quarta-feira, 30 de agosto de 2017

A CIDADE FICOU MAIS TRISTE


Eu estava começando a preparar uma postagem pra esta semana, quando, ao abrir a net, deparei-me com a triste noticia do falecimento do alegre e amigo de todos, LANDINHO. De imediato, única coisa que pensei foi que a cidade ficaria mais triste sem seus causos e irreverência. E justamente num momento em que tantas outras coisas vêm nos entristecendo.

Por sinal, ninguém dava corpo a uma anedota como ele, tamanha naturalidade e jeito peculiar ao fazê-lo. Literalmente tirava leite de onça, quando, na simplicidade de uma piada, arrancava risadas de todos em sua volta. Interessante que sempre tinha uma chacota especial guardada na cartola pra cada momento. E foi na simplicidade de uma dessas piadas que teríamos nos encontrado pela ultima vez. Era uma tarde noite dentro de uma panificação, quando apareceu contando:

“Um sujeito chegou à padaria e pediu uma caçarola. O balconista imediatamente respondeu dizendo que a referida caçarola seria de ONTEM. Então me vê uma brevidade, retrucou o comprador! Novamente, a resposta do balconista foi de que a brevidade também seria de ONTEM. Já meio irritado, o freguês pediu então que lhe trouxesse uma daquelas cocadas, quando, para sua surpresa, o balconista, novamente, respondeu: Essa cocada também é de ONTEM! O comprador, já bastante exaltado e sem um pingo de paciência, disse então ao balconista: Afinal de contas, como se faz pra encontrar algo de HOJE nesta padaria? Para sua surpresa, o atendente prontamente lhe respondeu: É só o senhor passar aqui AMANHÃ!”

Assim tão bem comentou Carolina Celma em seu face:  “Hoje tem festa no céu, muita alegria, casos e piadas. Pra quem ficou, uma tristeza mesclada de alegria, pelos momentos divertidos que proporcionou a todos”. 

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : Facebook

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

BELEZAS DA TERRINHA


OLHAI POR NÓS!!!

COMENTÁRIOS SOBRE A TRAVESSA PADRE CONDÉ: O primeiro a reconhecer a rua foi o Marcelo Oliveira, bem cedinho. Depois chegaram: a Elma Oliveira, que já morou lá, e a Ana Emília Silva Vilela, que contou algumas histórias: "Já fui muito na casa da amiga Fátima Abreu. No saudoso alfaiate Adauto. Lembro também do sr. Brás Bento e sua esposa. Morou também nesta rua, porém por pouco tempo, o sr. João Dutra e sua esposa Lúcia, minha grande amiga e costureira. Por ser praticamente parte da rua do Descoberto, que é a minha preferida, não só conheço como tenho histórias. No final da rua do Descoberto até a esquina da Travessa, sempre tiveram muitas famílias
"Furiati". A travessa tinha como vizinho, antigamente, o quintal do Ginásio do Sr. Ubi; hoje, já com várias casas, mudou aquela paisagem que era comum aos nossos olhos. A subida para o Santo Antônio parecia ser o lugar mais alto da cidade. Lá na subida, o Centro Espírita.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

TODA CASA TEM UM CASO


QUEM CONTA ALGUM CASO DESSA CASA???

CASA DA SEMANA PASSADA - O casarão dos Pimenta, na praça da Matriz, foi primeiramente reconhecido por: Rita Lima, Sandra Mattos e Terreza Pavanelli.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia

CASOS CASAS & mistério?


DE ONDE ESSA FOTO FOI TIRADA???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - Cleidyson Alves Cúrcio, Elda Leite e Beth Itaborahy foram os primeiro a reconhecer o casarão do sr. José Leite de frente para a Escola Municipal Dr. Augusto Glória.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

JOGA PEDRA NA PROFESSORA!


A vida de cronista está muito difícil nestes dias atuais. É inevitável que a crônica, que muitos amigos esperam (como, antigamente, tínhamos o hábito de tomar um cafezinho juntos na padaria), tenha que passar pelo Face, para a divulgação do Blog.

