segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

BELEZAS DA TERRINHA


CARNAVAL EM SÃO JOÃO NEPOMUCENO

COMENTÁRIOS DA RUA DA SEMANA PASSADA (EXPEDICIONÁRIO GARCIA LOPES) - As primeiras a comentar sobre a rua foram: Rita de Cássia Campos ("onde moro faz uns 30 anos... Rua da antiga sapataria do Alexandrino Lobão, do consultório da Dra. Alcéa, casa da família Pavanelli, casa do sr. Joaquim Furtado e dona Isa, hoje dona Adalgisa, casa da família da Lila Caçador... Bem, rua de grandes personalidades"), Regina Barrigio (outra moradora) e a Ana Emília Silva Vilela ("na outra esquina temos a padaria, que carinhosamente chamávamos de Padaria do Popó, local onde estudantes do antigo Instituto Barroso costumavam frequentar").

Foto: Blog do Sabones, disponível em http://blogdosabones.blogspot.com.br/2016/02/desfile-das-escolas-de-samba-de-sao.html


TODA CASA TEM UM CASO


QUEM SE LEMBRA DE UM DOS MUITOS CASOS VIVIDOS AQUI???

CASA DA SEMANA PASSADA - Apenas o José Carlos Barroso reconheceu a bela casa que fica no morro da Igrejinha de Santo Antônio.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia

CASOS CASAS & mistério ???


QUE LUGAR É ESSE???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - Mais de 2.600 pessoas visualizaram aquela foto da semana. Os três primeiros a "entrar no salão" foram: Marcelo Oliveira, Renée Cruz e Cristina Velasco Itaborahy. Todos reconheceram o salão e o palco do Trombeteiros. A foto foi tirada num domingo de carnaval, dia 17 de fevereiro de 1985.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

EU NÃO QUERO COMER GOJI BERRY!


Quando terminarem de ler esta crônica, talvez pensem (da mesma que a minha mulher) que eu entrei numa tremenda roubada. Mas aconteceu, e eu não resisto em contar tudo pra vocês.

Convidado por uma antiga colega de ginásio a ir lanchar com ela numa lanchonete fitness, passei um dos maiores apertos da minha vida. Eu nunca havia entrado num lugar daqueles que, em tudo, parecia uma lanchonete comum, exceto pelo fato de estar cheia de pessoas com essas malhas apertadinhas de ginástica.

Pedimos o cardápio “clorofit” e minha amiga se sentiu muito à vontade para pedir uma castanha-do-pará e um damasco seco recheado com uma noz. Não muito acostumado com aqueles nomes do cardápio, pedi uma sugestão à garçonete e ela, com uma cara de quem conversava com um E.T., disse gentil:
- Percebi que o senhor é novato aqui. Por isso, acho que deveríamos começar com uma coisa menos radical como uma xícara de café de semente de abóbora (ou girassol se o senhor preferir), junto com uma colher de sopa de linhaça dourada triturada.

Achei aquilo tudo muito parecido com a comida que eu dava pra uma arara que eu tive (quando se podia ter arara) e, meio sem graça, recusei. Aí me propôs a coisa mais pedida pelo pessoal e que, segundo ela, eu não iria resistir:
- Já sei – disse – que tal uma tapioca coberta com uma banana amassada, canela e uma colher de sobremesa de amaranto em flocos?

Vendo minha cara de nojo, minha amiga, que já estava na metade do seu damasco, perdeu a paciência e falou:
- Ele é do interior. Não tá acostumado. Traz um goji berry que ele vai gostar. – E, enquanto a garçonete saía sorridente, perguntei:
- O que é esse trem? – e a minha amiga me explicou que era uma frutinha do Tibet, rica em vitamina C, parecida com um tomatinho cereja, mas com gosto de figo.

A garçonete demorou bastante (teria ido colher a fruta lá no pé?) e, quando retornou, me entregou um envelopinho e um copo de água gelada. Misturei aquele pozinho e falei todo alegre:
- Isso eu conheço. É quissuco de groselha! – E, só de sacanagem, ainda tentaram me dar uma geleia, que mais parecia uma meleca, chamada ágar-ágar. Saí correndo.

