sexta-feira, 10 de março de 2017

ESSAS MULHERES MARAVILHOSAS! (DE JORNADA NAS ESTRELAS)


Anteontem, precisamente no Dia Internacional da Mulher, estava praticando meu inglês assistindo a uma série de TV que nunca deixei de curtir e que me acompanha desde 1968: Star Trek, a inesquecível Jornada nas Estrelas.

Como o assunto daquele dia era “mulher” em todas as mídias, não pude deixar de observar, no capítulo a que estava assistindo, justamente esses seres tão controversos, incompreendidos e, na maioria das vezes, mal avaliados.

Naquele episódio, o Capitão Kirk e o Primeiro Oficial Senhor Spock estavam tentando ajudar um grupo de mocinhas indefesas, sensualmente trajadas, que eram a “carga” de um navio espacial pirata. Enquanto os machos lutavam entre si e estabeleciam teorias sobre dobras espaciais e energia cósmica, as meninas ficavam todo o tempo fazendo carinhas e bocas, mordendo os lábios, como a querer seduzir toda a tripulação, o que estavam conseguindo fazer com perfeição, mesmo sendo a tripulação da Enterprise constituída de homens e mulheres, sendo estas últimas uniformizadas com uma microssaia que nunca escondia as calcinhas.

Menino, eu ia construindo a minha imagem do que seria uma mulher: bonita, sensual, fraca, restrita aos afazeres domésticos e... burra.

Lógico que, quase cinquenta anos depois, aprendi, pois as mulheres nos ensinaram, que aquele estereótipo estava longe da realidade. O que me assusta é que, tenhamos levado tanto tempo, mais de dois mil anos, só aqui desse lado do mundo, para entender isso. E, como veremos adiante, não foram muitos que entenderam.

Voltando ao meu filme, percebo que lá todas as mulheres são yeoman, uma palavra meio antiga que quer dizer “secretária”, o cargo máximo ao qual aquelas mulheres da Enterprise poderiam aspirar.

Já meio puto com tanta discriminação, desligo o meu player (em homenagem a todas as mulheres “reais”). E eis que, ao ligar a TV, deparo-me com o discurso do Presidente da República do Brasil em 2017... Voltei direto para a Enterprise. Lá o discurso é pré-histórico também. Mas, pelo menos, tem aquelas sainhas...

Crônica: Jorge Marin

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