sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

MAGIAS PARA O ANO NOVO


Tenho um vizinho aqui no bairro (acho que todo mundo tem algum desse tipo) que é uma pessoa sensacional. Sempre solícito, dá carona, às vezes varre meu passeio e se oferece para ficar tomando conta do meu filho quando preciso sair.

Pois é, esse poço de gentileza me faz um pedido, e aí vocês vão perguntar: como recusar um pedido de uma pessoa assim, dubem?

O pedido é exatamente assim:
- Você poderia me emprestar o seu cartão pra mim comprar lentilha? – tudo bem, ele é dubem mas fala “mim comprar”.

Pra não entediar vocês com o conversê todo, vou resumir: ele quer comprar lentilha pra comer na passagem de ano, pois quer melhorar sua situação financeira, que, por não estar muito boa, levou-o à Serasa, motivo pelo qual está sem cartão.

Normalmente, eu sou uma pessoa muito, mas muito gentil mesmo. Até coloquei como resolução de ano novo ser só gentil. Mas, depois de ouvir esse pedido, acho que perdi um pouco as estribeiras:
- Não! – respondi.

Eu ia dar a explicação, mas minha meta de ser menos gentil bateu mais forte e falei só o “não”. Não falei pra ele o porquê pois entendo que, quando alguém pede alguma coisa pra gente, a resposta só pode ser “sim” ou “não”. Aquela coisa de “empresto sim, mas só desta vez” ou “por que é que você está me pedindo?” não faz parte do meu repertório, nem quando eu era mais gentil.

Mas, se não contarem pra ele, vou contar pra vocês.

É que eu não suporto mais essa coisa (tenho visto isso há sessenta anos) de atribuir um poder mágico às coisas. É lentilha, semente de romã, uva, não comer animal que cisca pra trás, calcinha amarela, cueca vermelha. Francamente, acho isso tudo uma coisa assim tão tribal, tão ridiculamente infantil que resolvi falar.

Ora, meus amigos, não é uma semente ou uma pedra ou sei lá o quê que irão melhorar, ou piorar, as nossas vidas. Aliás, para falar a verdade, não é nem uma pessoa também que é responsável pela nossa desgraça ou pelo nosso sucesso.

Pensem nisso: temos a mania de dizer que a nossa vida está ruim por culpa do olho gordo, do nosso vizinho, do nosso chefe, da situação política, do horóscopo.

Que, em 2018, possamos perceber que a nossa vida é ruim, às vezes, e que também é boa, às vezes. E que a melhor simpatia pra ser feliz é viver. Sem culpas, nem desculpas, sem lentilha, nem brasília, sem magia, só com alegria. E um pouquinho de sabedoria. Feliz Ano Novo, pessoal!

Crônica: Jorge Marin

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

NELY PONTOS COM


Foi espiando os relevantes comentários em uma de nossas fotos no facebook, que um deles em especial, da Nely Gonçalves, veio a chamar nossa atenção: “CADA FOTO DO PITOMBA É UMA PITOMBADA NO CORAÇÃO DA GENTE”.
Aí resolvemos, pra terminar o ano em alto astral, postar novamente esta divertida croniqueta em homenagem à nossa madrinha. Iremos relembrar um fato, não muito comum, que aconteceu certa vez quando fomos visitá-la no hospital.

NELY PONTOS COM

Essa visita, um tanto inusitada, que teria sido para, entre umas e outras, pedir a ela a bateria emprestada, deu-se em circunstância de uma das vezes em que o Pitomba se preparava pra fazer um baile no terraço da casa do primo Dantinho e, para variar, estava sem o referido instrumento. Coincidentemente, naquele mesmo final de semana, todas as baterias que poderiam ser nossas possíveis vitimas, estariam sendo usadas por seus respectivos donos, restando apenas a do conjunto “Os Cobrinhas” do qual Nely era proprietária.

Porém, tal tarefa não seria assim tão fácil, pois, além de nossa amizade com a Nely estar ainda no comecinho, teríamos que cumprir a difícil missão de ir até o hospital para fazer o pedido. Na verdade, para nosso total desespero, ela havia se submetido recentemente a uma cirurgia e encontrava-se internada há vários dias.

