segunda-feira, 30 de março de 2015

BELEZAS DA TERRINHA


PAISAGEM SANJOANENSE...

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASA(RÕES) & seus detalhes misteriosos


QUEM CONHECE ALGUM DETALHE SOBRE ESSA BELA CASA ???

CASARÃO DA SEMANA PASSADA - a casa da Rua Comendador Gregório (Beco dos Ranna), publicada na semana passada, foi reconhecida por Cicida Caçador, Vanda Santiago, Márcia Maria Rodrigues, Luiz Carlos Moura, Dora Barreto, Renée Cruz e Antônio José Capanga, que assim resumiu: "casa do sr. Willian Fajardo e dona Cacilda. Jogávamos bola toda semana na área da garagem. Eu, Márcio, Nem, Rômulo, Bolão e outros amigos".

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASAS & mistério


ONDE FICA ESSA PLACA EM SÃO JOÃO NEPOMUCENO ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - A Rua Daniel Sarmento, publicada na semana passada, foi reconhecida por muita gente: Maninho Sanábio, Daniel Medina, Camilo Pontes, Luiz Carlos Sachetto Mendonça, Marcelo Oliveira, Sônia Soares, Rita Knop Messias, Ubirajara Gentil Lima, Sônia Moraes de Araújo Laroca, Paulo Roberto Torres, Patricia Paula, Bete Knop, Lucimar Soares Mendonça, Luiz Carlos Moura, Natércia Gianini. E o local de onde a foto foi tirada: um prédio da Rua Barão de São João Nepomuceno. Obrigado a todos!

Foto: Serjão Missiaggia

sexta-feira, 27 de março de 2015

EU ERA FELIZ (E DELIRAVA)


Fotos do passado normalmente nos remetem a um tempo mais feliz. A foto publicada aqui no BLOG na quarta-feira, mostrando uma cena da Rua do Sarmento, provocou muitos comentários do tipo “ah, naquele tempo é que era bom!”, ou “saudades”, “eu era feliz e sabia”, entre outros.

Mas o que será que nos fazia tão felizes e, o que é mais importante, o que nos falta hoje para voltarmos a ser felizes como “naquele tempo”?

Alguns podem dizer que é a juventude e não deixam de ter certa razão, pois é uma época da vida em que, teoricamente, éramos mais livres e tínhamos muitos sonhos. Mas será que éramos mesmo mais livres, tendo horários rígidos para chegar em casa? E, cá pra nós, se sonhar trouxesse a felicidade, acordaríamos sempre de bom humor, não é verdade?

Eu, pessoalmente, acho que vivíamos uma espécie de delírio coletivo, pois tínhamos a certeza absoluta de que, apesar de qualquer coisa que nos acontecesse, teríamos a possibilidade, grande, de ir, após nossa passagem pela Terra, para um paraíso, onde SÓ haveria a felicidade e, o que é mais fantástico, ela duraria pela eternidade.

Não entro no mérito das religiões, por se tratar de matéria de cunho pessoal de cada leitor. Mas, a crença simplória numa vida eterna feliz, que é uma ideia presente na história da humanidade desde o século XI, nos dava uma tremenda tranquilidade, e uma leveza de alma que pode ser uma das coisas das quais nos sentimos saudosos.

Hoje, ainda que acreditemos numa existência após a morte, o mundo moderno nos impõe uma opção inevitável por uma vida que devemos viver antes da morte. Assim, buscamos, nesse breve tempo (quando comparado com a eternidade), desempenhar certas atividades, posturas e realizações que se assemelhem àquele ideal de felicidade que intuímos, porém sem a leveza e a tranquilidade que antes possuíamos.

Na busca, muitas vezes descontrolada, pelo que chamamos de felicidade, mas não é felicidade, porque é apenas uma ideia, acabamos derrapando, ou enfiando o pé na jaca de forma exagerada. Deixamos de ser humanos, e passamos a ser estereótipos, como se, de repente, estivéssemos em um reality show e não quiséssemos ser eliminados.

Só que, no show da vida, nós somos eliminados. Assim, esse descompasso entre uma busca compulsória por uma felicidade que, enquanto humanos, jamais alcançaremos, e por uma paz que só existe no angélico mundo virtual, vai nos levar, de maneira paradoxal a uma inevitável depressão, um dos sintomas principais da cultura atual, que terá o efeito inverso à nossa busca: uma infelicidade profunda e uma certeza (outro delírio?) de que a nossa vida não vale nada.

