sexta-feira, 2 de agosto de 2013

UM PERFEITO (VÔ) CAVALHEIRO - III


A segunda história do vô...

Determinada noite, vimos de nossa varanda um grande vermelhão, bem distante. Era início da tarde.  Nosso avô logo detectou: “está havendo um grande incêndio em alguma fazenda próxima a Goianá”. Era época de grande seca e os incêndios pipocavam. 

Com a chegada da noite, o vermelhão só fazia aumentar. Um incêndio gigantesco estava acontecendo e fora de controle!  Eram 4 horas da manhã quando fomos surpreendidos por alguém gritando o nome de nosso avô. Era o proprietário da fazenda incendiada, pedindo socorro.

Disse ele: “Senhor Cavalheiro, estou perdendo minhas pastagens e matas. Rezes estão morrendo. Posso perder tudo. Estamos há mais de 15 horas com uma turma de 40 pessoas, tentando abafar o incêndio e não estamos conseguindo.  Alguém então me disse que apenas o senhor teria capacidade de resolver o problema, por isto estou aqui, a estas horas para pedir sua ajuda!”.  Nosso avô pegou sua mulinha e, acompanhado de nosso pai e mais alguns colonos que moravam perto, seguiu para lá.

O incêndio era dantesco. O pessoal, totalmente esgotado, já ameaçava desistir.  Cavalheiro pediu 10 minutos e subiu com sua mulinha num pequeno morro de onde conseguia uma visão geral. Ali ficou observando e pensando.

Após 10 minutos, desceu e disse para todos:
- Vocês estão fazendo a coisa errada. Vão todos para o local que vou indicar e comecem a fazer aceiros.

A princípio os colonos se recusaram, achando que nosso avô ficara doido, pois o fogo jamais dera sinal de atingir, por enquanto, aquele local. Nosso avô apenas disse:
- Vocês estão sendo driblados o tempo todo pelas labaredas.

Sem também acreditar, mas desesperado, o dono da fazenda mandou que obedecessem as ordens de nosso avô.  Então... como que num passe mágica, em minutos o vento soprou para o outro lado, sendo EXTERMINADO pouco a pouco ao encontrar os aceiros feitos sob a orientação do velho.

Este fato foi por muito tempo comentado por toda Goianá e arredores. Nosso avô ficou famoso como "bombeiro". Qualquer incêndio era chamado.

Não percam, na semana que vem, o ÙLTIMO capítulo.

Pesquisa: Serjão, com a colaboração de Antônio Dárcio e Kiko Missiaggia
Foto:   Päivi, disponível em http://www.deviantart.com/art/On-fire-90745772

Um comentário:

  1. Boa história. Esta do vovô eu não conhecia
    Vovô esperto e sábio mesmo.

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BRIGADU, GENTE!

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