segunda-feira, 30 de maio de 2016

SE ESSA RUA FOSSE A MINHA


QUEM VIVEU MUITAS EMOÇÕES NESSA RUA???

Foto             : Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

CASOS CASARÕES & seus detalhes misteriosos


QUEM CONHECE HISTÓRIAS DESSA CASA???

CASARÃO DA SEMANA PASSADA - Marcelo Oliveira foi o único a reconhecer a casa da Rua do Buraco (pertenceu ao Artur, segundo ele).

Foto             : Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

CASOS CASAS & mistério ???


QUEM EXPLICA ONDE FICA ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - Maninho Sanábio, mais uma vez, foi rápido (e preciso) no gatilho: "reparem na foto na parte de baixo a esquerda, casa com dois andares e um terraço com o telhado mais claro, ali mora ou morava a Walda Detoni Ricci, ali é da família dela, a casa que tem uma árvore com umas flores roxas é a casa da família Delage, a frente da casa fica na subida da Matriz, a casa lá da frente, uma casarão mais antigo com uma varadinha, é a casa da família Pinguelli".

Foto             : Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

sexta-feira, 27 de maio de 2016

EM FRENTE À CASA DO DR. NAGIB


Na Rua Domingos Henriques de Gusmão, por volta das onze da noite de sábado, o alarido era insuportável: vozes, garrafas, risadas e até um eventual alto-falante tocando músicas daquele ano de 1975.

Coloridos, cabeludos, questionadores e um tanto amortecidos pela cerveja que bebíamos mesmo sem gostar muito, juntávamo-nos dentro, fora, do lado e na calçada em frente à Lanchonete Joia. O Zé Luiz tentava, em vão, atender a todos os pedidos, preparar as batidas e controlar um caixa impossível.

Poucos carros passavam. Algumas motos. A fumaceira dos inúmeros cigarros pareceria hoje insuportável. Mas, apesar da chuva fina, da lama dos paralelepípedos e dos óculos embaçados, era muito bom.

Na varanda da casa chique ao lado, um homem respeitável fumava o seu cigarro (Minister?), e tentava conversar com uma senhora. Outras pessoas chegavam e saíam daquela cena que poderia ser descrita como ridícula ou inútil, visto que qualquer diálogo ali, em frente ao nosso inferno, era totalmente impossível.

Ainda assim, numa situação que eu, hoje em dia, jamais poderia suportar, o médico ria. Era uma risada alta, vinda do fundo do peito, que, se fosse emitida ali fora, até teria alguma chance de aparecer na nossa muvuca.

Lógico que, mesmo ele, com a sua paciência inesgotável e sua fleuma britânica, não aguentou a concorrência, e foi logo depois dormir. Era o tipo de família que devia ir cedo à missa.

Quarenta anos depois, fico pensando como é que o Dr. Nagib fazia para nos suportar ali em frente à casa dele, colocando copos descartáveis nos muros, jogando bituca de cigarro no jardim e falando palavrões até as duas, três da manhã.

Sei que a fineza e a educação dele jamais permitiram expressar, pelo menos pra nós, como aquela situação era ruim. Mas era muito bom!

Crônica: Jorge Marin
Foto     : Serjão Missiaggia

quarta-feira, 25 de maio de 2016

NOSSO INTERIOR - PARTE 1


Interessante dizer que, além deste título ter uma dupla interpretação, por coincidência, ambos se encaixam perfeitamente no sentido desta croniqueta. Acredito até que a felicidade de um está intrinsecamente ligada ao outro. Mas, o interior no qual irei agora me referir não é nosso interior pessoal, e sim ao interiorzão mesmo. Aquele onde moramos e onde, quase sempre, acontecem situações que fatalmente não aconteceriam em centros maiores.

Pra começo de conversa, aqui podemos nos considerar reis. Entre umas e outras coisas, pelo menos na terrinha, sou conhecido como o pai de dois belos filhos, e ser casado com a filha do famoso Barroso Goleiro. Sou aquela persona que, apesar de ter no currículo apenas o segundo grau (incompleto), poderá dizer tranquilamente e sem chance de ser chamado de louco, que foi baterista do mitológico conjunto Pitomba. Mas como seria explicar isso debaixo dos arranha-céus?