Quando cheguei em casa, minha mulher me explicou que essa obsessão por alimentos supostamente naturais (como se torresmo não fosse), é uma doença chamada ORTOREXIA. Nervoso, e bastante abalado com aquela experiência, perguntei à amada o que tinha para o almoço, e ela respondeu:
- Taioba! – e, na mesma hora, eu falei, com toda sinceridade do mundo:
- Eu te amo!

Crônica: Jorge Marin

MÚSICAS QUE O PITOMBA ESCUTAVA


QUEM, MESMO ROQUEIRO, NUNCA SE ENCANTOU COM UM SAMBA???

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

ADOLESCÊNCIA NA FAZENDA SANTA FÉ


Enquanto fazia um passeio recentemente no sítio de um amigo, espetando o pé num monte de espinhos, pisando em bosta de boi, e fugindo de gansos bravios, foi que alguns fatos da adolescência vieram à tona. Uma época inesquecível na fazenda Santa Fé, onde, juntamente com um divertido amigo, vivenciei uma sequência de fatos pitorescos.

Certa vez, o referido colega veio com esta história:
- Serjão! Aprendi fazer um bronzeador pra levarmos na roça, que é TIRO E QUEDA. - continuando disse:
- É só misturar iodo com óleo pra bebê e ficar quarando no sol o dia todo.

E, realmente, foi um TIRO, pra literalmente não dizer também, quase uma QUEDA DE PELE. Deus que me livre! Fiquei escaldado e vermelho transpirando calor e ardendo como brasa por três dias seguidos. Por muito pouco, não fui parar no hospital, pois, ao invés de descascar, quase troquei de pele.

E falando em bronzeador, nosso desafio era ficar quarando debaixo do sol até que o último raio se escondesse naquelas montanhas dos núcleos. E esse era nosso principal objetivo, ou seja, ficar bronzeadaço para os flertes noturnos.  Devido ao forte calor e à tranquilidade reinante no lugar, gostávamos mesmo era de ficar bem à vontade. Foi quando, certa vez, meus tios vieram pedir que tivéssemos mais pudor, pois o caseiro, que morava com sua família numa casa ao lado, já havia reclamado. Confesso que não ligamos muito pro pedido, mas ficaríamos, daquele dia em diante, bem mais atentos a qualquer movimentação de pessoas, principalmente na possibilidade de sermos surpreendido com chegada repentina de alguém na fazenda.

E assim foi, até que, num momento de desatenção, quando estávamos relaxadamente de cuecas na varanda tentando pegar os últimos raios de sol, fomos surpreendidos com a chegada inesperada de minha saudosa tia. Mas já era tarde demais, pois, quando fomos perceber, ela simplesmente já estava a menos de dois metros de nós. No susto, consegui de maneira súbita ainda colocar em cima de mim uma pequena toalha que ficava sobre uma mesa, enquanto meu amigo, não tendo onde recorrer, agarrou- se a uma folha da parreira de uva que acabara de cair ao chão. Não sei se ria ou se chorava, pois meu colega, mais parecendo Adão no paraíso, não conseguia tapar um fio de cabelo sequer.

Sempre fomos fascinados por músicas, e como levar nossos violões seria um tanto incômodo, passávamos o dia inteiro escutando a rádio Mundial AM em um aparelho Transglobe que levamos conosco. Acho que deveria pesar uns dois quilos! Mas valia muito a pena, principalmente quando íamos traçar aquele pão com queijo acompanhado de um lambarizinho frito.

Por sinal, pescávamos alguns desses pequenos peixes com “alto grau de dificuldades”, pois a água do córrego era tão rasa, mansa e límpida, que chegávamos a colocar a isca diretamente em suas bocas.

Certa vez, tivemos que sair correndo pelos pastos descalços, e subir uma colina de cuecas pra fugir das vacas. Fomos parar numa plantação de juá pulando que nem cabrito por causa dos espinhos.  E elas, as vacas, não estavam nem aí pra gente. Logo depois, pisaríamos numa cobra “perigosíssima” (cobra d água) que estava na margem do riacho. Enquanto corríamos apavorados para um lado, a cobra, ainda mais assustada, corria pro outro.

