sexta-feira, 29 de novembro de 2013

AMIZADE: QUANDO O HOMEM É MAIS QUE DEUS


Hoje estamos preparando, aqui em casa, uma festa de despedida para uma amiga querida que está indo trabalhar num local distante.  Ontem fui numa apresentação teatral da qual o meu filho participou e, no encerramento, todos cantaram juntos uma música sobre os amigos.  Chego em casa, abro meu e-mail e está lá uma mensagem do Dalminho com um texto do Walt Disney sobre... amizade.

Ou seja, tem dias em que a gente não escolhe o assunto do Blog.  É o assunto que nos escolhe, assim como parece que é a AMIZADE que nos junta.

Pois bem, de manhã cedo no paraíso, Deus vai dar aquela conferidinha básica na sua criação e, ao invés de encontrar Adão nos braços de Eva, vê aquele belo proto-homem apostando uma corrida com o Macaco.  Intrigado, pergunta a Lúcifer, sempre o primeiro querubim a acordar:
- Que é que o Homem tá fazendo com o Macaco?
- Ah, Senhor – responde o (então) anjo – eles adoram sair juntos pra tomar um suco de uva, e ficar chutando uma casca de coco pra lá e pra cá.

- E a Eva? – tonitroou Deus (Lúcifer detestava esses acessos de fúria).
- Pelo que eu vi, Senhor, saiu junto com a Serpente pra descobrir novas flores e frutos.  Sabe como é né, essa duas nunca estão satisfeitas.  Eles até inventaram uma palavra para essas saidinhas sem o companheiro: AMIZADE.  E parece que se divertem muito.
- Não gosto disso – exclamou Deus – parece amor mas é entre pessoas que eu não fiz para se amarem.

Lúcifer, com aquela qualidade que futuramente iria implantar nos políticos brasileiros, sugeriu timidademente:
- Acho que o Senhor deveria tentar ser amigo do Homem.
Deus já ia dar uma trovejada no futuro capeta, mas, meio triste, ponderou:
- Você não entende, criatura: eu sou PAI e pai NÂO pode ser amigo. PAI É PAI!  Aposto que faço tudo o que o Macaco faz pro Homem, mas, você percebe que isso também é obrigação de pai?  O que me intriga é que o amigo faz porque quer.

- A gente podia ser amigos, né Deus? O que o Senhor acha? – pergunta o interesseiro anjo – O Senhor pode até me chamar de Lu!
Deus nem pestanejou, olhou para o querubim e lascou uma frase, como sempre, sábia:
- Onde já se viu, anjo, Chefe ser amigo de Empregado?  Só na sua cabeça mesmo.
E acrescentou:
- Agora vai, me deixa um pouco sozinho. Vai coMigo (isto é, com Deus!).

E Deus contemplou a amizade, com uma pontinha de inveja (que Lúcifer não nos ouça), mas também com a certeza de que, afinal de contas, o Homem e a Mulher eram bem mais perfeitos do que ELE imaginara.

Crônica: Jorge Marin

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

FALANDO & SÉRIO - NOSSA MOBILIDADE URBANA


É na condição de simples PEDESTRE que irei focar esta minha postagem!

Por sinal, nos tempos atuais, tem se falado muito em políticas de trânsito, enquanto os transeuntes, aí incluídos também os cadeirantes, quase sempre ficam esquecidos ou, simplesmente, relegados a um segundo plano.

Alguém aí já observou (e isso não se restringe apenas à nossa terrinha) como é raro ver atualmente uma mãe passear com seu filho recém-nascido em um daqueles carrinhos de bebê pela cidade?  Esta era uma prática muito comum até pouco tempo, pois a MOBILIDADE URBANA E A POLUIÇÃO SONORA assim o permitiam, além é claro, de boas SOMBRAS, também!  Mas isso é outra história, assim como a CONSCIENTIZAÇÃO de cada morador na conservação de seus PASSEIOS.

