segunda-feira, 30 de junho de 2014

CASOS CASA(RÕES) & detalhes misteriosos


QUEM SABE ALGUMA COISA SOBRE ESSE CASARÃO ???

CASARÃO DA SEMANA PASSADA: sobre o casarão da semana passada, aquele do lado do Fórum, descobrimos, conforme informação da D. Reneé Cruz, que o imóvel pertencia aos seus tios, dona Dilina e senhor Aristeu, e ficou para os herdeiros.

CASOS CASAS & mistério ???


QUE LUGAR É ESSE AÍ ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA: o sobrado da Rua Governador Valadares, onde funcionam algumas lojas embaixo, foi reconhecido por Maninho Sanábio, Bortolatto e Márcio Velasco.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

A COPA E A VIDA ALHEIA


De uma forma ou de outra, a Copa nos mobiliza. Política, corrupção, arte e religião ficam para um segundo momento, para nos deliciarmos com os detalhes, os lances, as maravilhas da Copa.

Uma coisa, no entanto, não sai de cena, e, pelo que vejo, não sairá jamais: a preocupação com a vida alheia. Quando não é a cor da calcinha do biquíni da esposa do jogador da Holanda, é o processo contra a revista masculina que pretende publicar as fotos de uma moça que “ficou” com o nosso craque maior.

A coisa é tão descarada, e tão ridícula, que, acompanhando a última entrevista coletiva do representante da seleção alemã, antes do jogo contra os Estados Unidos, fiquei pensando tratar-se de uma daquelas cenas do programa Casseta e Planeta ou mesmo de uma pegadinha desses programas grosseiros.

O entrevistado era o jogador Mesut Özil, meia da seleção da Alemanha e jogador do Arsenal de Londres. As perguntas sempre buscaram explorar as possíveis fraquezas e contradições da vida pessoal do atleta, nunca o futebol.

A primeira pergunta era sobre a sua insatisfação de jogar na ponta direita na seleção, posição diferente da qual joga na sua equipe. O craque não caiu no ardil da pergunta e disse que, embora goste de jogar no meio de campo, jogaria, de bom grado, onde o técnico alemão o escalasse, pois era um profissional.

A segunda pergunta não poderia ser mais pessoal: por que você tatuou um leão em seu corpo? O jogador respondeu que estava ali para falar de futebol e, como considerasse essa uma questão fora do contexto, não iria responder.

Finalmente, uma provocação: como você vai fazer para jejuar no sábado quando tem início o Ramadã? (o jogador é muçulmano). A resposta do jogador não poderia ser mais clara: “eu estou trabalhando e não vou participar”. Ou seja, como o trabalho dele implica na necessidade de muitas calorias, ele não pode fazer jejum até o final da Copa.

No dia seguinte, o repórter publica a seguinte manchete: "Özil dá 'patada', veta Ramadã e diz que prefere papel de armador". Pode? Melhor deixar pra lá, e ficar quietinho no Facebook.

Crônica: Jorge Marin
Foto:  Daily Mail

quarta-feira, 25 de junho de 2014

POSTE MORTAL - CAPÍTULO 2 - Nóis ranca com o poste e tudo!!!



Ainda antes de dar continuidade a este dantesco causo, gostaria de dizer que, pelo fato de recentemente terem retirado o poste original do local, passei uma tarde de domingo à procura de um que tivesse as mesmas características. Já um tanto desanimado, qual não teria sido minha surpresa ao perceber que, quase em frente à minha casa e bem próximo do verdadeiro lugar, ainda existia este belo exemplar.

Mas, continuando o causo, provavelmente teria sido um erro de cálculo, pois, após estudar minuciosamente o ocorrido, descobri que, ao introduzir o dedo com um pouco mais de pressão no buraco, deixei que as juntas penetrassem além do costume.

E ali estava eu. Por um erro de cálculo, tornei-me um indefeso prisioneiro de um POSTE e, o que é pior, exatamente na Rua Nova, que sempre foi uma rua bem movimentada.

