quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

UMA PRAÇA NOSSA HISTÓRIA


Foi observando o OPORTUNO trabalho de revitalização da Praça Daniel Sarmento (Pracinha da Fábrica), que vem sendo realizado pela Prefeitura Municipal, que gostaria de chamar a atenção, mais uma vez, sobre este nosso PATRIMÔNIO e seu ENTORNO.

Se repararmos bem, juntamente com a Praça do Coronel e o largo da Matriz, trata-se de um dos últimos redutos românticos e antigos de nossa cidade. Olhando com um pouco mais de atenção, percebemos que a referida praça é contornada ainda por alguns casarios antigos, formando um conjunto arquitetônico muito bonito, tendo como protagonistas o imponente prédio da antiga Fábrica de Tecidos Sarmento, construção que, além de manter sua fachada praticamente original, ainda conserva na sua entrada interna, trecho dos pequenos trilhos que serviam de passagem aos trolinhos da extinta estrada de ferro Leopoldina. Lamentavelmente, os poucos metros que ainda restavam do lado de fora, frente ao portão principal, por algum motivo não puderam ser preservados.

Acredito que poucos sabem, principalmente os mais jovens, que nesta estreita passarela, entre gradis da referida praça, existiam trilhos que encaminhavam os famosos trolinhos desde o interior da fabrica até ao ramal principal da referida ferrovia, e que aquele exuberante repuxo da praça com seu verde e os magníficos detalhes em ferro, foi por décadas, o cartão de visita da cidade.
 
Hoje, fico tentando imaginar seu apogeu e de como deveria ser ainda mais bela. Uma viagem no tempo que, devido a tantas transformações, somente nos é permitida hoje através de fotografias. Por sinal, transformações que foram sutilmente, ao longo de décadas, levando sempre um pouquinho de sua originalidade e de nossa história.

Crônica: Serjão Missiaggia

Foto     : Facebook

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

SE ESSA RUA FOSSE A MINHA


QUEM SE LEMBRA DE EMOÇÕES VIVIDAS AQUI???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Beth Itaborahy Praça Cel José Brás, início da rua Dr. Gouveia.Palco de muitos shows, carnavais, comícios, etc.

TODA CASA TEM UM CASO


QUEM SABE ALGUM CASO DESSA CASA???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Rita De Cássia Campos Casa na Capitão Basílio próximo ao quartel PM...Nela morou a família do Morais tio da Sonira...Hoje mora Dona Inês que vende doces...

CASOS CASAS & mistério????


QUE LUGAR É ESSE???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Maninho Sanábio Jardim do Banco do Brasil

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

LULA, EMPRESÁRIOS E JUMENTOS


Terminado o julgamento da apelação do ex-presidente Lula, só uma certeza aparece: não tem nada certo. Quem achava que ele era inocente, continua achando. Quem não tinha certeza e queria ver, como Tomé, as provas conclusivas da sua culpabilidade, não viu. E quem achava que o político era culpado, continua achando e, mesmo que ele seja inocentado em instâncias superiores, vai continuar achando que ele é um larápio.

Dito isso, vou passar a um outro assunto, que é uma notícia divulgada na segunda-feira passada segundo a qual os cinco bilionários brasileiros (sim, temos bilionários!) concentram um patrimônio que É IGUAL à renda da metade mais pobre da população brasileira. E, o que é mais impressionante, desses cinco, três são de um mesmo grupo financeiro. Algo como se eu, o Serjão e o Sílvio Picorone, que somos amigos de longa data, possuíssemos, junto com outras duas pessoas, uma fortuna igual a 104 milhões de brasileiros. Já pensaram?

Mas será que, nesse esquema, o pessoal aqui da parte de baixo da pirâmide financeira-alimentar não vai ter vez? Tem sim. Segundo a organização britânica Oxfam, que fez a pesquisa, se um brasileiro pobre trabalhar ININTERRUPTAMENTE por 19 ANOS, conseguirá obter a renda MENSAL de UM dos membros do clubinho dos bilionários. Como a proposta da nova lei da previdência prevê aposentadoria aos 65 anos, a gente pode supor que, se um trabalhador poupar TODO o seu salário, pode chegar no final da vida com o equivalente a três meses do salário do dono da Ambev. Não é uma coisa ótima???