Então, não havendo mesmo alternativa, resolvemos mais que depressa fazer um ataque, digo, uma visita a ela no hospital. E foi o que aconteceu.

Quando lá chegamos, foi um Deus nos acuda. Éramos cinco ou a seis querendo entrar de uma só vez. Um pequeno tumulto se formou na portaria, até que, no final, todos acabariam entrando.

Já dentro do quarto, era grande a movimentação, com gente sentada até debaixo da cama. O lanche da tarde desapareceu com tal rapidez que não sobrou um único biscoito para a paciente, e muito menos uma santa gota de suco. Até uma improvisada saidinha pelos corredores com aquela cama de rodinha teria sido cogitada, e mesmo com a cumplicidade e insistência de nossa convalescente amiga, resolvemos, devido aos PONTOS, fazer o passeio apenas dentro do quarto mesmo. (Depois dizem que não tínhamos juízo!)

Falando em juízo, por muito pouco não teríamos conseguido passar com um violão pela janela, entrando apenas o pandeiro e o afoxé. Mas, verdade seja dita, melhoramos substancialmente o quadro clinico da paciente, principalmente em função de tantas e boas risadas.

A visita, digo, a festa, foi geral. Só que, já quase terminado o horário, ninguém havia se manifestado ou mesmo encontrado coragem de fazer o pedido. Pede você... Pede você... E ninguém pedia nada.

Já conformados com aquela que teria sido uma investida malsucedida, cabisbaixos e numa tristeza sem fim, começamos a nos retirar. Quando já íamos saindo, eis que ela nos chama novamente pra dentro do quarto, e com muita sensibilidade, mesmo sabendo de nossas segundas intenções, foi logo dizendo: “NUM GUENTO ÔCEIS NÃO!”, a bateria ta lá no Operário! É só pedir a chave e apanhá-la!

E foi aquela vibração no até então silencioso e ordeiro ambiente hospitalar. Quanta alegria! Seria a primeira vez que iríamos tocar em uma bateria profissional. Despedimo-nos rapidamente, saindo em disparada e escorregando pelas antigas passarelas do hospital.

Depois daquele dia, nossas visitas se tornariam uma constante, vindo até a causar novos transtornos na entrada. Uma situação que somente teria sido resolvida após ordens expressas da madre superiora, permitindo somente a entrada de um visitante de cada vez. Uma sábia solução, se não fosse pelo simples detalhe de que aquele que entrava não mais saía.

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : acervo do autor

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

UM NATAL SEM ILUSÕES


Vendo as pessoas passarem com suas compras de natal em sacolas coloridas, fico aqui pensando...

Tem muita gente que ama nesse mundo. Mas também tem muita gente que odeia. E o pior é que, quando a gente para pra pensar, tem mais ódio do que amor. Vejam só: quem odeia, odeia mesmo, e pronto! Mas, quem ama, às vezes, odeia. Pode até não falar, mas odeia.

Aí chega o natal e, de repente, todo mundo se ama. Não é verdade. O que ocorre é que, por algum tipo de imposição, seja social, ou religiosa, ou culpa, as pessoas resolvem cumprir esse ritual de mostrar PARA OS OUTROS, como são boas, como não guardam rancor, como são superiores. Mentiiiira...

Acho que, com o passar dos anos, venho me tornando menos paciente com essa obrigatoriedade de cumprir protocolos, ir a compromissos por obrigação e fingir sorriso “pra não pegar mal”.

Com isso, não estou defendendo um boicote ao natal. Acho essa data uma época linda, carregada de uma simbologia inigualável. Afinal, não é todo dia que o filho de Deus vem à terra. Mesmo que marcado para morrer.

E é exatamente nesse paradoxo que reside a maior riqueza do natal. Pensem bem: se Deus, esse ente todo-poderoso, resolve mandar para nosso planeta o seu filho, é uma baita honra. Mas se, além disso, ele sabe o que é que nós iríamos fazer com o filho (e ele, por ser onisciente, sabe), e, ainda assim, mandou o menino, é porque ele quer passar um recado.