Em vão, fiz as primeiras tentativas de escapulir dali. Procurei disfarçar, mas era impossível. Já alguns curiosos começaram a circular ao meu redor e a aglomerar ao meu lado, enchendo-me de palpites, piadinhas e gozações. E eu ali, indefeso, preso e já começando a ficar preocupado.

Um infeliz, já meio alcoolizado, passou pelo local e, com um terrível bafo de pinga e aquele olhar pesado de todo pinguço, olhou para mim, olhou para placa, novamente olhou para mim e, colocando a mão em meu ombro, sussurrou baixinho em meu ouvido:
- Gente boa, fica frio, a placa é contraMÃO, mas só o DEDINHO pode! (Depois dizem que bebum não pensa!...)

Fui levando tudo na brincadeira, pois, até então, acreditava que sair dali era questão de momentos, ou uma certa perícia, e isto eu acreditava que tinha.
O número de curiosos aumentava a cada instante e, entre uma piadinha e outra, chega o Sr. Saul que, com sua já conhecida educação, vai pedindo licença a todos, fazendo chegar até a mim uma cadeira, ou melhor, um banquinho amarelo ouro, sem encosto, duro e bem desconfortável. Mas valeu, pois já um suor frio principiava a dar sinal em meu corpo. Foi nessa hora que comecei a pressentir que a coisa era bem mais séria do que pensava. E o suor começou a escorrer!

Imaginem só: uma pessoa sentada num banquinho amarelo ouro, no meio da calçada, com uma mão na cintura, a outra mão a meia altura, fazendo sei lá o quê, num poste qualquer, em plena Rua Nova!.. Ou é maluco ou é promessa!
O suor aumentava... E se me desse vontade de ir ao banheiro?

Chega o Zé da Carroça! Olha daqui, olha dali e meio desconfiado, tira o cigarro de palha da boca e vai logo dizendo besteira:
- Procupa não, moço!!! Se ocê não saí por bem, nóis ranca com o poste e tudo!!!

Naquele momento, as gotas de suor já escorriam pelo rosto e as mãos começavam a ficar frias. Ouço então, do meio da multidão, a palavra “cavadeira”. Aí também não!... Ficar aqui agarrado, ainda passa! mas, sair daqui levando comigo um poste, nem pensar!...Está fora de qualquer cogitação!!! E depois... levar para onde? Hospital?.. Prefeitura?..Ferreiro de plantão?.. Jamais.!!!! E a minha reputação?

Imaginem vocês o que significa uma notícia dessas no rádio ou jornal de uma pequena cidade do interior como a nossa. -"Genro do Barroso dá entrada no Hospital S. João acompanhado de um poste". Seria cômico se não fosse triste.

NA PRÓXIMA SEMANA: a solução final. Não percam !!! 

Crônica e foto: Serjão Missiaggia 

segunda-feira, 23 de junho de 2014

CASOS CASA(RÕES) & detalhes misteriosos


O QUE VOCÊ SABE SOBRE ESSE CASARÃO ???

Hoje iniciamos mais uma série sobre paisagens sanjoanenses. São os CASARÕES, locais que a gente conhece, sabe onde fica, mas sabe pouco a respeito. Essa aí, por exemplo, todo mundo sabe onde fica. Mas, qual é a história dele? Como chegou a ficar desse jeito? Nós, do BLOG, gostaríamos de saber mais. Com a palavra, os leitores...

Foto: Serjão Missiaggia


CASOS CASAS & mistério ???


ONDE FICA ESSA CASA AÍ ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA: Márcio Gouvêa, Aline Costa e Márcio Velasco acertaram a casa localizada na Rua do Buraco.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

A IDEIA FIXA


Você bobeia... e a IDEIA FIXA te pega!

