sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

EX-NOIVO NEURÓTICO, EX-NOIVA NERVOSA: FILHOS DESTRUÍDOS?


Grande fã dos filmes de Woody Allen, aprendi a respeitá-lo também como ser humano, pela sua visão (pessimista, porém divertida) sobre a vida, suas tiradas inteligentes e sua inteligência.  Por isso, causou-me grande tristeza ver  as manchetes publicadas no início do mês, nas quais se destaca uma denúncia de uma jovem afirmando ter sido molestada sexualmente pelo cineasta quando tinha 7 anos de idade.

Allen era casado, na época, com a mãe de Dylan, Mia Farrow que, além dos cinco filhos, possui nove filhos adotivos.  Um dos  filhos é registrado como filho do diretor, embora Farrow reconheça que Frank Sinatra possa ser o verdadeiro pai.

O casamento de Mia e Woody terminou quando este teve um envolvimento amoroso com a filha adotiva de Farrow, na época com dezenove anos, e que é esposa do diretor há 22 anos.  No ano seguinte, a atriz afirmou que uma das filhas menores, Dylan, havia sido abusada pelo ex-marido no sótão da casa onde ela morava com as crianças (o diretor morava em outro aparamento, na Quinta Avenida).

Sem entrar no mérito da questão, causam-me ESPANTO tais alegações.  Se a moça foi realmente estuprada à época, entendo que Allen deveria ter sido preso.  No entanto, o veredito dos psicólogos que avaliaram a menina na época foi de que não houve abuso sexual.

Agora, o mais espantoso, a hipótese de que não houve nenhum abuso nos leva a crer que essa ideia foi “implantada” na mente da criança pela mãe.  Ora, se tal ocorreu trata-se de uma coisa mais assustadora do que o filme “O bebê de Rosemary”!

Que o cônjuge, abandonado pelo outro por uma outra pessoa, sinta raiva ou ódio é totalmente compreensível.  Ninguém deixado ou traído teria uma reação positiva em tal situação.  No entanto, utilizar-se de um filho para ser objeto de vingança, isso sim, é uma forma cruel de abuso.

Nos dias atuais, quando é grande o número de filhos de pais separados, vale o ensinamento da psicanalista Françoise Dolto: “respeitar a dignidade da criança é DIZER-LHE A VERDADE, tanto sobre o que a vida em comum produz nos pais unidos quando sobre o que a vida desunida produz nos pais levados a se separar”.  Mas, não é fácil.

Crônica: Jorge Marin 

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