Não
teria como deixarmos de postar novamente esta croniqueta, após o belo trabalho
de RECUPERAÇÃO DIGITAL realizado por nosso parceiro Jorge Marin em trechos de uma
fita cassete gravado na década de setenta, na qual ele mesmo faz a hilariante locução
de uma partida de futebol do time do Pitomba. CLIQUEM NA APRESENTAÇÃO NO FINAL
DA CRÔNICA.
A
BATALHA DA COLINA
Foi
realmente uma partida inesquecível, na qual o estádio Carlos Stiebler,
totalmente tomado - de sol -, estaria testemunhando para os anais do futebol,
algo INCOMUM e um tanto folclórico.
Diante
dos olhares atentos daquela fanática MULTIDÃO... de uns três ou quatro
torcedores, uma infinidade de jogadas de efeito e passes precisos era o que NÃO
se via. Tinha mais gente na cabine de transmissão, cinco no total, que
propriamente na arquibancada. Esse jogo estava sendo transmitido em tempo real
por nossa rádio INTUPI com narração emocionante e vibrante do amigo e hoje
parceiro Jorge Marin.
O juiz do
jogo foi nada mais nada menos que nosso saudoso Luiz Quirino de Freitas, que,
ainda de pijama, se fez presente com toda gentileza. Se bem que foram quase
duas horas pra que conseguíssemos tirá-lo de casa naquela linda manhã de
domingo! Por sinal, numa atuação irretocável, bem ao estilo padrão FIFA, não
veio a ter um erro sequer! Pouquíssimas vezes ele apitava algo, talvez em
circunstância de estar lendo, simultaneamente ao jogo, uma carta que acabara de
receber de um amigo. Ainda bem que não existia celular!
Nesse
jogo, um dos bandeirinhas, “coincidentemente” carregador de aparelhagem do
Pitomba, sussurrou ao meu ouvido, dizendo para, simplesmente, cair na área que,
imediatamente, seria levantada a bandeira e o PÊNALTI seria marcado. Cair
foi fácil, difícil foi entrar na área.
Não me
lembro do resultado, mas vencemos com moral. Conquistamos na oportunidade, a
tão almejada Taça JúlioRenet, taça esta que se encontrava durante o jogo,
SECRETAMENTE, escondida na Vemaguet do Sílvio Heleno, esperando apenas que fosse
confirmado o vencedor pra que assim pudesse ser levada a campo.
Depois,
sob uma chuva de foguetes e com a bandeira pitombense em punho, saímos
orgulhosamente com nosso troféu erguido em carreata pelas ruas da cidade.
Eis a
escalação de nossa mitológica seleção:
Em pé da
esquerda para direita: Quintino, Biel, Zé irmão da Nely, Márvio, Flávio, Pipita
irmão da Dorinha, Márcio Velasco e nosso capitão e dono da bola Sílvio Heleno.
Agachados
da esquerda para direita: Zé Márcio Reis, Dantinho, Serjão, Celso, Fernandão,
Fernando e Renatinho Fenômeno (nossa ARMA SECRETA).
Crônica:
Serjão Missiaggia
Foto : acervo do autor
Áudio : Jorge Marin
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