Primeiramente
gostaria de dizer, com absoluta certeza, que essa foto, nosso maestro, amigo e
colecionador de imagens da fanfarra, Beto Vampiro, não tem. Por sorte, essa
relíquia, que tive a felicidade de localizar, quarenta anos depois numa
exposição de fotos “meio antigas” que estava acontecendo na calçada frente à
casa do Arlindo Retratista, possivelmente, iria se perder no tempo.
Por
sinal, riquíssima de detalhes, onde podemos identificar várias pessoas que vieram
a marcar a vida sanjoanense. Essa foto, se eu não estiver enganado, foi tirada em
16 de maio 1973, na cerimônia de abertura da Exposição. Na oportunidade,
estreávamos o famoso macacão azul, sendo que, na véspera desta apresentação, alguns
integrantes, diante de tamanha expectativa, vieram a pedir pra dormir no
colégio. Após o desfile, saímos pelas
ruas da cidade e, subimos em fila
indiana, fazendo evoluções pela Guarda Mor Furtado, até o recinto da
exposição.
Nessa
fila lateral da fanfarra, temos no bumbo e em primeiro plano, o Zezinho Leão,
seguido pelo Adelson no maracanã. Tenho dúvida de quem estaria com o outro
bumbo. Seria o Gerrô? A seguir vemos o Derico também no maracanã, Adriano
Valente no surdo, Dalminho na Caixa de Guerra, Clarete no tarol e, finalmente, também
no surdo, o outrora barbudo que agora vos escreve. Na turma da assistência,
desconfio quem seriam algumas pessoas, mas prefiro não me arriscar.
Nesse
histórico palanque, tão recheado de personalidades inesquecíveis e que ficariam
pra sempre em nossas memórias, pude identificar nosso eterno diretor Sôbi, seu
irmão Dr. Rui, Augusto Veiga, Bráulio Freitas, Dr. José de Azevedo, José Luiz
de Carvalho, Sinval Borges além de duas recepcionistas da exposição, que não consegui
descobrir quem seriam.
Detalhe
para a cobertura do palco, que era em sapê assim como todas as outras barracas
e stands. Reconheço o perigo que traziam, mas confesso que achava bastante natural
e aconchegante. O piso, quase todo ele ainda em grama, nos remetia a um ambiente
meio que assim rural e bastante agradável, mas, quando chovia, a coisa
complicava bem.
Ainda
olhando essa imagem, alguém recorda o Tiro ao Alvo Esportivo? Hoje desconfio de
sacanagem naquilo, pois errar uma caixa de fósforos a três metros de distância
faça-me o favor! Diga-se de passagem, era tiro de chumbinho a torto e a direita
disparado pela garotada sendo que nunca veio acontecer nenhum incidente.
Mas, voltando
então a 2013, espero que também gostem da foto!
Crônica:
Serjão Missiaggia
Foto:
acervo do autor
As recepcionistas da expô no palanque eramos eu (Rita Mirim) e Heloisa Guimarães.
ResponderExcluirMuito bom!
Obrigado, Rita, por nos ajudar a contar essa história apaixonante, que é a inesquecível Fanfarra do Sôbi.
ExcluirInesquecível mesmo. Eu, com muito orgulho, fazia parte dela..obrigada por esse mimo...bom demais!!!
ResponderExcluirO rapaz do lado esquerdo da foto, no chão e não no palanque, parece-me o Demerval. Posso estar enganada, mas além de parecer muito com ele, a costeleta não nos engana.
ResponderExcluirPor acaso não seria um dos irmãos Rocha que estaria na frente do Dr. Rui lendo algo?
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