Meu pai tinha muito respeito pelos empresários. E eu, lógico, também tenho. O meu pai, que nasceu no distrito de São José dos Cabritos, me conta a história de um grupo de empresários que apareceu naquelas roças para fazer uma pesquisa com jumentos.

Naquele tempo, em que só existiam estradas de chão, o transporte para São João era todo feito em lombo de burros. Mas os tais empresários chegaram à conclusão que a capacidade de carga dos animais estava sendo muito mal explorada: os moradores, muito jecas, ficavam com pena de sobrecarregar os bichos. Mas os empresários, mais sabidos, fizeram o seguinte: passaram a carregar os jumentos, que levavam normalmente uns 50 quilos, com um peso de 100. Eles aguentaram. E assim foram aumentando gradativamente a carga até que, ao atingir 220 quilos, o jumento abriu as pernas e arriou. O que fizeram os empresários? Mandaram sacrificar o mamífero e adotaram o peso de 210 quilos como bênchimarqui, que é o nome que deram para a carga máxima suportável.

Finalmente, quero deixar registrado que nada tenho contra os jumentos: eles são facilmente alimentados, quase não bebem água, são resistentes (não no sentido de reagirem aos maus tratos, mas sim no de suportar cargas), além de fáceis e baratos de criar.

Crônica: Jorge Marin

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

A BATALHA DA COLINA


Não teria como deixarmos de postar novamente esta croniqueta, após o belo trabalho de RECUPERAÇÃO DIGITAL realizado por nosso parceiro Jorge Marin em trechos de uma fita cassete gravado na década de setenta, na qual ele mesmo faz a hilariante locução de uma partida de futebol do time do Pitomba. CLIQUEM NA APRESENTAÇÃO NO FINAL DA CRÔNICA.
                                       
                                         A BATALHA DA COLINA

Foi realmente uma partida inesquecível, na qual o estádio Carlos Stiebler, totalmente tomado - de sol -, estaria testemunhando para os anais do futebol, algo INCOMUM e um tanto folclórico.

Diante dos olhares atentos daquela fanática MULTIDÃO... de uns três ou quatro torcedores, uma infinidade de jogadas de efeito e passes precisos era o que NÃO se via. Tinha mais gente na cabine de transmissão, cinco no total, que propriamente na arquibancada. Esse jogo estava sendo transmitido em tempo real por nossa rádio INTUPI com narração emocionante e vibrante do amigo e hoje parceiro Jorge Marin.

O juiz do jogo foi nada mais nada menos que nosso saudoso Luiz Quirino de Freitas, que, ainda de pijama, se fez presente com toda gentileza. Se bem que foram quase duas horas pra que conseguíssemos tirá-lo de casa naquela linda manhã de domingo! Por sinal, numa atuação irretocável, bem ao estilo padrão FIFA, não veio a ter um erro sequer! Pouquíssimas vezes ele apitava algo, talvez em circunstância de estar lendo, simultaneamente ao jogo, uma carta que acabara de receber de um amigo. Ainda bem que não existia celular!

Nesse jogo, um dos bandeirinhas, “coincidentemente” carregador de aparelhagem do Pitomba, sussurrou ao meu ouvido, dizendo para, simplesmente, cair na área que, imediatamente, seria levantada a bandeira e o PÊNALTI seria marcado.  Cair foi fácil, difícil foi entrar na área.

Não me lembro do resultado, mas vencemos com moral. Conquistamos na oportunidade, a tão almejada Taça JúlioRenet, taça esta que se encontrava durante o jogo, SECRETAMENTE, escondida na Vemaguet do Sílvio Heleno, esperando apenas que fosse confirmado o vencedor pra que assim pudesse ser levada a campo.