Crônica: Jorge Marin
Foto     : Christian (Chris loves photography), disponível em https://www.flickr.com/photos/51010950@N04/favorites/

quarta-feira, 25 de março de 2015

CONHECENDO O PASSADO E ENTENDENDO O PRESENTE


Dando uma passada de olho na revista NOVA ESCOLA de setembro de 2014, uma matéria escrita por Daniele Pechi (novascola@fvc.org.br), intitulada “MINHA CIDADE TEM MUITO QUE CONTAR”, chamou minha atenção. Trocando em miúdos, a referida matéria falava sobre um projeto didático que foi desenvolvido por Rachel de Lima, Priscila Garcia e Izis Macias, professoras da classe de 4º ano em Londrina, tendo como objetivo o conhecimento do passado, discutindo seu presente, vinculando noções de patrimônio e também as questões humanas e culturais na construção da identidade de um povo.

Estudar o local a que pertencem e os hábitos de sua população, ajudando os estudantes a compreenderem que eles fazem parte também da história. Toda cidade tem muito que contar, e, em Londrina, as crianças estudaram o passado e o presente da Rua Sergipe, patrimônio local. O objetivo era que a turma conhecesse o passado da via e discutisse sobre seu presente, abordando diversos aspectos, não somente arquitetônicos, como também humanos e culturais.

Foram feitas visitas a locais significativos e entrevistas com familiares mais velhos. Estudaram-se fotos, objetos, livros, jornais do passado e visitas aos antigos comércios, inclusive observando fachadas originais, se ainda existirem.

Aí fiquei a lamentar pelos muitos que nunca ouviram falar que nossa cidade, entre umas e outras coisas, já foi um dia servida por uma linha férrea, que cruzava algumas ruas centrais, onde os famosos trolinhos deslocavam-se em pequenos trilhos até a interior da Cooperativa de Leite e da Fábrica de Tecidos, para o escoamento de seus produtos. 

Será que alguém se lembra que, naquela mesma fábrica, existia e apitava uma sirene às cinco da matina para chamar seus operários e que, dentre tantas e tantas histórias ali acontecidas, já constaram em seu quadro de funcionários mais de mil e quinhentas pessoas?
                                                                                                                                               
Quantos se recordam que, somente ali na Rua Coronel José Dutra, existiam inesquecíveis lojas comerciais, como CASA LEITE, O GURI, A BRASILEIRA, a CASA MATOS e a TIPOGRAFIA (com seu famoso mural de avisos conhecido por décadas como A PEDRA DA TIPOGRAFIA), sem falar nos estabelecimentos menores cujos nomes se confundiam com o dos proprietários: compra isso lá no NICOLINO, ou no NICOLAU, na farmácia do BATISTA, ou na charmosa lojinha da APARECIDA LADEIRA (A Caçula).

A Rua do Sarmento era palco dos famosos vai e vens de fim de semana, dos memoráveis desfiles civis e militares, das escolas de samba, batalha de confetes, dos expressivos e românticos bares noturnos, além de um respeitável salão de jogos.

Será que os jovens de hoje sabem que havia dois cinemas na cidade, o Cine Brasil e o Cine Rádio, sendo o primeiro deles o nosso atual Centro Cultural? E um importante e inesquecível educandário de nome Instituto Barroso (com sua famosa fanfarra), dirigido pelo nosso saudoso e eterno mestre Sôbi. Isso sem falar de inúmeras indústrias, como a fábrica de macarrão, vassouras, tampinhas, ferraduras, calçados Sylder, Scala e Dragão, sendo que esta última funcionava ali onde está sendo construído um belo e moderno shopping.

Entre os salões de jogos, podemos citar o mais famoso deles que era a Sinuca do Cida onde funciona hoje o restaurante Salu. Entre os hotéis, o Grande Hotel (hoje Comunidade Cristã Evangélica) e o Hotel Monte Castelo ali na Praça Rio Branco.  

Havia também românticos e bem montados restaurantes, como o Bar Dia e Noite (na Rua Coronel José Dutra, hoje uma grande loja de eletrodomésticos), o Bar do Floriano (também no Calçadão, hoje Curso Apoio), o Bar São Jorge e a Padaria do Cruz na Praça Carlos Alves.

Enfim, quantas e ricas histórias somente ali na RUA DO SARMENTO, hoje conhecida pelos mais jovens apenas por Calçadão... 

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : facebook do Hedilson Sanábio


segunda-feira, 23 de março de 2015

BELEZAS DA TERRINHA


SÃO JOÃO E A NATUREZA.

