quarta-feira, 18 de julho de 2012

FACEBOOK: A VEZ DA RELIGIÃO


Imagem: Google

Mesmo antes da política aterrissar, de vez, no Facebook, outro assunto igualmente polêmico – a religião – já é velha conhecida dos frequentadores da irresistível rede social.
Sob a forma de santinhos, citações bíblicas, mensagens psicografadas e exortações, TODOS querem deixar seu testemunho de FÉ.
Legal, dizem, e assim como em relação à política: o Facebook é um espaço democrático.  E, afinal de contas, quem seria capaz de reclamar ou contestar uma bela mensagem religiosa?
MAS... num ambiente em que todo mundo quer aparecer e, naturalmente, deseja mostrar e ver respeitada a sua opinião, HÁ UM RISCO, que também existe fora da Internet: a INTOLERÂNCIA.  Aí todos se defendem: ah, mas isso é coisa do tempo das Cruzadas; hoje respeitamos a individualidade, as diferenças e as minorias.
Sabem o que eu digo?  MENTIRA!  Ontem à noite, na cidade de Olinda, um grupo de evangélicos em passeata INVADIU um terreiro de candomblé para protestar contra aquilo que entendem como manifestações satânicas.  Ora, não foi no século XII não, foi ontem.  O vídeo, gravado pelo babalorixá, já foi visto no Youtube por mais de 62.000 pessoas.
Não é a primeira vez que isso acontece e existe até uma teoria maluca rolando na rede segundo a qual a religião seria a CAUSA de todas as guerras.  Eu digo “maluca” porque não há nenhuma consistência científica nesse postulado, embora ciência e religião não sejam exatamente parceiras.
Prefiro achar que, tanto a guerra quanto a intolerância têm raiz na supervalorização do ego.  Para compensar uma triste realidade, o indivíduo lança mão do ego: massacrado pela baixa estima, engendra atitudes mirabolantes que projetam uma imagem espetaculosa que leve as pessoas a curtir seus atos e a compartilhar suas ideias.
Epa!  Mas não é essa, justamente, a cultura do Facebook?  Junte-se a isso uns pedaços de pau, umas pedras e uma caixa de fósforos, não estaria armado o cenário para uma guerra?  Imaginem se o tal “império do mal” contra-ataca?  E, se o fizesse, estaria dentro da lei e do Artigo 5º da Constituição Federal!
Rezem para que eu esteja errado!  Eu, pessoalmente, torço para estar.

(Crônica: Jorge Marin)

Um comentário:

BRIGADU, GENTE!

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