quarta-feira, 11 de setembro de 2013

FALANDO & SÉRIO - Nossos cães


Não é por nada não, mas tem coisa pior do que pisar num cocô de cachorro e aquele cheiro insuportável continuar impregnado na sola de seu tênis por mais que você o lave?  Mas, se fosse somente isso ainda estaria de bom tamanho se comparado aos belos escorregões que às vezes acontecem.  De qualquer forma, é bom ficarmos atentos, pois, em alguma esquina, poderá haver um desses a nossa espera.

E foi o que ocorreu semana passada numa de nossas ruas, quando uma senhora, que já ia caminhando bem em minha frente, deu aquela patinhada numa dessas GRAXAS.  Por sorte, consegui ampará-la, mas não deixei também de dar aquela pisadinha básica no vilão da história. Só sei que já se passaram alguns dias e lá se encontra ainda meu tênis de quarentena tomando sol no terreiro...

Não vamos, no entanto, culpar nossos queridos amigos irracionais (estou falando dos cães), principalmente os que andam por aí esquecidos, mas sim aqueles inocentes irracionais domésticos que saem às ruas ACOMPANHADOS de seus adestradores racionais. É lamentável quando, juntos de seus donos, vão espalhando seus dejetos pela calçada, quando não na frente de alguma casa.  E tudo sem o devido recolhimento, assim como já é de costume em várias outras cidades.

Ante uma maior rigidez de posturas, fico ainda mais estarrecido quando encontro com cachorros pit bull passeando tranquilamente com seus donos pelo quarteirão e totalmente SEM focinheira ou qualquer outro tipo de aparato de segurança.  Prefiro nem pensar!

Por outro lado também, parece que a coisa de cão abandonado está andando meio fora de controle e, para ser sincero, depois de ter tomado uma boa mordida na canela alguns anos atrás, ainda ando meio ressabiado.  Afinal de contas, foram DEZ injeções antirrábicas e uma antitetânica.  Prefiro mesmo é não me arriscar, pois como diz o velho ditado: CANELA ESCALDADA TEM MEDO DE FOCINHO FRIO.

Observa-se nitidamente que está havendo uma superpopulação deles na maioria das áreas urbanas e isso realmente não é nada fácil de resolver. Sinto que, em São João, esta situação vem melhorando a cada dia, mas ainda penso que esses mais antigos e já estabelecidos há algum tempo na cidade poderiam ir aos poucos sendo esterilizados e vacinados para, posteriormente, serem encaminhados a algum tipo de abrigo para continuarem vivendo condignamente.  

Complicada mesmo é a situação daqueles que ainda estão para chegar, pois,  pelo que se comenta pelas esquinas, são cães trazidos durante a madrugada de outras localidades e aqui jogados.  E, se isso realmente proceder e esse mau não for CORTADO PELA RAIZ, aí meu amigo, somente entregando pra Deus, pois aqui em baixo não haverá canil que dê conta de tanto cachorro!

Quem sabe um bem planejado cinturão de observação, espalhado por alguns pontos estratégicos da periferia, principalmente nas vias de entrada da cidade, juntamente com uma boa recompensa em dinheiro para aquele que conseguisse identificar tal veiculo, não desse algum resultado?

Enquanto isso, seria bom ficar de olho onde pisa!

Crônica: Serjão Missiaggia

3 comentários:

  1. Serjão,

    Antes de tudo, peço desculpas por não deixar mensagem no seu aniversário. Estava preocupado com resultado de exame médico, e não tinha cabeça. Agora, resultado tranquilo, espero que o aniversário tenho sido ótimo; e meus parabéns.

    Quanto aos cães, embora levarei vaias de muita gente, eu os detesto. Já fui mordido, já pisei em muita merda nos passeios de meu bairro aqui em JF, e morro de nojo do bicho.

    E aqui, quase todo mundo mora em apartamento, e possuem seus cães, e saem para a caminhada noturna, e poucos se preocupam em recolher o produto expelido nas calçadas.

    E vejo coisa repugnante, pessoas beijando aqueles cachorrinhos e, depois de terem caminhado com ele nas ruas, dormir na mesma cama, debaixo de seus lenções, e dizer que é delícia acordar com lambida do bichinho.

    Irch!... Seria o mesmo que eu pegar meus sapatos, após caminhar muito pela cidade, e os colocar ao meu lado, no travesseiro e, tranquilamente, dormir...

    Sofro sim, de Transtorno Obsessivo Compulsivo, e faço tratamento médico. E, jamais teria um cão.

    Às vezes chego a pensar que cães são alienígenas, e que estão invadindo a terra (e que o povo da Sociedade Protetora dos Animais fique tranquilo. Tenho pena de matar até barata, e jamais faria maldade aos cães).

    Aliás, adoro cães, gatos, galinhas, passarinhos, peixinhos... bem distante de mim.

    Já temos que abrigar infinitilhões de ácaros... o que fazer?...

    E que os leitores me desculpem a doença. E parabéns aos que gostam de cães, e ao saírem para a caminhada, recolham o produto escorregadio e fedorento.

    Muito boa sua crônica, Serjão.

    Brandão
    www.cesarbrandao.com

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  2. Muito boa a crônica e bem oportuna. De fato, já passou da hora de compreenderem, aqueles que passeiam com seus cães, que levar uma sacolinha de plástico, não é nada difícil e que, com ela, recolher o material do bichinho é uma obrigação.
    Olha a boa educação aí, gente!... Vamos acordar!...

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  3. Obrigado pelos comentários. O ato de ter um animal de estimação não pode, e não deve ser um álibi para a incivilidade.

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