Abro aqui um pequeno parêntese para comentar sobre a importância das inúmeras passarelas e rampas de acesso para cadeirantes, que foram distribuídas em vários estabelecimentos e pontos movimentados da cidade.

Mas, voltando ao assunto sobre PEDESTRE, fico sempre intrigado (com certeza, muitas outras pessoas também) com aquele minúsculo e eterno passeio ao lado da Praça Carlos Alves.  Cheguei até pensar em TRADIÇÃO, mas parece que a inviabilidade de se fazer possíveis modificações, devido à falta de espaço ou pela cômoda opção de se poder também passar pelo interior da galeria ao lado, sejam os motivos.  De uma forma ou de outra, essa estreita passagem, que se estende desde o nosso mais tradicional bar até a esquina do Beco da União, se tornou algo perpétuo, haja vista que, até do lado oposto da referida praça, mesmo com um movimento infinitamente menor, já existe UM BOM E AMPLO PASSEIO.

Enfim, que mistério estaria levando esse pequeno trajeto a atravessar décadas e décadas e sempre ficar quase do mesmo jeito?  Ironicamente, ali é o coração da cidade, para onde tudo se converge, e um volume imenso de pessoas, muitos dos quais visitantes, ficam a transitar.

Tal fenômeno se agrava, principalmente, aos sábados e feriados, fazendo com que os pedestres, muitos deles já espremidos por veículos ali estacionados, sejam obrigados a sair do passeio e fazer a travessia no meio da rua. É só observar a foto acima e ver a impressão que se leva.

Sonhei certa vez que o calçadão teria se transformado em um grande passeião e que se prolongava desde o BRADESCO até o Beco da União. Belas luminárias, juntamente com pequeninas jardineiras compunham este meu sonho. O trânsito fluía tranquilamente, pois os veículos tiveram outra opção de passagem. As pessoas transitavam serenamente, sem atropelos, e tudo acontecia de maneira bem harmoniosa.

Mas foi apenas um sonho.  E assim, como tenho também plena consciência da IMPORTÂNCIA de nosso calçadão, o melhor mesmo é continuar opinando enquanto acordado. Mas, quem sabe, se entre os sonhos e a realidade, não seria interessante NIVELAR aqueles pequenos bloquetes do estacionamento de carga e descarga ao lado desse minúsculo passeio e, juntamente com uma possível PROIBIÇÃO de se estacionar ali, principalmente aos sábados pela manhã, não transformássemos, pelo menos por momentos, aquela estreita passagem num amplo e agradável PASSEIÃO DE FINAL DE SEMANA?

Enfim, confiando sempre na criatividade e no poder de realização de nossos atuais administradores, termino aqui, de maneira cidadã e totalmente desprovida, outra série dessas postagens.


Crônica e foto: Serjão Missiaggia

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

CASOS CASAS & detalhes







Dia 8 de novembro passado, completaram-se 54 anos da morte do nosso HELENO DE FREITAS em Barbacena, num sanatório onde havia se internado 6 anos antes.  Louco?  Não, o ex-craque tinha problemas de drogadição.  Drogas pesadas?  Nada, o problema de Heleno era com o hoje prosaico e ainda proibido lança-perfume.  E podemos perguntar: isso importa?

Não, nada disso importa, pois, aos gênios, assim como a todos nós, é também dado o direito de errar, de tropeçar, até mesmo, coisa que Heleno nunca fez, de pisar na bola de vez em quando.

Louco não era o Heleno; loucos ficavam os zagueiros que tinham que marcá-lo, loucos ficavam os goleiros que recebiam seus balaços de forma indefensável.

O pior vício de Heleno era a perfeição.  E querer que a sua visão das coisas prevalecesse sempre.  Quem acha que tudo é uma questão do seu próprio ponto de vista está a um passo da iluminação, mas também a um passo da loucura.

Finalmente, Heleno tinha, sim, um problema: era GÊNIO, GENIAL.  E INCENDIÁRIO.  Um autêntico BOTAFOGUENSE.  Um grande SANJOANENSE.  Um HOMEM como poucos.