Depois, sob uma chuva de foguetes e com a bandeira pitombense em punho, saímos orgulhosamente com nosso troféu erguido em carreata pelas ruas da cidade.
                                 
Eis a escalação de nossa mitológica seleção:
Em pé da esquerda para direita: Quintino, Biel, Zé irmão da Nely, Márvio, Flávio, Pipita irmão da Dorinha, Márcio Velasco e nosso capitão e dono da bola Sílvio Heleno.
Agachados da esquerda para direita: Zé Márcio Reis, Dantinho, Serjão, Celso, Fernandão, Fernando e Renatinho Fenômeno (nossa ARMA SECRETA).

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : acervo do autor
Áudio   : Jorge Marin 



segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

BELEZAS DA TERRINHA


ÁRVORE-PATRIMÔNIO.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

TODA CASA TEM UM CASO


ESSA CASA TEM UM CASO. QUEM CONTA???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Beth Itaborahy É a casa da Claudinha e do Carlinhos. Perto da SS Vicente de Paulo

CASOS CASAS & mistério???


QUE LUGAR É ESSE??? QUEM SABE???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Maninho Sanábio Igreja da Sta Rita ao fundo, parece q a foto foi tirada da rua do pontilhão..

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

MEDO DE MULHER


A gente envelhece, e como acha que, por ter vivido, como adolescentes, a geração 70, da loucura, do rock, da pílula, do amor livre, iríamos nos transformar nuns velhinhos muito loucos, tipo Stan Lee nos filmes da Marvel, ou bonitões igual ao Robert Redford que, aos 81, continua arrancando suspiros da mulherada.

Tudo mentira! Primeiro que vivemos, realmente, a louca década de 70, mas a única sacanagem da qual participamos foi o Golpe Militar. Lembro que estávamos jogando sinuca no Bar do Tcham e chegavam os “hômi”. Aí, meus amigos, jogavam todas as nossas bolas na caçapa e mandavam a gente ir embora. Bom que não eram, realmente, as "nossas" bolas, mas as bolas da sinuca. No cinema então, nem é bom falar: pra ver uma pontinha do quadril nu da Brigitte Bardot tínhamos que quase deitar no chão da Rua Capitão Francisco Ferreira pra olhar de um buraquinho na porta do Cine Brasil.

Aí tiramos uma certa onda hoje, dizendo pros nossos filhos que fizemos isso, desrespeitamos aquilo, tomamos todas (esta parte é verdade), quando, na realidade, éramos uns bundões, não muito diferentes, aliás, do que os adolescentes e jovens de hoje. Namorávamos pra casar, quando, na verdade, queríamos mesmo era transar. Mas era uma bocozice tão grande que tínhamos medo de falar com as meninas que queríamos transar porque elas, tipo, iam achar que nós estávamos achando que elas eram galinhas. E elas também não reconheciam que estavam a fim porque achavam que a gente ia achar que elas eram galinhas. Puritanismo galináceo!

Mas, graças a Deus, o tempo passou e viramos coroas, mas o mundo, dizem, teve uma evolução de costumes, seja lá o que for isso. De qualquer maneira, antes de contar o que me aconteceu, quero deixar registrado que eu nunca vou deixar de reconhecer que, desde o “nosso tempo”, as meninas têm sido mais massacradas do que nós, vítimas de desigualdades, violências e de todo o tipo de babaquice que nós, homens, vimos repetindo através dos séculos.

O problema é que, ao que parece, elas resolveram ir à forra, e, como sou muito “sortudo”, acabei pagando o pato.

Venho eu, todo serelepe, véi “se achando”, com minha camisa do Botafogo, num ônibus urbano adaptado para deficientes, sentado numa daquelas cadeirinhas de acompanhante e lendo as mensagens no meu zap. Aí, entra uma morena muito bonita, jovem, carregada de sacolas. Imediatamente, viciado em gentileza com mulheres (até com as feias), levanto-me e a convido para sentar. A reação da moça é de espanto completo:
— Por que?
— Por que o quê? — devolvo a pergunta.
— Por que o senhor está me cedendo o lugar? O que o senhor quer comigo?

