Neste
ano de 2014, estará completando VINTE ANOS a última edição daquele que, a meu
ver, teria sido um dos melhores festivais da canção de Minas Gerais: o nosso
FESTIMSAN.
Artistas
de um quilate de Cristiane Vicentin, Pedro Paulo Mendes, Bartolomeu Mendonça e
nosso saudoso Paulinho Cri Cri foram apenas alguns dos nomes selecionados
dentre as mais de duzentas composições inscritas e enviadas de TODO O BRASIL para,
em duas noites, compor a grande final. Tive a felicidade, juntamente com o Cri
Cri, de ter uma música escolhida e poder estar entre tantas, representando São
João na finalista. Aproveito a oportunidade para deixar meu abraço carinhoso àqueles
que tão maravilhosamente defenderam minha canção: Josemi Verardo, Flavinho Araújo,
Ronaldo Magg e José Maria Pororó. Posso dizer que formamos uma grande família
nesse período.
Num
ambiente descontraído e familiar, pessoas de altíssimos atributos na área
musical, entre elas maestros, músicos e compositores, aqui estiveram vindos de
outras cidades, para também formar o quadro de jurados, automaticamente substituídos
na noite seguinte, conferindo ainda mais credibilidade ao evento.
Também
na memória ficará para sempre a bela locução de nosso saudoso José Américo
Barbosa e as inesquecíveis atrações musicais, entre as quais: Ivan Lins,
Emmerson Nogueira, 14 BIS, Sá e Guarabyra e tantos outros.
Numa promoção
da Prefeitura Municipal de São João Nepomuceno e sob a batuta de Rui Rodrigues
Barbosa, Nei Fabiano de Morais e equipe, todos abraçaram a ideia de maneira
fantástica e a cidade, totalmente envolvida no evento, respirou CULTURA em forma
de canção por um bom tempo. A mídia escrita, falada e televisada deu ampla
cobertura, elevando ao resto do país, de forma altamente POSITIVA, o nome de
nossa querida Garbosa!
Infelizmente,
notícias dessa natureza começam a se tornar cada vez mais escassas por esse mundão
afora, onde uma triste realidade parece querer nos dizer que algo já não anda tão
bem. Assim como o ESPORTE, vejo na MÚSICA
uma arma poderosíssima de aproximação e respeito entre as pessoas. A meu ver,
uma linguagem universal que ultrapassa as barreiras do tempo e espaço.
Hoje,
fico pensando quais teriam sido os motivos que fizeram cair no esquecimento tão
importante evento. O custo-benefício social por si já valeria o investimento. Talvez
shows menos onerosos fosse também uma solução.
Quão interessante
seria se, nos meses que antecedessem o evento, fosse estimulada a realização de
Festivais Internos nos colégios para, posteriormente, numa espécie de semifinal, fosse escolhida a
vencedora para integrar a grande final, e, quem sabe, novamente realizado no
PARQUE DE EXPOSIÇÃO!
E, não
fugindo a velha tradição da Garbosa, material artístico é que não faltaria.
Nossa juventude COM CERTEZA abraçaria com muito talento e entusiasmo esta
ideia.
Por
sinal, por onde andam os violões de nossas praças?
Crônica:
Serjão Missiaggia
Foto:
acervo Josemi Verardo
Avante , arregassem as mangas e coloquem esta idéia a se tornar realidade em nossa cidade como outrora. Temos que resgatar nossos valores.
ResponderExcluirEdna M. M. Picorone
Serjão, você é o cara!!! Falou e disse tudo. Hoje me considero um músico aposentado, não tenho mais idade e nem forças pra lutar contras os "quadradinhos de oito" da vida, deste país, destas políticas e da mídia em geral que privilegiam a falta de cultura do povo. Saudades deste tempo de minha juventude em que São João Nepomuceno era sinônimo de cultura, em que compositores como você, como o Cri e outros muitos tinham onde expôr suas obras. Abraço amigo e parabéns pelo post, muito bom!
ResponderExcluirAos amigos pitombenses comunico que obtive a informação de que o Sr.Ruy Rodrigues Barbosa está em negociações para que o FESTIMSAM volte a acontecer.É uma informação extra-oficial,mas assim que tivermos oportunidade falaremos sobre assunto com ele e traremos a resposta para os amigos do blog.
ResponderExcluirExcelente ideia!
ResponderExcluirQue muitos pensem como você e que estejam dispostos a tocá-la para a frente. São João iria ganhar muito com isto, principalmente a juventude.