Fotos: Serjão Missiaggia
Texto: Jorge Marin

CASOS CASAS & mistério ???


MAIS UMA CENA MISTERIOSA DE SÃO JOÃO NEPOMUCENO.  QUEM SABE O QUÊ/QUEM É ???

Ocasionalmente, mostramos cenas inusitadas do cotidiano pitombense.  Vamos ver se algum seguidor do BLOG acerta essa aí.

ACERTADOR DA SEMANA PASSADA: Diego Silva SJN acertou mais uma vez, na foto da Rua Brasília, Bairro São José.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

DONAS DE CASA... ESSAS VAGABUNDAS!


No crediário, a pergunta vem inevitável:
- Profissão?
A mulher se encolhe na cadeira, como se flagrado em grave delito e, num balbucio imperceptível, responde:
- Dona de casa...
A moça a encara de alto a baixo e comenta com a gerente:
- Ela não trabalha.
Não é preciso nem dizer que, a essa altura, a mulher entrevistada já está prestes a se jogar pela escada abaixo.

Ali do lado, fico pensando, com a minha experiência de aposentado: não trabalha?  Mas, como assim “não trabalha”?

Por ter tempo de ficar em casa, consigo ver as tarefas domésticas sendo realizadas.  Às vezes, até a me atrevo a fazer (mal) alguma coisa para ajudar, mas fico escandalizado com o volume de trabalho: quilos de roupas, sujeira na cozinha, na pia, no banheiro, nos móveis, na área, copos e mais copos espalhados, lixo nos cestos, roupas para passar, comida para fazer e, servida, para limpar os restos, pratos, talheres e panelas.  É um caos!  No entanto, a mulher que não pode, ou não quer, sair para passar, por exemplo, oito horas sentada numa sala sem janelas em troca de um salário mínimo, “não trabalha”.

Longe de qualquer crítica moral ou sociológica, que saudades tenho da minha madrinha-vó que amava ficar à beira do fogão de lenha inventando receitas, fazendo os quitutes, coando um (delicioso) café de hora em hora.  Depois pegava aqueles lençóis branquíssimos e levava para quarar ao vento.

Sei que muita gente vai torcer o nariz e dizer que, naquele tempo a mulher era explorada e era uma escrava do marido e dos filhos.  Mas, as moças naquele tempo se preparavam para essa carreira: dona de casa.  Era, e É, um dos trabalhos mais dignos do universo.

Acho até justo que esse trabalho de cuidador do lar não seja, necessariamente, executado por uma mulher, mas, vamos combinar, um lar que tenha uma pessoa para cuidar da casa, da organização doméstica, do tipo: guarda-roupa organizado, roupas de cama cheirosas, é um céu na terra!

Concordo também que manter esse lar funcionando é tarefa de todos, mas a minha questão é: por que afirmar que uma pessoa que dedica a maior parte do seu tempo organizando uma casa NÃO trabalha? 

Ah, dirão, mas estamos falando da mulher (geralmente é a mulher) que não trabalha FORA!  Aí eu quero lembrar que o grande must dos profissionais liberais do nosso adorável mundo globalizado e interconectado é, justamente, trabalhar on-line, EM CASA.  Será que, pelo fato de não trabalharem para a própria família, eles trabalham FORA mesmo ficando dentro de casa?

Crônica: Jorge Marin

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

TRADIÇÃO TAMBÉM É CULTURA


Na semana passada, enquanto andava distraidamente pela rua, um motorista  parou seu caminhão ao meu lado e perguntou se estaria muito longe de certa farmácia.  Mais que depressa, talvez na ânsia de querer livrá-lo de um engarrafamento que havia causado ao parar naquele local, fui logo tascando: “É ali na RUA DA PADARIA DO DEBRANDO”. Padaria de quem? – retrucou, de imediato, o seu ajudante que se encontrava em cima da carroceria.

