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pra quê? Passados quatro anos, muitas
vezes eu e o Serjão nos pegamos fazendo essa pergunta. Sempre pensamos que a leitura do Blog deveria
funcionar como um momento de paz. Ares
do passado, sabem como é. Afinal, pensávamos,
quem quiser notícia ruim, vai se ligar nos noticiários de TV.
Mas...
há um momento em que não dá mais para rir, nem sequer sorrir. Vendo, mesmo sem querer, ocorrências que
rolam na rede, impossível não se apavorar, não se indignar, ou até pensar em
desistir. Lembram da música PARE O MUNDO
QUE EU QUERO DESCER? Pois é.
Não sei
o que é mais atroz: a dentista queimada viva?
As escravas sexuais de Cleveland?
O uso indiscriminado e acintoso de crack debaixo de nossas janelas?
Sei que
o ser humano é capaz das piores barbaridades, mas a coisa vai se tornando tão
caótica que o simples fato de sair na rua parece estar se tornando uma aventura.
Ainda
assim, eu saio. E vou comprar umas
balinhas (doces) nas Lojas Americanas.
Chegando lá, encontro a gerente
muito atarefada com um trabalho, segundo ela, interminável: colocar de volta
nas gôndolas as mercadorias que as pessoas vão tirando e colocando em outros
lugares. Alguns chegam a abrir potes de
creme hidratante e... jogam no chão para outras pessoas escorregarem.
Quando
eu era vicentino em São João Nepomuceno, uma frase, colocada em destaque junto
à mesa de reuniões das conferências, provocava muita polêmica: SE OS MAUS NÃO
SÃO BONS É PORQUE OS BONS NÃO SÃO MELHORES.
Menino
ainda, não fui na época capaz de opinar, mas, vendo hoje o caos urbano e
educacional, consigo entender um pouco o sentido da frase. Se nós, que nos achamos “bons”, somos capazes
de ofender severamente nossos entes mais queridos (pais, filhos, esposos,
avós), o que esperar das pessoas sabidamente perversas e antissociais?
Não
estou dizendo que sermos educados e bons cidadãos vai criar a paz no mundo,
mas, pelo menos, dentro de casa. Já é um
começo...
Crônica:
Jorge Marin
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