E aí começa a dificuldade. De cara, vejo a cena triste do rosto da professora espancada no Paraná. Isto, por si só, já me causa uma tristeza profunda. Não sei se sou apenas eu, mas tenho uma imensa admiração pelas minha ex-professoras. Uma das (poucas) alegrias que tenho no Face é justamente poder reencontrá-las, curtir suas ideias atuais e, o que é mais legal, até divergir das ideias de algumas.

Por isso, tenho comigo que professor é alguém que merece respeito, admiração e gratidão. E olha que já tive professoras extremamente severas!

Não resisto e resolvo fazer um comentário. Quando, para minha surpresa, a postagem, feita por um sujeito que se diz pastor e deputado, afirmar que a professora MERECEU apanhar porque é esquerdista e feminista.

Ora, minha gente, essa história de “merecer apanhar” é uma coisa extremamente perigosa. Às vezes, acho que gente burra e preconceituosa MERECE apanhar. Mas, nem por isso, vou sair por aí apedrejando marias madalenas só porque ela fez o que eu talvez deseje, mas não tenho coragem de fazer.

Sei que, dentro de nós, de cada um de nós, há uma semente de ódio que, uns mais outros menos, é capaz de explodir com uma provocação, mas penso que há um limite que NÃO pode, e NÃO deve, ser ultrapassado. A isto chamo de dimensão sagrada.

Nessa dimensão, que não tem nada a ver com religião, mas com a convivência humana, coloco os professores, assim como os velhos, as crianças, pais e avós, e autoridades. Ontem, numa missa de ação de graças de um curso universitário, ouvi uma formanda reclamar porque “aquele chato do padre” disse que não iria admitir roupas excessivamente decotadas e transparentes. Ora, mesmo quem não reconhece nenhum tipo de autoridade num padre, TEM que saber que, como administrador daquele ambiente, que muitos consideram sagrado, ele pode ditar as regras a serem cumpridas no local. E quem quiser frequentar TEM que segui-las. Mas, que fique claro, ninguém é OBRIGADO a frequentar.

Lendo todos aqueles comentários, de ódio contra a professora, de ódio contra os que têm ódio, de ódio contra os que têm ódio dos que não têm ódio, dou razão à minha mulher, que me diz sempre: “não precisamos de um golpe militar, precisamos é de um golpe de civilidade”. Urgente!

Crônica: Jorge Marin
Foto     : Facebook

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

AQUELE TEMPO TAMBÉM, QUE ERA BOM


Pegando uma carona na bela postagem do parceiro Jorge, em que desenvolve um interessante diálogo com o tempo, e revendo essa fotografia, que por sinal é uma de minhas favoritas, confesso que adoro recordar aqueles fatos engraçados e pitorescos que foram acontecendo ao decorrer de nossa vida. E esta é uma das razões de estar sempre fazendo aleatoriamente, aqui na nossa página, postagens sobre isso.

Não escondo que sou um saudosista juramentado, principalmente de tudo aquilo que veio nos trazer felicidade ao longo desta nossa caminhada, e do imenso prazer que sinto ao poder recordar o passado com leveza e satisfação.

Apenas não gosto da frase: “Aquele tempo que era bom”, preferindo sempre dizer “Aquele tempo TAMBÉM, que era bom”. Penso que não existe melhor lugar do mundo do que AQUI e AGORA e que a grande magia é estarmos vivendo e curtindo cada instante do momento presente.

E é assim, desta forma, que prazerosamente ficamos a recordar vez ou outra aqui no Blog, um pouco dos CARRINHOS DE ROLIMÃ, FUTEBOL NA CALÇADA, DAS PIPAS, SINUCA DO CIDA, “MURIN” DO ADIL, CINE BRASIL, GINÁSIO DO SÔBI, SERENATAS, AS ETERNAS “BUBIÇAS” DO CONJUNTO PITOMBA, DAS FANFARRAS, DAQUELES AMIGOS ESPECIAIS QUE DEIXARAM SUA MARCA E QUE, INFELIZMENTE, JÁ NÃO SE ENCONTRAM MAIS ENTRE NÓS, além de um monte de outras coisas divertidas que tivemos o sagrado privilégio de viver e estar vivendo aqui nesta terra de Deus.

