quarta-feira, 5 de março de 2014

FALANDO & SÉRIO - Repensando o Carnaval


Mesmo não sendo um folião inveterado, sempre gostei desta época de carnaval, principalmente em função dos muitos amigos e parentes que encontramos e que sempre aparecem na terrinha neste período.  

Boas prosas rolam e os momentos sempre se tornam agradáveis e descontraídos. 
                                        
Infelizmente, devido um cenário apocalíptico que vinha sendo vislumbrado (e havia muitíssima razão para isso), fui aconselhado por algumas pessoas a, não só deixar a garbosa neste período de carnaval, como também colocar alguns TAPUMES de madeira em frente à minha casa.

Enquanto algumas famílias começaram a proceder desta forma, resolvi aguardar um pouco mais, pois acreditava que algo iria ser feito e que o bom senso de uma equipe, a meu ver, MAIS QUE COMPETENTE, com certeza, iria prevalecer.

Assim, enquanto algumas MEDIDAS OPORTUNAS vindas do poder público começaram a se tornar realidade, dentre as quais o alento que seria dado aos nossos ouvidos, no que tange aqueles EXCESSOS SONOROS que em nada lembram o carnaval, comecei a me convencer de que abandonar o barco, depois de todos esses anos, não seria assim tão necessário.

E, claro, associando a tudo a isso a feliz iniciativa de se tentar resgatar o VERDADEIRO CARNAVAL, aliado a um excelente ESQUEMA DE SEGURANÇA.

Pois foi assim mesmo que aconteceu e, mesmo diante de alguns lamentáveis acontecimentos, tivemos dentro do possível e na maioria dos dias, um carnaval alegre, ORGANIZADO e que deixou boa impressão, principalmente para aqueles GENUÍNOS turistas que nos visitaram.

Se, por um lado, nem tudo saiu perfeito, por outro as INTENÇÕES foram DIGNAS DE APLAUSOS.  A semente foi plantada e, com certeza, poderá trazer BONS frutos no futuro, sendo o principal deles o retorno maciço de nossos CONTERRÂNEOS à terrinha neste período.

Penso apenas que, o quanto antes, alguma coisa deveria ser pensada em relação a essa invasão meio que descontrolada da cidade por milhares de pessoa no dia do barril, fato que gera um triste fenômeno, que é aumento considerável de ocorrências pelas ruas após seu desfile. Acredito que poderá estar ai a resposta, mas reconheço ser uma equação um tanto difícil de ser resolvida.

Enfim, confesso que algumas dessas SÁBIAS MEDIDAS que tanto contribuíram para que houvesse uma sensível melhoria durante esses quatro dias de folia, irão deixar SAUDADE, pois não podemos esquecer que, se de um lado os turistas se foram, por outro os ANFITRIÕES aqui permanecerão o ano inteiro.

Crônica: Serjão Missiaggia

4 comentários:

  1. ACHO INCOERENTE O FATO DE SE PROIBIR OS CARROS DE SOM SOMENTE NO CARNAVAL DEIXANDO O POVO O RESTO DO ANO ATORDOADO COM ESTE MESMO PROBLEMA. E JÁ QUE CAUSAM TANTO TRANSTORNO ASSIM PORQUE NÃO APROVEITAR O EMBALO E COLOCA EM PRÁTICA O TAL CÓDIGO DE POSTURAS O ANO INTEIRO? - evaldo

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  2. Certas posturas adotadas durante o carnaval, ou para o carnaval , deveriam prevalecer para o ano todo, como: limpeza das ruas, proibir carros de som, segurança, multas para estacionamentos nos passeios e fora do local apropriado, respeito nas travessias de pedestres...e muitas outras necessárias que o povo sabe e merece.

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  3. Não sei se é o meu olhar ou um fato, mas diante dos protestos e crescente tensão que percebi nas ruas no ano passado, fiquei positivamente surpreso e aliviado com as imagens que vi na televisão e nas ruas aqui de Juiz de Fora de um carnaval resgatando os alegres blocos, com pessoas se divertindo de maneira simples e, na medida do possível dentro de uma coletividade, educada.
    Talvez seja uma resposta inconsciente e individual, que se tornou coletiva naturalmente, da maioria pacífica e ordeira da população para os baderneiros e interesseiros do caos: queremos alegria e tranquilidade para levar nossas vidas!

    Famílias inteiras se divertindo fantasiadas nas ruas ao som de antigas marchinhas, muitos jogando confetes, serpentinas e água com perfume uns nos outros... que coisa boa!
    Nos últimos carnavais aqui em Juiz de Fora não me lembro de ver tantas pessoas com fantasias caprichadas ou famílias nas ruas. Parecia haver um desencanto em fantasiar alegrias e um medo se expor nas ruas. Este ano parece que resolveram fazer ou comprar fantasias como forma clara de mostrar que decidiram não se entregar à desilusão.
    Parece que em São João Nepomuceno aconteceu o mesmo, e a atitude do Serjão e sua família é um bom exemplo disso.
    Me chamou a atenção o trecho: “comecei a me convencer de que abandonar o barco, depois de todos esses anos, não seria assim tão necessário”. Penso que se abandonarmos o barco sempre que a situação estiver nos desagradando, este será ocupado facilmente por piratas ou marujos incompetentes e pode chegar um tempo que, de barco em barco abandonado, não restem portos eficientes para embarcar ou ilhas seguras para se refugiar. Melhor então nos organizarmos e tomarmos atitudes enquanto o terreno perdido ainda é pequeno, pois quem corre atrás não chega na frente.
    Sei que dá medo se arriscar ou preguiça de se mobilizar, mas os interesseiros e desonestos parecem não sofrer desses males. Vamos então gastar energia e tempo para construir uma realidade melhor para nós e as futuras gerações.

    Há esperança enquanto houver perseverança e o Carnaval de 2014, para mim, foi o tempo da resposta a favor de uma vida mais simples e feliz.

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  4. Acredito que uma medida interessante seria que, naquele momento de pico entre quatorze e dezoito horas, houvesse um ostensivo controle em nossas vias de entrada, voltado para os carros que estivessem chegando para o BLOCO DO BARRIL. Uma revista geral à procura de armas, drogas e tudo aquilo que viesse a indicar que tipo de folião estaria nos visitando naquele momento. Poderia se aproveitar a ocasião e fazer panfletagens de boas-vindas alusivas à cidade, seu povo, assim como as regras claras de seu carnaval.

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