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASA(RÕES) & seus detalhes misteriosos ???


QUEM CONHECE ALGUM "CAUSO" SOBRE ESSE CASARÃO ???

CASARÃO DA SEMANA PASSADA - o casarão na Rua Presidente Vargas, rua do Grupo Velho, não foi muito reconhecida não. Apenas a Natércia Gianini comentou que "hoje é a casa do vizinho Waldyr. Mas já pertenceu à mãe de Jorge Faylum, sócio da antiga Brasileira (casa comercial). O nome dela era D. Maria Faylum".

Identificado o casarão, continuamos abertos para novos comentário.

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASAS & mistério ???


QUE LUGAR É ESSE ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - Algumas pessoas acertaram de onde a foto foi tirada: Júlia de Lourdes, Wilson Soares Gomes, Rita Knop Messias e Rita Gouvêa Knop. Mas, quem tirou o DEZ mesmo, com a resposta completa, que é foto tirada da Matriz, mostrando, ao fundo, o Anel Rodoviário, foi o Maninho Sanábio.

Foto: Serjão Missiaggia

sexta-feira, 20 de março de 2015

VEJAM COMO SOU LINDO!


Quem navega pelo Facebook por estes dias tem a nítida impressão de que as pessoas estão cada vez mais conscientes e informadas sobre os assuntos mais diversos.

Todo mundo sabe qual a melhor alternativa para o caos moral no qual mergulhou o país, todos conhecem a alimentação ideal para uma vida saudável, e praticamente todos entendem como cultivar amigos, milhares de amigos.

Só uma coisa grande parte das pessoas não sabe: como reagir a uma crítica. Quando criticadas, elas se ofendem, tomam como uma ofensa pessoal e, basta contrariar as suas convicções, que ficam agressivas e até mesmo ameaçam fazer aquilo que, acham elas, seria a maior tristeza para o pobre crítico: desfazer a amizade.

Esse comportamento, embora apareça mais no Face, não é restrito às redes sociais. Diz o filósofo Luiz Felipe Pondé, autor do livro “A Era do Ressentimento”, que há um sentimento meio que universal de achar que todos devem nos amar mais do que normalmente amam, e reconhecer valores que, na realidade, não temos. Diz o filósofo que, quando cai a ficha de que os outros não estão nem aí pra nós, assim como a natureza existe por si e, da mesma forma, não tem a menor “preocupação” com a nossa existência ou não, entramos num desespero que outro filósofo, Nietzsche, chamava de ressentimento.

O ressentimento é uma ilusão de que temos “direito” a essa adoração que muitas mães costumam devotar aos seus filhos, com a finalidade de, através das crianças, emergir do mar de mediocridade na qual se veem às vezes mergulhadas.

Mas o ressentimento funciona também como uma defesa com a qual cuidadosamente construímos o nosso narcisismo. Fala-se muito que vivemos um tempo de narcisismo e egocentrismo e costumamos associar tais conceitos a artistas e pessoas muito belas e poderosas que, por isto, são apaixonadas por si mesmas.

Na verdade, o que ocorre é o oposto: narcisistas são, geralmente, pessoas inseguras e solitárias que têm uma inveja crônica dos outros e, paradoxalmente, se julgam alvos da inveja, vítima de “olho gordo”. O que o narcisista não percebe, no seu delírio de poder e genialidade, é que a sua empáfia e falta de talento não são capazes de despertar nada além de desprezo.

Crônica: Jorge Marin

quarta-feira, 18 de março de 2015

NELY PONTOS COM


Para terminar com esta série de postagens sobre nossa pop star, vamos relembrar um último fato, também não muito comum, que aconteceu certa vez quando fomos visitá-la no hospital.

Essa visita, um tanto inusitada, que teria sido para, entre umas e outras, pedir a ela a bateria emprestada, deu-se em circunstância de uma das vezes em que o Pitomba se preparava pra fazer um baile no terraço da casa do primo Dantinho e, para variar, estaria sem o referido instrumento. Coincidentemente, naquele mesmo final de semana, todas as baterias que poderiam ser nossas possíveis vitimas, estariam sendo usadas por seus respectivos donos, restando apenas a do conjunto “Os Cobrinhas” do qual Nely era proprietária.

Porém, tal tarefa não seria assim tão fácil, pois, além de nossa amizade com a Nely estar ainda no comecinho, teríamos que cumprir a difícil missão de ir até o hospital para fazer o pedido. Na verdade, para nosso total desespero, ela havia se submetido recentemente a uma cirurgia e encontrava-se internada há vários dias.