Teve um dia que fizemos farofa com um torresmo “vencido” e comemos tudo com suco de limão. Voltamos depois pra quarar no sol e, no outro dia, apareceu em meu rosto um monte de “perebas” Até na orelha tinha. Fiquei um monstro!

Numa dessas idas à roça, chegamos a cochilar sentados dentro de um riacho que ficava à sombra de uma jabuticabeira. Por sinal, um belo riacho que descia morro abaixo pra levar água até uma horta. Naquele dia, sem que percebêssemos, muitas folhas e grande acúmulo de água começariam a ficar represados um pouco acima, exatamente onde se encontrava sentado meu amigo. Sem que notássemos, enquanto se formava atrás dele uma represa pra dar inveja a muita Itaipu, a pressão da água só ia aumentando. Eu, enquanto isso, sentado um pouco abaixo, cochilava tranquilamente escutando o barulho das águas, do vento das folhas e o cantar dos pássaros. Tudo muito prazeroso até que meu amigo, resolveu, de repente, se levantar. Quando dei por mim, já estava sendo arrastado e lançado a quase dez metros riacho abaixo pra estacionar dentro de uma plantação de arroz! Uma incrível avalanche de galhos, restos de jabuticaba desceu detonando tudo que encontrava pela frente. Acordei de pernas pro alto, com folhas e barro da cabeça aos pés. Verdadeiro monstro da folhagem. Isso pra não falar que fiquei quase pelado de tanto arrastar a cueca no leito do riacho. Foi o meu primeiro tsunami!

E assim, depois de tomar um belo banho numa bica de água gelada e cristalina, víamos mais um dia ir embora, trazendo consigo o entardecer. Enquanto as criações começavam a procurar seus abrigos e o silêncio era quebrado apenas pelo compasso ritmado do carneiro d’água, sentíamos que, dali pra frente, apesar do cansaço, a Pracinha do Botafogo seria o nosso porto seguro.

Era o momento de juntar as tralhas, colocar o pé na estrada e torcer por uma boa carona.

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : disponível em 
http://www.teatroalfa.com.br/espetaculos/CAMINHO-DA-ROCA.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

SE ESSA RUA FOSSE A MINHA


QUEM JÁ VIVEU (MUITAS) EMOÇÕES NESSA RUA???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia

TODA CASA TEM UM CASO



QUEM SABE CASOS DESSA CASA???

CASA DA SEMANA PASSADA - Somente a Fernanda Macêdo reconheceu a casa na Rua Milton Soares Campos no São José, que pertencia, segundo ela, a "um senhor muito religioso chamado João".

Foto de hoje: Serjão Missiaggia

CASOS CASAS & mistério??? - Outros Carnavais


QUEM CONSEGUE IDENTIFICAR ESSE MOMENTO???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - O bonequinho de jardim da casa da dona Neusa Rocha (Bonita) enganou até o nosso expert Maninho Sanábio. Mas a Marli Batel Ramiro Lamas e a Evanise Rezende mataram a charada.

Foto de hoje: acervo do Jorge Marin

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

CARNAVAL PARA QUEM PRECISA DE CARNAVAL


Vai chegando o Carnaval e é inevitável que comecem a surgir as polêmicas que envolvem a festa. Financiar as escolas de samba com dinheiro público ou usar o dinheiro para a saúde? Botar o bloco na rua onde os moradores não querem ou desfilar num lugar menos impactante para a comunidade?

O fato é que, sem nenhuma conotação moral, me arrisco a fazer a pergunta: mas, afinal, pra que tanta preocupação com o Carnaval?

Imediatamente sei que vou receber uma chuva de críticas afirmando que o Carnaval é a mais importante festa popular, é a identidade do povo brasileiro, é um momento de catarse, de liberação e, portanto, necessário à cultura vigente.

Concordo que, socialmente, o Carnaval possa até ter a sua utilidade. Afinal, para um povo sofrido, e cada vez mais sofrido, é natural que a classe dominante permita algum tipo de válvula de escape, um momento de descompressão.