A ideia fixa funciona assim: você levanta, vai caminhar, até que é uma bela manhã de inverno em Juiz de Fora! Mas, alguma coisa em sua mente se lembra de uma manhã, há muitos anos em São João, no campo do Mangueira quando, depois de uma pelada, você se deitou na grama e ficou vendo as nuvens. De repente, uma sensação de arrebatamento e bem-estar meio que te elevou aos céus. Hoje, cinquenta anos depois, você não consegue curtir uma bela manhã porque AQUELA – a ideia fixa – não sai da sua cabeça.

A ideia fixa se apresenta de várias formas e tamanhos, pode ser uma viagem que você fez e que, por algum motivo, não consegue esquecer, ou mesmo um beijo, num baile de Carnaval, de uma pessoa da qual você nem sabe o nome.

Ideia fixa também não tem nenhum compromisso com fatos concretos. Pode ser aquele cargo que você não conquistou mas que, se conquistasse, ah, tudo na minha vida seria diferente. Ou aquele moço, ou aquela moça, na rodoviária, que sorriu de uma maneira que nem os anjos fazem, mas o seu ônibus ia em outro direção.

Querem saber?

A ideia fixa é uma bobagem. É o mesmo que pensar que um dia teremos um país sem corrupção, ou uma sociedade sem inveja, ou um relação sem ódio, ou um coração sem egoísmo.

A ideia fixa é da ordem do sonho, é feita de matérias inexistentes. Quando vocês dizem: ah, no meu tempo é que era bom, taí a ideia fixa. Ou quando afirmam que, no ano que vem, vou fazer isso e aquilo outro, quando, na verdade, tudo fica na mesma, e até pior.

A ideia fixa te faz querer colher tulipas num vasinho mixuruca de onze horas, ou comer caviar no buteco da esquina. Ou que aquela pessoa que você escolheu para passar o resto da vida do seu lado, passe mesmo o resto da vida do seu lado, e com aquele cabelo penteadinho do príncipe encantado, ou com aquela solicitude da princesa Aurora,

Ora, ora, a ideia fixa é o bicho. Fujam dela!


Crônica: Jorge Marin
Foto: Marden Alcantaria, disponível em https://www.flickr.com/photos/mardden/

quarta-feira, 18 de junho de 2014

POSTE MORTAL 1 - Terror na Rua Nova


Semana passada, ali pelas 3 horas da tarde, estava eu passando pela Rua Nova quando, na esquina com a Rua Joaquim Murtinho, mais exatamente em frente à casa da saudosa D. Arlinda, e a pouco mais de cinquenta metros da residência de nossa querida amiga Soninha, a lembrança de um fato fez, naquele momento, com que eu viajasse alguns anos no tempo.

O exato lugar, se não me falha a memória, ocorreu em julho de 1975, e tornou-se palco de uma cena não comum a moradores e transeuntes daquela redondeza. Naquele inesquecível dia, tornei-me personagem principal de um cômico e dramático episódio, que teve como coadjuvantes dezenas de pessoas que por ali passavam: moradores, curiosos, palpiteiros etc.etc.etc.

Além de incomum, ninguém poderia imaginar que aquela cena ficaria gravada, anos e anos, na história da já famosa Rua Nova.

Vamos ao fato: havia naquele local até pouco tempo atrás um poste de ferro que servia á sinalização de trânsito cuja característica era possuir pequenos orifícios espalhados em sua base. Passar por ali era rotina obrigatória das idas e vindas do namoro, tornando-se local predileto das brincadeiras que eu, religiosamente, fazia toda vez que ali passava.

Uma das brincadeiras exigia de mim uma precisão invejável que, por sinal, era muitíssimo bem ensaiada. Consistia em enfiar o dedo rapidamente num desses buracos e, ante o perigo de ficar preso, deixar assustadas as pessoas que me acompanhavam.

