Ao me
posicionar em frente à casa de nosso irmão pitombense Sílvio Heleno pra tentar
captar uma imagem da Pracinha do Chafariz, resolvi mesmo foi fazer uma visita ao
velho e lendário BARRACÃO do Sr. Anjinho.
E como
tem história aquele lugar! Entre umas e
outras coisas, coincidentemente, na época em que havia começado a febre PITOMBA,
o local chegou a ser até um depósito de mangas. Hoje, fico pensando se não
teria sido um recurso meio que desesperado do Sr. Anjinho, que, com sua
conhecida sapiência, já não estaria profetizando um possível acampamento sonoro
de nossa parte no referido lugar. Fundamentado ou não, sei apenas que não
adiantou!
No local
aconteceram nossos primeiros encontros, ou seja, os famosos ensaios
descompromissados pra não tocar em lugar nenhum. Nosso negócio era fazer “BARUIADA”
pra nós mesmos, e o que viesse depois seria mero detalhe. O imóvel era bem
deserto naquela época, sendo assim, o máximo que nosso som alcançava era o
Esplendor do Morro e entorno.
Um desses
ensaios foi realizado por cima de mangas, sendo que algumas delas já estariam
exalando um forte odor em decorrência de adiantado estado de maturidade. E nós não estávamos nem aí pra isso, e muito
menos com o telhado, que, certa vez, chegou a ir pelos ares em decorrência de
uma forte chuva que caiu sobre a cidade. Pior que esse quase tornado, além de
acabar com a energia elétrica, deixou a “PAREAJE”, que pra variar, era toda ela
emprestada, ao relento. Foi aquele corre-corre no escuro, enquanto algumas
“gotículas” ficavam passeando em cima da bateria e de um aparelho de guitarra
que a Nely havia levado pro Silvio Heleno consertar.
Num outro
ensaio, um de nossos fãs (tínhamos fãs!) saiu pela cidade convocando todos que
encontrava pela frente, para um baile que estaria acontecendo no BARRACÃO. Por
sinal, éramos a única banda do planeta que ensaiava em ritmo de baile com jogo
de luz e tudo. Quando demos por nós, o barracão estava cheio, sendo que o
arrasta-pé veio a terminar lá pelas tantas da madrugada.
Foi ali
que sentei pela primeira vez numa bateria, se é que poderíamos chamar aquilo de
bateria (bumbo, tarol e um prato com arrebites). Nosso guitarrista foi outro
herói, pois, além de ter que cantar num microfone de gravador e num aparelho de
voz em que seus alto-falantes ficavam passeando pelo chão, tinha como guitarra,
um velho violão com captador elétrico. Sem contar que aquele estranho chifre de
boi, servindo de instrumento pra nosso ritmista, era algo bastante inusitado.
Bem, irei
parando por aqui, pois, além de ser algo repetitivo, não haveria postagem que
abrigasse tantos causos hilariantes que ali aconteceram.
O Pitomba
veio a ter mais tarde outra constituição, com inclusão de outros componentes, que
enriqueceram o grupo, tanto no quesito musical, textos, composições e visual,
mas, confesso que “A PRIMEIRA FORMAÇÃO E O COMEÇO DE TUDO, A GENTE NUNCA
ESQUECE”.
Crônica:
Serjão Missiaggia
Foto : acervo do autor
Eu lembro desse portao. Num to acreditando que esse magrelo ai é o Veeno. Cê tava bem fofinho nessa foto em tisergio.
ResponderExcluirPrimeiramente, tenho que me situar: quem será meu sobrinho(a) comentarista??? Embora todos os sobrinhos me chamem de TISERJO, apenas dois tem o costume de escrever dessa forma: Tuca e Andersem. Mas, quando se fala em VEENO, que é o Silveleno Picorone, temos que abrir o leque pra Annelise, Anne e Angedna. De certeza mesmo, sei apenas que é algum filho (ou filha) da Edna. E a resposta é: não, não é o Veeno, sobrinho(a). Esse magrelo aí é o Dalminho, único sanjoanense que possuía uma coxinha assim fininha na época.
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