Gente, não vou contar aqui a conversa toda que tive para provar que, como idoso, o que eu queria era SÓ ser gentil. Pelo menos, é o que eu acho. Mas, confesso, foi mais difícil lidar com aquela situação do que com aquela tropa de choque de 1972 que não queria que eu jogasse sinuca.

Crônica: Jorge Marin

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

OS TRÊS PERÍODOS DO GRUPO PITOMBA


Aproveitando a excelente “deixa” de nosso amigo Jairo Santiago, quando, numa das postagens anteriores, nos questionou sobre uma fotografia do grupo e seus respectivos integrantes, que iremos tentar de maneira simples e sucinta posicionar nossos leitores sobre as três fases daquela que foi a primeira banda de Rock Progressivo da terrinha.

NA PRIMEIRA FASE, o Pitomba, tinha como componentes Silvio Heleno (guitarra solo), Dalminho ( base e vocal), Márcio Velasco (contrabaixo), Renê Ladeira (ritmo e vocal), Renatinho (iluminação) e Serjão (bateria).  Épocas das brincadeiras dançantes, repertório com músicas comerciais, além de alguns compromissos a troco do lanche, e infinitos “pegas.” Época inesquecível, divertidíssima e de muitos causos hilariantes que ficarão pra sempre na memória.    

NUMA SEGUNDA FASE, ante as famosas hibernações do grupo, quatro componentes do Pitomba (Silvio Heleno, Dalminho, Marcio e Serjão) passaram a integrar o Conjunto da Nely. Muitos bailes e viagens memoráveis, nossos primeiros trocados, novas amizades e momentos não menos divertidos, como o que foi narrado na última postagem.

Na TERCEIRA E MAIS RECENTE FASE, uma tendência ao Rock Progressivo começaria a se tornar presente. Foi quando tivemos a inclusão de novos componentes (Zé irmão da Nely, Paulinho Manzo, Jorge Marin, Godelo, Bellini, Iko Velasco e Capanga) juntamente com remanejamentos de músicos no que tange a instrumentos.

Zé foi para bateria, Renesinho Ladeira para guitarra solo, Serjão para guitarra base, Beline para o vocal, Silvio Heleno para o teclado, Jorge na apresentação, composição de letras e textos, Paulo Manzo apresentação áudio visual, Godelo sonorização e gravação, Renatinho efeitos especiais e Ilko e Capanga suporte geral. Dalminho nesta época estava morando em Belo horizonte.

Foi um breve e rico período, onde começaríamos a realizar alguns trabalhos somente com canções e instrumentais autorais. Cito dois exemplos: uma apresentação audiovisual na Boate Kako do clube Democráticos e o famoso show ao vivo na sede social dos Trombeteiros, onde se fez presente um imenso e vibrante público. Infelizmente, desta ultima formação, já não se encontram mais entre nós os saudosos e inesquecíveis Zé e Godelo.

Um fato pitoresco que aconteceu nesta última apresentação foi a audácia de termos reunido quase toda aparelhagem da cidade, e, fazendo uma ligação em série, termos conseguido uma incrível potência.

Lamentavelmente em nenhuma dessas fases havia a facilidade que temos hoje para captar imagens fotográficas ou mesmo filmagem. Com certeza, seria um filão de ideias para bons e divertidos filmes.

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : acervo do autor 


segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

SE ESSA RUA FOSSE A MINHA


QUEM SE LEMBRA DE EMOÇÕES VIVIDAS AQUI NESSA RUA???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Tânia Bezerra Rua Guarda - Mór Furtado. Subida da Matriz. Minha infância, adolescência. Amo

Jacques Angelo Rigolon Subida da Matriz treinos no Mangueira e procissão e missa Igreja Matriz.

TODA CASA TEM UM CASO


QUEM SABE ALGUM CASO DESSA CASA???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Oneida Gruppi Rua Cândido Noronha
Casa dos meus avós. 
Saudade.