Então, não havendo mesmo alternativa, resolvemos mais que depressa fazer um ataque, digo, uma visita a ela no hospital. E foi o que aconteceu.

Quando lá chegamos, foi um Deus nos acuda. Éramos cinco ou a seis querendo entrar de uma só vez. Um pequeno tumulto se formou na portaria, até que, no final, todos acabariam entrando.

Já dentro do quarto, era grande a movimentação, com gente sentada até debaixo da cama. O lanche da tarde desapareceu com tal rapidez que não sobrou um único biscoito para a paciente, e muito menos uma santa gota de suco. Até uma improvisada saidinha pelos corredores com aquela cama de rodinha teria sido cogitada, e mesmo com a cumplicidade e insistência de nossa convalescente amiga, resolvemos, devido aos PONTOS, fazer o passeio apenas dentro do quarto mesmo. (Depois dizem que não tínhamos juízo!)

Falando em juízo, por muito pouco não teríamos conseguido passar com um violão pela janela, entrando apenas o pandeiro e o afoxé. Mas, verdade seja dita, melhoramos substancialmente o quadro clinico da paciente, principalmente em função de tantas e boas risadas.

A visita, digo, a festa, foi geral. Só que, já quase terminado o horário, ninguém havia se manifestado ou mesmo encontrado coragem de fazer o pedido. Pede você... Pede você... E ninguém pedia nada.

Já conformados com aquela que teria sido uma investida mal sucedida, cabisbaixos e numa tristeza sem fim, começamos a nos retirar. Quando já íamos saindo, eis que ela nos chama novamente pra dentro do quarto, e com muita sensibilidade, mesmo sabendo de nossas segundas intenções, foi logo dizendo: “NUM GUENTO ÔCEIS NÃO!”, a bateria ta lá no Operário! É só pedir a chave e apanhá-la!

E foi aquela vibração no até então silencioso e ordeiro ambiente hospitalar. Quanta alegria! Seria a primeira vez que iríamos tocar em uma bateria profissional. Despedimo-nos rapidamente, saindo em disparada e escorregando pelas antigas passarelas do hospital.

Depois daquele dia, nossas visitas se tornariam uma constante, vindo até a causar novos transtornos na entrada. Uma situação que somente teria sido resolvida após ordens expressas da madre superiora, permitindo somente a entrada de um visitante de cada vez. Uma sábia solução, se não fosse pelo simples detalhe de que aquele que entrava não mais saía.

Mas tudo isso fazia parte do show...

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : Face in Hole

segunda-feira, 16 de março de 2015

BELEZAS DA TERRINHA


CÉUS DE SÃO JOÃO NEPOMUCENO.

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASA(RÕES) & seus detalhes misteriosos


QUEM CONHECE OU JÁ ESTEVE NESSA CASA AÍ ???

CASARÃO DA SEMANA PASSADA - Bom saber que nossas postagens estão reunindo pessoas.

Quando viu a foto da casa da semana passada, a Márcia Maria Rodrigues comentou: "Parece muito com a casa que minha tia Maria Cândida morou no escadão que vai para o São José, mas não tenho certeza, será?", e, em seguida, falou pra Dulce Santiago: "Olha aí, Dulce, é a casa que vocês moraram, não é?". Esta, imediatamente, convidou as amigas: "Marilan, vamos marcar um café na tia Candinha, chama Talma, Lucymar, vocês aí Lirinha, vai ter a famosa broa... aprendi fazer. Gostaria muito". A Gianne Rodrigues também se convidou. Nós ficamos aqui, lambendo os beiços.

E a casa, na Rua Coronel José Dutra, na subida do São José, foi reconhecida por muita gente: Tony Navarro, Luiz Carlos Moura, Renata Badaró (que morou lá), Sílvia Avianna, Rita Knop Messias, Angélica Girardi, Tânia Bezerra e João Alberto Bovoy (que lembrou que ali era a casa do Carne Seca).

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASAS & mistério ???


ONDE FICA ESSA PAISAGEM MISTERIOSA EM SÃO JOÃO ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - somente o Maninho Sanábio (como sempre) reconheceu o bairro novo, ao lado da Escola Polivalente, no Bairro do São José.

Foto: Serjão Missiaggia

sexta-feira, 13 de março de 2015

EU NÃO QUERO BRINCAR DE REVOLUÇÃO FRANCESA


Embora o Blog tenha sua política, em sua maneira de agir e em sua civilidade, não nos posicionamos partidariamente porque este não é o nosso propósito, e também em respeito à diversidade de pensamento dos nossos leitores.

