quarta-feira, 25 de setembro de 2013

FALANDO & SÉRIO: Nossas Árvores


Aproveitando a bela iniciativa do I.E. F (Instituto Estadual de Florestas) com apoio da Prefeitura, Secretaria Municipal de Agricultura e Copasa em estar realizando algumas importantes atividades na cidade, em comemoração ao dia da ARVORE, gostaria de falar um pouquinho sobre este ser tão especial e que, muitas vezes, passa despercebido ou esquecido por nós.

Por sinal, esta minha ideia ”cidadaniesca” que já vinha amadurecendo há algum tempo, acelerou diante da tristeza que senti ao sair pela cidade no último verão para fotografar para o BLOG. Estranho falar nisso agora e justamente numa época de temperaturas amenas, mas será fácil constatar o que digo bastando apenas, principalmente , neste próximo período de calor, deixarmos o ar condicionado de nossos carros de lado e sairmos por instantes, andando por determinadas ruas.

Confesso que foi bastante desconfortável caminhar por algumas delas, tal a claridade e falta de abrigo natural. Da mesma forma e não menos desagradável, foi também  não poder estar diante de uma paisagem em que houvesse um pouco mais de VERDE e SOMBRAS. Lamentavelmente, ao longo dos anos e por motivos diversos, muitas de nossas árvores foram ABATIDAS e sem nenhuma reposição (o certo seria ter replantado duas no local) enquanto pouquíssimas foram plantadas. Dou como exemplo a Praça Carlos Alves, onde perdemos três CASTANHEIRAS e um COQUEIRO IMPERIAL. Hoje, sinceramente, sinto falta do VERDE e SOMBRA naquele local. Asfalto, juntamente com concreto, forma ingrediente perfeito para se armazenar calor e todos nós sabemos que a temperatura global vai subindo a cada ano. Alguns defendem que tudo não passa de um fenômeno em nível local (construções, desmatamentos, impermeabilização do solo etc), mas, independente do que for, nossa terrinha, de uns tempos pra cá, vem caminhando SORRATEIRA  e proporcionalmente aos fatos, ou seja, aquecimento x perda de arvores.

De qualquer forma, independente de uma explicação cientifica plausível, por que não nos anteciparmos aos fatos e começarmos a estimular uma REARBORIZAÇÃO CONTÍNUA de nossas ruas, tentando assim, recuperar num breve período de tempo, pelo menos um pouquinho do tão precioso ACONCHEGO VERDE.  Quem sabe até fazendo algumas parcerias (sinceramente não sei se isso seria possível), que poderiam fornecer e indicar mudas apropriadas para área urbana, principalmente para nossas estreitas ruas. Seriam espécies de pequenas COPAS e RAÍZES não tão agressivas  que, entre outras, não prejudicassem a rede elétrica, o esgoto e a iluminação pública. Um bom exemplo são aquelas PEQUENINAS ARVORES AO LADO DO CENTER MODA, sendo que  as de maior porte seriam muito bem-vindas em nossas Praças e Jardins.

Cada morador seria convidado a participar do plantio e posteriormente ser responsável pela árvore que viesse a ser plantada próxima à  sua residência. Seriamos uma espécie de padrinho e sentinela daquela referente a nós. Para isso, acho até que deveríamos dar preferência às crianças e, se possível, com uma previa CONSCIENTIZAÇÃO nas escolas. Com absoluta certeza, nossos filhos e netos serão eternamente gratos, e as gerações futuras não correrão o risco de ter que pagar um alto preço por um erro do passado.

Mas, se ainda existem algumas  de nossas ruas precisando ser arborizadas, posso dizer que, felizmente, a maioria de nossas praças, talvez em circunstância de um DECRETO MUNICIPAL, vindo a tornar IMUNE DE CORTE nossas lindas e majestosas ACÁCIAS RÓSEAS, ainda podemos conviver com o frescor de belas sombras. Ma, se fôssemos enumerar quantas já se foram... Por sinal, como faz falta aquele lindo FLAMBOYANT da pracinha do Fórum! Interessante comentar sobre o “FRIO” de uma praça, quando o assunto é CALOR. Acabei de me lembrar também daquela majestosa árvore ao lado do Democráticos. Quem viu e se deliciou com a beleza e o frescor de sua enorme sombra, jamais esquecerá e saberá do que estou dizendo.