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : Facebook (Silveleno Picorone, Nely Gonçalves e Paulinho Cri-Cri)

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

SE ESSA RUA FOSSE A MINHA


QUEM VIVEU EMOÇÕES NESSA RUA???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

TODA CASA TEM UM CASO


QUEM SABE ALGUM CASO DESSA CASA???

CASA DA SEMANA PASSADA - A primeira a acertar foi a Rosana Espíndola: "é a casa do Marcos, irmão do Jorge Marin" (que editou a foto, mas não reconheceu a própria casa onde nasceu); depois a Rita de Cássia Campos completou: "casa do Marcos, Ana, e das gêmeas Flávia e Cínthia. Finalmente, a própria Flávia confirmou: "minha casa".

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

CASOS CASAS & mistério???


QUE LUGAR É ESSE???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - Depois que mostramos mais detalhes da foto, Fernanda Macêdo reconhecer que o local fica na Rua Governador Valadares; depois Cleidyson Curcio comentou no Blog: "foi o escritório da Associação Comercial, lembro que já foi locadora, antigo escritório da Life Basics, embaixo dele tem um consultório médico, do lado do Didi"; e, finalmente, Maninho Sanábio, que já estava há uma semana sem dormir, também reconheceu o local.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

DE CONVERSÊ COM O TEMPO


De repente sentamos juntos, eu e o Tempo. Era um diálogo impossível, eu sabia.

De uma hora pra outra, ele, o Tempo, deu de cismar de dizer coisas sobre mim que, claro, eu não sabia. Nem o que viria, nem muitas coisas que já se foram.

Tentei me fazer de durão, fazer de conta que aquilo não estava acontecendo, mas, vamos combinar, como ignorar o tempo ou fazer de conta que ele não existe?

Assim, só fiquei quieto, e fui deixando que ele se manifestasse à vontade. E, lógico, ele foi se espalhando. Me tocou suavemente. A princípio, tentei resistir, mas só quem já viveu bastante sabe a força que ele (o Tempo) tem.

Brincou com meus cabelos (para falar a verdade, acho que ele, depois de velho, está virando criança outra vez). Até arrancou alguns. Engraçado é que nem doeu. Depois veio com um talco e, como esses adolescentes no dia do aniversário, jogou aquilo na minha cabeça.

E ficou rindo... o danado.

Depois, numa mágica, dessas que só mesmo o tempo faz, colocou o dedo em minhas pernas e calculo que aumentou uns dez quilos em cada uma, mas não me engordou não. Conferi na balança. Só colocou uma barriga.

Vocês, que estão acostumados a ler coisas que escrevo, algumas sérias, outras nem tanto, devem estar pensando: o Jorge deve estar louco. Mas, deixa eu falar uma coisa muito importante pra vocês: resistir ao Tempo, ou fingir que ele não existe, isso sim, é que é loucura.

Portanto, mineiramente, fui dando tempo ao Tempo, mas fiquei na minha, atento, pra ver até onde ele ia.

E, à medida que as traquinagens iam se sucedendo, é que fui percebendo uma coisa fantástica: o Tempo, quando a gente permite que ele fique ao nosso lado, vai se tornando um excelente companheiro.

Começamos a assistir um filme antigo, a pedido dele... E o Vento Levou. Nem lembrava mais de como era bonito o tal filme. Mas muito longo. Acabei cochilando. O Tempo acordou, passou bem na minha frente, e eu nem percebi.

Crônica: Jorge Marin
Foto     : disponível em https://br.pinterest.com/pin/380061656034996612/

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

A COMUNIDADE SE CONFRATERNIZANDO


Um de meus passatempos prediletos sempre foi viajar pelo Google Maps por aquelas regiões da Itália de onde vieram meus antepassados. Como parada obrigatória, sempre faço uma visita a Pozzoleone, uma pequenina cidade cravada bem ao norte do interior italiano, hoje aproximadamente com quase 3.000 habitantes.