Mas não acho que seja uma festa popular assim tão espontânea e natural NOS DIAS DE HOJE. Atualmente, como ocorre com Natal, Páscoa, Dia das Mães e outras, também a festa do Carnaval atende, primeiramente, a interesses comerciais.

Dito isso, não quero ser chato. É, sim, uma festa linda, gostosa, onde as pessoas buscam promover uma inversão da ordem vigente, liberando o corpo, os gestos, os remelexos e até mesmo a própria sexualidade.

No entanto, e por se tratar de um movimento social, é inevitável que a descompressão da qual falei possa ocorrer de forma descontrolada e até mesmo violenta. Assim, vocês imaginem o que é ter uma multidão descontrolada em frente à sua varanda ou na portaria do seu apartamento.

O que nos leva à questão da ajuda às escolas. Por que, tradicionalmente, os políticos passaram a subsidiar as escolas? Porque, com raríssimas exceções, os políticos não têm vontade de atender às periferias. E também porque fica mais barato ajudar a escola do bairro do que resolver os problemas (gravíssimos) de muitos locais.

Então, meus amigos, aproveitem a folia, mesmo que seja num retiro espiritual. Desliguem-se dos problemas do dia a dia, das polêmicas e das hipocrisias. A vida é curta. Portanto, como diziam nossos avós: Evoé! Criança eu dizia: “E VOE”.

Crônica: Jorge Marin
Foto     : disponível em http://radiobatuta.com.br/Episodes/view/550

MÚSICAS QUE O PITOMBA ESCUTAVA


QUEM TEM SAUDADE DE BOTAR O BLOCO NA RUA???

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

NOSSA PRACINHA DO CHAFARIZ


Sempre fui morador da Rua Zeca Henriques, e o que mais me marcou ao longo de todos esses anos, além é claro, de uma infância plena e feliz, foi a tão sonhada cobertura do córrego. Desejo esse que já vinha sendo acalentado por seus moradores por décadas e décadas.

Era triste conviver com aquele forte odor oriundo do córrego. Odor que penetrava em nossas casas juntamente com pernilongos, ratos, baratas, quando não, caranguejeiras.  Isso sem falar do perigo de queda iminente devido à altura. Por sinal, chegaram a cair dois carros, pessoas de bicicleta e colegas de infância. Até que, na década de noventa, ainda no início da gestão Célio Ferraz, concretizou-se a tão sonhada obra.

Infelizmente, devido a certo esquecimento, fato este que vinha ocorrendo já há algum tempo, ficávamos a olhar com tristeza nossa pracinha. Foi quando, dias atrás, num BELO TRABALHO de recuperação do espaço existente, o PODER PÚBLICO MUNICIPAL, representado por seus funcionários e  pelo Secretário do Desenvolvimento Urbano, Engenheiro Milton Salgado, veio a iniciar um trabalho de melhoria no aspecto do lugar, consequentemente deixando nossa praça e entorno mais LEVE E ACONCHEGANTE.  
                                                                                                                                     
Afinal de contas, a Pracinha do Chafariz, de uma forma ou de outra, se tornou uma importante referência no contexto social, para onde, pela sua localização privilegiada, convergem pessoas de diversas idades. Nela podemos encontrar APARELHOS DE GINÁSTICA, PARQUINHO INFANTIL, ESPAÇO PARA ATIVIDADES DO PESSOAL DA MELHOR IDADE, além é claro, dos NAMOROS E PROSAS.

Em resumo, e o que importa é não deixarmos de CONTINUAR praticando a cultura de recuperação e conservação de cada um dos espaços urbano de convivência da Garbosa.

Crônica  e   foto: Serjão Missiaggia
Trat.de imagem: Jorge Marin

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

BELEZAS DA TERRINHA


CAPELA E FONTE.

COMENTÁRIOS SOBRE A AVENIDA TANCREDO NEVES: a "dona da rua", Cristina Velasco Itaborahy disse tudo: "Praça Dr. Augusto Glória e Avenida Tancredo Neves!!! Minha visão diária ao abrir minha janela. Minha rua, minhas histórias, minha vida!!! Pracinha do Botafogo... quantos 'causos' e recordações... Quantos momentos... Quantas alegrias... Quantas gargalhadas... Se essa rua falasse, quantas coisas teria pra contar!!!". Também acertaram: Marcelo Oliveira e Marcio Velasco.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia

TODA CASA TEM UM CASO


QUEM SABE ALGUM CASO DESSA CASA???

