Pessoas antigas, eu e meu amigo Brandão constantemente "trocamos figurinhas" off facebook e enviamos um ao outro algumas coisas interessantes coletadas no dia a dia para divertir, zoar ou porque vale a pena serem vistas.
No último sábado, ele, de brincadeira, mandou o meu horóscopo (retirado da coluna Astrologia de Bárbara Abramo, da Folha de São Paulo):
"Pensar que tudo que você possui não pode ser perdido, transformado, alterado, é não seguir o fluxo da vida. Pode até haver promessas de eternidade, mas é tudo ilusão. Se você aprendeu isso na infância, desapegue-se. Seja responsávels pelo que tem agora."
Clichê à parte, a "previsão" chegou junto com as fotos da Rua Daniel Sarmento e acabou me deixando pensativo a respeito da impermanência das coisas: lembrei-me da felicidade com a qual eu/menino ia, às vezes, esperar meus pais na saída da Fábrica. Se tivesse vale, era certeza de uma bala no Botequim do sêo Joaquim do 88, ou de uma revistinha na Banca da Lise.
Hoje, pai, mãe, fábrica, jardim, chafariz... tudo parece parte de uma galáxia distante. No entanto, a Rua Daniel Sarmento continua ali: sólida, ensolarada, cheia de vida, cheia de possibilidades...
Fotos: Serjão Missiaggia
Texto: Jorge Marin
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