Nessa cidadezinha, na qual nasceram meus avós, um fato curioso e que fica sempre a chamar minha atenção, é a realização de uma feira (Feira de San Valentino) que acontece anualmente no mês de fevereiro e que está em sua 500° edição. Uma bela festa, que se desenrola numa das vias principais da comune, e que tem suas raízes na agricultura. Um ponto de encontro artesanal e cultural, onde os momentos de jogos são combinados com conferências importantes.

Atualmente esse evento é uma grande exposição de amostragem, ferramentas antigas com mais de 300 barracas. Há shows de fronteira, com dança e uma abundância de estandes de comida. Na feira, enquanto acontece uma aconchegante confraternização de seus moradores e região, vai sendo realizada uma outra feira (de negócios), que abrange alimentos, artesanatos e animais, além de várias festividades culturais. Por sinal, algo bem típico e que sempre acontece em muitas cidades do interior da Europa. Além da interação entre seus moradores, sempre termina em excelentes negócios.

E foi justamente, passeando sábado último aqui na terrinha, que me deparei com algo bastante parecido, onde numa bela iniciativa da Associação Comercial e Empresarial, Conselho das Mulheres Empreendedoras e Prefeitura Municipal, puderam se reunir diversos segmentos comerciais e empresariais da cidade para a realização da I FEIRA LOCAL DE SÃO JOAO NEPOMUCENO.

Tudo muito organizado e bem distribuído em pequenos boxes, que foram espalhados na Praça da Estação. Não faltaram entusiasmo, criatividade e esmero, fato este que nos remeteu até mesmo às montagens daqueles pequenos estandes que eram organizados nas primeiras exposições da cidade.

Nesta oportunidade, tivemos uma mini-feira de Artesanato, Vestuário, Bebidas, Gastronomia, Música, Bijuterias, Esporte, Moda, Utilidades, Moveis, e até mesmo uma Agência Bancária e Espaço para Beleza. Tudo isso numa interação muito interessante com a FEIRINHA AGRICOLA. Em suma, foi um momento muito agradável e familiar, que veio mesclar negócio, encontro entre amigos e muita diversão.

Crônica: Serjão Misiaggia
Foto     : Márcio Sabones, disponivel em WebOnes. 

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

BELEZAS DA TERRINHA


NOSSOS CASARÕES

Foto de hoje: Serjão Missiaggia

TODA CASA TEM UM CASO


QUEM CONHECE ALGUM CASO SOBRE ESSA CASA???

CASA DA SEMANA PASSADA - NINGUÉM reconheceu a antiga casa da Renise La-Cava Veiga, no morro do Ginásio.


Foto de hoje: Serjão Missiaggia

CASOS CASAS & mistério??? - segunda tentativa


COMO NINGUÉM ACERTOU, VAMOS TENTAR DE NOVO: QUE LUGAR É ESSE???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - NINGUÉM acertou!!! Por isso, estamos republicando a foto hoje, com mais detalhes.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

NÃO SUPORTO CUIDAR DE ANIMAIS DOMÉSTICOS (pronto, falei!)


CALMA, PESSOAS. Primeiramente, quero declarar em alto e bom som: EU GOSTO, SIM, DE ANIMAIS! Até de gente.

O que eu quero confessar, humildemente, nesta crônica, é o meu TOTAL despreparo e até mesmo o meu COMPLETO desconhecimento sobre o modo atual de lidar com bichos.

A coisa começou assim: minha sobrinha pediu que eu tomasse conta do cãozinho dela, enquanto ia no salão de cabelereiro. Pensei: por que não? E, ingenuamente, pensei, eu coloco o bicho lá fora, na cobertura, debaixo de uma boa sombra, uma bacia de água, e deixo ele lá aguardando, enquanto, fazendo os meus trabalhos diários, dou uma olhadinha “de rabo de olho” nele.