A mensagem, se é que há, é a seguinte: aos olhos de Deus, nascimento e morte não querem dizer grande coisa. São apenas ocorrências dentro de um processo contínuo de nascimentos e mortes que faz com que todas as coisas sejam... até que não sejam. Simples assim.

Então, neste natal, não vou dar conselho nenhum pra ninguém. Mas, eu aqui vou fazer o seguinte: vou correr para as pessoas que eu amo, e vou dizer, com toda a força do mundo, que eu as amo. Para as pessoas que eu odeio, eu não vou dizer nada, pois não gosto de conversar com quem eu não gosto.

E, para todos os leitores, de quem eu gosto pra caramba, desejo um natal leve, sem obrigatoriedade de subir num palco para representar um papel. Desejo um natal-passarinho, brincalhão, feliz, animado e colorido. Com asas.

(Homenagem ao meu pai, Irenio, que, se estivesse aqui, estaria completando 95 anos hoje).

Crônica: Jorge Marin

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

TRADIÇÃO TAMBÉM É CULTURA


Não resisti em fazer novamente esta postagem, após deparar-me na internet com a imagem da Padaria do Debrando. Na oportunidade, chamo a atenção para a atraente decoração de Natal.

                                        TRADIÇÃO TAMBÉM É CULTURA

Dia desses, enquanto andava distraidamente pela rua, um motorista parou seu caminhão ao meu lado e perguntou se estaria muito longe de certa farmácia.  Mais que depressa, talvez na ânsia de querer livrá-lo de um engarrafamento que teria provocado ao parar naquele local, fui logo tascando: “É ali na RUA DA PADARIA DO DEBRANDO”. Padaria de quem? - retrucou de cima da carroceria, seu ajudante. Somente aí fui atinar que, além do veículo nem ser de São João, aquele meu tradicional dialeto, com certeza, veio a piorar ainda mais a situação.  

Consertei o erro e, após indicar o local de maneira mais racional, fiquei pensando nessa coisa tão interiorana que é a mania de ficar apelidando lugares. Por sinal, fato que vai atravessando décadas e décadas, e que não sai de nosso inconsciente.  Meu pai mesmo já falava muito na RUA DOS VELHOS, mas confesso agora não me lembrar onde seria.

No intuito de escutar uma serenata, por muitas vezes, minha namorada que residia na RUA DO BURACO ia dormir na casa de uma amiga que morava na RUA DO DESCOBERTO, ali bem próximo à RAMPA. Gostávamos muito também de sair pela noite com violões pra tocar numa casa ali no BECO DAS FLORES, outra na RUA DO SAPO, e mais uma lá pelas bandas do JUJUBA.

Era bastante desconfortável ter que encarar, já no final da madrugada, o BECO DOS RANA e a RUA ATRÁS DA FÁBRICA, sendo que uma casa localizada no MORRO DO MACHADINHO e outra no MORRO DO GINÁSIO sempre eram esquecidas devido ao cansaço. Por sinal, é nome de MORRO que não acaba mais, ou seja: MORRO do Hospital, MORRO da Matriz, MORRO São José, e por aí vai.

Naquela época, tínhamos o costume de ir à roça passando pelo BECO DO GÁS seguindo pela RUA DA MINA para, após descer o MORRO DO MARIMBONDO, chegar até a fazenda. Certa vez, optamos em passar pelo PONTILHÃO.

Existiam os famosos passeios noturnos entre amigos, chamados de quarteirão, que, geralmente, começavam na RUA DO SARMENTO e se prolongavam pela RUA DA PADARIA DO DEBRANDO, passando pela RUA DOS PATINHOS, RUA DO GRUPO VELHO ou do MEIO até a Sinuca do Cida, quando não até o MURINHO DO ADIL.  Falando em Padaria, havia pessoas que tinham preferência ao pão da PADARIA DO DEBLANDO àquele das PADARIAS DO MANEZINHO, POPÓ e do CRUZ e vice-versa.

