Foto publicada em http://caminhosverdesdeminas.com.br
São João Nepomuceno, 18 de novembro de 1971, quinta-feira.
A cidade, meio agitada, já preparava a organização de sua primeira Exposição Agropecuária e Industrial!
No murinho do Adil, muitas fofocas rolavam enquanto, entre uma paquera e outra, o tempo passava lentamente, como se não existisse.
No Bar do Bode, encontros e desencontros aconteciam enquanto, no auge do sucesso, Rubro Bar, Zoom Frutas e Botachopp faziam à cabeça e os passos da moçada.
Na “pedra da tipografia”, mural da Voz de São João, a notícia “bomba” era a suspensão do zagueiro Brito, do Botafogo, por um ano, por agressão ao juiz no jogo contra o Vasco.
E agora, perguntavam-se os botafoguenses: como é que o técnico Paraguaio vai escalar o time? O Djalma Dias e o Jairzinho também estão suspensos, e nem amadores o Botafogo tem, pois eles estão com a Seleção Brasileira na Colômbia.
Passado o clamor do futebol, a vida voltava ao normal nas ruas de São João.
As fábricas Sarmento, Dragão e Sylder, mais as de ferraduras, tampinhas, vassouras e outras, ditavam o progresso do município a todo vapor.
O Ginásio do Sr. Ubi era referência para todos, pois lá pulsavam os corações de uma juventude que sonhava, acordada, com um mundo mais justo e melhor. Ideias e energias eram canalizadas em competições esportivas e culturais, além da inesquecível fanfarra, sob a batuta do Beto Vampiro.
O novíssimo Clube Campestre era a nova opção de lazer oferecida pelo Clube Democráticos, enquanto, na sede, e junto com Trombeteiros e Operários, realizavam-se os inesquecíveis bailes de Carnaval, ocasião em que a Rua do Sarmento se enchia de foliões e curiosos, ávidos pelos desfiles das escolas de samba Esplendor do Morro, Avenida e Caxangá.
(Crônica: Serjão Missiaggia / Adaptação: Jorge Marin)
Nenhum comentário:
Postar um comentário