Somente aí fui atinar que o veiculo nem era de São João. Consertei o erro e, após indicar o local de maneira mais racional, fiquei pensando nessa coisa tão interiorana que é a mania de ficar apelidando lugares. Por sinal, fato este que vai atravessando décadas e décadas e que não sai de nosso inconsciente.

Meu pai mesmo já falava muito na RUA DOS VELHOS e MORRO DA MANGUEIRA, mas confesso agora não me lembrar de onde seriam.
No intuito de escutar uma serenata, por muitas vezes, minha namorada, que residia na RUA DO BURACO, ia dormir na casa de uma amiga que morava na RUA DO DESCOBERTO, próxima à RAMPA.

Gostávamos muito também de sair pela noite com violões pra tocar numa casa ali na RUA DO SAPO e outra lá pelas bandas do JUJUBA. Era bastante desconfortável ter que encarar, já no final da madrugada, o BECO DO RANA e a RUA ATRÁS DA FÁBRICA, ficando, no final, uma casa localizada no MORRO DO MACHADINHO e outra no MORRO DO GINÁSIO sempre esquecidas devido ao cansaço.

Aliás, é nome de MORRO que não acaba mais, ou seja: MORRO do Hospital, MORRO da Matriz, MORRO São José, e por aí vai.  Naquela época, tínhamos o costume de ir à roça passando pelo BECO DO GÁS seguindo pela RUA DA MINA para, após descer o MORRO DO MARIMBONDO, chegar até a fazenda. Certa vez optamos em passar pelo PONTILHÃO.

Existiam os famosos passeios noturnos entre amigos chamados de quarteirão, que, geralmente, começavam na RUA DO SARMENTO e se prolongavam pela RUA DA PADARIA DO DEBRANDO, passando pela RUA DOS PATINHOS, RUA DO GRUPO VELHO até a Sinuca do Cida, quando não até o MURINHO DO ADIL.  Falando em Padaria, havia pessoas que preferiam o pão da PADARIA DO DEBRANDO do que o das PADARIAS DO MANEZINHO, do POPÓ e do CRUZ e vice-versa.

Na infância, tive um coleguinha que morava na RUA DO CHIQUEIRO e outro no CURRAL DO SALU, coincidentemente próximas à RUA NOVA. Já na juventude, passei inesquecíveis momentos numa casa ali na RUA DO TOTÓ, sendo que, naquele lugar, veio a nascer posteriormente o Pitomba.

Pra terminar, vejo tudo isso como forma de expressão cultural de um povo. Quem sabe, em homenagem aos nossos antepassados, não mantivéssemos viva essa TRADIÇÃO, tombando de alguma forma esses nomes ou simplesmente, incorporando em algumas placas da cidade, o NOME da rua juntamente com seu APELIDO?  Pesquisar seus cognomes também seria algo bastante interessante. Por exemplo, alguém saberia informar qual teria sido a origem do apelido BECO DAS FLORES e seu nome verdadeiro?

Crônica: Serjão Missiaggia

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

CASOS CASAS & detalhes




Olhem só a Rua Duque de Caxias!

Quanta coisa fizemos por aqui.  Muitos vão se lembrar que, no tempo em que a "dança do acasalamento" passava pela Rua do Sarmento, era aqui na Duque de Caxias que vínhamos ensaiar os próximos passos: as meninas davam um último retoque na maquiagem e nós, rapazes, combinávamos quem ia ficar com quem.  Depois, no final das contas, subíamos até o Bar do sô Quinca do 88 e ficávamos lá falando de futebol.

A Duque de Caxias traz lembranças simples: comer um quibe da dona Conceição na hora do almoço no Bar Xodó, tirar uma foto 3x4 no Arlindo Retratista, um pão quentinho na Padaria do "Debrando", com direito a um cumprimento educado do casal Sô Canarin e Dona Nair, que ficavam na janelinha, à noite, vendo aquela nossa euforia toda.

Hoje, somos nós que ficamos observando aquela euforia toda.  A euforia continua, as ruas permanecem e nós passamos por elas...

