sexta-feira, 23 de outubro de 2015

S I L Ê N C I O ! ! !


Mais uma vez, pego carona na matéria do Serjão, pois o assunto POLUIÇÃO SONORA é uma coisa que me atinge diretamente. Aliás, neste exato momento em que escrevo passa uma picape com aqueles potentes alto-falantes sob a carroceria tocando o terror na rua: os alarmes dos carros estacionados disparam, as vidraças tremem, um som terrível entra pelas frestas das janelas.

Muitos podem pensar que é coisa de velho reclamar do barulho. Mas não é! Há várias leis que regulam a matéria, e parece que ninguém liga ou, se liga, tem preguiça de fazer valer os seus direitos.

E não é problema só do Poder Público não; é de todos. Vejam o que diz o Artigo 225 da Constituição: “TODOS têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

Mas, então, como funciona a medição do som?

Primeiro, algumas definições. O SOM é o nome de uma onda mecânica que se propaga no ar. O RUÍDO é um conjunto de sons indesejáveis ou que provoquem sensações desagradáveis. Já a POLUIÇÃO SONORA é um tipo de degradação ambiental (assim como o desmatamento), que ocorre quando o excesso de ruídos começa a prejudicar a saúde e o bem-estar da população.

Em cidades como São João Nepomuceno, em que a maioria das áreas externas é mista, pois sempre tem um comércio, mas predominantemente residencial, a norma (NBR 10151 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABN-T) prevê que o nível MÁXIMO de ruídos é de 55 decibéis de dia e 50 à noite.

Para se ter uma ideia do que isso representa, vamos dizer que 55 decibéis equivalem a um choro de bebê, 65 o barulho de um ar condicionado e 81 uma furadeira. Uma moto sem o silenciador atinge fácil 111 decibéis e um alto-falante 125.

Ah, mas e se ultrapassar esses valores, o que acontece? A partir dos 55 decibéis, segundo a Organização Mundial de Saúde, começa a ocorrer um estresse leve; a convivência com um nível de 70 decibéis já predispõe o organismo a infartos, derrames, infecções, pressão alta. Quando o ruído, ou a soma dos ruídos passa de 100 decibéis, ocorre a perda da acuidade auditiva. Ou seja, você fica SURDO, ouviu?  

Eu sei. Às vezes, a pessoa não quer se indispor com o motorista ou motoqueiro porque quer evitar o conflito e se tranca em casa, mesmo com esse calor que conhecemos bem, ou pensa que, se reclamar com as autoridades, não vai dar em nada. Mas, pensem bem, foi por preguiça de exercermos nossos direitos de cidadãos que o país chegou nesse esgoto moral em que se encontra.

Será que fazendo o papel de avestruzes, e enfiando a cabeça debaixo dos travesseiros, vamos conseguir dormir em paz? Com esse barulho todo tenho certeza que não!

Crônica: Jorge Marin

Um comentário:

BRIGADU, GENTE!

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