Portanto, o que vou escrever aqui não se trata de defender ou atacar este ou aquele partido político. Porém, como os pitombenses originais vivemos os chamados Anos de Chumbo, não posso deixar de externar aos leitores a minha preocupação pessoal sobre a forma como as pessoas têm se portado em relação ao (conturbado) momento político atual.

Tenho recebido, através das mídias sociais, convocações para participar de uma manifestação de repúdio ao governo no próximo domingo. Até aí nada de mais, pois acho lícito que o cidadão exprima o seu descontentamento, a sua angústia e até mesmo, por que não, o seu ódio.

O que me preocupa é a forma das convocações, pois nos convocam a “mostrar que no Brasil o povo esclarecido pode realmente mudar o rumo da história, já que pelas urnas vai ser difícil, por motivos óbvios”.

Ora, se não mudarmos os governantes pelas urnas, será de que forma? Usando a mesma estratégia de Hitler que, após derrotado nas eleições de 1932, utilizou-se de sucessivos golpes para assumir o controle da Alemanha? Ou, para citar um de esquerda que não chegou ao poder pelas urnas, será que a mudança vai ser semelhante àquela feita por Lenin na Rússia em 1917, quando, após sucessivas derrotas políticas, depôs o governo da Rússia e, logo depois, também o da Ucrânia, deixando um saldo de mais de quatorze milhões de mortos?

Posso estar exagerando, mas a própria existência de um povo “esclarecido” implica na existência de um outro povo não-esclarecido. E quem seria este povo não-esclarecido? Aqueles que votaram na atual presidente? Ou aqueles que não aceitam a ascensão social de grande parte da população nos últimos 12 anos?

Dessa forma, no próximo domingo eu tô fora. Se for para mudar o governo pelas urnas, fazendo um pacto nacional de jamais votar em um político que já tenha exercido mandato, eu aceito e defendo a ideia. Mas, mudar via golpe não! Não quero brincar de Revolução Francesa. Porque conheci, na pele, mesmo dentro da doçura da nossa querida São João Nepomuceno, o gosto amargo da INTOLERÂNCIA. Esta intolerância que identifica e rotula como inimigos todos os que não se enquadram na sua ideologia pessoal, e que, no caso de uma manifestação como a do próximo domingo, recebe todos à bala.

Não, eu não estou satisfeito com a situação nacional, mas não concordo com a apologia à destruição das instituições, como se se pudesse, apenas através do legítimo exercício da energia da dignidade (que é uma coisa positiva), destruir tudo e, automaticamente, criar uma utopia.

Utopias não existem, e nunca vão existir. O que há, no mundo real, é sempre uma esperança: de que haja menos corrupção, mais respeito aos direitos humanos e um melhor diálogo entre governantes e governados. É uma coisa meio chatinha, chamada “democracia”.

Crônica: Jorge Marin
Foto     : Mauroof Khaleel, disponível em http://archive.thedailystar.net/forum/2012/October/institution.htm

quarta-feira, 11 de março de 2015

A PERERECA MORA AO LADO


Outro fato digno de registro, também já postado aqui no Blog, foi um famoso baile que fizemos numa pequena cidade vizinha, lá pelos idos de milinovecentos e setenta e dois.  E a coisa foi mais ou menos assim:

O referido baile vinha transcorrendo naturalmente, até que um zunzum estranho durante o intervalo, vindo do fundo do palco, começou a acontecer. Até então alguns componentes, antes descansando, começaram repentinamente a se agitar sem parar.  

Alguém, que agora me foge a memória, teria simplesmente descoberto que o palco fazia parede meia com o banheiro das mulheres. Até aí nada demais, se não fosse pelo simples fato de também ser separado por uma velha porta. Por sinal, para nossa felicidade, já bem maltratada.

Foi quando, após breve reunião, resolvemos fazer, escondidos da Nely, o que todos já devem estar imaginando, ou seja, UM BURACO NA PORTA!

E assim, enquanto acontecia o intervalo, começamos despistadamente a preparar o ambiente para aquele que seria o grande “furo” de reportagem.                                                                              Nosso intuito seria, antes de qualquer coisa, ficar o mais escondido possível, inclusive da Nely. E quanta emoção naquela sedutora aventura recheada de hormônios!

