segunda-feira, 22 de abril de 2013

CASOS CASAS & detalhes





Quando a Lei e a Ordem parecem palavras de ordem ultrapassadas, lembramos hoje de nossa antiga Delegacia de Polícia, que ficava anexa à defunta Cadeia Pública.

Quando vemos o aumento da criminalidade, principalmente entre jovens "protegidos" pela minoridade, lembramo-nos, com saudade, de figuras exemplares como o sr. Hercílio Ferreira, o Bolote.  Não se trata de um saudosismo a uma época repressora, mas o reconhecimento de um tempo em que havia LEI e pessoas que zelavam, de verdade, pelo seu cumprimento.

Num de seus casos memoráveis, lá pelo meio da década de 60, a polícia foi chamada em uma notória casa de prostituição da cidade onde um grupo de jovens estaria promovendo uma baderna e destruindo o mobiliário.  Para lá acorreu a PM e, minutos depois, o indefectível fusquinha do delegado.

- Sr. Bolote - alertou o cabo - é melhor o senhor deixar conosco, pois, entre os rapazes, está um filho do senhor.  A resposta do Bolote não foi outra:
- Quero que você pegue ele em primeiro lugar, jogue na carroceria da camionete e leva DIRETO pra Cadeia!  Já!

Ver esse prédio antigo, nos dias de hoje, é lembrar de um tempo em que tínhamos plena CERTEZA de que: primeiro, existe uma Lei; segunda, ela TEM que ser cumprida e, finalmente, quem não a cumpre, é apartado do convívio social para refletir sobre os seus atos.

Não vou dizer que nos tornamos melhores cidadãos por causa disso.  No entanto, saber dessa verdade ajudou a não nos tornarmos piores.

Fotos: Serjão Missiaggia
Texto: Jorge Marin

5 comentários:

  1. A criminalidade toma conta da cidade ... devido ao crescente e imensurável desenvolvimento podemos afirmar que nosso sistema penal não mais acompanha a realidade. Vivemos um sistema falido, comandado pelo dinheiro que se tornou a pior droga de todas! O consumismo é a doença que perturba a ordem.

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    1. Entendemos que as raízes de todos esses contratempos remontam a um momento em que a Lei (não só a escrita, mas aquela que temos que ter introjetada) passou a ser ignorada, descartada e, pior, ridicularizada. Se um menor pode fazer o que quiser, impunemente, jamais irá adquirir esse sentido de Lei.

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  2. Muito bom o texto, com o qual concordo, e as imagens que me lembraram antigas construções que compunham o cenário em que me vi crescer. Tudo extinto. Machado deve ser, lamentavelmente, a cidade mais sem personalidade de Minas! :(
    Seu blog me foi recomendado pelo Syvio Bazote. Ele acertou ao dizer que eu gostaria... :)
    Abraço!

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    1. Jussara, alegria e honra em tê-la aqui, cruzando essas pinguelas virtuais, estas Minas em nós, muitas vezes nó cego, mas, em sua maioria, nonada para voos mais atemporais. Obrigado pela visita.

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  3. Fofíssima a foto do Zé Colméia e do Catatau ao pé da página ;D

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