente chegará muito em breve a cada canto e lugar.

Crônica e foto: Serjão Missiaggia

segunda-feira, 6 de março de 2017

SE ESSA RUA FOSSE A MINHA


QUEM TEM ALGUMA LEMBRANÇA DESSA RUA???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia

TODA CASA TEM UM CASO


QUEM SABE CASOS DESSA CASA AÍ???

"CASA" DA SEMANA PASSADA - A publicação da semana passada, na verdade, não foi de uma casa, mas uma homenagem aos invencíveis e simpáticos Democráticos, e a primeira a "entrar no salão", com direito a hino e tudo, foi a Renée Cruz, seguida da Maria da Penha Santiago e da Jaqueline Girardi Reis.

E o "caso" ficou por conta da Ana Emília Silva Vilela: "lembro quando o Dr. Alpheu Rocha foi lá na loja do tio Jair me convidar para debutar no Democráticos. Vivi a emoção da noite de debutante neste clube. Meus paraninfos foram o sr. Olair Leite e esposa, ganhamos um porta-joias de prata que tenho até hoje".

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

CASOS CASAS & mistério???


QUE LUGAR É ESSE AÍ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - Maninho Sanábio, Ana Emília Silva Vilela e Rita Knop foram os primeiros a reconhecer aquela luminária que fica debaixo da águia do nosso querido Trombeteiros.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia

sexta-feira, 3 de março de 2017

O MELHOR CARNAVAL DA MINHA VIDA


Acho que, no último domingo, vivi um dos melhores carnavais da minha vida. Após atear fogo a uns carvões, fiquei, em silêncio, esperando o braseiro se formar, sentado numa espreguiçadeira, enquanto pássaros há muito esquecidos da minha infância invadiram, para minha surpresa, aquilo que chamam cafonamente de espaço gourmet.

São canários da terra, tico-ticos, bem-te-vis e, ao abrir a torneira para regar minhas espadas-de-são-jorge, fui surpreendido por um autêntico sabiá laranjeira cantando a plenos pulmões na desolada paisagem urbana. Como diz o samba campeão: “é água de benzer, água pra clarear, onde canta um sabiá”.

O samba é cantarolado baixinho, como a lembrar que, apesar de distante da folia, eu sou bom sujeito e não sou ruim da cabeça. O pé, herança de uma genética austríaca, ainda é meio de chumbo.

O fogo vai ardendo e é assim que deve ser. Alcanço uma caneta e, como nos tempos do Bar Xodó em São João Nepomuceno, pego um guardanapo e resolvo escrever... uma poesia? O tal samba volta à minha mente: “vai inspiração, voa em liberdade, pelas curvas da saudade”.

Mas... vão perguntar: e o Carnaval? Assim mesmo, com maiúscula. Onde estão os passistas, ritmistas, bateria e porta-bandeira? Aponto para a TV ligada (sem som) e digo: lá! E eu... aqui! Quietinho, com minha passarada. Assim como eu, parece que eles comemoram a ausência de trânsito, de barulhos e de vozerio.

Esse foi meu carnaval. Não que eu critique ou despreze aquela festa maravilhosa da qual, aliás, participei ativamente por muitos anos. Torço, sinceramente, para que cada vez mais e mais pessoas possam se reunir lá, na Bahia, no terreirão, nas praias, nos sambódromos. E que seja uma festa linda, com muito ritmo, calor e sensualidade!

Mas, principalmente, que nos deixem aqui, eu, a família e os passarinhos.

Minha esposa, que está jardinando, me traz uma flor. E o danado do samba teima em martelar na minha cabeça: “o perfume da flor é seu, um olhar marejou sou eu, quem nunca sentiu o corpo arrepiar ao ver esse rio passar”.

O fogo, finalmente, esquenta.