Na infância, tive um coleguinha que morava na RUA DO CHIQUEIRO e outro NA SUBIDA DA MANGUEIRA, coincidentemente próximos à RUA NOVA. Já na juventude, passei inesquecíveis momentos numa casa ali na RUA DO TOTÓ, sendo que, neste lugar, veio a nascer posteriormente o Pitomba.

Quem sabe, em homenagem aos nossos anteparados, não mantivéssemos viva essa TRADIÇÃO, tombando de alguma forma esses nomes ou, simplesmente, incorporando em algumas placas da cidade, o NOME da rua juntamente com seu APELIDO?  Pesquisar seus cognomes também seria algo bastante interessante. Por sinal, alguém saberia informar a origem do apelido CURRAL DO SALU, BECO DAS FLORES e onde seria a RUA DO BANHEIRO?

No mais, vejo tudo isso também como forma de expressão cultural de um povo.

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : Garbosa na Rede

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

BELEZAS DA TERRINHA


NOSSAS IGREJAS CHARMOSAS.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

TODA CASA TEM UM CASO


QUEM CONTA UM CASO DESSA CASA???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Bete Barroso Era a creche lar das meninas minhas filhas ficaram muito tempo la

CASOS CASAS & mistério???


ONDE FICA ESSA CENA NATALINA???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

FÉ DE MAIS OU FÉ DE MENOS???


Eu devia ter uns treze anos quando me vieram aquelas dúvidas. Sem ter a quem recorrer, perguntava à minha mãe:
- Por que é que, nos Evangelhos, um diz que Cristo foi crucificado entre dois ladrões, outro diz que era um bom e um mau, e o outro nem fala em ladrões?

Preocupados, meus pais me chamaram para uma conversa séria, na qual contaram a história de Santo Agostinho que, andando pela praia tentando desvendar o mistério da Santíssima Trindade, foi abordado por um menino (ou um anjo, segundo a história) dizendo que colocaria toda a água do mar num buraquinho cavado na areia. Ante a dúvida do célebre teólogo, a criança teria dito:
- É mais fácil colocar toda a água do oceano neste pequeno buraco na areia do que a inteligência humana compreender os mistérios de Deus!

- Acredita agora, meu filho? – perguntava minha mãe, sorrindo, tentando reanimar a minha fé.
- Só se eu encontrar esse menino e falar com ele.

Quando eu era criança, era muito importante essa questão da FÉ. E não apenas a fé em Deus. Tínhamos fé nos militares, que haviam botado os comunistas pra correr. Fé nos remédios modernos que os médicos nos receitavam, fé nos antibióticos. Vocês acreditam que tinha gente que acreditava no Jornal Nacional? Bom, dizem que tem gente que acredita até hoje, mas eu não boto fé nisso.

Crescendo um pouco mais, eu passei a estudar a vida do próprio Santo Agostinho e, vendo as traquinagens que ela aprontou quando jovem, aí é que passei a questionar TUDO mesmo. Afinal de contas, perguntava, por que é que temos que ter fé? E hoje, aos sessenta, época em que Agostinho havia escrito “A Cidade de Deus”, eu começo a perceber qual a utilidade (se há) para esse trem de FÉ.

A fé, primeiramente, nos tranquiliza. Vejam bem: naquele meu tempo de criança, enquanto eu ficava questionando aquele bando de coisas, os outros adolescentes da minha idade fingiam que ouviam o evangelho, mas ficavam conversando, paquerando, cochilando. Ou seja, todos tinham fé, enquanto eu, naquela minha dúvida, não conseguia ter paz.

Outra coisa: a fé permite que nos juntemos a grupos maiores de pessoas. Por exemplo: se sou católico, estou junto com um bilhão e trezentos milhões de pessoas mais ou menos. Se sou ateu, estou numa turma de 750 milhões, mas sem uma sede, ou um clube pra bater papo. Ou um canal de TV.

