Hoje, em causos
do Pitomba, iremos relembrar um “pequeno infortúnio” que aconteceu lá no
comecinho da oficina de nosso amigo pitombense. Na época aquele local era uma
extensão do Cavern Clube do Pitomba, onde tudo era arquitetado e colocado em
prática pela turma.
Mas, voltando o
referido percalço, a coisa teria acontecido quando, numa ocasião em que
trabalhava na referida oficina juntamente com um sobrinho, que por sinal era primeiro
imediato, e a televisão de minha tia apresentou um defeito, rapidamente lá fui
eu tentar vender nosso peixe, procurando fazer aquele super merchandising da oficina.
Na época, minha
tia estava acostumada com outro técnico, mas, devido à minha insistência,
consegui enfim convencê-la, ou seja, conserto rápido, técnicas novas, bons
preços, etc. Foram apenas algumas das muitas justificativas que apresentei para
mostrar que, se ela optasse por nós, seria o melhor negócio. E assim foi!
Até então, e como
de costume, tudo havia ocorrido na mais perfeita harmonia, pois já havíamos
pegado a televisão, feito o conserto e entregado em tempo recorde. A TV ficou
um espetáculo e tudinho além da expectativa e combinado
Já no outro
dia, quando estava em casa tirando meu cochilo após o almoço, comecei a escutar
uma movimentação estranha vinda da rua. Levantei imediatamente do sofá e,
chegando até a varanda, o que mais se via era gente correndo em direção à casa
de minha tia. Até aí nada de mais, se não fosse pelo simples fato de estar uma
fumaceira danada saindo da janela e já com imensas labaredas de fogo quase
alcançando o forro de madeira do quarto. Aí pensei: Danou tudo! E é na sala da
televisão. Agora que o trem lascou de vez! Será? Não deu outra.
Com apenas um
pulo, saltei o murinho da varanda e, chegando imediatamente ao local, só deu
tempo mesmo de retirar a vovó de dentro do quarto. Isso sem antes, ao olhar pra
trás, ver a chegada de um visinho
detonando seu extintor de incêndio naquele fogaréu. E que explosão! Quem
poderia imaginar, naquela altura do campeonato, que o jato gelado do extintor,
em contato com o tubo de imagem já aquecido, causaria tanto estrago. Perda total!
Não sobrou um transistor sequer pra contar a historia. Pior, foi a fuligem de
borracha que se espalhou pela casa e por muito pouco não intoxicando todos nós.
Saímos tão chamuscados que parecia que estávamos trabalhando numa mina de
carvão. Pra terem uma idéia, quase todos os cômodos tiveram que ser pintados
novamente.
Mas tudo não
teria passado de uma grande fatalidade e acúmulo de fatores, sobretudo ao se
constatar posteriormente que um transformador de alta tensão havia entrado em
curto, vindo a passar imediatamente centelhas para a caixa de madeira. Defeito
este que não teria nenhuma relação com o anterior.
Já em casa, e
bem mais calmo, pensei novamente: Deus escreve certo por linhas tortas, ou
seja: e se eu tivesse passado Palum naquela caixa? Era um procedimento muito
comum que fazíamos sempre nas caixas de madeiras das antigas TVS para combater
os cupins, mas que também, por outro lado, era uma solução um tanto inflamável.
E se assim fosse, meus amigos, não teria sobrado pedra sobre pedra, ou melhor,
transistores sobre transistores.
Mas enfim, há
mais de quarenta anos e sempre um passo a frente, lá está hoje a Grande
Transtec, fruto de um trabalho confiável, mesclado a conhecimento, tecnologia,
competência e acima de tudo inteligência de seu criador.
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