Voltando ao nosso interiorzão, não precisaria ir muito longe pra catalogar algumas situações interessantes:

Já ao sair na varanda de minha casa, de imediato, me deparo com a barbearia de um amigo com suas duas gaiolas penduradas na porta. Nelas, dois fantásticos canários belgas, num interrupto e sonoro cantar, vão dando um show à parte. Verdadeiros coadjuvantes atuando, enquanto cabelos e barbas vão sendo cortadas. Também dois banquinhos de madeira permanecem posicionados estrategicamente do lado de fora no passeio. A intenção é agradar aqueles que, não querendo ficar dentro do recinto a discutir futebol, política, pescaria e outros assuntos mais, optam mesmo por ficar vendo a banda passar.

Dias atrás, ao encontrar na rua com o profissional que faz a leitura dos hidrômetros, fui questionado sobre minha conta de água. Estava assustado pelos números alcançados naquele mês, que, segundo ele, teriam ultrapassado em muito os valores da minha média. Graças a este encontro é que fui descobrir que minha boia já estava quebrada há vários dias. Essa preocupação dele, juntamente com nosso diálogo, seriam pouco prováveis numa capital qualquer.

Domingo passado, fui ao campo de futebol e fiquei admirado quando um dos auxiliares, após levantar a bandeira assinalando impedimento do time da casa, encostou-se ao alambrado e, mesmo com o jogo em andamento, ficou a explicar aos torcedores irados, os motivos que o teria levado a anular o lance. No Maracanã, isso seria simplesmente suicídio.

Na padaria, somente entro quando o Fogão ganha. Já deixei meu recado dizendo que, em caso de alguma derrota, estarei temporariamente comprando na co-irmã ao lado. Isso pra não falar que, no quadro de funcionários da concorrência, tem sempre um botafoguense a mais. Porém, onde tenho o hábito de comprar, além de o proprietário ser flamenguista, de dez funcionários, nove são mengo. Aí fica difícil!

Não raramente, podemos também curtir na padaria o inocente tanger da viola de uma das figuras mais queridas e folclóricas da cidade. Sentadinho num canto do balcão, vai recebendo cada freguês como se estivesse na sala de sua casa. Brinco sempre com o pessoal dizendo que é dia de couvert.  E, quando o balconista da padaria ainda vira pra você e diz pra voltar depois, que sairá um pão quentinho? Provavelmente, se este ato de cortesia tivesse acontecido em um centro maior, esse funcionário estaria no olho rua, e o coitado do violeiro já teria dado adeus à sua viola.

Mas, enquanto fico aguardando o pão sair quentinho do forno, aproveito pra dar uma chegadinha no chaveiro que fica bem em frente à padaria. Bons papos rolam ali, mas o que mais me intriga é o seu misterioso esmeril. Confesso que sinto cheiro de algo meio sobrenatural no ar. Tentarei explicar o inexplicável. Alguém já viu algum esmeril continuar rodando, depois de desligado, por sete minutos e quinze segundos? O do meu amigo fica, e eu sou testemunha. No verão, chegou ao absurdo recorde de quase oito minutos. Não tem explicação! O meu esmeril não consegue ultrapassar um minuto. Seria algum daqueles rolamentos antigos que não fabricam mais? Enquanto vamos estudando esse fenômeno, já estamos programando uma competição de esmeril pra breve. Faremos uma chamada na net pra expor regulamento e data para inscrição. Então que fiquem atentos todos aqueles que têm esmeril em casa.
Continuaremos os causos na semana que vem. Enquanto isso, vamos curtindo os bezerrinhos atravessarem tranquilos e educadamente a faixa de pedestres de uma cidade do interior. 

Crônica e foto: Serjão Missiaggia                                                                                                                            

segunda-feira, 23 de maio de 2016

BELEZAS DA TERRINHA


NO LARGO...

COMENTÁRIOS SOBRE A RUA ZECA HENRIQUES - Maria Inês, a leitora que pediu a postagem, assim se manifestou: "Como está diferente! Sóa a casa do Gunga é que reconheci. Morei num prédio pequeno, o primeiro de São João, em frente ao BB!!! A rua está linda; lembro do Sérgio, marido da Renée. Que saudade; obrigada!!!"