Portanto, vou lhes dar duas notícias, uma boa e outra má (não vou dizer qual é boa e qual é má). Primeira: se vocês tiverem fé, vão ter que aceitar a orientação do grupo ao qual pertencem, sem questionar. Segunda: se vocês não tiverem fé, e preferirem pensar por suas próprias cabeças, vão ter que abandonar os seus grupos e viver de forma mais solitária e reflexiva. Acreditam?

Crônica: Jorge Marin

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

AINDA O NOSSO TRÂNSITO


Mesmo sabendo que este assunto já foi exaustivamente abordado aqui em nossa página, após a interessante postagem jornalística de nosso amigo Sabones em seu blog, que nos trouxe informações a respeito do IPVA e os números correspondentes ao crescimento de nossa frota de veículos, ratificamos que uma maior reflexão sobre o trânsito na terrinha, já se fez por necessária há um bom tempo.

Gente! Praticamente é um VEÍCULO para cada duas pessoas e MOTOCICLETAS para três, sendo que o tráfego só vai aumentando a cada ano, e o espaço urbano, não. Tem esquina, em determinados horários, cujo fluxo de veículos não fica nada a dever a muitos locais congestionados de JF e até mesmo algumas Pequins da vida. Sem falar do fator ESTRESSE gerado pela POLUIÇÃO SONORA ante os EXCESSOS de alguns.

Do jeito que a coisa vai andando, não será difícil imaginar como ficará isso no futuro, principalmente se não se tentar, desde já, encontrar uma solução para DESAFOGAR um pouco a circulação de veículos em determinadas ruas centrais. Por sinal, achamos bastante sensato e oportuno quando, na primeira reunião da câmara, um vereador sugeriu a contratação de uma empresa especializada em Engenharia do Trânsito, com a finalidade de promover uma melhoria do tráfego em nossas vias. Sem esquecermos, claro, de termos também aqui mesmo na cidade, pessoas altamente CAPACITADAS para tal.

Mas, qualquer intenção ou ideia de pouco ou quase nada adiantarão se não vierem, antes de tudo, também acompanhadas de boa vontade no que tange a uma MAIOR FISCALIZAÇÃO, CONSCIENTIZAÇÃO E RESPEITO, pois somente assim teremos a certeza de que, no futuro, haverá uma cidade melhor pra se viver.


Crônica e fotos: Serjão Missiaggia


segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

SE ESSA RUA FOSSE A MINHA


QUEM JÁ VIVEU EMOÇÕES AQUI NESSA "MOLDURA"???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

TODA CASA TEM UM CASO


QUEM SABE OU VIVEU ALGUM CASO NESSA CASA???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Márcio Velasco O Dr. Moysés Assafin viveu e tinha consultório nessa casa nos anos 70.
Fui uma vez aí com umas pessoas gravar ele falando sobre o "hormônio do pâncreas".

CASOS CASAS & mistério???


QUEM EXPLICA ESSA LINDA PAISAGEM???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Marcelo Oliveira Patio da igreja matriz .

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

VOCÊS (TAMBÉM) SÓ PENSAM... NAQUILO???


Gente, não estou dando conta. Acho que todos os redatores estão tomando afrodisíacos. Porque, ultimamente, o assunto nos sites de notícias, e, por tabela, nos faces e zaps da vida é um só... SEXO!

Um deputado embute, num projeto de lei sobre licença-maternidade, um dispositivo contra qualquer tipo de aborto. A justificativa, que a maioria dos elementos da comissão que analisou o projeto e o endossou, é cristalina: “na hora do sexo, ela não pensou nas consequências”. Como se a gravidez fosse um castigo para a pessoa que cometesse aquele crime hediondo: fazer sexo. E quando alguém argumenta: ah, mas e no caso do estupro? A resposta é impressionante: “certamente ela não foi estuprada à toa”.