Um belo dia... Não sei se por azar, erro de cálculo ou mesmo se engordei de um momento para o outro, ao enfiar, mais uma vez, o dedo num desses buracos, um calafrio no corpo me fez compreender que havia entrado verdadeiramente pelo cano, ou melhor, pelo POSTE. Senti uma sensação diferente, era como se escutasse ao pé do meu ouvido...
-DESSA VEZ EU TE PEGUEI!!!

NA PRÓXIMA SEMANA: a dor, o vexame... e se chover? Não percam !!!

Crônica e foto: Serjão Missiaggia

ATENÇÃO: NÃO TENTE REPRODUZIR NA SUA RUA, AS AÇÕES DO NOSSO PERSONAGEM SEM A PRESENÇA DE UM SERRALHEIRO!


segunda-feira, 16 de junho de 2014

CASOS CASAS & detalhes



Falamos várias vezes aqui no BLOG sobre os encontros da galera na Pracinha do Botafogo.  Nesse local, entre a praça e a antiga estação ferroviária, acontecia, no real, o que hoje ocorre no Facebook, só que era face to face: dezenas de adolescentes encontravam-se para fazer aquilo que os pais da época chamavam de "jogar conversa fora".

Na verdade, fazíamos naquela época um tipo hoje sofisticado de interatividade: expressávamos sentimentos, representávamos, brincávamos e amávamos, tudo no ato, ao vivo. Não vou dizer que era melhor nem pior do que hoje, mas que era BÃO DIMAIS, lá isso era.

Fotos: Serjão Missiaggia
Texto: Jorge Marin

CASOS CASAS & mistério ???


QUE LUGAR É ESSE ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - Thiago Radd, Fellype Alberto e Maninho Sanábio reconheceram a casa da Rua do Sapo.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

PRA FRENTE, BRASIL!


Assisti ao jogo do Brasil com a Croácia ontem e o excelente Holanda e Espanha hoje, e vou confessar uma verdade: estou curtindo bastante esta Copa do Mundo no Brasil... estádios bonitos, públicos satisfeitos e bom futebol. Que mais podemos querer de uma copa?

Quando fazemos esse tipo de comentário, sempre tem alguém que sai com aquela ladainha de Facebook: “se o dinheiro gasto em estádios fosse gasto na saúde e na educação, blá, blá, blá...”

Gente, mas fomos NÓS que decidimos fazer a Copa da Mundo aqui em 2007! Aí a pessoa responde: nós não... ELES. Mas quem são “eles”? São aquelas pessoas que nós escolhemos para nos governar, aqueles mandatários a quem conferimos o poder de administrar o Brasil.

Então, se NÓS decidimos fazer a Copa, e aquela pessoas que NÓS escolhemos para administrar meteram a mão na massa (de euros) e fizeram uma lambança danada, então a conclusão que eu chego é: o Pelé estava certo; brasileiro não sabe votar. O que fazer?

Seguir o candidato militar de plantão, reinstalar a Revolução Gloriosa e pendurar a Presidenta (de novo) no pau de arara? Votar num juiz do Supremo Tribunal Federal com pinta de justiceiro e discurso tão populista quanto o das pessoas que está prendendo?

Bem, mas uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Minha preocupação, neste exato momento, é a Copa. Vestir aquelas roupinhas verde e amarelas que, podem ser até ridículas (mas que nós adoramos), reunir a família, fazer aquela zoada e torcer para o Brasil. Temos um bom time e vamos curtir um excelente futebol.

Em outubro, com a Seleção Brasileira ganhando ou perdendo, a gente presta mais atenção, esquece todas as bobagens que já fez e, quem sabe, vota com mais sabedoria.

Crônica: Jorge Marin
Foto: disponível em http://alvales.blogspot.com.br/2014/02/copa-da-mundo.html

quarta-feira, 11 de junho de 2014

UMA COPA INESQUECÍVEL


Seria uma baita injustiça de minha parte se, ao descer desta minha missão fotográfica no adro da igreja do Rosário e ao passar ao lado dessa incrível casa, não fizesse também uma reverência e um breve comentário sobre ela. Infinitas histórias eu teria pra contar, sendo que algumas delas já foram aqui mesmo narradas no inicio blog (A Casa da Tia Irinéa).

