quarta-feira, 29 de agosto de 2018

LOS CASOS DEL PITOMBA - Nosso Cavern Club



Ao me posicionar em frente à casa de nosso irmão pitombense Suveleno pra tentar captar uma imagem da Pracinha do Chafariz, resolvi mesmo foi fazer uma visita ao velho e mitológico BARRACÃO do Sr. Anjinho.

E como tem história aquele lugar!  Entre umas e outras coisas, coincidentemente, na época em que havia começado a febre PITOMBA, o local chegou a ser até um depósito de mangas. Hoje, fico pensando se não teria sido um recurso meio que desesperado do Sr. Anjinho, que, com sua conhecida sapiência, já não estaria profetizando um possível acampamento sonoro de nossa parte no referido lugar. Fundamentado ou não, sei apenas que não adiantou!

No local aconteceram nossos primeiros encontros, ou seja, os famosos ensaios descompromissados pra não tocar em lugar nenhum. Nosso negócio era fazer BARUIADA pra nós mesmos, e o que viesse depois seria mero detalhe. O imóvel era bem deserto naquela época, sendo assim, o máximo que nosso som alcançava era o Esplendor do Morro e entorno.

Um desses ensaios foi realizado por cima de mangas, sendo que algumas delas já estariam exalando um forte odor em decorrência de adiantado estado de maturidade.  E nós não estávamos nem aí pra isso, e muito menos com o telhado, que, certa vez, chegou a ir pelos ares em decorrência de uma forte chuva que caiu sobre a cidade. Pior que esse quase tornado, além de acabar com a energia elétrica, deixou a PAREAJE, que pra variar, era toda ela emprestada, ao relento. Foi aquele corre-corre no escuro, enquanto algumas gotículas ficavam passeando em cima da bateria e de um aparelho de guitarra que a Nely havia levado pro Suveleno consertar.

Num outro ensaio, um de nossos fãs (tínhamos fãs!) saiu pela cidade convocando todos que encontrava pela frente, para um baile que estaria acontecendo no BARRACÃO. Por sinal, éramos a única banda do planeta que ensaiava em ritmo de baile com jogo de luz e tudo. Quando demos por nós, o barracão estava repleto, sendo que o arrasta-pé veio a terminar lá pelas tantas da madrugada.

Bem, irei parando por aqui, pois, além de ser algo repetitivo, não haveria postagem que abrigasse tantos causos hilariantes que ali aconteceram.

O Pitomba posteriormente teve nova formação, vindo a se enriquecer sobremaneira, tanto no quesito musical, textos, composições e visual, mas confesso que a primeira formação e como tudo começou, a gente nunca esquece.

Crônica e foto: Serjão Missiaggia

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