Aí, vamos para as notícias da cidade, e uma polêmica mobiliza todos os recursos da Câmara de Vereadores: um professor resolveu levar uma drag queen num colégio para discutir questões de gênero. Até aí, uma iniciativa, curiosa, de chamar a atenção para os papéis feminino e masculino. Mas, nossos representantes, preocupadíssimos com a família, entendem que, vendo aquele rapaz vestido de menina, os meninos vão passar a fazer sexo com os ouros meninos e as meninas a fazer sexo com outras meninas.

Aliás, sobre essa questão adolescente, há um vídeo viralizando no YouTube no qual um menino de 14 anos e outro de 12 se beijam ante um sugestivo bolo de aniversário com a estampa do cantor transformista Pablo Vittar. Se fosse um menininho e uma menininha, todos diriam: “ah, que bunitim”. Mas, ante a “ameaçadora” estampa do cantor (mesmo em papel de arroz), e, principalmente, porque são dois meninos, o cenário já é de sexo perverso. Nos comentários, pais e mães clamam pela volta dos militares (?).

Na página de Artes e Celebridades, então, a coisa é séria: são abusos sexuais, estupros, traições, exibicionismos, voyeurismo, e até o outro lado do paraíso pode ter uma conotação sexual depois do pega-pega. E no chão do garimpo.

Não, pessoas, não é que eu não goste de sexo. O que acho chato é ficar sexualizando tudo o tempo todo. Cansa. E, o que é pior, quando sexualizam é SEMPRE para desqualificar.

Aí, resolvo ir para a página de política. Pelo menos, aqui vou ter um pouco de sossego – penso. Mas, quando começo a ler a lista de direitos trabalhistas retirados da noite para o dia, e, o que é mais grave, a lista dos requisitos que a nova lei da previdência vai impor às pessoas que sonharem em se aposentar, as palavras estupro, abuso, sacanagem e outras menos publicáveis começam a passar pela minha cabeça.

Será contagioso???

Crônica: Jorge Marin
Foto     : disponível em https://plus.google.com/116491575916450254764

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

CONHECENDO O PASSADO E ENTENDENDO O PRESENTE


Dando uma passada de olho na revista NOVA ESCOLA de setembro de 2014, uma matéria escrita por Daniele Pechi (novascola@fvc.org.br), intitulada “MINHA CIDADE TEM MUITO O QUE CONTAR”, chamou minha atenção. Trocando em miúdos, a referida matéria falava sobre um projeto didático que foi desenvolvido por Rachel de Lima, Priscila Garcia e Izis Macias, professoras da classe de 4º ano em Londrina, tendo como objetivo o conhecimento do passado, discutindo seu presente, vinculando noções de patrimônio e também as questões humanas e culturais na construção da identidade de um povo.

Estudar o local a que pertencem e os hábitos de sua população, ajudando os estudantes a compreenderem que eles fazem parte também da história. Toda cidade tem muito o que contar, e, em Londrina, as crianças estudaram o passado e o presente da Rua Sergipe, patrimônio local. O objetivo era que a turma conhecesse o passado da via e discutisse sobre seu presente, abordando diversos aspectos, não somente arquitetônicos como também, humanos e culturais.

Foram feitas visitas a locais significativos e entrevistas com familiares mais velhos. Estudaram-se fotos, objetos, livros, jornais do passado e visitas aos antigos comércios, inclusive observando fachadas originais, se ainda existirem.

Aí, fiquei a lamentar pelos muitos que nunca ouviram falar que nossa cidade já foi um dia servida por uma linha férrea, que cruzava algumas ruas centrais, onde os famosos trolinhos deslocavam-se em pequenos trilhos até a interior da Cooperativa de Leite e da Fábrica de Tecidos, para o escoamento de seus produtos. Que, naquela mesma fábrica, existia uma sirene que apitava às cinco da matina para chamar seus operários, sendo que, em seu quadro de funcionários, já constaram mais de mil e quinhentas pessoas.
                                               
Interessante que, ainda hoje, muitos ficam pasmos ao saberem que, ali no largo da matriz, num passado não muito distante, existiu um significativo e bem estruturado observatório astronômico de nome OBSERVATÓRIO COPÉRNICO, que, entre umas e outras coisas, teria fotografado em 1974 o cometa KOHOUTEK, fato este que teria sido divulgado em muitos jornais do Brasil, pois, segundo consta, foi talvez o único observatório a conseguir uma boa foto, pois, ao contrário do restante do país que ficou inteiramente nublado, aqui o céu ficou aberto um bom tempo.