Só que não. A coisa HOJE não funciona assim. Primeiro, me explicou ela, ele NÃO fica sozinho, do lado de fora, coitado! Está acostumado a ficar dentro de casa e só dorme na cama. Para me acalmar, ela disse que iria trazer os seguintes itens: ração sachê cordeiro ao molho, suplemento vitamínico muscle dog, ovinhos de chocolate e sorvete pet injet (para sobremesa), sanitário pipidog, postinho educador, bichinho de pelúcia (da Chalesco, orgulha-se), bolinhas, halteres (???). Isso sem falar em: comedouros, porta-ração, bebedouro, almofada e edredon (sabe como é o clima, né?).

Mas, o que me apavorou MESMO, foi uma recomendação final:
- Olha tio. Se, por acaso, tiver que sair com ele na área externa, não esqueça de colocar o K9 nele!
- E o que seria esse K9?
- Ah, é o óculo de sol dele. Rosinha. Lindo!

Finalmente, me pediu pra comprar dois itens que haviam acabado na casa dela: um floral para coprofagia (umas gotinhas homeopáticas pra ele não comer cocô) e, muito importante, um EducaPet, aerossol com o qual eu deveria borrifar um líquido em meus móveis e roupas que eu não quisesse que o cachorro devorasse (preço do frasco R$60). E desligou.

Assustado, pensei em dizer que não gostava mais de bichos. Por coincidência, meu facebook trazia a notícia de que o ator Gabriel Braga Nunes, por dar esse tipo de declaração, estava sendo atacado na internet por um bando de fãs, agora ex-fãs que afirmavam que o ator, depois da afirmação, era péssimo ator, canalha, um verdadeiro bandido.

Ainda bem que tenho, a meu favor, os problemas da terceira idade. Passei um zap:
- Sobrinha, minha labirintite atacou. Estou indo pra Santa Casa. Não posso ficar com o Jeff. Bju!

Crônica: Jorge Marin
Foto     : disponível em http://static.vix.com/pt/sites/default/files/styles/large/public/bdm/cachorros-fashion.jpg?itok=VrWPMwCw

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

CERTAS IMAGENS VALEM MAIS QUE MIL PALAVRAS


Foi acompanhando a bela e justa homenagem prestada pelo departamento de Cultura de São João ao Sr. Gercy, quinta-feira última, no Museu Histórico Municipal, que achamos oportuno, também como uma forma de homenageá-lo, recordar esta crônica postada aqui mesmo no Blog em 2013:
  
                 CERTAS IMAGENS VALEM MAIS QUE MIL PALAVRAS
  
Num dos finais de semana de 2013, passeando com minha esposa pelas ruas de nossa cidade na tentativa de garimpar algumas imagens para o Blog, mal havíamos começado a subir a Rua Capitão Abrahim Camilo Ayupe, quando nos deparamos com essa fascinante imagem.

Temeroso de que a cena pudesse se desfazer de um momento para outro, procurei mais que depressa, mesmo distante, bater duas ou três fotos. Em seguida, timidamente, fomos nos aproximando, pois minha intenção era poder, quem sabe, trocar algumas breves palavras com aquele que seria o protagonista dessa bela paisagem urbana.

Já em frente à sua residência, ainda antes de fazer nossa aproximação final, ficamos olhando admirados, pela parede de vidro, aquela infinidade de trabalhos artesanais espalhados ordenadamente, pelos quatro cantos da sala. Genuínos tesouros em madeira!

Esse senhor, ao observar nosso interesse e deslumbramento, de imediato tomou a iniciativa e, gentilmente, nos convidou a entrar. Dizendo-se feliz com nossa presença e interesse, pediu que ficássemos à vontade para que assim pudéssemos ver de perto seus trabalhos. Diga-se de passagem, VERDADEIRAS OBRAS-PRIMAS, que, mesmo tão perto de nós, sanjoanenses, passam às vezes, ou quase sempre despercebidas.

E dessa forma, começou uma inesquecível viagem pelo interior da casa.
Enquanto cada cômodo era por nós visitado e uma nova surpresa nos era revelada, nosso encanto aumentava mais e mais. Sr. Gercy, esse jovem nonagenário senhor, enquanto seguia calmamente em nossa frente, apresentando com tamanha simpatia e lucidez cada uma de suas obras, ia ao mesmo tempo nos presenteando com uma verdadeira aula sobre os segredos da arte na madeira.