Fotos: Serjão Missiaggia
Texto: Jorge Marin

CASOS CASAS & mistério ???


QUE PAISAGEM É ESSA AÍ?  QUEM JÁ FOI NESSE LUGAR ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA: Muita gente acertou aquele detalhe do prédio da Fábrica de Tecidos Santa Martha (antiga Cia. Fiação e Tecidos Sarmento): Alex Silva, Marquinho Vinicius Amorim, Diego Silva SJN e o parceirão Nilson Magno Baptista.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

ESTE CHORO


Tenho em mim este choro
Que é um grito calado
Que é um nó no peito
Que é um jeito de dizer não
Que não sai.

Tenho em mim esta dor
Que é uma dor tão imensa
Uma soma de fazeres incompletos
De gozos inconclusos
E realizações não desejadas.

Tenho bem dentro de mim
Esta página quase virada
De vida controlada asséptica
De morte preparada e quitada
Antecipadamente.

Mas, da profecia autenticada
Em cartórios sagrados,
Me brota este prurido
De um amor proibido
Irrompe esta delícia
De saciar as sedes
E, sem saber, eu grito!

Meu grito é um urro e é um não
No grito, choro, e no choro explodo
O meu corpo exsuda lava
e o sexo drena o veneno
de recalques recalcitrantes.
A calma aparente que se segue
É só cansaço...

Poesia: Jorge Marin

Foto: Natural Thinker, disponível em http://www.flickr.com/photos/crazybynature/2189387168/

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

FALANDO & SÉRIO - NOSSO TRÂNSITO


Dias atrás, ao ler uma enquete que estava sendo realizada por um site aqui da cidade, juntamente com algumas noticias sobre um possível projeto de melhorias no trânsito, resolvi, na condição de simples cidadão, fazer um ou dois comentários e, entre eles, apenas pequenos questionamentos.

Mas, ainda antes de começar, abro aqui um pequeno parêntese para elogiar nossos MOTORISTAS, principalmente no que se refere às faixas de pedestres. Observa-se que, na sua quase maioria, são pessoas EDUCADAS, respeitadoras das leis e, acima de tudo, dos transeuntes. Fato  que não acontece na maioria das cidades brasileiras e que é amplamente notado por aqueles que nos visitam.  Infelizmente, não poderei dizer o mesmo quanto à totalidade de nossa imensa frota de MOTOCICLETAS.  

Voltando então ao assunto, tomarei como exemplo o CIRCUITO que abrange desde as proximidades do GRUPO CORONEL, passando pelo CORREIO, AV. ZECA HENRIQUES até o SUPER MAIS ou PRAÇA CARLOS ALVES. Por sinal, me sinto bem à vontade em opinar, pois é um percurso que fico a transitar a todo o momento.

Este CIRCUITO já vem sendo, há algum tempo, conhecido como o circuito, hora da velocidade, hora do congestionamento. Segundo alguns irônicos entendidos, o referido local faz inveja a muito autódromo famoso, principalmente devido às suas características únicas, ou seja: pista larga, várias chicanes em forma de passarela, ultrapassagens perigosas e de altíssimas velocidades, curvas sinuosas, boas retas, além é claro, de alguns pequenos acidentes. E olhem que nem estou citando as incríveis motos Kamikazes, que ali se lançam no famoso vai e vem das entregas noturnas. Ah! Já ia me esquecendo, que se trata de um antigo circuito misto de rua, onde motos e veículos correm NOS DOIS SENTIDOS ao mesmo tempo.

Brincadeiras à parte, observem na imagem acima o movimento quase que constante de veículos, juntamente com o detalhe do caminhão tendo quase que tangenciar a direita para que pudesse dar passagem ao carro que vinha no sentido contrario. (Deixo claro, que essa foto não foi em período de carnaval e nem exposição). É nítido e notório que, em função do aspecto geográfico da cidade, o espaço físico para trânsito de veículos no centro se tornou pequeno. Em contrapartida, as fábricas vão a cada dia lançando no mercado milhares de carros e motos, sendo que, somente, de janeiro a junho de 2013, a indústria nacional fabricou 1,86 milhão de veículos. Difícil imaginar como ficarão muitas cidades no futuro!

