Foi deparando-me com essa imagem acima, do amigo Sabones, acompanhada
dos dizeres que intitulam esta postagem, que, sem nenhuma intenção de
confrontar opiniões, e isento de qualquer tipo de conotação política, irei
apenas transmitir meu olhar sobre o que foi o carnaval de 2017 na terrinha.
Realmente, seríamos levianos se não reconhecêssemos que a cidade ficou
bastante vazia.
Com pouquíssimas exceções, desfrutamos de músicas genuinamente
carnavalescas, onde em alguns lugares pontuais, as marchinhas e sambas-enredos
foram uma constante. Nada contra as demais tendências, mas acho que cada coisa
tem sua hora e lugar.
Tivemos pouquíssimas ou nenhuma ocorrência policial, e isso foi uma
grande vitória, principalmente diante de um quadro que vínhamos visualizando
nos últimos anos. Se comparado aos carnavais anteriores, foi um ano bastante
tranquilo.
Chamou-nos à atenção o retorno de fantasias nos blocos e, mesmo que de
maneira ainda bastante tímida, contemplamos a volta de muitas famílias
passeando com suas crianças pelas calçadas e praças, isso apesar da chuva.
Na Matriz, mais uma vez, tivemos músicas de qualidade, onde se pôde
respirar um pouco do legítimo carnaval. Quem sabe teremos permanentemente
a volta dos CLUBES, e poder ver novamente a beleza e o colorido da Pracinha do
Coronel com seu vai e vem de foliões. Os bailes infantis ocorreram, com a
criançada curtindo e exibindo suas fantasias num ambiente de paz e alegria.
Alem é claro, do retorno dos tradicionais desfiles das ESCOLAS DE SAMBA.
RUA NOVA, como era de se esperar, foi novamente um show à parte. Além de
sua tradicional programação, entre outros blocos, o BARRIL ali se concentrou e partiu
rumo ao clube Trombeteiros, para realizar um empolgante baile fazendo lembrar
aqueles bons tempos dos carnavais de clubes. Isso sem deixar de citar a empolgação
na RUA DO SAPO e seu famoso e já tradicional bloco, a autenticidade do Bloco da
Comunidade da Barra, o Baile da Melhor Idade, Bloco do Tourão, Bloco Flor da
Lata na Rua da Mina, Bloco da Bacia, o divertidíssimo Bloco do Ranca Tampa,
além de um interessante encontro musical da rapaziada na Pracinha do Coronel. Outros
clubes da cidade, como foi o caso do Botafogo também, encantaram àqueles que
nos visitaram.
Não poderíamos deixar de exaltar a capacidade de REINVENTAR de alguns
dos nossos amigos carnavalescos, verdadeiros baluartes que, por livre
iniciativa e amor, foram os verdadeiros heróis da perseverança neste carnaval.
De maneira discreta e bastante criativa, se posicionaram e se moldaram a uma
nova realidade. Uma realidade que veio de certa forma também, a colaborar para que
no futuro tenhamos o resgate daquele AUTÊNTICO e ESQUECIDO carnaval.
Pra terminar, independentemente do PODER PÚBLICO, o carnaval da Garbosa,
desde seus primórdios, teve como único e principal protagonista o POVO, e era
somente dele, com sua ENERGIA E AUTONOMIA, que emanava de maneira mágica, a
energia dos quatro dias de folia. O grande PALCO sempre foram as nossas RUAS, e
elas sempre estiveram no mesmo lugar.
Assim como eu, cada um faça o seu julgamento, e que apenas as boas e
novas ideias perpetuem e sirvam pra que possamos repensar alguns conceitos no
intuito de trazer de volta à terrinha seus CONTERRÂNEOS e VERDADEIROS FOLIÕES.
Muito bem colocado e concordo plenamente. O carnaval de São João não morreu. Se as ruas estiveram vazias foi porque o povo não estava lá com sua irreverência, blocos e fantasias. Será que desaprendemos ou ficamos extremamente dependentes pra fazer acontecer novamente aqueles memoráveis carnavais de rua?
ResponderExcluirParabéns Garbosa !!! Que tudo volte a ser como dantes !!! Isso é muito bom pra nossa terrinha , ainda mais depois de tanto comentários contra . E pra fechar com chave de ouro minha Portela Campeã !!! Clea
ResponderExcluirFicou comprovado que quem é folião, se diverte onde houver uma folia. O verdadeiro folião não precisa de sofisticação pra se divertir.
ResponderExcluirObrigado por comentar. Os comentários dizem tudo: o sanjoanense é feliz, acolhedor e festeiro. Com subvenção ou sem, com luxo ou sem. Como já dissemos na correspondência que enviamos para os nossos leitores: o carnaval acaba, mas a fantasia continua. Sempre!
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