O
ferroviário é marinheiro em terra
e nos
pequenos portos sem marinha
– povos
do bosque – o trem corre que corre
desenfreando
toda a natureza,
cumprindo
sua navegação terrestre.
Quando
descansa o grande trem
juntam-se
os amigos,
entram,
abrem portas da minha infância,
a mesa
é sacudida,
ao
golpe de uma mão ferroviária
batem
os grossos copos do irmão
e
faísca
o
fulgor
dos
olhos do vinho,
o meu
pobre pai duro
ele ali
estava, no centro da vida,
a viril
amizade, a taça cheia.
Sua
vida foi um rápido serviço
e entre
seu madrugar e seus caminhos,
entre o
chegar para sair correndo,
um dia
com mais chuva que em outros dias
o
condutor José del Carmen Reys
subiu
no trem da morte e nunca mais voltou.
Esse poema de Pablo Neruda é uma homenagem ao nosso amigo José Dalmo Pereira, que partiu para sua última viagem aqui da terrinha, mas deixou um legado de honra, companheirismo e uma família incomparavelmente bela. Ao Dalminho e demais familiares, o nosso abraço fraterno.
Meus sentimentos,compartilhados por minha família, aos entes queridos do Sr.José Dalmo Pereira.Paz á sua alma.E que Deus lhes dê forças para suportar a dor desta grande perda.
ResponderExcluirVeio, viveu, fez a vida valer a pena e partiu.
ResponderExcluirFoi uma honra desfrutar de sua presença, mesmo que em poucas oportuidades.
Aos que ficam, a obrigação de também fazer a vida valer a pena.
Adeus Dalmo, fico com sua presença diária no DNA de minhas filhas, suas bisnetas.