Semana
passada, ali pelas 3 horas da tarde, estava eu passando pela Rua Nova quando,
na esquina com a Rua Joaquim Murtinho, mais exatamente em frente à casa da saudosa
D. Arlinda, e a pouco mais de cinquenta metros da residência de nossa querida
amiga Soninha, a lembrança de um fato fez, naquele momento, com que eu viajasse
alguns anos no tempo.
O exato lugar, se não me falha a memória, ocorreu em julho de 1975, e tornou-se palco de uma cena não comum a moradores e transeuntes daquela redondeza. Naquele inesquecível dia, tornei-me personagem principal de um cômico e dramático episódio, que teve como coadjuvantes dezenas de pessoas que por ali passavam: moradores, curiosos, palpiteiros etc.etc.etc.
Além de incomum, ninguém poderia imaginar que aquela cena ficaria gravada, anos e anos, na história da já famosa Rua Nova.
Vamos ao fato: havia naquele local até pouco tempo atrás um poste de ferro que servia á sinalização de trânsito cuja característica era possuir pequenos orifícios espalhados em sua base. Passar por ali era rotina obrigatória das idas e vindas do namoro, tornando-se local predileto das brincadeiras que eu, religiosamente, fazia toda vez que ali passava.
Uma das brincadeiras exigia de mim uma precisão invejável que, por sinal, era muitíssimo bem ensaiada. Consistia em enfiar o dedo rapidamente num desses buracos e, ante o perigo de ficar preso, deixar assustadas as pessoas que me acompanhavam.
Um belo dia... Não sei se por azar, erro de cálculo ou mesmo se engordei de um momento para o outro, ao enfiar, mais uma vez, o dedo num desses buracos, um calafrio no corpo me fez compreender que havia entrado verdadeiramente pelo cano, ou melhor, pelo POSTE. Senti uma sensação diferente, era como se escutasse ao pé do meu ouvido...
-DESSA VEZ EU TE PEGUEI!!!
NA PRÓXIMA SEMANA: a dor, o vexame... e se chover? Não percam !!!
Crônica e foto: Serjão Missiaggia
ATENÇÃO: NÃO TENTE REPRODUZIR NA SUA RUA, AS AÇÕES DO NOSSO PERSONAGEM SEM A PRESENÇA DE UM SERRALHEIRO!
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