Apenas ali no pequeno circuito que abrange a Rua Coronel José Dutra, existiam inesquecíveis lojas comerciais, como CASA LEITE (com seu memorável QUEIMA), O GURI, A BRASILEIRA, a CASA MATOS e a TIPOGRAFIA (com seu famoso mural de avisos conhecido por décadas como A PEDRA DA TIPOGRAFIA), sem falar nos estabelecimentos menores cujos nomes se confundiam com o dos proprietários: compra isso lá no NICOLINO, ou no NICOLAU, na farmácia do BATISTA, ou na charmosa lojinha da APARECIDA LADEIRA (A Caçula).

A referida rua, conhecida pelos mais antigos como Rua do Sarmento, era palco dos famosos vai e vens de fim de semana, dos memoráveis desfiles civis e militares, das escolas de samba, batalhas de confetes, dos expressivos e românticos bares noturnos, além de um respeitável salão de jogos.

Acredito que muitos jovens não sabem que a cidade chegou a possuir dois cinemas de nome Cine Brasil e Cine Rádio, sendo que o prédio deste primeiro é o nosso atual Centro Cultural. 
Mesmo que um pouco mais recente, nunca é demais estar sempre lembrando nosso inesquecível educandário de nome Instituto Barroso (com sua famosa fanfarra), dirigido pelo nosso saudoso e eterno mestre Ubi Barroso Silva, o Sôbi.

Tivemos inúmeras indústrias, como a fábrica de macarrão, vassouras, tampinhas, ferraduras, calçados Sylder, Scala e Dragão, sendo que esta última funcionava ali onde está sendo construído um belo e moderno shopping.

Entre os salões de jogos, podemos citar o mais famoso deles que era a Sinuca do Cida onde funciona hoje o restaurante Salu. Entre os hotéis, o Grande Hotel (hoje Comunidade Cristã Evangélica), Hotel Monte Castelo ali na Praça Rio Branco e Hotel Aprígio.  

Havia também românticos e bem montados restaurantes, como o Bar Dia e Noite (na Rua Coronel José Dutra, hoje uma grande loja de eletrodomésticos), o Bar do Floriano (também no Calçadão, hoje Curso Apoio), o Bar São Jorge e a Padaria do Cruz na Praça Carlos Alves. E, para aqueles jovens amantes do futebol, e do carnaval, sugiro não deixarem de pesquisar as histórias daqueles memoráveis e acirrados clássicos entre MANGUEIRA e BOTAFOGO e dos confrontos carnavalescos nos desfiles de TROMBETEIROS e DEMOCRÁTICOS.


Enfim, quantas e ricas histórias somente ali na RUA DO SARMENTO, hoje conhecida pelos mais jovens apenas por Calçadão... 

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : Facebook

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

BELEZAS DA TERRINHA


NOSSO CARTÃO POSTAL.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

TODA CASA TEM UM CASO


QUEM SABE ALGUM CASO DESSA CASA???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Lucia Helena Souza A casa da Dona Luzia do Sr Laerte.

CASOS CASAS & mistério???


QUE LUGAR É ESSE???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Silva Sol Bairro Santa Rita ,ao centro temos a Rua Presidente Kennedy , casa Selma ( manicure), casa Sr. Laerte, Casa Joaquim, casa Cida , Bar Paulão, nesta rua também temos a famosa Lanchonete do Leão. De frente ao morro temos a casa Paulinho Esplendor do morro, descendo o morro temos a Sr. Paulo ( sogro Paulão), em frente casa falecida D. Geralda....


BRIGADU, GENTE!

BRIGADU, GENTE!
VOLTEM SEMPRE, ESTAMOS ESPERANDO... NO MURINHO DO ADIL