CASOS CASAS & mistério???


QUE LUGAR É ESSE???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Jacques Angelo Rigolon Quando trabalhei na Difusora algumas vezes passei aperto por causa dos raios. Torre Rádio DIfusora está desativado agora.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

INGRATIDÃO!


Passa o natal e o ano novo e, todo ano, vêm as conversas das pessoas sobre um tema que é muito comentado nas famílias: a INGRATIDÃO.

A coisa funciona assim: alguns filhos se mudam, vão trabalhar fora, e outros ficam na cidade, às vezes morando junto com os pais. Os filhos que estão fora, quando voltam, reclamam que os irmãos que moram junto com os pais estão recebendo uma atenção excessiva destes, que eles estão abusando da generosidade dos pais. Que são, na verdade, uns ingratos, pois, ao invés de se emanciparem e irem cuidar de forma autônoma de suas vidas, ficam “encostados” nos pais, vampirizando-os.

Isso nos leva à questão: será que uma pessoa para a qual você faz o bem o tempo todo, como um filho ou uma filha, é capaz de lhe fazer mal? Aquela pessoa para a qual você faz caridade é capaz de exigir mais e mais de você até um ponto de tal relação se transformar em abuso?

Há uma antiga parábola chinesa que diz que o Senhor Dongguo salvou um lobo que estava sendo perseguido por caçadores, após o animal lhe ter suplicado ajuda e prometido GRATIDÃO eterna. Assim que os caçadores sumiram no horizonte, o lobo pede ao Senhor Dongguo que o deixe devorá-lo. Como o Senhor Dongguo resiste, o lobo usa o seguinte argumento:
- O senhor já mostrou que tem bom coração, me salvando dos caçadores. Agora prove que é bom mesmo dando sua vida para salvar a minha! – e, enquanto argumentava isso com os dentes escancarados para o seu salvador, tem a sua cabeça cortada por um lenhador que, vendo a ameaça, mata o lobo e chama a atenção do (excessivamente) bondoso Dongguo, lembrando um ditado budista que diz que não deve haver compaixão sem sabedoria.

Ao serem excessivamente bondosos com os filhos, e isso é o que mais vemos todos os dias, seja por característica pessoal ou por culpa de estarem ausentes, os pais estão realmente ajudando os filhos? Ou criando lobinhos que mais tarde irão devorá-los? Lembro que o lobo não devora por maldade; o lobo devora porque é da sua natureza devorar. A escolha pelo salvador dá-se, única e exclusivamente, porque é mais fácil abusar de uma pessoa que lhe tem compaixão do que outra que lhe teme.

Isso é MUITO importante. Muitas vezes, no nosso dia a dia, relevamos pequenas agressões de algumas pessoas, pequenos abusos, tudo isso porque não queremos nos indispor, ou não queremos que os outros pensem que somos maus ou chatos ou ranzinzas. A VERDADE é que não precisamos de nada disso: nem de ser reconhecidos como legais, boca boa, gente fina, ao preço de sermos abusados.

Tá certo. Não precisamos sair matando lobos por aí, mas, ao receber uma proposta tão indecente quanto esta, acho que a resposta já deve estar na ponta da língua: BASTA!

Crônica: Jorge Marin
Foto     : Woxys, disponível em https://www.deviantart.com/art/Do-not-hurt-me-155522193

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

A PRIMEIRA APRESENTAÇÃO OFICIAL DO PITOMBA


Na semana anterior, falamos de uma fase do Pitomba em que alguns de seus componente integravam o conjunto da Nely (Pop Som).

Hoje, iremos relembrar a nossa histórica, ou quase trágica, estreia nos palcos. Esta foi a nossa primeira formação e foi assim como tudo começou oficialmente:

E foi num famoso “Pega” na antiga sede social do Operário em 1972. Mais precisamente, ali no andar superior, onde hoje funciona o Museu Municipal.