Então, aproveitando a interessante coincidência de que há trinta e dois anos estávamos nesta mesma época vivendo eufórica e intensamente aquela inesquecível Copa na Espanha, irei novamente fazer este comentário.
          
Era junho de 1982 e, pra variar, não haveria melhor lugar para nos reunirmos e assistir aos jogos da COPA que não fosse o famoso TERRAÇO da Tia Irinéa.
Enquanto as ruas da cidade já se encontravam totalmente decoradas nas cores verde e amarela, de maneira absolutamente apaixonante e até mesmo um tanto doentia (talvez em circunstância daquele fantástico time de Zico e companhia), que subíamos para o referido terraço tomados por uma forte emoção de patriotismo.

Vivíamos numa época em que a situação política do país, pelo menos aos nossos olhos, parecia bastante análoga aos dias atuais, principalmente pelo simples fato de que o mundial estaria sendo disputada do outro lado do Atlântico. Ao contrário dos dias de hoje, o fato de centenas de quilômetros nos separarem daquela COPA, também distanciava nossa atenção de tristes realidades (CORRUPÇÃO, GASTOS EXORBITANTES DO DINHEIRO PÚBLICO, SUPERFATURAMENTOS EM OBRAS ETC).

Mas, voltando ao terraço da Tia Irinéa, parecia mesmo que estávamos indo para uma verdadeira guerra, tal era o poderio de nossa pesada artilharia de fogos e foguetes. Muitas bandeiras, instrumentos musicais, velas, filtro solar e muita adrenalina faziam daquela laje uma verdadeira arquibancada, pra não dizer campo de batalha.

Sinceramente, não saberia dizer o que mais VIBRAVA, principalmente na hora do gol, ou seja, se realmente seríamos nós ou a velha laje da Tia Irinéa. Mas... Que o lugar tremia pra caramba, não tenho a menor dúvida.

Hoje, diante de tamanha tecnologia a nos trazer imagens fantásticas recheadas de detalhes (já cheguei a ver um pequeno inseto na bola), fico a recordar de nossa mega televisão de 14 polegadas em preto e branco que, em pleno sol, permanecia com uma imensa bucha de palha de aço na antena no intuito de se tentar melhorar um pouco mais a imagem. Isso para não dizer que era expressamente proibido passar próximo à tela pra evitar as famosas interferências.

Na verdade, não estávamos nem aí pra essas e outras dificuldades, pois tudo isso servia apenas pra apimentar ainda mais aqueles encontros e nossa contagiante alegria. Pulos em cima, promessas em baixo.

Trinta e dois anos se passaram e, apesar dos pesares, me recuso a aceitar que esses e outros fatos venham também me roubar um pouco daquele velho entusiasmo de estar vivendo, com alegria e emoção, mais uma COPA DO MUNDO.


Crônica e foto: Serjão Missiaggia

segunda-feira, 9 de junho de 2014

CASOS CASAS & detalhes

















Lembro-me perfeitamente: dia 03 de junho de 1970 era uma quarta-feira. Ali pelas duas horas da tarde, a cidade parou: todos fomos assistir à estreia do Brasil na Copa do México. A Seleção estava em crise, João Saldanha havia sido demitido pelo Presidente da República pois não quis convocar o Dario do Internacional.

Na verdade, não levávamos muita fé na tal Equipe Canarinho. Por isso, aos 11 minutos, quanto o tcheco Petras abriu o placar, muita gente torceu o nariz e falou: eu sabia, esses caras não são de nada. Aos 24 minutos, falta para o Brasil, e o locutor da Rede Globo Geraldo José de Almeida chamou: Rivelinooooo! E ele foi. Mandou um tirambaço que o goleiro Viktor está procurando até hoje. Depois foi só alegria.