A Mika Missiaggia Velasco também lembrou: "Não posso nem falar das emoções que aí vivi, pois nela passei minha infância, juventude e início da vida adulta. Ainda hoje estou aí. Nossa casa mudou muito, mas irmão, cunhada, sobrinho e sobrinhas continuam nela. Tios, primas e primos continuam por perto também Amo tudo isto."

Foto             : Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

CASOS CASARÕES & seus detalhes misteriosos ???


QUEM CONHECE ALGUMA HISTÓRIA SOBRE ESSA CASA???

CASARÃO DA SEMANA PASSADA - identificado, primeiramente, pelo Luiz Carlos Moura e pelo Jacques Ângelo Rigolon, o famoso edifício dos Guazzi, construção pioneira em São João Nepomuceno, foi saudado pela pessoa que "encomendou" a postagem, nossa leitora Maria Inês: "gente, achei, foi neste prédio que fui criada. Haja coração! Ficava nesta sacadinha olhando o Mangueira... passava pelo portão que tinha no Mangueira para a piscina, e andar de patins! A saudade chega a doer; obrigadas... abraços."

Foto             : Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

CASOS CASAS & mistérios ???


ALGUÉM AÍ SABE QUE LUGAR É ESSE ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - a foto da semana passada concedeu, merecidamente, o título de MAIOR CAÇADOR DE MISTÉRIOS ao Maninho Sanábio. A plaquinha que publicamos está, como ele descobriu, numa das bases do corrimão de quem desce a escada principal da Igreja Matriz. Como foi parar ali não sabemos, já que a base parece ter sido aproveitada de um antigo poste. PARABÉNS, CAMPEÃO!

Foto             : Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

sexta-feira, 20 de maio de 2016

NOS TEMPOS DO BOLOTE


Afinal, por que é que sempre temos tanta saudade de São João?

E não é só quem está longe que sente saudade. Quem mora na cidade também sente. Mas, não é saudade do local. É saudade do tempo. Sempre lemos nos comentários aqui no Blog como era bom viver na cidade “naquele tempo”, “no meu tempo”.

O que eu percebo é que “aquele tempo” do qual grande parte dos leitores fala se situa, geralmente, na época em que eram adolescentes e jovens. Este fato já dá bem uma pista do motivo “daquele” tempo (de juventude) ser tão bom.

Outras coisas, que ocorriam também “naquele” tempo, ajudam a explicar porque nos sentimos tão saudosos, e uma delas, fundamental, é que AS COISAS FUNCIONAVAM COMO DEVERIAM FUNCIONAR e, principalmente, AS PESSOAS AGIAM COMO SE ESPERAVA QUE ELAS DEVERIAM AGIR.

Assim, os papéis eram bem definidos: meu pai e minha mãe, por exemplo, eram homem e mulher, eram casados (na igreja e no civil), trabalhavam na Fábrica Sarmento e eram católicos fervorosos. Passaram para nós, filhos, que éramos obedientes e respeitadores, valores como: fé, honestidade e patriotismo.

Por isso, nossos “heróis” municipais eram pessoas honradas, trabalhadoras e cidadãs. Dentre todos os exemplos, um deles causava grande impacto: era o Bolote! Eterno delegado de polícia, o sr. Hercílio Ferreira cuidava da cidade como se fosse uma extensão da sua casa. Nada lhe passava despercebido: desde vagabundagem a bêbados, passando mesmo por moleques jogando bola na rua e até “moças” excessivamente maquiadas. Nada mesmo lhe escapava.

Por isso, numa certa noite, o delegado exemplar, que mais tarde viria a ser prefeito municipal, foi confrontado com uma situação inusitada: um grupo de rapazes tinha ido fazer uma visita à Roda, casa de prostituição na saída da cidade e, um pouco alterados, resolveram promover um quebra-quebra. Chamada pela proprietária, a PM foi ao local, mas havia um obstáculo que obrigou que o Bolote fosse até lá no seu fusquinha.

- Que foi, cabo? Por que não conduziram os baderneiros pra delegacia? – E o militar, levando o delegado para o lado, confidenciou-lhe:
- É que o seu filho está entre eles. – E o Bolote nem hesitou:
- Pois faça com que seja o primeiro a subir na caminhonete. Mais alguma coisa?

E assim funcionavam as coisas “naquele” tempo. Um tempo muitas vezes meio tosco, simplista. Mas, com certeza, uma vida mais fácil de ser vivida.