“Dar um Pega” é quando está havendo um baile com um determinado conjunto e este mesmo conjunto deixa que outro suba ao palco e dê uma canja, ou seja, que toque algumas músicas. Na oportunidade, estava rolando um baile com o N5 (Antigo Cobrinhas) e, coincidentemente, estavam presente no baile todos os componentes do Pitomba.

Como a Nely tinha conhecimento que já andávamos fazendo “baruiada” no barracão do Sr. Anginho, e gostávamos de tocar em algumas brincadeiras dançantes, para nossa surpresa, após interromper repentinamente o baile, anuncia para a multidão a chegada de um novo grupo musical na cidade:
- Agora, apresento pra vocês o grupo... Pitombaaaaaaaa!!!!!

Silvio Heleno, apavorado, não acreditando no que estava acontecendo, subiu rapidamente ao palco e se escondeu atrás da aparelhagem. Márcio, enquanto isso, ficava aos gritos, pedindo para que ele mostrasse o corpo ou, pelo menos, o rosto, pois do contrário ninguém tocaria (tudo sob risos e aplausos de uma galera de fãs que delirava).

Dalminho, numa demonstração surpreendente de coragem, após dirigir-se sozinho para frente do palco, pegou a guitarra e começou a regular a altura do pedestal e microfone. A seguir, numa breve olhada para trás, e certificando-se de que ninguém havia fugido, avisou que iria dar seu sinal pra começar...

 Mas ainda teríamos que aguardar alguns minutos, até que Silvio Heleno, mesmo sentado, fosse arrastado, com cadeira e tudo, mais para frente do palco. Assim, após todos estarem em seus lugares, Dalminho, dando mais uma olhada para trás, disse:
- É agora ou nunca! - A seguir, começou a cantar, com toda empolgação, NO ONE TO DEPEND ON. Uma grande galera delirava, aplaudia e dançava sem parar.   

Por sinal, para apimentar ainda mais nosso desespero, também estariam presentes nesta noite, quase todos os músicos da cidade. Lembro-me como se fosse hoje, do semblante de espanto e admiração de nosso saudoso Paulinho Cri Cri, que, sentado no parapeito do palco, juntamente com outros músicos da cidade, parecia não estar acreditando no carisma daqueles malucos em cima do palco.

Após a apresentação de cinco músicas, qual não teria sido nosso maior espanto?  Sob intenso aplauso, ainda seriamos ovacionados por longo período, aos gritos de MAIS UM... MAIS UM... MAIS UM...

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : acervo do autor


segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

BELEZAS DA TERRINHA


NOSSOS BAIRROS ABENÇOADOS...

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin


TODA CASA TEM UM CASO


QUEM CONHECE ALGUM CASO DESSA CASA???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Amanda Gonçalves Qts férias, qts natais...qt amor, qt comida boa, qts churrascos...olhar essa foto é misto de amor e saudade...Saudade de tudo que vivemos aqui...
Saudades da d.Maria que fazia um fígado deliciosa pra mim.
Saudades da tia Lota reclamando dos meus shorts
.
Saudades da Tia Solange...ah tia...muita saudade!!!
Eu vivi momentos inesquecíveis nesse ambiente de paz, harmonia e tantos outros sentimentos!!!
Nossa, qts lembranças em uma simples fotografia

CASOS CASAS & mistério???



QUEM CONSEGUE EXPLICAR ESSA FOTO???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Maninho Sanábio Morro da torre, foto tirada do bairro São sebastião da primeira rua a direita, no caso um morrão ..

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

MULHER É UM BICHO TERRÍVEL


Mulher é um bicho terrível!

Dizem que o Buda, logo após a sua iluminação, foi procurado por sua madrasta Prajapati que lhe pediu para ser ordenada monja. Buda, apesar de iluminado, não foi capaz de superar a cultura e os costumes da época e lembrou à sua segunda mãe (pois foi ela que o criou) que, pela lei, mulheres eram tão impuras que só poderiam ser tocadas com a mão esquerda, a mão do mal.

