Nossa
intenção seria ter encerrado na semana passada esta primeira etapa da seção
FALANDO & SÉRIO, mas resolvemos postar este segundo capítulo sobre POLUIÇÃO
SONORA pelo fato de que, já no dia seguinte após a primeira postagem, muitas
pessoas interessadas no assunto vieram se manifestar, principalmente através de
e-mails. Teve até um vizinho que, ao encontrar-me na rua, veio cobrar de não
ter falado sobre aquelas motocicletas com cano de descarga alterado (sem
silencioso) que ficam “voando” pela cidade.
Realmente, se
formos reparar bem, o negócio é retirar tudo aquilo que possa impedir o
escapamento de não fazer barulho pra depois, em alta velocidade, saírem em
disparada acelerando desnecessariamente para aumentar ainda mais a agressão
sonora e o perigo aos que estão próximos. Por sinal, muito se tem comentado
sobre alguns profissionais das entregas que têm se transformado em verdadeiros
KAMIKAZES NOTURNOS.
Neste mesmo
encontro, conversa vai conversa vem, e outro amigo se aproxima comentando sobre
os carros propagandas. Segundo ele, alguns desses barulhentos veículos, muitos
até vindos de cidades vizinhas, já teriam – E MUITO - ultrapassado os limites
de som, sendo que às vezes os altíssimos decibéis se misturam tanto que
acabamos não entendendo absolutamente nada o que cada um quer nos dizer.
Não podemos
esquecer que som em excesso também é POLUIÇÃO e, segundo os especialistas,
dependendo da potência, chegam até a excitar o sistema nervoso central.
Sinceramente, sou da opinião de que uma propaganda mais SUAVE aos nossos
ouvidos, aliada a uma boa qualidade sonora, atingiria substancialmente seus
objetivos, além é claro, de deixar o ambiente mais LEVE, comunicável e
acolhedor.
Enquanto aquela
rodinha de bate-papo só foi aumentando, chega outro amigo, inesperadamente,
falando sobre os carros com som automotivo. Nesse momento, diante de um
consenso geral, se fez ecoar a primeira pergunta no ar: Por que muitas vezes
somos obrigados a escutar aquilo que não queremos? E o que é pior, na altura
que não queremos?
Estaríamos
vivendo a Era do Ouvido Lascado ou aquele velho ditado, que dizia “SUA
LIBERDADE TERMINA ONDE COMEÇA A DO PRÓXIMO”, já virou coisa do passado?
Pessoalmente,
não tenho absolutamente nada contra aqueles que insistem e gostam de viajar em
exagerados e “GRAVES” decibéis sendo que, em muitos casos, considero ser também
uma forma de manifestação CULTURAL. Penso apenas que cada um deveria ficar
restrito apenas a seu QUADRADO.
Sem querer
generalizar, reconheço que a maioria desses fatos, muito dos quais podendo até
ser caracterizado como PERTURBAÇÃO DA LEI E DA ORDEM, é oriunda de alguns que,
simplesmente, ignoram a existência de outros ao seu lado. Alguns profissionais
do Som ou mesmo proprietários de carros automotivos, muito dos quais meus
amigos, são pessoas éticas que, de maneira digna e honesta, respeitando acima
de tudo o próximo, vão se divertindo ou mesmo ganhando o pão de cada dia.
Pra terminar,
ouvi comentários segundo os quais, certa vez, um sino de Igreja veio a ser incômodo
para algumas pessoas. Aí fiquei pensando: Daqui a pouco poderá ser um abaixo-assinado
contra o cantar dos sabiás, dos canarinhos da terra, das maritacas, o ruído das
folhas que estão sendo varridas ao amanhecer ou, quem sabe, até contra o meu
som do Roupa Nova.
Então, despedimo-nos,
temporariamente, desta seção FALANDO& SERIO, para voltar, aleatoriamente,
ou, como dizia o Repórter Esso, a qualquer momento, após o término de cada
CAUSO.
Crônica:
Serjão Missiaggia.
Pior que muita das vezes os carros propagandas que vem de outras cidades que são os que mais abusam da altura do som. Já passou da hora de dar uma regularizada nisso.
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