Crônica: Jorge Marin
Foto     : arquivo do Mangueira, reproduzida por Fernando de Lélis

quarta-feira, 18 de maio de 2016

TRADIÇÃO TAMBÉM É CULTURA


Dia desses, enquanto andava distraidamente pela rua, um motorista parou seu caminhão ao meu lado e perguntou se estaria muito longe de certa farmácia.  Mais que depressa, talvez na ânsia de querer livrá-lo de um engarrafamento que teria provocado ao parar naquele local, fui logo tascando: “É ali na RUA DA PADARIA DO DEBLANDO”. Padaria de quem? - retrucou de cima da carroceria, seu ajudante. Somente aí fui atinar que, além do veículo nem ser de São João, aquele meu tradicional dialeto, com certeza, veio a piorar ainda mais a situação.  

Consertei o erro e, após indicar o local de maneira mais racional, fiquei pensando nessa coisa tão interiorana que é a mania de ficar apelidando lugares. Por sinal, fato este que vai atravessando décadas e décadas, e que não sai de nosso inconsciente.  Meu pai mesmo já falava muito na RUA DOS VELHOS, mas confesso agora não me lembrar onde seria.

No intuito de escutar uma serenata, por muitas vezes, minha namorada que residia na RUA DO BURACO ia dormir na casa de uma amiga que morava na RUA DO DESCOBERTO, ali bem próximo à RAMPA. Gostávamos muito também de sair pela noite com violões pra tocar numa casa ali no BECO DAS FLORES, outra na RUA DO SAPO, e mais uma lá pelas bandas do JUJUBA.

Era bastante desconfortável ter que encarar, já no final da madrugada, o BECO DOS RANA e a RUA ATRÁS DA FÁBRICA, sendo que uma casa localizada no MORRO DO MACHADINHO e outra no MORRO DO GINÁSIO sempre eram esquecidas devido ao cansaço. Por sinal, é nome de MORRO que não acaba mais, ou seja: MORRO do Hospital, MORRO da Matriz, MORRO São José, e por aí vai.

Naquela época, tínhamos o costume de ir à roça passando pelo BECO DO GÁS seguindo pela RUA DA MINA para após descer o MORRO DO MARIMBONDO e chegar até a fazenda. Certa vez optamos em passar pelo PONTILHÃO.

Existiam os famosos passeios noturnos entre amigos, chamados de quarteirão, que geralmente, começavam na RUA DO SARMENTO e se prolongavam pela RUA DA PADARIA DO DEBLANDO, passando pela RUA DOS PATINHOS, RUA DO GRUPO VELHO ou do MEIO até a Sinuca do Cida, quando não até o MURINHO DO ADIL.  Falando em Padaria, havia pessoas que tinham preferência ao pão da PADARIA DO DEBLANDO àquele das PADARIAS DO MANEZINHO, POPÓ e do CRUZ e vice-versa.

Na infância, tive um coleguinha que morava na RUA DO CHIQUEIRO e outro NA SUBIDA DA MANGUEIRA, coincidentemente próximos à RUA NOVA. Já na juventude, passei inesquecíveis momentos numa casa ali na RUA DO TOTÓ, sendo que, neste lugar, veio a nascer posteriormente o Pitomba.
Pra terminar, vejo tudo isso também como forma de expressão cultural de um povo.

Quem sabe, em homenagem aos nossos anteparados, não mantivéssemos viva essa TRADIÇÃO, tombando de alguma forma esses nomes ou, simplesmente, incorporando em algumas placas da cidade, o NOME da rua juntamente com seu APELIDO?  Pesquisar seus cognomes também seria algo bastante interessante. Por sinal, alguém saberia informar a origem do apelido CURRAL DO SALU, seu nome verdadeiro e onde se localiza?


Crônica e foto: Serjão Missiaggia

segunda-feira, 16 de maio de 2016

SE ESSA RUA FOSSE A MINHA


A pedido de nossa leitora Maria Inês, publicamos fotos da rua onde ela viveu muitas emoções.
QUEM MAIS VIVEU EMOÇÕES NESSA RUA???

Foto             : Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

CASOS CASARÕES & seus detalhes misteriosos ???


A pedido de nossa leitora Maria Inês, publicamos uma foto de uma paisagem sanjoanense que lhe é muito familiar e perguntamos a todos:
QUEM VIVEU ALGUMA EXPERIÊNCIA NESSE PRÉDIO ???