Quarenta anos se passaram e, às vésperas de mais uma Copa, esta aqui no Brasil, São João JÁ é só alegria e, vendo a cidade assim, preparada para a festa, só resta lembrar mais uma frase de Geraldo José de Almeida: LINDA, LINDA, LINDA!

CASOS CASAS & mistério ???


QUEM SABE ONDE FICAM ESSAS DUAS BELAS BANDEIRAS EM SÃO JOÃO?

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - A casa na Rua Dona Izabel, atrás da Igreja Matriz, foi reconhecida por muita gente: Rita Mirim, Reneé Cruz, Aline, Márcio Gouvêa, Ubirajara Gentil Lima, Diego Silva, Cida ABreu, Jorge de Oliveira, Cacau Fajardo, Márcia Fam e Eduardo Elias Ayupe Tamiozo.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

EU QUERO DAR UMAS PALMADAS


Gente, eu tenho uma paranoia particular que me diz que, quando chega a minha vez de usufruir de uma coisa legal, este direito me é cassado. Isso aconteceu comigo várias vezes: quando fui para a escola, época legal às pampas como diziam, fizeram uma tal revolução que obrigava todo mundo a ficar em “ordem unida” e “murchar a orelha” como dizia meu pai.

A coisa continuou nos anos 70: lá eles faziam o Woodstock e nós, aos 12-15 anos, achando que iríamos ser hippies, dávamos de cara com o Bolote. No Contador, achava que poderia bancar o Bruce Lee, e encontrava um cara mais poderoso: o sô Bi.

Nos anos oitenta, o início da independência profissional chegou (oba!) com o auge da liberação sexual, mas também com a... AIDS. Mais recentemente, ao tentar aposentar-me aos trinta anos de serviço, junto com um bando de amigos, tive as asinhas cortadas pelo FHC, e cumpri mais cinco anos de prisão.

Agora, eu, que já levei umas tantas palmadas, e até mesmo umas lambadas de corrião, estou sendo privado do meu sagrado direito de distribuir uns tabefes na bunda do meu terceiro filho pela famigerada Lei da Palmada.

Já aprovada pelo Senado, a lei foi para sanção presidencial e está esperando Tia Dilma, conhecida por distribuir umas bordoadas quando necessárias, decidir se a palmada será permitida ou proibida.

Para mim, a tal lei é uma besteira descabida e é o mesmo que criar uma lei proibindo soltar pum debaixo do cobertor para proteger a camada de ozônio. Explico: sou totalmente contra qualquer tipo de violência, doméstica então nem se fala (mesmo com palavras) e abomino desrespeito às crianças. Mas me pergunto: qual é a utilidade de um diploma legal para reger um assunto puramente privado, ou seja, fora da competência do Estado, no qual os abusos (crimes) já estão previstos no Código Penal e também no Estatuto da Criança e do Adolescente?

E como a lei vai funcionar na prática? Lasco um tapa no popô do meu filho: aí ele vai chorando até uma delegacia e me denuncia, ou algum vizinho denuncia. Será que ele vai ter que se submeter a exame corpo de delito? Já foi dito que não haverá prisão, mas aqueles famosos programas socioeducativos “pra inglês ver” como aqueles cursos de primeiros socorros nos exames para carteira de motorista.

Finalmente, vamos combinar, se o que se requer é diminuir a violência através da educação, que tal aprovar uma lei coibindo a violência contra os professores dentro das escolas?

Crônica: Jorge Marin
Foto: disponível em http://ven1.blogspot.com.br/2014/05/lei-da-palmada-e-aprovada-na-ccj-da.html

quarta-feira, 4 de junho de 2014

A PREDA DA TIPOGRAFIA


Nesta altura do campeonato, muitos já deverão estar admirados com o descuido gramatical que vem acompanhando o titulo desta croniqueta, mas, antes de jogarem “preda”, deixem-me explicar.

