sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A CASA DA TIA IRINEIA


Capítulo 5 - Final

Imaginem vocês na primeira visita na casa da namorada (ou do namorado). Aí pinta “aquela” vontade de ir ao banheiro. Vocês acabam indo – a dor de barriga estava insuportável. Lá dentro, após liberado tudo aquilo que os incomodava, vocês descobrem que... o papel higiênico acabou. Mas, o que tem isso com o nosso causo? É que, provavelmente, vocês usariam a célebre frase:
- Ih, to no c_ do Zé Isteves!
E quem nunca esteve?
Pois até na casa da Tia aconteceu. Pior do que Sexta-Feira Treze. Foi o Dia do C_ do Zé Istevis. Tenho certeza de que muitos ainda se recordam dele!
Tudo aconteceu quando, certa vez, fizemos uma festinha e alguns vieram a ultrapassar um “pouco” os seus limites. Sabem como é: entusiasmo de adolescente pode, muitas vezes, trazer algumas consequências. Mas, voltando ao fatídico orifício, só sei que o nosso encontro social começou a ficar meio fora de controle, e a brincadeira já nem mais se restringia aos limites da casa. Tia Irineia, inocentemente, sem sequer imaginar o trágico desenrolar da história, já havia até se recolhido.
Imaginem a vergonha que sentimos, depois do caso passado. Sempre reclamávamos dos nossos pais, que “nunca nos deixavam fazer nada”. Quando encontramos uma pessoa adulta, que confia em nós, o que fazemos? Pois é, aquilo mesmo!
Apesar dos desencontros, e desacordos, até que tudo estava na mais perfeita ordem. Até que...
Uma pessoa, que se sentiu incomodada, resolveu telefonar para a delegacia, e acionou o temível Jipão (lembram-se dele?). Seria hoje o nosso camburão. Aí, meus amigos, foi que nem inseticida no formigueiro. Foi gente saindo para tudo que é lado. Na verdade, o Jipão, jamais apareceu, ao contrário da galera, que desapareceu como num passe de mágica.
E pra voltar lá depois? E como encarar a Tia?

Mas, como sempre, voltamos. E voltamos muitas vezes, e muitos foram os casos que lá aconteceram, mas que, lamentavelmente, não sou capaz de lembrar. Quem sabe um comentarista me ajuda?
Gostaria também de citar alguns nomes de amigos e amigas que, assim como eu, tiveram o privilégio de viver momentos tão felizes na casa da Tia Irineia. Mas prefiro ficar devendo, pois poderia esquecer o nome de alguém.
Para finalizar, queria apenas dizer que fomos, realmente, uma Grande Família e que, como todo show, tivemos estreia, performances, destaques e, infelizmente, o último espetáculo.
Lembranças ficaram, e ficarão para sempre, pois o tempo não será capaz de impedir que cada um de nós carregue, no coração, um poucochinho daqueles momentos tão felizes.
Foram momentos inesquecíveis. Às vezes, deitado no sofá, esperando as “crianças” voltarem da rua, volto àquela paisagem: Tia Irineia passa de mansinho enquanto estamos ali, tocando violão; Márcio mostra um novo acorde, Euci assiste a televisão, enquanto Ilko rabisca um mangá num caderno de ciências. Vou viajando leve até que o Rajá passa feito uma bala, e eu acordo. Que saudades! Quantas amizades sinceras! Quantas pessoas que verdadeiramente se gostavam...

Carinhoso abraço em cada um de vocês.

(Crônica: Serjão Missiaggia / Adaptação: Jorge Marin)

Um comentário:

BRIGADU, GENTE!

BRIGADU, GENTE!
VOLTEM SEMPRE, ESTAMOS ESPERANDO... NO MURINHO DO ADIL