CASA DA SEMANA PASSADA - Luiz Carlos Moura foi o primeiro a acertar, e já contou toda a história: "casa da Lucila Knop, ex-casa do sr. Aurito Renaux e depois do Renato Furtado e Dalvete. Também acertaram: Marcelo Oliveira e Márcio Velasco.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

CASOS CASAS & mistério???


ONDE FICA ESSA "FIGURINHA" AÍ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - Fiquem atentos, e espertos, pois o Maninho Sanábio voltou. Olha a resposta: "Rua abaixo do campo do Operário, continuação da rua do hospital e, lá no fundo, os Núcleos". Ana Emília Silva Vilela também acertou e ainda se lembrou de uma "caso" quando era diretora do Polivalente, e os alunos jogavam pedras lá da rua no Beco das Flores.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

POR QUE TEMOS BRIGADO TANTO???


Deus é um conceito improvável. Claro! Não há como provar que existe um Deus. Pelo menos cientificamente.

Mas, meu filho, diriam meus pais (como já disseram várias vezes), não se trata aqui de provas materiais. Acreditar em Deus é objeto de fé, é um assunto da CRENÇA de cada um.

Tá legal, tá legal. Concordo que seja um assunto mais ligado à fé, contra a qual, aliás, não tenho nada. Pelo contrário, acho que crer num deus pessoal, que conforta, ama e explica tudo, é muito útil.

Mas o que quero falar hoje é o seguinte: por um conceito improvável, já se fizeram guerras e muitas pessoas já foram mortas. No século XI, multidões chegaram a atravessar a Europa, de Roma a Constantinopla, e daí, muitas vezes a pé, se arrastar pela Turquia, Síria e outros locais inóspitos, até chegar a Jerusalém para assassinar aqueles que não concordavam que Jesus era o salvador supremo.

Bom, mas voltando ao século XXI, o que percebemos, nas ruas, nas casas, nas redes sociais e em todo lugar onde pessoas se encontram é que a maioria dos relacionamentos tem se conduzido de acordo com a CRENÇA, aquela mesma crença que guiava nossos antepassados para uma morte gloriosa nos cafundós da Palestina.

E como isso funciona? Não é mais só por motivos religiosos, e funciona assim: eu tenho uma discussão com um amigo meu. Para não dar outra briga, vamos dizer que é por causa de comida: ele é adepto da comida natural, e eu adoro fast-food. No final, meu amigo fica irado, e até me bloqueia no Face, pois diz que eu o desrespeitei.

Quem vocês acham que tem razão? Provavelmente os dois, porque, na verdade, NÃO EXISTEM VERDADES SUBJETIVAS, apenas a visão subjetiva de cada um.

Quando estamos discutindo um assunto (seja comida, política ou religião mesmo), é praticamente impossível mudarmos de opinião. E sabem por quê? Porque, ainda hoje, prestamos mais atenção às nossas próprias crenças do que aos motivos que as sustentam. Isso é uma coisa meio assustadora, pois significa que estamos perdendo nossa capacidade de sermos lógicos, sensatos e razoáveis.

Assim, ao invés de mudar (ou não) de opinião quando confrontados com novas provas e fatos lógicos, preferimos pesquisar no Google ou seja lá onde for, por evidências e informações que comprovem as NOSSAS opiniões.

Assim fica difícil. A burrice talvez não seja, afinal de contas, não saber (isso é ignorância). A burrice passa muito pela certeza absoluta, pela afirmação surda, e por uma certa falta de humildade.

Crônica: Jorge Marin

MUSICAS QUE O PITOMBA ESCUTAVA


QUEM AÍ SE LEMBRA???

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

A FANFARRA DO SÔBI


Foi atendendo ao pedido de alguns amigos e antigos componentes, que resolvemos falar um pouquinho mais sobre essa inesquecível FANFARRA. Por sinal, fui questionado sobre a possibilidade de saber o paradeiro daqueles belos macacões azuis, mas acredito que somente o nosso comandante Beto, ou o amigo Zé Carlos, poderão nos informar.