CASARÃO DA SEMANA PASSADA - Angélica Girardi e Evanise Rezende foram as únicas a reconhecer a casa na Rua do Buraco.

Foto             : Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

CASOS CASAS & mistério ???


O QUE É QUE É ISSO, MINHA GENTE ??? - Em homenagem ao aniversário da nossa Garbosa, publicamos esse mistério ESPECIAL, cuja revelação certamente vale o título de MAIOR DESCOBRIDOR DE MISTÉRIOS.

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - esse Maninho Sanábio é impressionante. Vejam a resposta que ele deu para o mistério da semana passada: "subida do Jujuba e a foto parece ter sido tirada da obra do novo shopping". Só faltou acertar a tábua na qual o Serjão estava se equilibrando. Rita Knop e Lúcia Salvador também acertaram.

Foto             : Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

sexta-feira, 13 de maio de 2016

ASSASSINOS DE ÁRVORES


Mais uma vez, e com prazer, volto a pegar uma carona na matéria do Serjão de quarta-feira, sobre a desarborização da nossa cidade. Na postagem “Uma imagem um retrato”, ele publicou uma vista aérea do Grupo Coronel e do morro do hospital pleno de árvores verdejantes com suas sombras projetadas sobre o calçamento de pedras.

Embora, normalmente, as pessoas tenham o hábito de atribuir a “culpa” do fato ao descaso dos órgãos municipais, temos sempre procurado analisar o triste fenômeno também à luz do desinteresse geral e estimulado a prática da disseminação da ecologia nas escolas, além de sugerir uma rearborização contínua com o apadrinhamento de árvores pelos moradores.

Para nosso espanto, o coordenador da Defesa Civil de São João Nepomuceno, sr. Marco Antônio Major, trouxe ao Blog mais um dado do qual, imbuídos na causa do replantio, não percebemos a extensão: o ENVENENAMENTO DE ÁRVORES.

Pelas fotos que o referido servidor público publicou em nossa linha do tempo, a técnica utilizada pelos criminosos (sim, quem mata árvore é criminoso!), foi o chamado “anelamento” que impede que a árvore faça a sua restauração natural. O assassino retira uma faixa da casca no entorno do caule, fazendo um corte em forma de anel, para impedir a condução da seiva e secar a árvore. Em seguida, faz um furo, onde injeta defensivo agrícola. Costuma também envenenar as raízes com óleo queimado.

Normalmente, esses delinquentes agem na calada da noite, o que dificulta a ação das autoridades. No entanto, é preciso ficar claro que, se DENUNCIADOS e AUTUADOS, esses malfeitores podem ir para a cadeia! Segundo o artigo 49 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, todo cidadão comete crime contra flora ao “destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia”. A pena é DETENÇÃO de três meses a um ano, mais multa.

Portanto, a grande arma para combater esse tipo de prática criminosa é a DENÚNCIA IMEDIATA do cidadão caso ele perceba alguma movimentação suspeita ou reconheça algum indício de envenenamento nas árvores próximas à sua casa. Não é uma coisa difícil, porque, tanto o defensor agrícola como o óleo queimado deixam um odor muito forte onde utilizado. Além disso, o primeiro sintoma de que uma árvore foi envenenada é perda total das folhas, de cima a baixo. Em caso de diagnóstico precoce, há possibilidade de salvamento da planta.

Agradecemos pela denúncia, quase um desabafo, feita pelo Marco Antônio Major, encorajamos que ele continue, com a orientação da Vanda Souza Leite, a sua cruzada pela recuperação da nossa flora tão necessária e, principalmente, conclamamos todos os nossos amigos, leitores e comentaristas do Blog, a denunciar esse crime!

Crônica: Jorge Marin
Foto     : Marco Antônio Major

quarta-feira, 11 de maio de 2016

UMA IMAGEM UM RETRATO


Sei que já batemos nesta mesma tecla de árvores aqui no Blog umas “zentas" vezes, mas não teria como, após deparar com essa bela imagem da terrinha dos anos setenta, deixar de comentar novamente.

Gente! Reparem a quantidade árvores que perdemos somente nesta pequena área! Não precisa nem dizer, pois se percebe nitidamente que as perdas caminharam inversamente ao replantio e diretamente proporcional ao aquecimento global. Por sinal, nem irei comentar sobre esse majestoso fícus que, por muitos anos, nos brindou com seu refrigério natural ali ao lado dos Democráticos.