Primeiramente, procuramos empurrar para bem próximo do local, alguns vasos que se encontravam nas laterais do palco, juntamente com as caixas de som do aparelho de voz. O ambiente teria que ficar perfeito, onde ninguém na pista de dança ou mesmo no palco fosse capaz de nos ver.

Enfim, com a ajuda de uma chave de fenda, a velha porta, finalmente, seria vazada. Naquela hora, amontoávamos uns sobre os outros querendo, a todo custo e ao mesmo tempo, poder encostar o nariz na porta e tacar logo o olho no bendito orifício. 

Fui o segundo no par ou ímpar, mas, para minha felicidade, aquele que seria o primeiro foi solicitado a comparecer na frente do palco. Muito a contragosto, assumi a primeira colocação, mas teria, a pedido dos demais, que ir narrando passo a passo, tudo o que via. Dessa forma, após subir num pequeno banquinho, lá fui eu, já com as pernas meio bambas, dar minha primeira espiadela. Tudo muito corrido, pois o baile já estava prestes a recomeçar.

De imediato, reparei que o local deveria ser uma sala anexa aos banheiros, pois o que mais se via era mulher retocando maquiagem, cabelo, abotoando calça e ajeitando sutiã. Pelos meus cálculos, o buraco, coincidentemente, teria sido vazado próximo à pia, e um pouco abaixo do espelho, pois, até o momento, somente nariz, e muito nariz era minha principal visão.

Um tanto decepcionado, e já pensando em passar a vez ao próximo, eis que, repentinamente, me entra no recinto uma linda morena de olhos verdes aparentando pouco mais de vinte e cinco anos. Dessa forma, sentindo nas entrelinhas que, finalmente, teria chegado o grande momento, pedi que aguardassem um pouco mais! Foi difícil convencê-los, mas consegui!

E lá veio ela se aproximando. A expectativa foi geral e um imenso silêncio tomou conta de todos. Frente ao espelho, e já quase cara a cara comigo, após dar uma bela ajeitada no sutiã, ameaçou tirar a blusa. Naquela hora não se ouvia um único gemido do nosso lado. Pensando bem... Até que se ouvia!!!

Enquanto minhas pernas tremiam ainda mais, procurava, na medida do possível, ir narrando aos distintos parceiros, detalhe por detalhe, tudo aquilo que estava vendo. Era um empurra-empurra danado, pois todos se atracavam e queriam acompanhar, em tempo real, e da melhor maneira possível, minha narrativa. O negócio era ver, ou simplesmente imaginar, o que realmente estaria acontecendo do outro lado daquela porta.

Já no ápice daquele que seria o grande momento, quando a cena parecia que finalmente iria ser bondosa comigo, o inusitado mais uma vez acontece: a linda morena, ao se aproximar perigosamente do buraco, simplesmente, num ato de extrema falta de educação com minha escondida pessoa, após sacar da boca uma bela dentadura, se é que podemos dizer que exista algum grau de beleza naquilo, começou, a menos de meio palmo do meu nariz, a escová-la com os dedos.

-E lá se foi minha musa! – pensei. Por sinal, sem um dente sequer na boca e com aquela  perereca indecente na mão.

Enquanto isso, pra não perder a pose, e muito menos deixar que minha peteca caísse, continuei simplesmente a narrar pra galera aquilo que na verdade não estaria vendo. Ou seja, um strip. Foi torturante, mas acredito que fui capaz de enganá-los. A eles e a mim também!

E a Nely? Acompanhando tudo e morrendo de rir!

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : acervo do autor

segunda-feira, 9 de março de 2015

BELEZAS DA TERRINHA


A FÁBRICA QUE ERA MAIOR DO QUE A CIDADE...

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASA(RÕES) & seus detalhes misteriosos ???


QUEM CONHECE ESSE CASARÃO AÍ ???

CASARÃO DA SEMANA PASSADA - O casarão da semana passada, ao lado do antigo Cine Brasil, além de ter sido um dos mais comentados, foi um dos casos mais engraçados: depois que o Antônio José Calegaro disse que era a casa do Sr. Rubem Sachetto, um monte de pessoas começaram a contar casos, relembrar bons momentos e até descrever os brinquedos eletrônicos.

Não precisa nem dizer que estávamos adorando o fato e dando belas risadas.

Até que... o Nilson Magno Baptista e a Silvana Picorone acabaram com a festa, e reconheceram a casa do sr. Sampaio ao lado do Centro Cultural. Mas essa postagem foi uma prova de que, mais do que o acerto, a emoção fala mais alto. Obrigado aos que acertaram, e também aos que erraram e se emocionaram.  Foi ótimo!