Saudade boa do COLÉGIO e de uma BATERIA da qual tive a honra de participar por seis anos consecutivos: a famosa Fanfarra do Sôbi! Dificilmente haverá outra igual. Quanto orgulho ao vestir aquele macacão! Hoje, posso dizer em alto e bom som que fiz parte de uma verdadeira BANDA.

E como era difícil adormecer naquela noite de quinze para dezesseis de maio!  Enquanto a ansiedade tomava conta de todos nós, o macacão, superpassadinho e dobrado ao lado da cama, ficava como verdadeiro guardião, nos dando a certeza de que o amanhecer logo viria. Chegamos certa vez até a dormir no colégio, ou melhor, quase dormir, tal era nossa expectativa.

Não menos ansiosos ficávamos, aguardando o momento de poder escutar as famosas ALVORADAS da Banda 16 de Maio, que nos brindava a cada festejo, passando pelas ruas da cidade, ainda antes dos primeiros raios de sol. Era o pontapé inicial daquele que seria um longo e feliz dia.

Nunca havia corrido tanto em minha vida como em 1975! Era o sete de setembro, e eu, juntamente com outros dois atiradores integrantes da bateria do Tiro de Guerra, queríamos desfilar o mais rápido possível para que assim pudéssemos ter tempo suficiente para também poder sair com a fanfarra do ginásio. Difícil missão que consistia em terminar o primeiro desfile e, após guardar os instrumentos na sede do Tiro de Guerra, voltar em disparada por detrás da fábrica, subir a colina da esperança e trocar a farda pelo macacão. Mas, conseguíamos!

Sob a batuta do Beto, levávamos os ensaios muito a sério e, em várias ocasiões, chegávamos a fazê-los até três vezes ao dia, sendo que um deles sempre acontecia no campo do Botafogo.

Ponto alto de cada desfile era nossa famosa passagem pela Rua Coronel José Dutra onde, diante de uma acústica perfeita, aliada à proximidade dos prédios e do calor humano, víamos dobrar a emoção e a potência dos tambores.
Além da qualidade instrumental, não poderíamos deixar de citar o lindo visual e o show à parte que era sempre proporcionado pelas belas meninas, integrantes também da fanfarra.

Inesquecíveis viagens aconteceram naquele período. Uma delas foi nossa ida a Belo Horizonte, onde realizamos uma bela apresentação na esplanada da Assembleia Legislativa.

Depois de cada apresentação, quase sempre nos reuníamos em algum lugar agradável pra fazer uma gostosa batucada. Aí, rolavam aqueles comes e bebes numa descontraída confraternização que durava o resto do dia. E assim, a cada apresentação, com o macacão amanhecíamos e, muitas vezes, com ele adormecíamos.


Crônica: Serjão Missiaggia
Foto: Face do Beto Vampiro, trat. imagem por Jorge Marin

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

SE ESSA RUA FOSSE A MINHA


QUEM SE LEMBRA DE MOMENTOS MÁGICOS VIVIDOS NESSA RUA???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia

TODA CASA TEM UM CASO


QUEM SABE HISTÓRIAS DESSA CASA???

CASA DA SEMANA PASSADA - Sobre a casa da semana passada, recebemos, tão logo publicada, dois comentários simultâneos: um da Renée Cruz ("é a minha segunda casa!!!") e do Márcio Velasco lembrando do tempo em que, já bem grandinho, ficava assobiando para os marrecos "igual a um retardado". Solange Silva também se lembrou dos "patinhos", mas foi a Ana Emília Silva Vilela que deu o veredito "casa da Eluza", cuja maravilhosa arquitetura acabamos por deixar de observar ao ficarmos fixados nos inesquecíveis patinhos.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia

CASOS CASAS & mistério???


ONDE FICA ESSA "SOMBRINHA"???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - Maria da Penha Santiago e Antônio Carlos Bezerra reconheceram o início da Rua Dr. João Couto com Hotel e Bar Central ao fundo.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

SOBRE AS PESSOAS QUE FICAM À SOMBRA


A morte de Dona Marisa Letícia Lula da Silva traz à nossa mente algumas questões, principalmente ao vermos o abraço de Fernando Henrique a Lula.