Foi uma agradável manhã, respirando experiência e sabedoria, não somente pelos seus fantásticos trabalhos artesanais, mas também por suas poesias, pensamentos, noção de geometria e até mesmo um pouco alquimia. Tudo regado a uma educação esmerada sempre acompanhada de uma invejável e agradável oratória.


Agradeço ao Sr. Gercy por ter nos proporcionado um domingo tão especial que ficará para sempre em nossas memórias. 

Crônica e foto: Serjão Missiaggia

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

BELEZAS DA TERRINHA


UMA FÁBRICA COM UMA CIDADE EM VOLTA.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

TODA CASA TEM UM CASO


QUEM SABE CASOS DESSA CASA???

CASA DA SEMANA PASSADA - Os primeiros que reconheceram as casas do Beco das Flores foram: Márcio Velasco, Fernanda Macêdo e Maria da Penha Santiago, mas a NOTA 10 mesmo ficou com a Angélica Girardi que deu a resposta completa: "a casa laranja morava a dona Celina e o sr. Zequinha, hoje mora a nora Dalva, tia do Klinger professor; a casa do meio moravam tio Francisco e tia Carmélia, hoje reside a Sílvia Knop e família; a outra mora a Maria Inês, filha do sr. Odilon e dona Aparecida".

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

CASOS CASAS & mistérios???


O QUE É ISSO???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - A entrada da vila onde fica a casa da Miryam Itaborahy, foi reconhecida, primeiramente pela Fernanda Macêdo, depois por ela mesma e, finalmente, pela Andréa Bastos de Aquino.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

SOMOS TODOS IDIOTAS... Mas, até quando???


Gente, estou usando o termo IDIOTA é no sentido psiquiátrico mesmo. Aquela pessoa com retardo mental GRAVE. Pois é assim que tenho me sentido em relação aos fatos que tenho assistido nas mídias e mesmo na realidade.

Houve um tempo em que “idiota” se referia apenas a quem NÃO participasse da vida política. Era na Grécia Antiga, quando as pessoas que cuidassem da própria vida, dos próprios assuntos, recebiam aquela classificação.

Mas, o tempo passou e me parece que, atualmente, quem se mete a participar do debate político FORA do poder é que é idiota.

Senão vejamos: aprendemos, desde muito jovens, que há pessoas, instâncias ou autoridades nas quais devemos confiar. São nossos pais, a igreja, ou o juiz de direito, por exemplo. Quando chegamos à vida adulta, essa orientação, esse “treinamento” produz uma coisa muito parecida com as pessoas iletradas, “da roça”, que acreditavam que “os dotô” é que entendiam de tudo.

Essa mania de acreditar NOS OUTROS como donos da verdade, ou portadores de uma solução mágica, ou como mais sabidos do que nós, é que criou essa verdadeira INDÚSTRIA DE MANIPULADORES que é a nossa atual política.

Hoje, somos lesados, desrespeitados e violentados em nossos direitos, e tudo que as pessoas conseguem dizer é: “não fui eu que votei nele ou nela”, ou, pior, “a culpa não é minha porque eu sempre anulo meu voto”. É como se a pessoa estivesse sendo estuprada, e se limitasse a dizer: “tudo bem, foi você que abriu a porta”.

Desculpem a metáfora um pouco forte, mas é assim que percebo a situação atual: um bando de predadores aguardando você para o lanche. Só que você é o lanche! E eles brigam entre si, e nos manipulam para que briguemos entre nós, mas, encerrada a batalha, nós VAMOS CONTINUAR sendo lanche, e eles VÃO CONTINUAR sendo predadores.

A ÚNICA vantagem que temos, se é que temos, é que, primeiro, somos em maior número do que eles. E, em segundo lugar, nós é que escolhemos quem vai nos predar, não é engraçado? O que vai ser, prezado eleitor, um leão, ou um tubarão?