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASAS & mistério ???


QUE LUGAR É ESSE EM SÃO JOÃO NEPOMUCENO ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - Muita gente reconheceu o campanário da Capelinha de Nossa Senhora Aparecida: Solange Castro, Aline Manuella Costa Cardilo, Graça Lima, Renée Cruz (que se lembrou dos sinos tocando na época em que os cortejos fúnebres eram feitos a pé em direção ao cemitério), Luiz Carlos Moura, Raquel Bertolini, Lucima Soares de Mendonça, Rita Gouvêa Knop, Maninho Sanábio, Hélcio Velasco, Alessandra Novaes Barbosa e, para nossa alegria, Nei Ângelo Furtado Moura que lembrou que "passa muita gente naquele local e alguns tem hábito de colocar suas mãos na porta da capela pedindo a bênção de Deus. Obrigado pela publicação". Nós é que agradecemos a todos.

Foto: Serjão Missiaggia

sexta-feira, 6 de março de 2015

TÔ NO BIG BROTHER!


Quando se fala em Big Brother, normalmente se pensa no programa de televisão que todos criticam, mas a maioria assiste. Há também uma referência ao livro “1984”, do escritor inglês George Orwell, que descreve uma sociedade imaginária na qual tudo é feito de forma coletiva, exceto a vida privada, que cada um vive sozinho.

Quando digo vida privada aí, há uma correção a fazer, pois cada pessoa é vigiada o tempo todo por um poder onipresente chamado, justamente, de Big Brother.

Bom, mas e o que temos nós a ver com isso? Vocês que me leem têm toda a sorte do mundo, pois, enquanto estão aí lendo, os mecanismos de pesquisa da Internet estão registrando e monitorando as suas preferências. Imaginem se estivessem num site impróprio: amanhã cedo receberiam algum tipo de propaganda de algemas, ou o anúncio de uma liquidação de pole dance, quem sabe?

Recebi uma ligação ontem na qual uma moça muito educada identificou-se como representante do meu cartão de crédito. Confesso que quase desliguei pensando tratar-se de telemarketing, mas, como ela sabia muitas coisas a meu respeito, escutei:
- Senhor, parece que o seu cartão foi clonado, e teremos que substituí-lo – disse a tal moça.

Quando perguntei como foi que eles tinham chegado à conclusão de que o meu cartão teria sido clonado, ela respondeu que havia um compra de roupas masculinas em dólar, e acrescentou: “o senhor nunca compra roupas masculinas com o seu cartão!” (parecia até minha mulher falando). E ainda me lembrou que, normalmente, tenho gasto dinheiro em livros de filosofia, psicanálise e budismo.

Pensei: pronto, estou no BBB! Perguntei à moça do cartão se, por acaso, eles lá ficavam olhando e comentando uns com os outros sobre as coisas que a gente compra. Ela disse que não, que os dados eram confidenciais, mas que eram utilizados para a minha segurança, tanto que a tal compra de roupas masculinas não era mesmo minha.

No entanto, fiquei pensando: se era para a minha segurança, por que é que estou me sentindo tão inseguro? Por que me sinto tão intimidado quando entro em uma loja e vejo aquele tradicional “sorria, você está sendo filmado”? Mesmo na rua, em frente à minha casa, tem uma baita câmera que me filma 24 horas por dia.

Acho que, quando se fala em sociedade socialista ou fascista, o meu medo continua sendo o mesmo que o meu pai tinha há cinquenta anos atrás: que te mandem para o paredão (hoje reinventado). Será que é isso?

Crônica: Jorge Marin
Foto     : frame do filme Sleeper, de Woody Allen

quarta-feira, 4 de março de 2015

O ENGOMA-CUECA


Calma, calma, que logo entenderão o título desta croniqueta!

Mas, antes mesmo de começar o primeiro capítulo desta nossa seção “bubiças”, gostaria de dizer que, foi observando a fantástica presença de nossa querida madrinha Nely no carnaval juntamente com sua belíssima apresentação no concurso de marchinhas, que surgiu a ideia desta série de postagens.  Não teve jeito e, mesmo que não quisesse, comecei a recordar um monte de fatos inusitados que ocorreram naqueles bons tempos de conjunto. E um desses episódios veio a acontecer justamente, se não estou enganado, na primeira expô agropecuária de São João.