E por que não dizer também das folhas secas caídas ao chão, ou voando pelas calçadas ao sabor do vento? Elas não poluem, não cheiram mal, são fáceis de varrer e muito menos levam cem anos para se decompor.

As árvores dão beleza e harmonia em qualquer lugar. Fazem a vida mais agradável, tranquila, feliz e relaxada e, como havia dito anteriormente, representam um rico legado para aqueles que virão.

Não há e jamais haverá algo que substitua o santo frescor da sombra de uma arvore. Interessante que essa tecnologia tão perfeita criada por nosso Deus supremo, além de não gastar energia elétrica e ser inteiramente grátis, é um colírio para os nossos olhos, frescor para o nosso corpo e equilíbrio para nossa alma.  

Finalizando, gostaria de lembrar Rubem Alves quando diz: “QUEREM ME PRESENTEAR NO ANIVERSARIO? PLANTEM UMA ARVORE”!


Foto (Pau-brasil no Morro do Santo Antônio) e crônica: Serjão Missiaggia

5 comentários:

  1. Também sinto que o frescor natural debaixo da sombra de uma árvore é uma sensação deliciosa. Para pessoas como eu, calorentas e que suam muito, estas sombras são verdadeiras bênçãos.

    Há uns 10 anos atrás, a prefeitura de Juiz de Fora plantou árvores na rua que morava, na época no bairro Democrata. Resolvi que adotaria as 12 árvores próximas à minha casa e, por 4 anos (até me mudar de lá), colocava água e, quando necessário, consertava a proteção de madeira que cercava estas árvores.
    Usei um sistema simples e eficiente para manter as árvores hidratadas por mais tempo: quando as molhava com o regador, em cada uma delas amarrava no jovem tronco uma garrafa plástica de refrigerante de 2 litros, cheia de água, com o bico na terra, próximo às raízes. Essas garrafas demoravam em média 2 dias para acabar com a água, dependendo do calor e da forma como eram colocadas (as que tinham o bico mais enterrado duravam mais). Assim eu precisava colocar água nas árvores uma vez por semana, o que transformou o trabalho em algo mais viável.
    Meu exemplo contagiou outros dois vizinhos da rua. Uma vizinha cuidou de umas 5 ou 6 das árvores que estavam em frente à sua casa. Estas faziam parte das árvores que eu também cuidava. O outro vizinho adotou umas 4 árvores, numa parte mais afastada da minha casa, que ficaram exclusivamente por conta de seus cuidados.
    Todas estas árvores estão lá até hoje.

    É ótima a ideia de fazer isso com a ajuda de crianças, assim incentivamos consciência ecológica nas futuras gerações. Com um pouco de sorte, estas crianças, quando adultos, farão o mesmo com outra criança, e teremos guardiões de árvores por décadas, plantando sementes de ações solidárias.

    Legal escolher um Pau-Brasil como imagem desta postagem. Ele é o responsável pelo nome do nosso país e acredito que muitas pessoas não sabem identificá-lo. Seu tronco “espinhudo” e sua copa densa são bem característicos, oferecendo uma sombra da melhor qualidade.

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    1. Parabéns pela iniciativa, Sylvio. Em frente à minha casa, os vândalos que frequentavam um bar chamado Casa Branca arrancaram a árvore que havia e jogaram no portão. Tentei dezenas de vezes com que a Prefeitura a reposição, mas não consegui. Pelo menos, as árvores plantadas por D. Pedro II lá no Museu continuam firmes e fortes.

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  2. Temos muitas arvores antigas e altas na cidade inclusive com alguns troncos apodrecidos e outros quase soltos causando risco aquele que estão passando embaixo. Elas nos dão ótimas sombras e poderiam com uma poda bem feita ficar com suas copas mais baixas arredondadas de fácil manejo não precisando serem cortadas.

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  3. Sábias palavras. Ideia ótima.
    Abraços.

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    1. É justamente dessa sabedoria que estamos necessitando, Mika, pois encaramos a questão ambiental, muitas vezes, como se fosse um jogo, em que podemos perder ou ganhar se a árvore for ou não cortada. Mas essa preocupação deve ser um hábito diário que deve se estender a outras ações, como a utilização da água e até mesmo essa nossa vontade "danada" de consumir coisas.

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