quarta-feira, 22 de agosto de 2018

LOS CASOS DEL PITOMBA - Fugaré à Vista


Hoje, em causos do Pitomba, iremos relembrar um “pequeno infortúnio” que aconteceu lá no comecinho da oficina de nosso amigo pitombense. Na época aquele local era uma extensão do Cavern Clube do Pitomba, onde tudo era arquitetado e colocado em prática pela turma.

Mas, voltando o referido percalço, a coisa teria acontecido quando, numa ocasião em que trabalhava na referida oficina juntamente com um sobrinho, que por sinal era primeiro imediato, e a televisão de minha tia apresentou um defeito, rapidamente lá fui eu tentar vender nosso peixe, procurando fazer aquele super merchandising da oficina.

Na época, minha tia estava acostumada com outro técnico, mas, devido à minha insistência, consegui enfim convencê-la, ou seja, conserto rápido, técnicas novas, bons preços, etc. Foram apenas algumas das muitas justificativas que apresentei para mostrar que, se ela optasse por nós, seria o melhor negócio. E assim foi!

Até então, e como de costume, tudo havia ocorrido na mais perfeita harmonia, pois já havíamos pegado a televisão, feito o conserto e entregado em tempo recorde. A TV ficou um espetáculo e tudinho além da expectativa e combinado

Já no outro dia, quando estava em casa tirando meu cochilo após o almoço, comecei a escutar uma movimentação estranha vinda da rua. Levantei imediatamente do sofá e, chegando até a varanda, o que mais se via era gente correndo em direção à casa de minha tia. Até aí nada de mais, se não fosse pelo simples fato de estar uma fumaceira danada saindo da janela e já com imensas labaredas de fogo quase alcançando o forro de madeira do quarto. Aí pensei: Danou tudo! E é na sala da televisão. Agora que o trem lascou de vez! Será? Não deu outra.

Com apenas um pulo, saltei o murinho da varanda e, chegando imediatamente ao local, só deu tempo mesmo de retirar a vovó de dentro do quarto. Isso sem antes, ao olhar pra trás,  ver a chegada de um visinho detonando seu extintor de incêndio naquele fogaréu. E que explosão! Quem poderia imaginar, naquela altura do campeonato, que o jato gelado do extintor, em contato com o tubo de imagem já aquecido, causaria tanto estrago. Perda total! Não sobrou um transistor sequer pra contar a historia. Pior, foi a fuligem de borracha que se espalhou pela casa e por muito pouco não intoxicando todos nós. Saímos tão chamuscados que parecia que estávamos trabalhando numa mina de carvão. Pra terem uma idéia, quase todos os cômodos tiveram que ser pintados novamente.

Mas tudo não teria passado de uma grande fatalidade e acúmulo de fatores, sobretudo ao se constatar posteriormente que um transformador de alta tensão havia entrado em curto, vindo a passar imediatamente centelhas para a caixa de madeira. Defeito este que não teria nenhuma relação com o anterior.

Já em casa, e bem mais calmo, pensei novamente: Deus escreve certo por linhas tortas, ou seja: e se eu tivesse passado Palum naquela caixa? Era um procedimento muito comum que fazíamos sempre nas caixas de madeiras das antigas TVS para combater os cupins, mas que também, por outro lado, era uma solução um tanto inflamável. E se assim fosse, meus amigos, não teria sobrado pedra sobre pedra, ou melhor, transistores sobre transistores.

Mas enfim, há mais de quarenta anos e sempre um passo a frente, lá está hoje a Grande Transtec, fruto de um trabalho confiável, mesclado a conhecimento, tecnologia, competência e acima de tudo inteligência de seu criador.

Crônica e foto: Serjão Missiaggia

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