Enfim,
era chegado o tão esperado momento, pois, finalmente, estávamos frente a
frente. Ao me aproximar dela, meio ressabiado, confesso que pensei em desistir.
O coração começou a pulsar mais rápido e as mãos ficarem frias. Quanta emoção!
Após
trocarmos um fulminante olhar, procurei ser bastante objetivo e assim não
perder o mínimo tempo. Pra começo de conversa, me senti bem seguro, pois, para
minha surpresa, percebi instantaneamente ser ela extremamente submissa. Sendo
assim, sentindo a situação sob controle, procurei tomar a iniciativa das ações.
E
não é que ela foi com minha cara? Eu sentia que, enquanto minhas iniciativas estavam
sendo bem aceitas, ela ainda me impulsionava, a todo instante, a seguir em
frente (adorei!). Por nenhum momento deixou transparecer que eu pudesse estar
cometendo algum tipo de erro. Desta forma, sem perder tempo, continuei mantendo
meus movimentos ousados e delicados sobre ela.
Comecei
a ficar bem à vontade, pois, a cada toque, ela me correspondia com sinais e ruídos
excitantes de aprovação. Enquanto interagíamos, comecei até a vislumbrar aquele
final tão esperado. A cada toque, mais prazer eu sentia até que, para minha
surpresa, simplesmente, pediu-me que nela inserisse aquilo que eu tanto
desejava. Mesmo um tanto tímido pelo tamanho do que eu tinha a oferecer, não
hesitei e mandei bala. E que momento!!!!!!!
Procurei
introduzir lentamente, mas ela, para minha surpresa, puxou tudo de uma só vez. E
que prazer! Pena que a rapidez do momento desfaria, em questão de segundos,
aquele ato tão sonhado. E a danadinha, para minha surpresa, ainda questionou se
eu gostaria de fazer outra vez. Negativo e inoperante, fiz-me entender!
Desta
forma, após mostrar que minha tarefa havia sido cumprida com êxito, ainda antes
que lhe desse as costas, ficamos a
trocar um último olhar apaixonado. Minha vontade era de agradecer, mas... sei
que ela jamais me escutaria.
Fiquei
tão entusiasmado que, antes mesmo de sair, já estava a pensar no outro dia. Um
outro encontro, quem sabe? Acho improvável amanhã, pois ainda não terei bala na
agulha para novamente introduzir como fiz há pouco. Mas, certamente, poderei
pegar alguma coisa: talvez o saldo ou mesmo sacar um pouco daquela grana que coloquei
no envelope e, pela primeira vez na minha vida, nela introduzi.
Pra
ser sincero, ainda não sei aonde poderá nos levar esta revolução tecnológica
desenfreada com suas máquinas maravilhosas, mas... Que o trem é bom, isto é!
A
primeira vez em uma Máquina Eletrônica de uma agencia bancária, a gente nunca
esquece!
Crônica:
Serjão Missiaggia (março/2001).
Foto : disponível em http://aminhaprimeiravez.com.br/
Gente!
Mas, dias desses, ao dirigir-me ao banco para fazer um saque, surgiu na tela a
seguinte mensagem: “Sem cédulas. Por favor, utilize outro terminal. Operação
indisponível no momento.” Achei isso interessante, pois encontrar uma Máquina
Eletrônica “durinha da silva” foi também minha primeira vez.
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