Propositalmente fiz essa brincadeira em circunstância de um clique de memória que tive no exato momento em que fui tentar fotografar aquela plaquinha da Voz de São João e não mais tê-la encontrado.  Sinceramente, tinha a impressão de que ainda permanecia numa parede ao lado de onde sempre existiu, ou seja, que continuava afixada no antigo prédio da Papelaria Moderna.  Um verdadeiro patrimônio cultural, a indicar o lugar conhecido por todos nós, como A PEDRA DA TIPOGRAFIA (Mural da Voz de São João). Por sinal, patrimônio cultural este que, por muitas décadas, veio a fazer parte do cotidiano sanjoanense e da vida de varias gerações.  

Mas o que teria tudo isso a ver com a PREDA? Presto aí uma singela homenagem a um grande amigo de infância e adolescência, que se chamava Roberto Paula, carinhosamente conhecido por todos nós por Beto Preto. Enquanto criança, era desta forma que ele se referia ao local, sendo que teria sido justamente uma dessas referências que  ficaria gravada para sempre em minha memória.

Foi quando, num belo dia em que estávamos brincando de descer o morro da Matriz de carrinho de rolimã, ele, todo entusiasmado, chegou dizendo que havia visto um papel na PREDA DA TIPOGRAFIA e que este papel dizia que iria chegar um circo na cidade. Se realmente chegou o tal circo, confesso que não me lembro, mas sua frase, com certeza, se eternizaria em meu inconsciente.

Muito comum também era escutar meus pais, ao chegarem da rua, dizerem que numa tal PEDRA estaria escrito isso ou aquilo. Eu ficava intrigadíssimo, e ainda pior que meu saudoso amigo Beto Preto, imaginava que havia uma estranha PEDRA na calçada, onde as pessoas visualizavam os acontecimentos.

Mas, voltando à PREDA, digo à PEDRA DA TIPOGRAFIA, ideia genial criada pela família Rocha ainda no início do século, acredito que não haverá uma santa pessoa na cidade que não se recorda de alguma nota marcante que ali um dia teria lido. Muitas das quais boas, outras até ruins, como aquelas que vinham escritas nos famosos panfletos de falecimento. No meu caso, ficou marcado uma bela homenagem a John Lennon, deixada pelo nosso saudoso amigo Paulinho Cri-Cri.

Mas todas elas de imensurável utilidade publica, principalmente numa época em que a tecnologia das comunicações, se comparada aos dias atuais, ainda engatinhava, deixando as noticias bem mais distantes.

Interessante que, mesmo ainda hoje, ao passar pelo calçadão, muitos de nós, mesmo que de forma inconsciente, não deixamos de dar uma olhadinha básica para aquele local. Somente depois constatamos que, infelizmente, não mais existe uma PEDRA no caminho, e que, no caminho, não mais existe uma PEDRA.


Crônica e foto: Serjão Missiaggia

segunda-feira, 2 de junho de 2014

CASOS CASAS & detalhes




Ainda sobre as igrejas de Minas, lembramos Drummond:

"A dois passos da cidade importante
a cidadezinha está calada, entrevada.
(Atrás daquele morro, com vergonha do trem.)
Só as igrejas
Só as torres pontudas das igrejas
não brincam de esconder".

A saudade de São João sempre começa pela Igreja Matriz.

Fotos: Serjão Missiaggia

CASOS CASAS & mistério ???


QUEM SABE ONDE É ESSA PAISAGEM AÍ ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - Márcio Gouvêa, Thiago Radd Lima, Maninho Sanábio e Bortolatto acertaram de onde a foto da Igreja do Rosário foi tirada: foi do jardim da Igreja Matriz.

BRIGADU, GENTE!

BRIGADU, GENTE!
VOLTEM SEMPRE, ESTAMOS ESPERANDO... NO MURINHO DO ADIL