Mas, nunca é tarde pra um recomeço. Por que não começarmos agora a estimular uma REARBORIZAÇÃO CONTINUA de nossas ruas e praças, tentando assim recuperar, num breve período de tempo, pelo menos um pouquinho do nosso tão precioso ACONCHEGO VERDE?  Se repararmos bem, fomos sutilmente perdendo, AO LONGO DOS ANOS, muitas de nossa árvores, a maioria das quais na área central da cidade e com POUQUISSIMAS REPOSIÇÕES.

Cada morador poderia ser convidado a participar do plantio e, posteriormente, ser responsável pela árvore que viesse a ser plantada próxima à sua residência. Seríamos uma espécie de padrinho e sentinela daquela referente a nós. Pra isso, acho até que deveríamos dar preferência às CRIANÇAS. Com absoluta certeza, nossos filhos e netos serão eternamente gratos, e as gerações futuras não correrão o risco de ter que pagar um alto preço por um erro do passado.

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : acervo do autor, imagem tratada por Jorge Marin

segunda-feira, 9 de maio de 2016

BELEZAS DA TERRINHA


DE FRENTE PARA O PASSADO

COMENTÁRIOS DA RUA CAPITÃO BASÍLIO - muitas pessoas contaram histórias da "Rua da Cadeia":

- Renée Cruz: "quando casei, morei na casa da esquina, onde mora o Hélder! Aí tive minha primeira filha! Tinha como vizinho o sr. Guilherme Knop e d. Anália, amores de pessoas! Essa casa me diz muito"

- José Carlos Barroso: "nesta rua havia uma casa, residência do sr. Neném Porto, avô do Nilson, Narcisa, Nemarque, Nádia e tantos outros, onde comecei meus estudos, O Coelhinho Branco"

- Maria da Penha Santiago: "Rua da cadeia. Lá em cima no morro mora a Vanda Machado. Fui aí numa bela festa e depois desci a pé com medo do carro descer e perder o freio. Como era boba!"

Foto             : Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

CASOS CASARÕES & seus detalhes misteriosos???


QUEM VIVEU OU CONHECE HISTÓRIAS VIVIDAS NESSA CASA???

CASARÃO DA SEMANA PASSADA - os primeiros a reconhecer a casa do sr. Nelson Zampa na Rua do Descoberto foram: Fernanda Knop Zampa, Luiz Carlos Moura e Carlos Antônio Zampa que revelou que o sr. Nelson (seu tio) completa neste ano 99 anos.

Foto             : Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

CASOS CASAS & mistério ???


QUEM EXPLICA ESSA BELA PAISAGEM SANJOANENSE???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - a foto tirada na escadaria do São José, em frente ao jardim da Dona Déa em direção ao Beco das Flores, foi primeiro reconhecida por Luiz Carlos Moura, Maninho Sanábio e Vanda Santiago.

Foto             : Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

sexta-feira, 6 de maio de 2016

RECEITA INFALÍVEL PARA A INFELICIDADE


Geralmente, as prateleiras das livrarias estão cheias de livros ensinando, em tantas lições, ou passos, o caminho para a FELICIDADE. No entanto, o que podemos perceber, em nosso dia a dia, é um constante caminhar na direção oposta.

Um exemplo disso: quando conquistamos algo que queríamos ardentemente, o que é que normalmente falamos? Será que eu mereço isso?

Por outro lado, quando acordamos, e quase sempre acontece, com alguma desilusão de ordem financeira, amorosa ou, muito comum nestes dias, política, basta o pão cair no chão, ou derrubarmos uma colher de manhã, para ouvirmos sentenças como: “isso só acontece comigo” ou “acabou com o meu dia”.

A caminho do trabalho, ou ainda em casa, parece que gostamos de nos vangloriar dos nossos infortúnios. E, o que é mais curioso, as pessoas com as quais interagimos, mais do que GOSTAR de ouvir nossas misérias, começam a COMPETIR para ver quem é mais miserável. Dizemos: “minha mãe está com dengue”. A outra pessoa mal escuta e conta, orgulhosa: “a minha está com pneumonia, está na UTI”. Mas, não nos damos por vencidos: “a dengue da minha mãe é hemorrágica”. “Pois a pneumonia da minha é câncer... Generalizado!”.