Vejam bem que um ser iluminado foi capaz de discriminar uma mulher, como a maioria das pessoas faziam, e ainda fazem, por causa de uma tradição, ou uma maldição, presente em todas as literaturas, desde a bíblia até os manuais de empresas modernas, onde a mulher é sempre tratada, ou como uma ameaça à ordem, ou, na melhor das hipóteses, como lixo.

Antes de prosseguir com o meu raciocínio, quero deixar registrado que, após muita pressão, Prajapati foi ordenada monja, e Buda reconheceu a sua mancada, o que só engradece a sua personalidade.

Voltando ao nosso tempo, particularmente às festividades do réveillon, vejo que as autoridades de Berlim resolveram adotar uma postura curiosa para evitar estupros, como os que supostamente ocorreram nas festas de final de ano em 2016 na cidade de Frankfurt. Com o objetivo de proteger as mulheres, os berlinenses criaram uma “zona livre”, local de livre de homens, onde todas as cidadãs que se sentissem assediadas durante a festa pudessem se “refugiar”.

Pessoalmente, acho isso superofensivo para as mulheres. Entendo mesmo que é um retrocesso. Criar um local livre de homens para proteger as mulheres equivale dizer que elas são (continuam sendo) umas coitadinhas que precisam ser protegidas, inclusive pelo pessoal da Cruz Vermelha, dos homens, os dumal.

Mulheres têm sido massacradas e humilhadas há milênios. Pelos homens, por religiosos, por políticos, por soldados, por outras mulheres. Mas me parece que a reparação desses crimes NÃO passa por mais proteção ou por uma vingança contra os homens.

O que fazer então? Um primeiro passo pôde ser visto no dia primeiro de janeiro, por exemplo, quando a Islândia colocou uma nova lei, aprovada em junho de 2017, que obriga as empresas a obterem um certificado que COMPROVE que elas pagam salários iguais a homens e mulheres que exercem a mesma função.

Achei isso muito bom. Essa é a minha noção de feminismo. Que sejam dadas as mulheres as mesmas oportunidades, e recompensas, que são dadas aos homens. E que elas possam mostrar, pela sua força, dedicação e competência, que são iguais a nós homens, e, em grande parte de atividades, nos colocam no chinelo.

Da minha parte, quero ver as mulheres brilhando, mas, no réveillon, quero botar a minha mão esquerda em uma delas, e, se ela deixar, também a direita e o corpo inteiro, e dançarmos juntos: Vai, Malandra!!!

Crônica: Jorge Marin
Foto     : disponível em http://vanessaflorence.com/wild-womancrop/

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

A PERERECA DA VIZINHA


Aproveitando o embalo em que acabamos de lembrar um dos causos antinaturais do Pitomba com a Nely, outro fato digno de registro, e que também já foi postado aqui no Blog, foi um famoso baile que fizemos numa pequena cidade vizinha, lá pelos idos de milinovecentos e setenta e dois. Naquela época, quatro componentes do Pitomba integravam o conjunto da Nely (Márcio, Silvio Heleno, Dalminho e eu). Coragem dela, não? Mas, como já dizia a velha máxima, um gambá, digo, um maluco, já cheirava o outro.

E a coisa teria acontecido mais ou menos assim:
O referido baile vinha transcorrendo naturalmente, até que um zunzum estranho durante o intervalo, vindo do fundo do palco, começou a acontecer. Até então alguns componentes, antes descansando, começaram repentinamente a se agitar sem parar.  
Alguém, que agora me foge a memória, teria simplesmente descoberto que o palco fazia parede meia com o banheiro das mulheres. Até aí nada demais, se não fosse pelo simples fato de também ser separado por uma velha porta. Por sinal, para nossa felicidade, já bem maltratada.

Foi quando, após breve reunião, resolvemos fazer, escondidos da Nely, o que todos já devem estar imaginando, ou seja, UM BURACO NA PORTA!

