quarta-feira, 15 de março de 2017

FRUTO DO AMOR


Sinceramente, ainda não conheci uma pessoa que não gostasse de dar uma boa trepada. Sejam homens, mulheres, jovens, sendo que estes últimos, em função daquela energia hormonal tão peculiar da idade, partem com tudo para as vias de fato. (Pior que, somente depois, é que irão pensar nas conseqüências).  Lógico que cada um, a seu jeito e lugar, pois nem todos são iguais. O fator físico e, principalmente, o emocional, exercem papéis importantíssimos nesse momento, sendo que, juntos basicamente, é que irão ditar as regras de uma boa trepada.

E, já que falamos em fator psicológico, nos deparamos de imediato com o MEDO, e, se for marinheiro de primeira viagem ou mesmo aquele que já passou de certa idade, haverá risco iminente de se ter que conjugar o verbo FALHAR. Além da situação desconfortável que sempre acontece nesses casos, provavelmente o fracassado, devido ao trauma (vergonha e gozações), não irá tão cedo tentar uma segunda vez.

Por experiência própria, reconheço que toda estreia gera ansiedade e, quanto mais jovem for nosso iniciante, maior as possibilidades de decepção. Geralmente nessa fase, a garotada quer mesmo é estar o mais longe possível de seus pais, pois a maioria deles, devido ao perigo, fica a aconselhar seus filhos a esperarem um pouco mais. (O negócio é dominar o assunto, para depois serem liberados pra ir com tudo pra cima delas).

Isso pra não falar daquela coisa enjoada de pai machista, querendo a todo custo dar uma de gostosão, tentando mostrar ao filhão que aquilo não seria nenhum bicho-papão e que teria sido ele, na adolescência, um expert no assunto. Precaução naquela época era pura conversa fiada, sendo que a maioria, para aproveitar a naturalidade do momento, gostava mesmo era de trepar sem camisa. A falta de responsabilidade acaba gerando alguns arranhões.

Ainda falando da impulsividade dessa garotada, um fenômeno interessante e que vai atravessando gerações e gerações (não sei se por insegurança ou mesmo por autoafirmação) é o fato de gostarem de estar sempre em turma. E a essa meninada mais jovem, quase sempre “seca” pra dar suas primeiras trepadinhas, aconselho irem sempre devagar ao pote, pois know-how nessas horas será sempre fundamental.

Tem os que gostam das mais baixas, enquanto outros adoram as mais altas.  A verdade é que, quanto mais difícil for, maior será a vontade de conquistar e poder explorar cada detalhe de suas extremidades. E é aí que mora o perigo!

Mas, independente da altura, sempre nos sentimos entre as nuvens, principalmente quando já estamos em cima delas. Pena que hoje as coisas mudaram muito e está ficando cada vez mai difícil um bom local pra se trepar. Eu, particularmente, sempre preferi as não tão altas. Confesso que a pegada se torna bem mais fácil.

Um bom condicionamento físico sempre ajuda, mas acontece que muitos, por não esquentarem a cabeça, aventuram-se à prática até mesmo após os 60. Creio, sinceramente, que as probabilidades de um vexame nesses casos serão bem maiores e que já vi muito tiozão, ao se aventurar, acabar caindo feio do galho.

Sempre preferi trepar no verão, mas muitos amigos não perdoam nem estando debaixo de chuva. Dizem que ajuda a escorregar e tornar o ato mais excitante.

Dias atrás, ao passar frente a uma fazenda e próximo a um lugar em que existiam algumas em que eu adorava trepar, qual não teria sido minha enorme decepção?  Infelizmente, não pude mais encontrar aquela que teria sido no passado, a minha preferida e acolhedora de meus mais insaciáveis desejos, minha bela e apetitosa ÁRVORE de manga-rosa.  Delícia!


Crônica: Serjão Missiaggia
Foto: disponível em http://edmarciano.blogspot.com.br/ 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

BRIGADU, GENTE!

BRIGADU, GENTE!
VOLTEM SEMPRE, ESTAMOS ESPERANDO... NO MURINHO DO ADIL