Por isso, pensei: já que a INfelicidade tem essa proeminência e, pelo menos nos discursos e nas compras de livros, as pessoas PARECEM querer ser felizes, resolvi mostrar um passo simples para ser infeliz. Não é para ser, ou para não ser, mas é só para tentar mostrar como funciona a coisa.

Eu não sou de ouvir conselhos. De ninguém. Ou melhor, ouço mas não dou muita atenção. Mas, outro dia, um mestre budista, que eu mais leio do que sigo, disse uma coisa óbvia, mas que, não sei o motivo, deu um estalo na minha cabeça: “a causa do sofrimento é o desejo”.

Ah, tá! Mas, quer dizer que, para ser feliz, eu tenho que parar de desejar? Não é mais fácil morrer? – pensei.

Mas então me dei conta, e aí o tempo de psicanálise ajudou, de que o problema não é a dinâmica humana (saudável) de desejar e obter, buscar e achar, querer e conseguir. O problema, ou a CAUSA da infelicidade, que pode não ser problema para muitos, é o DESEJO enquanto falta constante.

Sabe aquela coisa de desejar outro lugar pra viver, outras pessoas pra conviver, outra corpo e até outra mente? Pois é, essa falta de harmonia consigo mesmo, esse desarranjo renovável, essa dismorfia eterna no espelho, enfim, essa sede que não passa? É isso!

Não espero que, com essa revelação, ninguém vá se tornar um buda, ou um iluminado. Ou passe ou receba alguma lição moralista. O que eu sugiro é: aprenda! E fique ligado!

Crônica: Jorge Marin

quarta-feira, 4 de maio de 2016

AO SOM DA VIOLA


Grata surpresa foi a minha quando, sentado num banquinho na calçada, aguardando que ficasse pronto um churrasquinho que havia comprado, fui surpreendido com a chegada inesperada do amigo Paulo e sua inseparável viola.

Parou na minha frente e, como se fosse me homenagear, começou a solar o Hino Nacional. Cheguei a pensar em couvert, mas pra minha sorte, era uma demonstração de amizade mesmo.

Enquanto todos iam passando e dando uma paradinha, solicitei de imediato (claro, após finalizado o hino nacional), que lascasse o Hino do Botafogo, seguido do Hino da Bandeira. E prontamente fui sendo atendido.

Gente boa esse Paulo! Pessoa simples e de coração puro. Muito hábil, pois, além de fabricar seus próprios instrumentos, ainda, para aqueles que o procuram, faz reparos em todos eles.

E ali ficamos até que meu churrasquinho terminasse. Saímos conversando rua afora, ao som de um animado calango. Levou-me até a esquina de casa, quando nos despedimos.

Crônica e foto: Serjão Missiaggia / Tratamento de imagem: Jorge Marin

segunda-feira, 2 de maio de 2016

SE ESSA RUA FOSSE A MINHA


QUEM VIVEU EXPERIÊNCIAS MARCANTES NESSA RUA ???

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASARÕES & seus detalhes misteriosos ???


QUEM SABE HISTÓRIAS DESSA CASA ???

CASARÃO DA SEMANA PASSADA - a primeira a matar a charada do casarão da semana passada foi a Patrícia Lawall, que perguntou pra Graziella Castro:
- É sua casa? - e ela respondeu:
- Meu pai comprou essa casa em 1984. Ao lado da Marli Pinton e Anna Paula Barroso. Rua da Maria Lila Caçador, Tereza Pavanelli, Gustavo Lima da Prata, Iria Ferreira Lima, Lila Lobão, João de Castro Lobão, Rita Mirim e tantos outros vizinhos maravilhosos. Rua Expedicionário Garcia Lopes, casa do sr. Clésio Castro e Maria Hylda de Mendonça.

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASAS & mistério ???


QUE LUGAR MISTERIOSO É ESSE???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - Marcelo Oliveira, Maninho Sanábio e Graça Lima reconheceram a "torre" da Delegacia.

Foto: Serjão Missiaggia

BRIGADU, GENTE!

BRIGADU, GENTE!
VOLTEM SEMPRE, ESTAMOS ESPERANDO... NO MURINHO DO ADIL