Ambos são ex-presidentes da república, líderes políticos de renome internacional e, embora com seus 85 e 71 anos respectivamente, continuam na cena política.

Do outro lado, as suas esposas, ambas falecidas, uma ontem e a outra em 2008, que, embora tivessem sido, à época do mandato dos maridos, primeiras damas, pouco apareceram mais do que isso.

Uma socióloga e professora, a outra babá e operária de fábrica. No entanto, com um traço comum em ambas. Eram as mulheres DELES. Só isso.

Ao ver a notícia da morte clínica em quase todos os jornais (exceto o Globo, que nem comentou), me lembro daquela frase “por trás de um grande homem sempre há uma grande mulher”. Isso é uma grande mentira: na verdade AO LADO de um grande homem, há sempre uma grande mulher.

Da mesma forma, que, atualizando o ditado para os tempos atuais, poderíamos dizer que ao lado de uma grande pessoa (homem ou mulher), há sempre outra grande pessoa (homem ou mulher), não necessariamente de diferentes gêneros.

É muito difícil verificar na história mundial, a existência de um grande líder, ou rei, ou protagonista de qualquer natureza, sem a presença de uma pessoa que apoie, que lhe faça sombra, que “segure a barra” enquanto o outro brilha, ou que lhe receba quando derrotado, cansado ou morto.

Essas pessoas magníficas, generosas e extremamente competentes passam, muitas vezes, despercebidas. E, o que é mais assustador, isso não ocorre APENAS nas áreas de poder, nos palácios ou nos grandes palcos.

No dia a dia, na luta diária, nas casas, casebres, casarões, há sempre uma figura que fica à sombra, que funciona como um levantador (ou levantadora) no vôlei, que limpa a sujeira, que reserva uma porção maior de comida para os filhos, que acorda primeiro, que só dorme depois de recolhidas todas as roupas, lavada a louça e trancada a porta.

Mãe? Pai? Avô? Irmã mais velha? Não importa a parceria. Essas pessoas, arrimos, quebra-galhos, paus para toda obra são fenômenos inexplicáveis. Anjos genéricos que são notados apenas e tão somente quando seu voo incessante para.

Um desses anjos, a nossa querida dona Marisa, que agora se vai, quem sabe verá enfim a luz que viu tão pouco durante a sua luta diária?

Crônica: Jorge Marin
Foto     : Ricardo Stuckert 

MÚSICAS QUE O PITOMBA ESCUTAVA


QUEM SE LEMBRA???

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

SIMPLESMENTE CARNAVAL


Coincidentemente, a pouco menos de um mês para o CARNAVAL, entre turbilhões de polêmicas, deparei-me por acaso com essa fotografia. Considero-a um espetáculo de gravura, pois se traduz numa verdadeira relíquia histórica e cultural de nossa terrinha.

Afinal de contas, é nada mais nada menos do que o BLOCO DA GIRAFA desfilando em plena Rua Coronel José Dutra na década de setenta (Rua do Sarmento) hoje Calçadão.

Esse local se transformava num verdadeiro sambódromo, tal a energia que era irradiada pela multidão, muitos dos quais turistas, que ali se concentravam desde as primeiras horas da noite, para assistir aos desfiles.

Carnaval das FAMÍLIAS, DA ORIGINALIDADE, DAS BELAS FANTASIAS, DO SAMBA NO PÉ, das PRODUÇOES INDEPENDENTES e, acima de tudo, da TRANQUILIDADE.  Bastava apenas que o carnaval chegasse pra que o povo pudesse sair às ruas e tudo acontecesse NATURALMENTE.

Uma imagem vale mais que mil palavras, sendo assim, tirando o detalhe do trilho da ferrovia e da decoração de rua, não há o que falar, a não ser, “ABSOLUTAMENTE FANTÁSTICO”.

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : acervo do autor

BRIGADU, GENTE!

BRIGADU, GENTE!
VOLTEM SEMPRE, ESTAMOS ESPERANDO... NO MURINHO DO ADIL