E assim, enquanto acontecia o intervalo, começamos despistadamente a preparar o ambiente para aquele que seria o grande “furo” de reportagem. Nosso intuito seria, antes de qualquer coisa, ficar o mais escondido possível, inclusive da Nely. E quanta emoção naquela sedutora aventura recheada de hormônios!

Primeiramente, procuramos empurrar para bem próximo do local alguns vasos que se encontravam nas laterais do palco, juntamente com as caixas de som e do aparelho de voz. O ambiente teria que ficar perfeito, onde ninguém na pista de dança ou mesmo no palco fosse capaz de nos ver.

Enfim, com a ajuda de uma chave de fenda, a velha porta, finalmente, seria vazada. Naquela hora, amontoávamos uns sobre os outros querendo, a todo custo e ao mesmo tempo, poder encostar o nariz na porta e tacar logo o olho no bendito orifício. 

Fui o segundo no par ou ímpar, mas, para minha felicidade, aquele que seria o primeiro foi solicitado a comparecer na frente do palco. Muito a contragosto, assumi a primeira colocação, mas teria, a pedido dos demais, que ir narrando passo a passo, tudo o que via. Dessa forma, após subir num pequeno banquinho, lá fui eu, já com as pernas meio bambas, dar minha primeira espiadela. Tudo muito corrido, pois o baile já estava prestes a recomeçar.

De imediato, reparei que o local deveria ser uma sala anexa aos banheiros, pois o que mais se via era mulher retocando maquiagem, cabelo, abotoando calça e ajeitando sutiã. Pelos meus cálculos, o buraco, coincidentemente, teria sido vazado próximo à pia, e um pouco abaixo do espelho, pois, até o momento, somente nariz, e muito nariz era minha principal visão.

Um tanto decepcionado, e já pensando em passar a vez ao próximo, eis que, repentinamente, me entra no recinto uma linda morena de olhos verdes, cabelos cacheados, aparentando pouco mais de vinte e cinco anos. Dessa forma, sentindo nas entrelinhas que, finalmente, teria chegado o grande momento, pedi que aguardassem um pouco mais! Foi difícil convencê-los, mas consegui! 


E lá veio ela se aproximando. A expectativa foi geral, e um imenso silêncio tomou conta de todos. Frente ao espelho, e já quase cara a cara comigo, após dar uma bela ajeitada no sutiã, ameaçou tirar a blusa. Naquela hora não se ouvia um único gemido do nosso lado. Pensando bem... Até que se ouvia!!!

Enquanto minhas pernas tremiam cada vez mais, procurava, na medida do possível, ir narrando aos distintos parceiros, detalhe por detalhe, tudo aquilo que estava vendo. Era um empurra-empurra danado, pois todos se atracavam e queriam acompanhar, em tempo real, e da melhor maneira possível, minha narrativa. O negócio era ver, ou simplesmente imaginar, o que realmente estaria acontecendo do outro lado daquela porta.

Já no ápice daquele que seria o grande momento, quando a cena parecia que finalmente iria ser bondosa comigo, o inusitado mais uma vez acontece: a linda morena, ao se aproximar perigosamente do buraco, simplesmente, num ato de extrema falta de educação com minha escondida pessoa, após sacar da boca uma bela dentadura, se é que podemos dizer que exista algum grau de beleza naquilo, começou, a menos de meio palmo do meu nariz, a escová-la com os dedos.

-E lá se foi minha musa! – pensei. Por sinal, sem um dente sequer na boca e com aquela perereca indecente na mão.

Enquanto isso, pra não perder a pose, e muito menos deixar que minha peteca caísse, continuei simplesmente a narrar pra galera aquilo que na verdade não estaria vendo. Ou seja, um streep. Foi torturante, mas acredito que fui capaz de enganá-los. A eles e a mim também!

E o baile recomeçou como se nada tivesse acontecido.

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : acervo do autor, com interferência de Jorge Marin

BRIGADU, GENTE!

BRIGADU, GENTE!
VOLTEM SEMPRE, ESTAMOS ESPERANDO... NO MURINHO DO ADIL