Voltando um pouco mais ao referido circuito, o negócio seria tentar pelo menos desafogar um pouco o trânsito no local. Afinal de contas, para o local também convergem todos os veículos oriundos da região de Descoberto com destino a Juiz de Fora, ou seja, são aqueles que estão indo ou voltando e que optam sempre em fazer uso da passagem do antigo leito ferroviário ou mesmo a entrada principal.

Achei, sinceramente, que a construção do ANEL VIÁRIO, se não fosse resolver, iria pelo menos amenizar um pouco a situação, mas infelizmente, parece que essa IMPORTANTE OBRA ainda precisa de algo mais para decolar de vez. Como agravante, os veículos que chegam à cidade pela entrada principal, são também direcionados para estas bandas ou, se não, para uma pequena retenção que ainda acontece na Praça Carlos Alves. As ruas desse circuito se tornaram uma verdadeira BR, inclusive com veículos PESADOS transitando a todo o momento pelo lugar.  (Nossa centenária rede de esgoto e pluvial que o diga!). Por sinal, a construção de um PORTO SECO na cidade pareceu-me uma excelente IDEIA. Bem! Mas este é outro assunto!

Para terminar, fico sempre impressionado, enquanto faço minhas caminhadas, a velocidade que alguns motoristas e motoqueiros se lançam naquele trecho de asfalto que vai do inicio do Center Modas ao fim da Avenida.  Sinceramente, ainda não consegui entender como nunca ouve algum acidente mais grave ali. Ou já?

Enfim, apesar do esforço constante de nossas autoridades, na busca constante de uma solução para o trânsito da terrinha, qualquer boa intenção ou ideia, de pouco ou quase nada adiantará, se não vier antes de tudo acompanhada de uma MAIOR FISCALIZAÇÃO, CONSCIENTIZAÇÃO e uma melhor EDUCAÇÃO DE TRÂNSITO.


Crônica e foto: Serjão Missiaggia

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

CASOS CASAS & detalhes



DE CARA NOVA, hoje, a Pracinha do Chafariz (Praça Carlito Guazzi) é um local MULTIUSO, onde, pela sua localização privilegiada, convergem pessoas de diversas idades. Nela podemos encontrar APARELHOS DE GINÁSTICA GRATUITOS, PARQUINHO INFANTIL, ESPAÇO AMPLO PARA ATIVIDADES DO PESSOAL DA MELHOR IDADE, NAMOROS, PROSAS, ALÉM DE BOAS SOMBRAS.  Devido à sua importância no contexto social, ela vem, aos poucos, sendo reformada pela administração municipal, visando maior aconchego e SEGURANÇA a seus usuários, muito dos quais crianças e idosos. 

Texto e fotos: Serjão Missiaggia


CASOS CASAS & mistério ???


QUE LUGAR É ESSE? É NA TURQUIA OU É EM SÃO JOÃO?

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - muita gente acertou o "mistério" da semana passada (casa na Rua do Descoberto): Paulo Roberto Gruppi, Antônio Araújo Pinto Jr., Sebastião Luiz Costa, Icko Velasco, Eliane Fajardo, Luiz Carlos Moura, Dione Paes, Maninho Sanábio, Cleverson Cabral e Diego Silva SJN.  Este último deu o endereço completo, só faltou o CEP.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

MULHERES... ESSAS DANADAS!


As mulheres, essas danadas
Fadas... safadas
Esposas ou namoradas
Usam o tempo como algo de bom
Mas jamais percebem essa benesse
E por não serem julias d’aiglemont        
Não nos permitem ser um vandenesse

Já não são mais coquetes
E nem usam anáguas
Mas, que mágoa!
Que saudade dos leques
Dos broches dos camafeus
Mas, meu Deus, e o leite de rosas?
As garotas vaporosas
Banhadas à Cashemere Bouquet?

