segunda-feira, 17 de março de 2014
CASOS CASAS & detalhes
Essa é a Rua Dr. Fortes Bustamante. Poderia, simplesmente, lembrar dos momentos inesquecíveis que vivemos na Eletrônica Transtec, do Sílvio Heleno, que dariam um livro.
Mas, só agora me dei conta que, quase sexagenário, não tenho a menor ideia de quem tenha sido o Dr. Bustamante e, pelo que descobri, ela era mais FORTE do que Bustamante. Chamado de Doutor da Pobreza, ele não teve tanta fama quanto o Dr. Carlos Alves, mas, da mesma forma que este, lutou contra os surtos de febre amarela e varíola que tiraram a vida de muitos sanjoanense na virada do século XIX para XX.
A verdade é que o Dr. Fortes Bustamante viveu a maior parte da vida em Rio Novo, vindo para a nossa cidade com 58 anos, idade em que muitas pessoas estão pensando em "pendurar as chuteiras".
Aqui chegando, a febre amarela já havia levado grande parte da população, inclusive os médicos: Dr. Del-Vecchio, Dr. Gomide e o Dr. Carlos Alves. Pois o Dr. Fortes Bustamante, que tinha vindo para assumir um cargo público, arregaçou as mangas e, durante dois anos, salvou incontáveis vidas.
Mas a sua maior adversária foi a ignorância: tentando implantar uma medicina profilática, não consegue convencer o povo que a ameaça havia passado e, poucos anos depois, a febre amarela volta com força total. O médico assume, sozinho, o encargo de cuidar de 262 doentes, e salva 248!
Depois veio a varíola e, com ela, outra luta: convencer as pessoas a enterrar seus mortos no cemitério novo. Novamente, o brilhantismo do médico e a sua luta pela saúde pública prevaleceram.
Vinte anos depois de sua chegada a São João, chegou a vez de ele próprio partir para o descanso eterno. Vinte anos... época suficiente para se tornar herói.
Fotos: Serjão Missiaggia
Texto: Jorge Marin
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Ser Gente !
ResponderExcluirque faz !
(a diferença) !
Três bons objetivos de vida,
que com persistência e competência,
podem se tornar uma única meta!