quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

FALANDO & SÉRIO - Insegurança urbana parte 1


Aproxima-se o CARNAVAL, e já que estamos atravessando – em nível nacional - um momento delicadíssimo quanto à segurança urbana, por que não esquecemos os fatores EXTERNOS que vêm contribuindo para esse surto, e não começamos a rever, pelo menos enquanto persistir esta nebulosa realidade, alguns conceitos em ÂMBITO LOCAL, para OS NOSSOS PRÓPRIOS problemas?

Por um lado, encontramo-nos diante de um contexto federalista, a nos fazer bater de frente com um código penal que, mesmo ante os apelos da sociedade por urgentes transformações, continua a trazer agonia ao sistema.  E também na esfera estadual, parece que certo abandono nitidamente se faz perceber.

Interessante e difícil de aceitar é a percepção de que tudo o que diz respeito à SEGURANÇA URBANA vem caminhando INVERSAMENTE proporcional aos fatos e ao tempo, deixando-nos cada vez mais de mãos atadas e prisioneiros de nós mesmos. Enquanto seguimos acompanhando o aumento populacional das cidades (ai também incluso o da nossa terrinha) com os seus terrificantes desafios sociais, vemos o DESAPARECIMENTO de nosso até então contingente de policiais que, mesmo há vinte anos, já nem tão grande era.

CADEIA aqui já não mais existe, e, pasmem, para se fazer um simples B.O. numa cidade de 26.000 habitantes, muitas vezes somos obrigados a percorrer 72 quilômetros até nossa vizinha Juiz de Fora. Uma triste sensação de que o tempo foi passando e algumas coisas foram simplesmente andando pra trás.

Sei não, mas começo a acreditar que a população brasileira pagará um preço muito alto por esta COPA 2014. Desconfio que quase tudo esteja sendo canalizado para os grandes centros, principalmente para as cidades sedes, deixando o interior a ver pavios, digo navios.

Nada é mais importante do que vidas humanas e, mesmo que MEDIDAS ANTIPÁTICAS em ÂMBITO LOCAL venham trazer alguns efeitos colaterais, o CUSTO-BENEFÍCIO será infinitamente maior. Flexibilizar é preciso, e sábio será aquele que, em nome da COLETIVIDADE, souber com coragem e determinação, AMOLDAR seu pedaço de terra às intempéries deste CONTURBADO CENÁRIO SOCIAL.

Enfim, como bem diz o velho ditado popular: “CAUTELA E CANJA DE GALINHA NÃO FAZEM MAL A NINGUÉM” (principalmente neste momento). (continua)

Crônica: Serjão Missiaggia

2 comentários:

  1. Muito bem bolada e verdadeira sua crônica. É isto aí Serjão ! Nossa Bandeira chora de ver tanta violência,crueldade, insegurança, sofrimento, descaso,injustiça e desamor nesta terra de Santa Cruz . Vamos gritar, quem sabe um dia seremos ouvidos e socorridos.

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    1. Antigamente, a Segurança Nacional era uma desculpa para o Estado cometer violência. Hoje continua sendo uma desculpa para o Estado cometer a violência de não nos dar segurança, nem nacional, nem estadual, nem municipal.

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BRIGADU, GENTE!

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