Crônica: Jorge Marin

MÚSICAS QUE O PITOMBA ESCUTAVA


O ROCK ABRE ESPAÇO PARA A ESCOLA CAMPEÃ!

quarta-feira, 1 de março de 2017

ESTE AÍ SOU EU NO CARNAVAL... SIMPLES ASSIM!


Foi deparando-me com essa imagem acima, do amigo Sabones, acompanhada dos dizeres que intitulam esta postagem, que, sem nenhuma intenção de confrontar opiniões, e isento de qualquer tipo de conotação política, irei apenas transmitir meu olhar sobre o que foi o carnaval de 2017 na terrinha.

Realmente, seríamos levianos se não reconhecêssemos que a cidade ficou bastante vazia.

Com pouquíssimas exceções, desfrutamos de músicas genuinamente carnavalescas, onde em alguns lugares pontuais, as marchinhas e sambas-enredos foram uma constante. Nada contra as demais tendências, mas acho que cada coisa tem sua hora e lugar.

Tivemos pouquíssimas ou nenhuma ocorrência policial, e isso foi uma grande vitória, principalmente diante de um quadro que vínhamos visualizando nos últimos anos. Se comparado aos carnavais anteriores, foi um ano bastante tranquilo.

Chamou-nos à atenção o retorno de fantasias nos blocos e, mesmo que de maneira ainda bastante tímida, contemplamos a volta de muitas famílias passeando com suas crianças pelas calçadas e praças, isso apesar da chuva.

Na Matriz, mais uma vez, tivemos músicas de qualidade, onde se pôde respirar um pouco do legítimo carnaval. Quem sabe teremos permanentemente a volta dos CLUBES, e poder ver novamente a beleza e o colorido da Pracinha do Coronel com seu vai e vem de foliões. Os bailes infantis ocorreram, com a criançada curtindo e exibindo suas fantasias num ambiente de paz e alegria. Alem é claro, do retorno dos tradicionais desfiles das ESCOLAS DE SAMBA.

RUA NOVA, como era de se esperar, foi novamente um show à parte. Além de sua tradicional programação, entre outros blocos, o BARRIL ali se concentrou e partiu rumo ao clube Trombeteiros, para realizar um empolgante baile fazendo lembrar aqueles bons tempos dos carnavais de clubes. Isso sem deixar de citar a empolgação na RUA DO SAPO e seu famoso e já tradicional bloco, a autenticidade do Bloco da Comunidade da Barra, o Baile da Melhor Idade, Bloco do Tourão, Bloco Flor da Lata na Rua da Mina, Bloco da Bacia, o divertidíssimo Bloco do Ranca Tampa, além de um interessante encontro musical da rapaziada na Pracinha do Coronel. Outros clubes da cidade, como foi o caso do Botafogo também, encantaram àqueles que nos visitaram.

Não poderíamos deixar de exaltar a capacidade de REINVENTAR de alguns dos nossos amigos carnavalescos, verdadeiros baluartes que, por livre iniciativa e amor, foram os verdadeiros heróis da perseverança neste carnaval. De maneira discreta e bastante criativa, se posicionaram e se moldaram a uma nova realidade. Uma realidade que veio de certa forma também, a colaborar para que no futuro tenhamos o resgate daquele AUTÊNTICO e ESQUECIDO carnaval. 

Pra terminar, independentemente do PODER PÚBLICO, o carnaval da Garbosa, desde seus primórdios, teve como único e principal protagonista o POVO, e era somente dele, com sua ENERGIA E AUTONOMIA, que emanava de maneira mágica, a energia dos quatro dias de folia. O grande PALCO sempre foram as nossas RUAS, e elas sempre estiveram no mesmo lugar.

Assim como eu, cada um faça o seu julgamento, e que apenas as boas e novas ideias perpetuem e sirvam pra que possamos repensar alguns conceitos no intuito de trazer de volta à terrinha seus CONTERRÂNEOS e VERDADEIROS FOLIÕES.

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : Facebook do Márcio Sabones

BRIGADU, GENTE!

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