quarta-feira, 15 de agosto de 2018

LOS CASOS DEL PITOMBA - A Lendária Urso Polar



Pasmem, mas, depois de quase sessenta e duas luas, estou ensaiando e me organizando financeiramente pra adquirir minha própria BATERIA!

Longe de aventuras mirabolantes, penso ser um excelente momento pra, depois de trinta e cinco anos, voltar a exercitar a coordenação motora, me reaproximar um pouco mais da música, e quem sabe até atrair alguns pares. Por sinal, nosso amigo Pitombense Márcio já foi logo se antecipando, e saindo na pole position, já adquiriu seu belo contrabaixo.

Interessante que, coincidentemente, o Pitomba acabou de completar no ano passado, quarenta e cinco anos de seus primeiros acordes.

Em função disso, não tive como deixar de lembrar nossos folclóricos ensaios ali no fantástico barracão do sr. Anginho e da inesquecível BATERIA URSO POLAR, nossa versão excêntrica da tradicional bateria PINGUIM.

Foi naquele barracão que fiquei, pela primeira vez, frente a uma bateria, se é que poderíamos chamar nossa nervosa URSO POLAR de bateria (bumbo, caixa, um surdo arqueado e um prato com arrebites). Pra ser sincero, acho até que eu ficava muito bem na fita, pois, não menos heróis, teriam sido também nossos guitarristas, que, além de cantarem num microfone de gravador e num aparelho de voz SEM caixa acústica, onde seus alto-falantes ficavam a passear nus pelo chão, tinham como guitarras, dois velhos violões com captadores elétricos. Se bem que aquele estranho chifre de boi, servindo de instrumento pra nosso ritmista, era algo também bastante inusitado.

Mas, voltando aos alto-falantes que ficavam passeando pelo chão, era hilariante quando, em função disso, tínhamos que, de tempos em tempos e devido às trepidações, puxá-los de volta pelo próprio fio.  Por sinal, nosso aparelho de voz valvulado de nome A 100 NADA e os pedestais ZEBRAS eram também nossas versões tupiniquins dos famosos amplificadores A100 da Giannini e dos pedestais GIRAFAS.

Ah! Já ia me esquecendo que ainda existia um contrabaixo e um pequeno amplificador que pegávamos emprestado às escondidas do conjunto da Nely.
Pra finalizar, não poderia deixar de citar que algumas lâmpadas coloridas de natal e uma estroboscópica caseira feita de lâmpada fluorescente completavam nossa mega e possante aparelhagem.

Mas, voltando à lendária URSO POLAR ratifico que A PRIMEIRA BATERIA A GENTE NUNCA ESQUECE.

Crônica e foto: Serjão Missiaggia

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