A coluna
atrasou um pouco, não sei se pelas comemorações do aniversário do Serjão, ou
porque os neurônios meio envelhecidos já não dão conta de publicar duas
crônicas na mesma semana.
Mas a
pergunta, feita pelo meu filho para sua prova de História, não poderia ser mais
fácil. Ou mais difícil: pai, qual a diferença entre esquerda e direita?
A coisa
anda tão dividida, e brigada, que acabei me enrolando na explicação. Falei
sobre o óbvio: depois da Revolução Francesa, quando estavam bolando a nova constituição,
os burgueses, que hoje seriam definidos pejorativamente como “coxinhas”, tiveram
um certo nojinho dos pobres, os jacobinos (seriam os petralhas de hoje?), e
sentaram-se à direita da assembleia, deixando aquela “gentalha” do lado
esquerdo.
Ora,
continuei a explicação, como os burgueses tinham uma situação financeira
melhorada em relação aos pobres, queriam CONSERVAR a situação do jeito que
estava (exceto pela exclusão do poder real), foram também chamados de
conservadores, porque sua principal preocupação era a sua própria liberdade
(hoje falam em meritocracia). Já os esquerdistas preocupavam-se com a justiça social,
que seria a luta pelo direito dos trabalhadores e população mais pobre.
Mais
ligado em GTA e Assassin’s Creed do que nessas questões políticas, meu filho,
já impaciente, só queria uma resposta resumida:
- Quer
dizer que os conservadores querem que a situação do país continue EXATAMENTE
como está, pai?
- Isso
mesmo, filho?
- Uai,
então SOMOS TODOS ESQUERDISTAS, né?
Falo
nada.
Crônica:
Jorge Marin
Nenhum comentário:
Postar um comentário