O ano era 1972 e, naquela época, existiam dois recintos para bailes na exposição.  Um dos recintos era o galpão maior onde, aos cuidados de nosso saudoso Waldeck Henriques, funcionava um grande restaurante. O conjunto Som Livre ali se apresentava sendo que, naquele ano, estaria estreando sua nova aparelhagem.

Na época, Dalminho, Márcio Velasco, Sílvio Heleno e eu fazíamos parte também do conjunto Pop Som (antigo Cobrinhas) que, juntamente com nossa patroa Nely, o guitarrista Antônio, os saudosos Zé e Oberon e nosso auxiliar Macu, tocávamos então no outro recinto.

Era um local bem mais simples e popular, porém incrivelmente divertido, onde  o povão levantava poeira de tanto pular, digo dançar. O referido cafofo, devido ao seu tamanho, era meio apertado e, com a presença maciça do grande público, aí é que a coisa esquentava de vez. Entrar ou sair era praticamente impossível. Isso pra não falar que somente uma luz negra servia-nos de referência para se (tentar) deslocar lá dentro. Tentar mexer então, nem pensar. Era um breu total. Coisa de doido! Eu mesmo, quando retornava após uma breve saidinha, somente alcançava o palco após passar por um atalho secreto que havíamos improvisado nos fundos ao furar a lona. Quem entrava não saía e quem saía não entrava.

Era um rala-rala de fazer gosto! Passar no meio do pessoal que estava dançando era complicadíssimo. Um quase suicídio ou, no mínimo, perigoso. Muitas pessoas chegaram a ficar agarradas no meio da pista de dança, pois não conseguiam ir pra frente e muito menos pra trás. Pra aventurar passar neste pequeno quadrante, além de esperto, teria que ser como carro na lama. O negócio era engatar marcha nas quatro rodas e torcer pra que não se atolasse, pois, se tal acontecesse, meu amigo... Bye bye!

E era ali, num pequeno palco de madeira, que passávamos a noite, felizes da vida, fazendo aquele sonzão.

Creio que já deverão ter deduzido o porquê de ENGOMA CUECA ou, pelo menos, quem teria inventado este nome.

Semana que vem conto outra. Sugiro, enquanto isso, para todos aqueles que queiram maiores detalhes sobre o mesmo assunto, clicarem aqui ao lado, nos Arquivos do BLOG, na série de postagens intitulada NELY GONÇALVES: LENDA VIVA DA CULTURA SANJOANENSE, publicada a partir de 16 de julho de 2010. 

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : Facebook do Marco Antônio Major   

segunda-feira, 2 de março de 2015

BELEZAS DA TERRINHA


CIDADE GARBOSA... E ENSOLARADA.

Foto: Serjão Missiaggia

CASOS CASA(RÕES) & seus detalhes misteriosos ???


QUEM JÁ ESTEVE NESSE CASARÃO ???

CASARÃO DA SEMANA PASSADA: A casa do nosso inesquecível médico e prefeito Dr. Nagib Camilo Ayupe foi quase uma unanimidade. Muitos a reconheceram: Graça Lima, Renee Cruz, Luiz Carlos Moura, Roseanne Niemeyer de Mendonça, Rita Knop Messias, Jacques Angelo Rigolon, Cristina Velasco Itaborahy, Norma Chiarelli, Tamara Pereira, Maria Gracas F. Ribeiro e Alessandra Novaes Barbosa.

Uma coisa da qual ninguém se lembrou, foi que, quando jovens, muitos de nós travávamos uma "batalha" com o Dr. Nagib, pois, frequentadores da Lanchonete Joia, do saudoso José Luiz de Carvalho, teimávamos em usar aquele murinho como porta-copos, além de fazer uma algazarra infernal. O curioso é que, embora soubéssemos que aquilo importunava muito o velho doutor, nunca vi uma manifestação de desagrado da parte dele, assim como, quando nos encontrava na rua, abria sempre aquele largo sorriso.

Foto  : Serjão Missiaggia
Texto: Jorge Marin

CASOS CASAS & mistério ???


QUE LUGAR É ESSE ??? QUEM SABE ???

ACERTADORES DA SEMANA PASSADA - Maninho Sanábio, Patrícia Paula e a Cristina Velasco Itaborahy (esta não vale, pois é vizinha) reconheceram a foto tirada da Praça da Estação pegando, ao fundo, a casa do sr. Vicente ao lado do Botafogo.

Foto: Serjão Missiaggia

BRIGADU, GENTE!

BRIGADU, GENTE!
VOLTEM SEMPRE, ESTAMOS ESPERANDO... NO MURINHO DO ADIL