quarta-feira, 27 de setembro de 2017

UM OLHAR ALÉM DO TEMPO


Deparei-me com esta fotografia na internet e, mesmo reconhecendo que sua qualidade visual estivesse um tanto prejudicada, considerei de uma riqueza sem igual! Linda imagem, onde já na década de 70 nosso velho mestre, na sutileza de seus atos, demonstrava que estava mesmo muito além de nosso tempo.

Vivemos hoje a era da INCLUSÂO e do respeito à DIVERSIDADE. Assim tão bem escreve Reinaldo Bulgarelli: “A diversidade é o conjunto de semelhanças e diferenças que nos caracterizam, não apenas as diferenças. Diversos são os outros que estão em situação de vulnerabilidade, desvantagem ou exclusão. Essa maneira de encarar a diversidade como uma característica de todos nós, e não de alguns de nós, faz toda diferença quando trabalhamos o tema. Não se trata de incluir os que ficaram do lado de fora, pois eles são os diversos. Eles ficaram do lado de fora porque estamos cometendo injustiças, e não porque eles são ‘desajustados’ e os incluídos são os perfeitos.”

Voltando então à referida fotografia, e acompanhando o belo projeto “Inclusão e Diversidade na Educação” que vem sendo realizado junto à Secretaria de Educação, não poderíamos deixar de enaltecer e reconhecer algo que nosso velho mestre Sôbi já era consciente e praticava há quase quarenta anos.

Fui estudante do ginásio naquele mesmo período e pude ter o privilégio de acompanhar esses singelos momentos e a construção de vínculos que existiam entre o jovem alegre e puro de coração FABINHO, com os alunos e corpo docente do referido educandário. Uma verdadeira família, onde todos simplesmente interagiam, brincavam, trabalhavam, sorriam, choravam, emocionavam-se, e se divertiam, sem julgar, sem avaliar, apenas contemplando... O amor era dominante diante de um único olhar que incluía do jeito que ele se apresentava.  

Quase quarenta anos se passaram, e hoje não seria difícil entendermos que teria sido nosso velho mestre e professor Sôbi, aquele que teria com tamanha naturalidade, começado a fazer da inclusão um processo e não o fim.

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : Facebook, tratada por Jorge Marin

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