Aproxima-se
o CARNAVAL, e já que estamos atravessando – em nível nacional - um momento delicadíssimo
quanto à segurança urbana, por que não esquecemos os fatores EXTERNOS que vêm contribuindo
para esse surto, e não começamos a rever, pelo menos enquanto persistir esta
nebulosa realidade, alguns conceitos em ÂMBITO LOCAL, para OS NOSSOS PRÓPRIOS
problemas?
Por um
lado, encontramo-nos diante de um contexto federalista, a nos fazer bater de
frente com um código penal que, mesmo ante os apelos da sociedade por urgentes
transformações, continua a trazer agonia ao sistema. E também na esfera estadual, parece que certo
abandono nitidamente se faz perceber.
Interessante
e difícil de aceitar é a percepção de que tudo o que diz respeito à SEGURANÇA
URBANA vem caminhando INVERSAMENTE proporcional aos fatos e ao tempo, deixando-nos
cada vez mais de mãos atadas e prisioneiros de nós mesmos. Enquanto seguimos
acompanhando o aumento populacional das cidades (ai também incluso o da nossa
terrinha) com os seus terrificantes desafios sociais, vemos o DESAPARECIMENTO
de nosso até então contingente de policiais que, mesmo há vinte anos, já nem
tão grande era.
CADEIA
aqui já não mais existe, e, pasmem, para se fazer um simples B.O. numa cidade
de 26.000 habitantes, muitas vezes somos obrigados a percorrer 72 quilômetros até
nossa vizinha Juiz de Fora. Uma triste sensação de que o tempo foi passando e
algumas coisas foram simplesmente andando pra trás.
Sei
não, mas começo a acreditar que a população brasileira pagará um preço muito
alto por esta COPA 2014. Desconfio que quase tudo esteja sendo canalizado para
os grandes centros, principalmente para as cidades sedes, deixando o interior a
ver pavios, digo navios.
Nada é
mais importante do que vidas humanas e, mesmo que MEDIDAS ANTIPÁTICAS em ÂMBITO
LOCAL venham trazer alguns efeitos colaterais, o CUSTO-BENEFÍCIO será
infinitamente maior. Flexibilizar é preciso, e sábio será aquele que, em nome
da COLETIVIDADE, souber com coragem e determinação, AMOLDAR seu pedaço de terra
às intempéries deste CONTURBADO CENÁRIO SOCIAL.
Enfim,
como bem diz o velho ditado popular: “CAUTELA E CANJA DE GALINHA NÃO FAZEM MAL
A NINGUÉM” (principalmente neste momento). (continua)
Crônica:
Serjão Missiaggia
Foto: disponível
em http://wlfsjr.wordpress.com/category/equipe-coisas-boas/
Muito bem bolada e verdadeira sua crônica. É isto aí Serjão ! Nossa Bandeira chora de ver tanta violência,crueldade, insegurança, sofrimento, descaso,injustiça e desamor nesta terra de Santa Cruz . Vamos gritar, quem sabe um dia seremos ouvidos e socorridos.
ResponderExcluirAntigamente, a Segurança Nacional era uma desculpa para o Estado cometer violência. Hoje continua sendo uma desculpa para o Estado cometer a violência de não nos dar segurança, nem nacional, nem estadual, nem municipal.
Excluir