sexta-feira, 22 de março de 2013

O ÚLTIMO DOS MÓI & CANO: 1 - Evidências



Num desses dias chuvosos, uma constatação sombria nos atingiu como um RAIO!

Objetos minúsculos e semi-ovalados em cima do fogão prenunciavam que tínhamos uma VISITA inesperada.  E era só o que nos faltava!  Mas, será mesmo? Como? Afinal de contas, a última vez em que vimos algo parecido já faz mais ou menos uns vinte anos.

-Pega a lupa na oficina e vamos examinar isso aí com mais clareza!  Dessa forma me dirigi ao filhão que rapidamente, e devido à gravidade da suspeita, obedeceu prontamente. Minha esposa, inconformada, e já um tanto assustada, somente dizia que nem queria pensar naquela possibilidade e, talvez em circunstância de traumas passados, foi de imediato batendo em retirada. Para a segurança de todos, preferiu não dizer para onde estava indo.

E assim, com o auxílio de uma lanterna e de lupa em punho, começamos a fazer uma análise minuciosa daqueles estranhos objetos. Mexe daqui, cheira dali, aperta com pedaço de fósforo e nada!  Não sei se por medo do óbvio ou mesmo por falta de provas contundentes, após meia hora de exaustivo debate e considerações, sem chegar a nenhuma conclusão, demos o caso por encerrado.

Não mais nos lembrávamos do episodio até que... Dois dias depois, minha esposa, ainda sob efeito de calmantes, ao abrir o armário que fica debaixo da pia, reparou que o rótulo da lata de óleo estava totalmente DESCOLADO da embalagem e estranhamente manuseado. E ali estava: aquela que seria a segunda e talvez a mais conclusiva das pistas!

Desta vez, sem o auxílio da lanterna e da lupa, recolhemos o que havia sobrado do rótulo e começamos de imediato a chegar a algumas conclusões. A primeira delas e, por sinal, MAIS IMPORTANTE, seria a de que teríamos mesmo que começar a perder o medo do óbvio e a encarar a situação com frieza e realismo.  O fato de estar havendo uma construção ao lado veio a fechar, de vez, o nosso diagnóstico e colocar a peça que faltava no nosso literal e exaustivo quebra-cabeça.

Porém, ainda precisávamos de provas reais e ainda mais convincentes, ou seja, a certeza visual do CRIME e, principalmente, daquele que seria o CRIMINOSO.  Motivos estes mais do que suficientes para que um novo mutirão em família fosse novamente articulado.

Tudo em nome da preservação e proteção deste lugar tão importante e inviolável chamado LAR. Muita calma nessa hora seria fundamental, e assim, após as tarefas serem divididas e compromissos assumidos, fomos à luta. 
(continua)

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto:  Oniromancien, disponível em: http://browse.deviantart.com/art/Noir-212717310 .

3 comentários:

  1. Vejamos onde você vai nos levar.
    Minha imaginação já começou a funcionar. Será um....? ou um? Esperemos!
    Mika

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    1. ELEMENTAR, cara Mika... Porém ainda misterioso. Aguarde!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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BRIGADU, GENTE!

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