Pois veja você!
Essas gatinhas, as cocotas de outrora
São essas belas senhoras
Com seus lares bonitos
Que até dispensam o agito
Mas não a satisfação
Que sabem que a dependência
Não é submissão
E já sabem que o amor
Não é só coração

Meu reino por uma balzaquiana!
Pois ela é tudo de bom
É o licor do bombom
É um louis vuitton
Ou christian loubotin
Mas acima de tudo
Seja ela o que for
É uma mestra do amor
É ardor e feitiço
Menos grito mais cochicho
Menos nova mais capricho

Poesia: Jorge Marin

Foto: cartaz do musical Mamma Mia, disponível em http://stuttgart.arcona.de/en/offer/musical-mamma-mia

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

SER OU NÃO SER: EIS A JOGADA!


Essa foto espetacular e MISTERIOSA, que já foi até postada aqui no blog em outra oportunidade, tornou-se posteriormente motivo de exaustivos e profundos estudos. Primeiramente, considero essa imagem algo quase irreal, não somente pela plástica dos envolvidos, como também, pela habilidade de quem a tirou.  Por sinal, um clique perfeito no tempo e espaço, que veio eternizar, para as gerações futuras, do que um ser mortal é capaz. (Se bem que este mortal é um jogador do Pitomba).

De uma forma ou de outra, temos que tirar o chapéu pelo grau de dificuldade, pois, intencional ou não, foi uma abertura de quase 90 graus que somente é conseguida por atletas de elite.

Por que MISTERIOSA? Primeiramente, sugere-se que nosso atleta estivesse jogando futebol e executando uma bicicleta, certo? Gente! Nesta imagem, alguém tá vendo uma bola ou alguma coisa que fizesse lembrar uma? Se repararmos bem, nem em sombra ela parece. Ou não haveria uma?

Geralmente os jogadores de futebol acompanham a trajetória da bola. Sendo assim, por que o Quintino e o Mazola apenas congelaram o olhar na jogada? Ou a bola estaria escondida atrás do atleta que, após um chute mal calculado, teria se resvalado em seu marcador e caído entre ambos? Por sinal, o semblante perplexo e boquiaberto do Mazola já parecia nos querer dizer algo, ou seja: “Não acredito no que estou vendo”.

Alguns místicos entendidos no assunto sugeriram que nosso capitão, antevendo uma possível jogada, teria se antecipado a um cruzamento que nem chegou acontecer. Outra frente de estudo, incluindo alguns especialistas na área esportiva, defende a teoria de que nosso camisa 6 teria escorregado, pois se percebe nitidamente que ele estava usando tênis em um campo gramado. Citaram também o detalhe da mão, que apoiada ao solo, parecia tentar amenizar o impacto.

Mas, E A BOLA? Onde está a bola? E se ela foi realmente chutada nesse sem-pulo de bicicleta, então onde foi parar a danada? Observem que, nem mesmo a imensa multidão de duas pessoas que acompanhava a partida atrás do gol, deu importância a ela; tornou-a mera coadjuvante!  Fato este até bastante compreensível, principalmente diante desse histórico e emblemático lance.

Mas... E se não foi nada disso, então o que estaria nossos atletas fazendo? Algumas pessoas, entre elas me incluo, defendem a tese segundo a qual poderia ser intervalo de jogo e eles estariam brincando de capoeira. Posteriormente, achei pouco provável em circunstância de que nosso capitão não é muito chegado a tal esporte.

Enfim, essas e outras interrogações somente nosso jogador poderá elucidar. Sendo assim, é só procurá-lo na Transtec, que terá imenso prazer em recebê-los e poder esclarecer a esta e a outras questões.

Crônica: Serjão Missiaggia

Foto: acervo do autor

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

CASOS CASAS & detalhes











OLHEM SÓ!  ELES VOLTARAM!!!

