sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

VEM, 2012!

Arte digital por M.L. Eccleston

E se eu dissesse que um milhão
de dólares não vale nada
e que a felicidade consiste
em despertar numa manhã
de sol nos braços nas coxas
no ventre da mulher amada?

E se fosse falso o que você
vê sente apalpa discute tenta
solucionar pela via da razão
e se houve só coração e o cé-
rebro só pensasse que era
mas não era não?

A vida que parte do princípio
que se parte não vai a parte
alguma pois se limita ao olho
que alimenta o córtex que sedi-
menta a memória que traz coisas
das quais não lembro e guarda outras
que tento, em vão, resgatar.

E se houvesse outra vida
e se existisse outra chance
e se a água passada refluísse?
E se, de repente, o tempo voltasse
a estrela reacendesse e o corpo
regenerasse?

Mas o tempo não para
e o Cazuza não sara
a gravidade limita mas não há
coisa mais bonita mais leve es-
sa coisa mais louca
do que este beijo na boca
este amor que demora e,
no entanto, é agora
é aqui...
infinito
do verbo ser.

(Poesia: Jorge Marin)

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