Nesse cenário, parece que o único momento de felicidade é quando o leão devora... o seu vizinho. Que tal se começássemos a eleger OUTROS predadores? Um gavião, ou, talvez, um pato selvagem?

Crônica: Jorge Marin
Foto     : g1.globo.com

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

HÁ POUCO TEMPO ATRÁS NA TERRINHA


Observando a bucólica paisagem urbana dessa fotografia, e acompanhando vez ou outra nas redes sociais os calorosos debates sobre TRÂNSITO, LIMPEZA URBANA e, principalmente, SEGURANÇA, fiquei a pensar como as coisas mudaram de maneira tão rápida, sobretudo após a virada do século. Fazemos parte de uma geração que, hoje meio que atordoada, fica a se perguntar, a todo o momento, o que teria levado a tudo isso. É quando fatalmente ficamos a lembrar de alguns fatos e costumes que, infelizmente, se tornaram realidade, apenas para um passado não muito distante.

Num piscar de olhos, os parapeitos de nossas janelas foram sendo substituídos por grades, enquanto as varandas foram se transformando em verdadeiros presídios. Imensos muros começaram a surgir frente às casas, quase sempre com cercas elétricas, arames farpados e monitorados por câmaras, enquanto os belos balaústres, antes objetos de boas-vindas e decoração, foram dando lugar a tijolos e ferragens. Pasmem, mas até a altura das janelas eram aproveitadas para uma boa prosa.

Da mesma forma, poucos acreditariam que, há pouquíssimo tempo atrás, o padeiro deixava, ainda de madrugada, o pão quentinho em nossa varanda, que ali permanecia intacto até que acordássemos pra pegá-lo.

Lembranças também daquela porta que ficava encostada, com uma cadeira, até o dia clarear aguardando somente nossa chegada.  Das janelas totalmente abertas nas noites quentes de verão, ou da calmaria dos encontros e desencontros nas madrugadas frias de serenatas e dos bailes da vida.

Colocávamos o cesto de lixo na porta de nossas casas, e ali ele permanecia até que o caminhão passasse pra recolhê-lo.  Ainda não havia cães abandonados pelas ruas, e nenhum lixo era espalhado pela calçada. Cada um era responsável pelos seus resíduos, tarefa com a qual, de maneira harmoniosa, todos colaboravam MUTUAMENTE, respeitando os horários e a rotina do recolhimento. Difícil crer, mas antes era bem mais fácil jogar papéis na lixeira, do que ter o trabalho detoná-las. Havia até certo orgulho em estar preservando um determinado PATRIMÔNIO PÚBLICO, e praças e jardins faziam parte dele.

Mesmo reconhecendo que houve um aumento significativo (e põe significativo nisso!) em nossa frota de automotores, o trânsito antes fluía de maneira RESPEITOSA, e não se comentava sobre POLUIÇÃO SONORA e VELOCIDADE. Havia mais TRANQUILIDADE, sendo que a maioria das pessoas optava mesmo por deixar seus carros em casa. Estabelecia-se mais LIMITE, e todos conviviam em função também de seus DEVERES, valorizando aquilo que seria o mais sensato e benéfico para a maioria. Difícil aceitar que hoje famílias são prejudicadas dentro do sossego de seus lares, devido aos excessos de alguns em nossas ruas. Não podemos esquecer que POLUIÇÃO SONORA também é uma forma de VIOLÊNCIA.

Enfim, ficaríamos aqui citando dezenas de outras coisas, assim como seria utopia alimentar a esperança de que tudo um dia poderia voltar a ser como antes. De qualquer forma, se não podemos mais ter o velho padeiro a nos trazer o pão ou deixar nossas portas e janelas como antes, quem sabe, COM CADA UM FAZENDO SUA PARTE, algumas soluções poderiam, pelo menos, ser amenizadas?

Crônica e foto: Serjão Missiaggia

BRIGADU, GENTE!

BRIGADU, GENTE!
VOLTEM SEMPRE, ESTAMOS ESPERANDO... NO MURINHO DO ADIL