Essa é a Rua Cavalheiro Verardo. Como é o nosso avô, reunimos para lembrar alguns causos. E aquilo que era pra ser só um texto para acompanhar as fotos, virou uma "conversa pra mais de metro". Aí resolvemos juntar tudo, fazer uma "ata" e publicar aos poucos. É uma história fascinante!
Para os leitores de CASOS CASAS, queremos dizer que essa casa amarela foi ele mesmo - o vô Cavalheiro - que desenhou e construiu com as próprias mãos, e
que a referida Rua somente EXISTE por ele ter cedido uma faixa de seu
terreiro. Dizem que era realmente uma sumidade.
O que podemos garantir, sem querer puxar a sardinha para o nosso lado, é que, mesmo naqueles tempos, pouquíssimas pessoas possuíam a honestidade, a simplicidade, a generosidade, a criatividade, a inteligência e a sabedoria de nosso avô materno.
O passeio, hoje, termina aqui, mas não deixem de ler, em breve, os relatos da vida desse desbravador, um dos grandes empreendedores de nossa cidade.
Fotos: Serjão Missiaggia
Texto: Missiaggias, os netos.
Parabéns,Serjão,pela belíssima iniciativa de homenagear seu avô materno.Esta é uma das grandes maneiras de se imortalizar um ente querido,que tantas lembranças boas nos traz.Abraço.
ResponderExcluirNilson, e podemos dizer, sem sombra de dúvidas, que o que nos inspirou foi a sua bela homenagem ao seu avô Neném Porto. Homenagear essas pessoas, mais do que obrigação dos descendentes, é um justo reconhecimento pelas suas obras.
ExcluirSerjão,
ResponderExcluirTambém acho ótima ideia homenagear os avós. Eu, primeiro neto, e da primeira filha de meus avós, recebi muito carinho deles, e tomo a liberdade de colar abaixo, pequeno texto que fiz dia desses, me lembrando de meu querido avô materno:
"Morávamos em casa com sala, cozinha, dois quartos... E, sem rede de esgotos, o banheiro era fossa no quintal. À noite, necessidades, em penico.
Também não havia luz elétrica, e fogareiros a querosene iluminavam a casa. E pai deixava o pavio no ponto mais baixo, para meu irmão e eu não sentirmos medo na escuridão.
Nossa irmã, menos que um ano, dormia em berço ao lado da cama dos pais.
A casa era simples, sem acabamento, chão apenas cimentado, e telhas aparentes; sem forro.
E na minha natural dificuldade de dormir, eu ficava a olhar o telhado, e vaga-lumes entrevam pelas frestas, e faziam bailado contínuo, entre o acende e apaga, acende e apaga, acende e apaga...
Até quando a luz do amanhecer invadia as frestas das telhas, e meu sono chegava.
Às vezes, logo na manhã, aparecia meu avô materno, João Dornellas da Costa Filho, e ao me ver a dormir àquela hora, sentava-se ao lado da cama, e me acordava com beijo na testa, e me dizia: “César, César!... o sono da noite é o que alimenta”.
Hoje, mais de 50 anos, permanece dificuldade de dormir à noite. E ao acordar, meio-dia ou mais, a voz de meu querido avô ainda reverbera em mim.
César Brandão
3 de julho de 2013, 08.09h, ainda sem sono"
Belo texto, Brandão! Viajei em sua narrativa.
ResponderExcluirInfelizmente, ao contrario de você, tive a felicidade de somente conhecer minha avó materna. Como bem disse meu parceiro Jorge, a ideia desta postagem surgiu justamente em circunstancia disso, ou seja, o que seria apenas um texto pra acompanhar as fotos, se transformou em “uma conversa pra mais de metro” entre os irmãos.
Tentarei compartilhar com a ajuda deles, um pouco do fascínio que nem mesmo conheci.
Abraços
Pitomba é família!
ResponderExcluir