sexta-feira, 27 de setembro de 2013

QUERO UMA MÉDICA CUBANA!


Quero uma médica cubana
Que me tire da ansiedade
Examine esta apatia
E me cure de verdade
Deste pânico que tenho
Quando vejo autoridade

Já fui normal de pequeno
Aplaudi os generais
Já desfilei em fanfarras
Aqui em Minas Gerais
Mas se vejo autoridade
A doença dá sinais

Governador dá azia
Prefeito evito o contato
Deputado me enfastia
Da Dilma eu já tô farto
Sarney me dá arrepio
Juiz Joaquim dá infarto

Pois vamo acabar com a praga
De político infiel
Traga aí na sua mala
Um político ilhéu
Um sobrinho do Guevara
Ou bisneto do Fidel

Então, doutora cubana
Me tira desse perrengue
Revoluciona a saúde
E trata da minha dengue
Depois me dê um charuto
E vamos dançar merengue

Cordel: Jorge Marin

6 comentários:

  1. Amigo Jorge,

    Muito bom. É como dizia o seu pai: SOMBRA, ÁGUA FRESCA, SAPATO LARGO NO PÉ, E MÉDICA CUBANA A DOUTORAR "REPENTE E CORDÉIS" CONTRA POLÍTICOS CORRUPTOS. Depois, um bom charuto e merengue, para nos tirar do perrengue.

    Abraços e parabéns.

    César Brandão
    www.cesarbrandao.com.

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    1. Obrigado, Brandão. Pensei que, já que importamos médicos e médicas, poderíamos importar alguns políticos cubanos também, uma vez que, como lá tem um partido só, não devem estar muito afeitos à corrupção.

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  2. Respostas
    1. Valeu, amigo Nilson. Diz o Zé Simão, da Folha, que mandaram um mineirim treinar os médicos cubanos pois estes teriam três meses para aprender como o SUS funciona. Aí pergunta o mineirim:
      - Uai, e o SUS funciona sô?

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  3. Então, Jorge?
    De certo modo o pânico foi bom, pois deu até cordel... Gostei !
    Acho que vamos ter que recorrer além das médicas, precisamos atacar e eliminar os focos de onde originam nossas ansiedades. Pau neles.

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    1. Essa ansiedade de "otoridade" acho que só vai acabar quando as pessoas em geral forem mais honestas. Veja o caso de alguns médicos: são capitalistas e elitistas na hora de prestar atendimento, mas socialistas na hora de receber seus honorários. Dizem fingir que trabalham porque o governo finge que lhes paga. Mas, tão logo apareça quem queira prestar o serviço (e bem) pelo que é pago, começam o chororô. FIDELidade não é coisa só de cubano, podemos adotá-la aqui.

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