Quando publicamos no BLOG a postagem sobre a CASA DOS PATINHOS, onde residiu o inesquecível Dr. Írio Vieira Lima, recebemos manifestações de sanjoanenses do mundo inteiro (não é exagero!), lembrando-se dos bons momentos ali vividos.

Passando por esses dias pelo local, nosso fotógrafo Serjão arriscou dar aquela assobiadinha fi-fi-fiu e, para sua SURPRESA, os patinhos responderam!

Portanto, ELES estão de volta.  Quem tem saudades, basta passar em frente ao murinho e assobiar.  Quem ainda não levou os filhos, leve!  E, para quem acha que o tempo passou, saiba: o tempo é AGORA!

Fotos: Serjão Missiaggia
Texto: Jorge Marin


CASOS CASAS & mistério


ONDE FICA ESSA CASA AÍ EM SÃO JOÃO?  QUEM SABE ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA: Marco Aurélio dos Santos, Icko Velasco, Marley Rodrigues e Guilherme Gomes acertaram a localização daquele casario clicado pelo Serjão, e localizado na rua que dá acesso ao antigo Matadouro (Rua Joaquim Cruz). Parabéns!

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

FILMES QUE NÃO ASSISTI NO CINE BRASIL: GRAVIDADE


Fui assistir ao filme “Gravidade” na semana passada.

Tenho que admitir que a história, dirigida pelo mexicano Alfonso Cuarón (que, entre outros trabalhos, dirigiu o melhor Harry Potter da série), é uma grata surpresa.  E até mesmo uma aula.  De Física, ou, se preferirem, de Filosofia.

A Dra. Ryan Stone (bem interpretada por Sandra Bullock) está participando de sua primeira missão espacial em companhia do veterano astronauta Matt Kowalsky (George Clooney bem parecido com ele próprio) que está se aposentando naquela missão.  Tudo vai bem, controlado pela NASA em Houston (ouvimos sempre a voz do fantástico Ed Harris) até que... a destruição de um satélite russo gera uma chuva de fragmentos... mortais num ambiente sem gravidade.

Como nossos heróis (ainda existe isso?) estão trabalhando no Telescópio Hubble, têm que voltar às pressas para a sua nave mas, para sua perplexidade, descobrem que esta foi destruída e que eles estão completamente soltos, não conectados a nada, a não ser um ao outro.

Saí do cinema meio incomodado.  É que sempre pensei que minha vida tivesse um controle de Houston que me desse orientações seguras e me protegesse dos perigos que acontecem a todo minuto.  Mas isso não é verdade e, o que é pior, a vida aqui embaixo ainda pesa!

Aí, à maneira de Stone (que, mesmo com esse nome de pedra, não cai) e Kowalski, deixei-me flutuar e pensei que o voo de ambos, sem gravidade, sem barulho e totalmente livres, parece ser o grande sonho de consumo das pessoas hoje em dia.  Em frente aos seus monitores, o que todos querem é trazer o impossível para o campo do real.  Ou seja, fazer tudo o que se quer sem nenhum peso, sem nenhum controle externo.

A volta ao espaço do filme nos desperta da ilusão.  Com estilhaços e até mesmo uma gota de lágrima caindo, impossivelmente, em nossa direção através dos efeitos de 3D, percebemos que, se não há gravidade, também não há resistência.  Se não há controle, não há também quem nos salve.

Kowalski, meu quase colega aposentado, tenta relaxar mas, como ensinava Drummond, tinha uma Stone no meio do caminho, e o conselho do astronauta veterano para uma jovem viciada em dirigir é:
- You have to learn to let go.  Que, numa tradução que tentasse ser fiel à história do filme poderia ser: você tem que aprender a se soltar, ou deixar pra lá, ou permitir-se.

Copiei, Kowalski!

Crônica: Jorge Marin

Foto: Frame do filme “Gravidade”, disponível em http://filmesegames.com.br/wp-content/uploads/2013/10/g3.jpg

BRIGADU, GENTE!

BRIGADU, GENTE!
VOLTEM SEMPRE, ESTAMOS ESPERANDO... NO MURINHO DO ADIL