sexta-feira, 5 de abril de 2013

O ÚLTIMO DOS MÓI & CANO: 3 - A Revelação



Na semana passada, um dilema nos era apresentado: será que alguns indícios são suficientes para dizer que uma tragédia voltará a ocorrer?  Existem mesmo os tais sinais premonitórios? Ou tudo não passa de uma simples paranoia?  Existe paranoia simples?  Ou tudo isso é o medão de um intruso ficar fuçando nas suas coisas?

Mais dois dias se passaram e nenhum sinal de vida se manifestava. Silêncio total! Teria ele se assustado tanto assim a ponto de ter saído também em disparada pela porta do terreiro? Pra nós essa possibilidade seria tudo de bom e torcíamos muito para que isso pudesse ter acontecido, pois, desta forma, pelo menos não teríamos que tomar decisões drásticas ou mesmo precipitadas. Assim, neste clima e diante de uma cozinha de pernas para o ar, começamos novamente a esquecer dele e voltar à nossa rotina normal.

No dia seguinte, infelizmente, alguns barulhos SUSPEITOS começaram a ser ouvidos novamente vindos do campo de batalha.  (Isso em nada me agradou!) O ALERTA MÁXIMO foi acionado e, pela segunda vez, entramos em prontidão.  Foi quando meu primeiro imediato resolveu apelar para  a tecnologia e tentar desvendar de vez o difícil e angustiante mistério. Fazendo uso de minha câmara fotográfica, aquela mesma que faço uso pra fotografar para o Blog, após mudar sua configuração, colocou-a sobre um tamborete e, direcionando-a para o armário, começou a filmar. E eu nem sabia que essa coisa filmava também..

Meia hora se passou e, quando fomos conferir o que havia sido filmado, qual não teria sido nossa imensa surpresa? Diante de nossos olhos e bem a nossa frente, lá estava ele e carne e osso. Nunca tinha visto um ser tão feio e nojento. No entanto, minha filhota logo gritou: - Que gracinha, é o Dongo! E não é que o danado já tinha até nome e eu não sabia. OU SERIA O ÚLTIMO DOS PASSAGEIROS DE NOSSA ARCA? Pensei imediatamente na dona Anastácia, mas, mesmo que quisesse acioná-la, nem saberia mais onde encontrá-la.  Dei uma corridinha até a oficina pra pedir ajuda aos vizinhos, mas nenhum dos dois  estava lá.

Acuado, junto com minha família, e aquela ABERRAÇÃO, só havia uma coisa a fazer... (continua).

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto: Eyup Okumus, disponível em http://browse.deviantart.com/art/aliens-103362794

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