sexta-feira, 13 de maio de 2016

ASSASSINOS DE ÁRVORES


Mais uma vez, e com prazer, volto a pegar uma carona na matéria do Serjão de quarta-feira, sobre a desarborização da nossa cidade. Na postagem “Uma imagem um retrato”, ele publicou uma vista aérea do Grupo Coronel e do morro do hospital pleno de árvores verdejantes com suas sombras projetadas sobre o calçamento de pedras.

Embora, normalmente, as pessoas tenham o hábito de atribuir a “culpa” do fato ao descaso dos órgãos municipais, temos sempre procurado analisar o triste fenômeno também à luz do desinteresse geral e estimulado a prática da disseminação da ecologia nas escolas, além de sugerir uma rearborização contínua com o apadrinhamento de árvores pelos moradores.

Para nosso espanto, o coordenador da Defesa Civil de São João Nepomuceno, sr. Marco Antônio Major, trouxe ao Blog mais um dado do qual, imbuídos na causa do replantio, não percebemos a extensão: o ENVENENAMENTO DE ÁRVORES.

Pelas fotos que o referido servidor público publicou em nossa linha do tempo, a técnica utilizada pelos criminosos (sim, quem mata árvore é criminoso!), foi o chamado “anelamento” que impede que a árvore faça a sua restauração natural. O assassino retira uma faixa da casca no entorno do caule, fazendo um corte em forma de anel, para impedir a condução da seiva e secar a árvore. Em seguida, faz um furo, onde injeta defensivo agrícola. Costuma também envenenar as raízes com óleo queimado.

Normalmente, esses delinquentes agem na calada da noite, o que dificulta a ação das autoridades. No entanto, é preciso ficar claro que, se DENUNCIADOS e AUTUADOS, esses malfeitores podem ir para a cadeia! Segundo o artigo 49 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, todo cidadão comete crime contra flora ao “destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia”. A pena é DETENÇÃO de três meses a um ano, mais multa.

Portanto, a grande arma para combater esse tipo de prática criminosa é a DENÚNCIA IMEDIATA do cidadão caso ele perceba alguma movimentação suspeita ou reconheça algum indício de envenenamento nas árvores próximas à sua casa. Não é uma coisa difícil, porque, tanto o defensor agrícola como o óleo queimado deixam um odor muito forte onde utilizado. Além disso, o primeiro sintoma de que uma árvore foi envenenada é perda total das folhas, de cima a baixo. Em caso de diagnóstico precoce, há possibilidade de salvamento da planta.

Agradecemos pela denúncia, quase um desabafo, feita pelo Marco Antônio Major, encorajamos que ele continue, com a orientação da Vanda Souza Leite, a sua cruzada pela recuperação da nossa flora tão necessária e, principalmente, conclamamos todos os nossos amigos, leitores e comentaristas do Blog, a denunciar esse crime!

Crônica: Jorge Marin
Foto     : Marco Antônio Major

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